domingo, 25 de julho de 2010

Comemoração do Dia do Arqueólogo: visitas à Casa dos Pilões, à Ilha Fiscal e a Bananal

Após a participação no II EREARQ-NE - II Encontro Regional de Estudantes em Arqueologia-Nordeste -, para comemorar o Dia do Arqueólogo deste ano, o CBA está promovendo três visitas técnicas:

- Casa dos Pilões, Jardim Botânico, no dia 26 de julho, segunda-feira, às 10:00h
- Ilha Fiscal, Baía de Guanabara, no dia 31 de julho, sábado, às 12:30h.
- Bananal, SP, nos dias 14 e 15 de agosto, com saída do Rio às 9:00h.
Mais informações: cba@cbarqueol.org.br


Casa dos Pilões
A Casa dos Pilões era uma das unidades de produção da Real Fábrica de Pólvora da Lagoa Rodrigo de Freitas. A Fábrica de Pólvora desempenhou um papel de vital importância para a segurança do Império do Brasil, como responsável pela produção do explosivo que abastecia todo o mercado brasileiro. Na Oficina do Moinho dos Pilões realizava-se a etapa mais perigosa do processo de produção do explosivo - a compactação da pólvora.

Após sua desativação, em 1831, a edificação sofreu várias reformas e teve diversas utilizações, entre as quais a de residência e laboratório do botânico Dr. João Geraldo Kuhlmann e, após sua morte, a de Museu Kuhlmann.

Em 1984, houve a confirmação da existência do sítio arqueológico da Oficina do Moinho de Pilões. Os resultados obtidos nas prospecções nortearam a definição do novo uso do imóvel como " Museu-Sítio Arqueológico Casa dos Pilões". Além do próprio prédio, onde uma maquete simula o funcionamento da oficina, uma exposição permanente apresenta objetos e fragmentos encontrados nas escavações arqueológicas.


Ilha Fiscal

A Ilha Fiscal ocupa uma área de 7.000m², se distanciando do continente apenas por pouco mais de 1 km.

O castelo, construção principal da Ilha Fiscal, foi utilizado, no passado, como posto de observação da Alfândega. Estruturado em estilo gótico, segue os moldes de um típico castelo do século XIV, em Auverne, sul da França. A construção do castelo levou 7,5 anos e foi feita por portugueses e escravos, sendo finalizado em 1889, juntamente com a urbanização da ilha. Posteriormente, o projeto recebeu Medalha de Ouro em exposição no Museu Nacional de Belas Artes.

O raro relógio de quatro faces no torreão, de mais de 100 anos, foi instalado pela firma Krussmann, funcionando através de corda, que é dada 2 vezes por semana. Na parte superior do castelo, o visitante visualiza os pára-raios originais, um complexo sistema que teve o cabo trocado apenas algumas vezes.
O último Baile do Império, ocorrido em 09 de novembro de 1889, 6 dias antes da Proclamação da República, foi oferecido pelo Visconde de Ouro Preto à nação chilena e aos comandantes e oficiais, através do encouraçado “Almirante Cochrane”, que se encontrava atracado na Baía de Guanabara, o evento acontecia como forma de agradecimento à recepção do navio brasileiro, quando este chegou a Valparaíso, no Chile.

Na realidade, o baile deveria ter acontecido no dia 19 de outubro, mas em virtude da morte do Rei de Portugal, D. Luis, que era sobrinho de D. Pedro II, a Família Imperial resolveu adiar o evento.

O reconhecido Baile da Ilha Fiscal foi programado para receber 2.000 convidados e é conhecido como o último baile da Monarquia, realizado tanto na parte interna como na parte externa do castelo. D. Pedro II, D. Teresa Cristina, Princesa Isabel e o Conde D’Eu recepcionaram os convidados no corpo central da edificação.


Bananal
Bananal nasceu da povoação fundada por João Barbosa de Camargo e sua mulher Maria Ribeiro de Jesus, que aí ergueram uma capela dedicada ao Senhor Bom Jesus do Livramento, em sesmaria que lhes foi doada em 1783. O povoado foi elevado a vila, em 1832, e à município, em 1849, sendo comarca desde 1858.

O município cresceu e se enriqueceu com as fazendas de café. Com tanta riqueza, Bananal chegou a avalizar para o Império empréstimos feitos em bancos ingleses, chegando a cidade ao luxo de possuir, por algum tempo, moeda própria. Com a decadência do café, as fazendas passaram para a pecuária leiteira. Dos tempos anteriores ficaram muitos e valiosos monumentos:

Farmácia Popular, Antiga Farmácia Imperial: existe desde 1830, fundada por um boticário francês, tendo, depois de sucessivos proprietários, chegado às mãos do farmacêutico Ernani Graça, pai do atual proprietário. Recebeu um prêmio da Fundação Roberto Marinho como a mais antiga farmácia ainda em funcionamento no Brasil.

Chafariz de ferro: em 1879, por iniciativa de Alfredo Campos da Paz, foi inaugurado no Bananal um chafariz de ferro. Destinado ao atendimento da população que ainda não contava com o serviço de água encanada, o chafariz, hoje restaurado, tem forma de coluna e é ornado com elementos barrocos.

Estação Ferroviária: toda em placas de metal almofadadas e assoalhos em pinho de Riga, é mais uma lembrança dos tempos áureos de Bananal. Inaugurada em 1889, foi importada da Bélgica .

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