quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Urna indígena de cerca de 1.500 anos é encontrada em MG



Peça foi encontrada durante preparo da terra para plantio de milho em fazenda. Arqueólogos da UFMG estão no local e devem terminar as escavações nesta quarta-feira.

A descoberta de uma urna funerária em uma fazenda em Iguatama (MG), na terça-feira (23), pode revelar um pouco da história do povo indígena no estado. Arqueólogos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) acreditam que o objeto tenha cerca de 1.500 anos. Os pesquisadores estão no local para analisar o objeto.

A cerâmica é parecida com um grande pote e foi encontrada quando funcionários com tratores preparavam o solo para o plantio de milho, que foi paralisado. Por pouco a urna não foi destruída. Pedaços da tampa foram quebrados. A peça tem cerca de um metro de diâmetro. Dentro há vários ossos.

O fazendeiro Mardônio Gonçalves ligou para a UFMG e pediu a presença de arqueólogos para analisar a descoberta. A retirada da peça do local deve ser concluída nesta quarta-feira (24).
Aldeia indígena Além da urna, foram encontrados nas proximidades do local da descoberta, vários fragmentos de cerâmica. Para os arqueólogos, isso reforça a suspeita de que havia no local uma aldeia indígena.

Fontes: G1 e Megaminas.com

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sol ilumina estátua de Ramsés II em fenômeno visto duas vezes ao ano

Acontecimento marcava o começo da temporada agrícola para os antigos egípcios. Evento se repetirá em 22 de fevereiro

Egípcios e turistas puderam ver, nesta segunda (22), o sol iluminar o rosto da estátua do faraó Ramsés II no templo na cidade de Abu Simbel, no sul do Egito, em um raro fenômeno que ocorre apenas duas vezes ao ano. Às 5h55 (1h55 de Brasília), os raios solares começaram a entrar no templo e iluminaram o rosto da estátua durante 24 minutos, para anunciar o início do mês do "Bert", que marcava o começo da temporada agrícola para os antigos egípcios.

Segundo o diretor de antiguidades de Abu Simbel, Mohammed Hamed, citado pela agência oficial "Mena", cerca de 2.500 turistas estiveram presentes para observar o fenômeno, que se repetirá em 22 de fevereiro. Esta noite será realizado um espetáculo para contar a história do faraó e explicar o projeto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que salvou o templo de ficar submerso no lago Nasser quando a represa de Assuã foi construída, em 1964.

O Templo do Sol foi construído de modo que os raios solares iluminassem o rosto da estátua de Ramsés II apenas duas vezes ao ano: em 22 de outubro, para comemorar sua ascensão ao trono, e em 22 de fevereiro, por ocasião do seu aniversário. Os engenheiros da Unesco que participaram do salvamento do templo levaram em conta este fenômeno e conseguiram que ele se repetisse em sua nova localização, vários metros acima do local original.

Fonte: O Globo on line

domingo, 21 de outubro de 2007

Sírius e seus Enigmas na Antiguidade

(por: Leila Ossola)

Era o ano de 1984 e eu precisava terminar um trabalho universitário sobre os índios, seus costumes, migrações etc. Pesquisando, cheguei aos Dogons e aos mistérios que envolviam a Estrela Sírius.




Sírius – uma das estrelas mais bonitas do céu - é conhecida como a ‘Estrela do Cão’ porque está localizada na constelação Canis Major (Cão Maior). Está a 8,7 anos-luz da Terra e só podemos vê-la porque é a maior e a mais brilhante no céu.

Sírius é duas vezes maior e vinte vezes mais brilhante do que o Sol, podendo ser vista em qualquer lugar do planeta Terra. É uma estrela trinária, o que significa que tem duas companheiras - estão juntas pela gravidade. A outra estrela, Sírius B, é também conhecida como “The Pup” (“Filhote de Cachorro”). E, recentemente, já se descobriu Sírius C.

A estrela era conhecida pelos antigos astrônomos egípcios como ‘Septet’ ou ‘Sotis’, assim como a sua companheira menor, Sírius B. Contudo, a Sírius B, uma estrela do tipo “anã branca”, só foi identificada pelos astrônomos ocidentais há pouco tempo.

Sírius é personagem de um intrigante mistério, que envolve o povo Dogon, da África. A sua maioria vive em aldeias penduradas nas escarpas de Bandiagara, a leste do Rio Niger, mas não pode ser classificada como “primitiva”, porque possui um estilo de vida muito complexo.



Os Dogons têm um conhecimento muito preciso do sistema estelar de Sírius e dos seus períodos orbitais. Os sacerdotes Dogons, dizem que sabem desses detalhes, que aparentemente são transmitidos oralmente e de forma secreta, há séculos antes dos astrônomos, levando a um de seus mistérios.

Na década de 1940, os Dogons revelaram muitos de seus conhecimentos a dois antropólogos franceses: faziam referências a Sírius - não apenas à estrela visível, mas também a uma segunda estrela, de onde teriam vindo seus antepassados. Segundo os Dogons, essa segunda estrela era pequena, mas composta de um material extremamente denso: "Todos os seres humanos juntos não conseguiriam carregá-la", dizia sua tradição.


Para a tribo, toda a criação está vinculada à estrela, a que chamam de ‘‘Po Tolo’’, que significa “estrela semente”. Esse nome vem da minúscula semente chamada de ‘’Fonio’’, que na botânica é conhecida como ‘’Digitaria exilis’’. Com a diminuta semente, os Dogons referem-se ao início de todas as coisas. De acordo com os Dogons, a criação começou nessa estrela, qualificada pela astronomia como “anã branca”, e que os astrônomos modernos chamam de Sirius B, a companheira menos brilhante de Sirius A, da constelação Cão Maior.







A tribo descreve que as órbitas compartilhadas de Sírius A e de Sírius B formam uma elipse, com Sírius A localizada num dos seus focos - uma idéia que a astronomia ocidental só levou em conta no início do século XVII, quando Johannes Kepler propôs que os corpos celestes se movimentavam em círculos perfeitos. Os Dogons também dizem que Sirius B demora 50 anos para completar uma órbita em satélite em volta de Sírius A - a astronomia moderna estabeleceu que o seu período orbital é de 50,4 anos.


O interessante é o conhecimento que diziam ter de um terceiro astro do sistema Sírius, só recentemente descoberto pelos astrônomos. Os Dogons chamam a este terceiro corpo de ‘’Emme Ya’’ ou “Mulher Sorgo” (um cereal) e dizem que é uma estrela pequena com apenas um planeta na sua órbita, ou um grande planeta com um grande satélite. Antropólogos calculam que esse conhecimento faça parte da mitologia dos Dogons há vários séculos. Mas como poderiam esses indígenas, vivendo numa das regiões mais pobres da África, saber detalhes minuciosos sobre uma estrela longínqua, séculos antes de ela ser detectada pela ciência moderna (a pequena estrela só foi observada oficialmente em 1862, pelo astrônomo Alvan Clark)?Essa questão foi tema do livro ‘’O Mistério de Sírius, de Robert Temple’’.




A tese dele é que seres extraterrestres estiveram na Terra há cerca de 5 mil anos e revelaram muitos segredos da galáxia, entre eles as informações sobre a tal estrela. Na época, a comunidade científica ridicularizou Temple e vários astrônomos conhecidos, entre os quais Carl Sagan, apresentaram sua explicação. Segundo eles, missionários franceses visitaram os Dogons na década de 1920 e teriam transmitido essas informações aos indígenas africanos.


A explicação de Sagan também não foi bem recebida, pois parece difícil que missionários franceses possam ter falado com os Dogons sobre uma pequena e densa estrela em volta de Sírius, inclusive com detalhes sobre sua órbita. . Não só pelo fato de os missionários terem outros assuntos a tratar, mas também pelo desnível cultural entre eles e os indígenas africanos. Se os Dogons jamais tivessem falado da estrela, os missionários não teriam motivo algum para criar histórias envolvendo seres extraterrestres. Uma outra explicação afirma que, no passado, os Dogons possuíam visão extremamente apurada, o que lhes teria permitido observar a pequena estrela a olho nu. Outra diz que os antigos egípcios possuiriam poderosos telescópios que lhes permitiram estudar a estrela e divulgar um conhecimento que chegou aos Dogons. A verdade é que, mesmo que essas hipóteses bizarras fossem verdadeiras, isso ainda não explicaria informações como a alta densidade da estrela, que só foram comprovadas recentemente, com o exame do seu espectro luminoso.


Investigadores afirmam que os conhecimentos desse sistema pelos Dogons, possuem milhares de anos de idade e podem ter a seu favor alguns fatos históricos. Supõe-se que a tribo descende remotamente dos gregos, que colonizaram a parte da África que atualmente constitui a Líbia. Os gregos “expatriados” poderiam ter adquirido alguns conhecimentos dos seus vizinhos, os antigos egípcios.


Contudo, a forma como os Dogons adquiriram conhecimentos astronômicos continua sem respostas. No entanto, a tribo africana explica os seus conhecimentos astronômicos do sistema Sírius de uma forma muito simples ou lendária: os seus antepassados adquiriram tais conhecimentos de visitantes anfíbios extraterrestres, chamados por eles de “Nommos”, provenientes da estrela ‘’Po Tolo’’ (Sirius B). Contam que os Nommos chegaram pela primeira vez , do Sistema Sírius, numa nave que girava em grande velocidade quando descia e que fazia um barulho tão forte como o de o rugido do vento. Também dizem que a máquina voadora aterrou como se fosse uma pedra na superfície da água, semeando a terra como se “jorrasse sangue”. Alguns estudiosos dizem que, na língua Dogon, isso se assemelha ao “escape de um foguetão”.Os Dogons também falam que pode ser interpretado como a “nave mãe” colocada em órbita. Isso não é tão estranho quanto parece: a Apolo ficou em órbita lunar enquanto o módulo descia para fazer a primeira alunissagem em Julho de 1969. Os Dogons acreditam que deuses (Nommos) vieram de um planeta do sistema Sírius, há cinco ou seis mil anos atrás. Na linguagem Dogon, Nommos significa “associado à água... bebendo o essencial”.





Segundo a lenda, os anfíbios Nommos viviam na água e os Dogons referem-se a eles como “senhores da água”. A arte Dogon, mostra sempre os Nommos parte humanos, parte répteis. Lembram o semideus anfíbio ‘’Oannes’’ dos relatos babilônios e o seu equivalente sumério ‘’Enki’’. Os textos religiosos de muitos povos antigos referem-se aos pais das suas civilizações como seres procedentes de um lugar diferente da Terra.


Lenda ou verdade, o nascimento de Sírius era tão importante para os antigos egípcios que templos gigantescos foram construídos, com suas naves laterais principais voltadas com muita precisão na direção do ponto do horizonte onde Sírius apareceria, e sua luz era canalizada em direção ao altar do santuário interno dos templos, marcando assim o início do Ano Novo Egípcio.


A literatura latina usa muito a expressão “Dia de Cão” para designar o surgimento helíaco no verão de Sírius. Acreditavam, que os dias eram tão áridos e quentes devido à “incandescente” Sírius, pois acreditavam que ela era vermelha devido à época do ano em que aparecia.


Mas, ao pesquisarmos profundamente sobre os mistérios que circundam a estrela Sírius, nos deparamos com outros povos e suas histórias e mitologias. Como a da tribo guardiã do santuário de Hebron - os ‘’Calebitas’’ - que eram os “homens-cães “ numa alusão aos cães que eram guardiões e preservavam os segredos da ‘’Estrela Cão’’- Sírius - ou indo mais adiante encontraremos Metsamor na Armênia, onde arqueólogos encontraram vestígios de um provável centro religioso voltado para o nascimento helíaco de Sírius, Anúbis e Ortro (irmão de Cérbero , o cão de 5 cabeças) ambos identificados com Sírius, o embalsamamento de múmias egípcias que demoravam 70 dias ou o período em que a estrela Sírius não estava visível, a associação de Sírius com a deusa egípcia Ísis, mitologia ligada aos Argonautas, mandamentos divinos de que os hebreus deveriam comemorar o jubileu (a cada 50 anos ou o período da órbita de Sírius), além das oitavas oraculares, que serão um artigo a parte.


Este artigo é parte de uma exaustiva pesquisa sobre a estrela Sírius e seu sistema. Não encerra aqui e também não se deseja passar aos leitores a conotação de vidas extraterrestres, mas sim a visão astronômica da ligação de Sírius e suas companheiras com fenômenos e crenças humanas na antiguidade.

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sábado, 20 de outubro de 2007

Tradições Celtas na Arqueoastronomia

(por : Leila Ossola)



Quando olhamos para a história dos povos antigos, sempre nos deparamos com sua ligação no mundo da Astronomia. Seja como uso em apenas observatórios astronômicos, que poderiam marcar dias, noites, estações do ano e localização geográfica em relação às demais civilizações ou como épocas de rituais.

Entre tais civilizações, destacamos aqui os Celtas e suas Fogueiras representativas do Ciclo de Estações. Não desejamos aqui entrar no mérito religioso do assunto, porém, ele precisa ser explicado para melhor entendimento sobre como os astros celestes influenciaram o povo Celta.

Os celtas atingiram no século IV aC o auge de sua expansão em número de habitantes e área ocupada. Não deixaram qualquer obra escrita sobre seus feitos, entretanto, a literatura dos celtas insulares, notadamente na Irlanda e no País de Gales, nos fornece informações valiosas sobre seus mitos e suas práticas cerimoniais.



A sociedade Celta era Matrifocal, isto é, o nome e os bens da família eram passados de mãe para filha. Homens e mulheres tinham os mesmos direitos, sendo a mulher respeitada como Sacerdotisa, mãe, esposa e guerreira. O culto da Grande Mãe e do Deus Cornífero predominaram nas regiões da Europa dominadas pelos Celtas até a chegada dos romanos, que praticamente dizimaram as tribos Celtas, que nessa época já estavam sendo dominadas pelos Druidas (classe sacerdotal celta - a palavra druida deriva de um radical DR que significa uma árvore, especialmente o carvalho), introduzindo assim o patriarcalismo.


Porém, em muitos lugares, a religião da Grande Mãe continuou a ser praticada, pois havia certa tolerância por parte dos romanos. Somente na Idade Média, que o paganismo foi relegado às sombras com o domínio da Igreja Católica e a criação da Inquisição, cujo objetivo era eliminar de vez as antigas crenças, que eram uma ameaça a um clero muito mais preocupado em acumular bens e riquezas do que a propagar a verdadeira mensagem de Jesus.

Durante o tempo das fogueiras, muitos dos conhecimentos passaram a ser transmitidos oralmente, por medida de segurança, e, assim, muito se perdeu. Mas, o que eram essas “fogueiras” e que datas eram celebradas nelas? Acompanhavam tais fogueiras os movimentos dos astros celestes em especial o sol e a lua já que tais astros celestes assim como os pontos cardeais eram utilizados por estes e outros povos?


No passado, quando as pessoas vivam em conjunto com a natureza, o passar das estações e os ciclos lunares tinham um profundo impacto em cerimônias religiosas. A lua era vista como um símbolo divino, por isso as cerimônias de adoração, magias e celebrações eram feitas sob sua luz.

A chegada do inverno , as primeiras atividades da primavera, o quente verão e a entrada do outono também eram marcados por rituais. Na tradição do paganismo, o calendário religioso possui treze celebrações de lua cheia e oito dias de poder (Sabbaths). Quatro desses dias são determinados pelos solstícios e equinócios, que são o início astronômico das estações. Os outros quatros rituais baseiam-se em antigos festivais folclóricos.


Ainda encontramos três formas da antiga religião em tempos recentes. A primeira é a celebração do antigo festival solar ou agrícola dos equinócios da primavera e do outono e dos solstícios de verão e inverno. A segunda, é a prática de um sacrifício humano simbólico por aqueles que esqueceram seu significado acrescentados a sacrifícios de animais para evitar a peste do gado ou reverter a má sorte e a terceira, consiste em relíquias vivas através da veneração das águas, árvores, pedras e animais sagrados.

Convém lembrar, que qualquer que possa ter sido o significado dos cultos celtas, parece não haver dúvidas que eram centrados em torno dos quatro grandes dias do ano que marcam o despontar, o progresso e o declínio do sol e dos frutos da terra.



Beltaine caía no início de maio; dia 24 de junho marcava o triunfo do brilho do sol e da vegetação; o Banquete de Lugh em agosto era o ponto crucial do curso do sol que tinha sido alcançado e Samain quando ele dá adeus ao poder e cai de novo por meio ano sob o domínio das forças malignas do inverno e das trevas. Desses grandes períodos solares, o primeiro e o último eram naturalmente os mais importantes já que toda a mitologia celta parece revolver-se sobre eles. Por exemplo, segundo a mitologia celta, em 24 de junho – um dos mais baixos pontos solares – o povo da deusa Dana tomou a Irlanda dos seus habitantes (os Fir Bolgs) .

Nos festivais ou períodos de comemorações celtas, fogueiras são acesas nas mais altas colinas e o fogo das lareiras são solenemente reacesos constituindo pretexto para muito esporte e alegria. Abaixo, relembramos alguns festivais.

YULE - 21 de Junho(hemisfério sul) / 21 de Dezembro(hemisfério norte)


Também conhecido como Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano. É desta data antiga que se originou o Natal cristão. Na mitologia celta, a Deusa dá à luz o deus, que é reverenciado como criança prometida. No hemisfério norte o Yule é comemorado na mesma época do Natal e tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino. O hábito de trazer pinheiros para dentro de casa é um hábito totalmente pagão. O pinheiro, azevinho e outros são árvores cujas folhas são perenes e estão sempre verdes, simbolizando a continuação da vida. As árvores eram sagradas e os meses do ano tinham nomes de árvores. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade e anunciam os espíritos que possam estar presentes.

IMBOLC ou CANDLEMAS - 01 de Agosto(hemisfério sul) / 01 de Fevereiro(hemisfério norte)


Este Sabbath é dedicado à Deusa Brigit, senhora da poesia, da inspiração, da cura, da escrita, da metalurgia, das artes marciais e do fogo. Esse é o também chamado Festival das Luzes, em que se acendem velas por toda a casa, mais especialmente nas janelas, para anunciar a vinda do sol e mostrar ao menino Deus seu caminho.

OSTARA - 21 de Setembro(hemisfério . sul) / 21 de Março(hemisfério norte)
Este é o equinócio da primavera, onde a duração do dia e a noite se fazem iguais, é portanto uma data de equilíbrio e reflexão. Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa.
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BELTANE - A FOGUEIRA DE BELENOS - 01 de Novembro(hemisfério . sul) / 01 de Maio(hemisfério. norte)
Beltane é o mais alegre e festivo de todos os Sabbaths. O Deus, que agora é um jovem no auge da sua fertilidade, se apaixona pela Deusa, que em Beltane se apresenta como a Virgem e é chamada "Rainha de Maio". Em Beltane se comemora esse amor que deu origem a todas as coisas do universo. Beleno é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera. Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade. Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas. Uma das mais belas tradições de Beltane é o MAYPOLE, ou MASTRO DE FITAS. Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino, colocando-os sob a proteção dos Deuses. É costume pagão jamais se casar em Maio, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.

MIDSUMMER - LITHA - 21 de Dezembro(hemisfério . sul) / 21 de Junho(hemisfério norte)


Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano (solstício de verão). O deus chega ao ponto máximo de seu poder. Na noite de Midsummer, fadas, duendes e toda a sorte dos elementais correm pela Terra, celebrando o fervor da vida. É hora de pedirmos coragem, energia e saúde. Nos tempos antigos, a data era comemorada com jogos e festivais, onde o corpo e o físico eram reverenciados.

LAMAS - LUGHNASADH - 01 de fevereiro(hemisfério. sul) / 01 de Agosto(hemisfério norte)

Lughnasad era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol. Na Mitologia Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho. Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução. O outro nome do Sabbath é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos.

MABON - 21 de Março(hemisfério sul) / 21 de Setembro(hemisfério norte)


Este é o equinócio de outono. No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. Nessa noite devemos pedir harmonia no amor e proteção para as pessoas que amamos. Esta é a segunda colheita do ano. Este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas que precisam de nossa ajuda e conforto. Também é nesse festival que homenageamos as nossas antepassadas femininas.

SAMHAIN - HALLOWEEN - 30 de Abril(hem. sul) / 31 de Outubro(hem. norte)


Este , marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. O sentido do Halloween é nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de amor e harmonia. A noite do Samhain é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces, além de muitas brincadeiras, danças e músicas. Antigamente, as pessoas colocavam abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pelas noites do Samhain. Essa palavra significa "Sem Luz", pois, nessa noite, o Deus morreu e o mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa.


O artigo, deseja passar para os leitores os costumes místicos do povo celta, perpetuado em algumas civilizações modernas, mas também enfoca o passar das estações e a forma de contar os dias a partir do sol e da lua, sagrados para a maioria dos povos antigos.



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Designaciones de la LUNA en los Idiomas de las Etnias Aborígenes de VENEZUELA

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por: Domingo Sánchez P.

Website: http://www.astroaborigen.org.ve


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