quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Esfínge etrusca é encontrada na Itália

Montalto di Castro - Viterbo - Uma estátua de cerca de 50 centímetros de altura que lembra a esfinge egípcia de Gizé foi encontrada no sítio arqueológico de Vulci, no Lazio, região central da Itália.

A obra, que representa um felino com asas e rosto de mulher, foi encontrada na entrada de uma tumba etrusca descoberta em Vulci. Vasos etruscos pintados também foram achados na ocasião, muitos deles intactos.

Arqueólogos acreditam que a tumba foi violada antigamente, mas que não sofreu novos acessos desde então. Os saqueadores levaram somente objetos considerados "vendáveis", entre eles metais preciosos, e deixaram o resto do conteúdo da tumba intacto. Isto explica porque a estátua permaneceu no local.

Estudos primários apontam que a Esfinge de Vulci, como está sendo chamada, seria datada do período entre os séculos V a. C. e VI a. C.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Objeto de 2 mil anos confirma rituais descritos em Templo de Jerusalém



Do G1, com informações da France Presse
Um objeto em formato de botão com 2 mil anos de idade foi encontrado por arqueólogos em Israel e é primeira evidência física do registros escritos sobre os rituais praticados do Templo judaico de Jerusalém. A descoberta foi divulgada neste domingo (25) por uma equipe da Universidade de Haifa.

O artefato é uma espécie de lacre com inscrições em aramaico que dizem "puro por Deus", sendo usado possivelmente como certificado para alimentos e animais usados como sacrifícios durante cerimônias religiosas.

A peça foi encontrada perto do Muro das Lamentações, principal símbolo judeu em Jerusalém e próximo ao complexo de edifícios muçulmanos considerados sagrados na cidade como a mesquita de Al Aqsa.

Artefato de argila tem 2 mil anos de idade e traz inscrição: 'puro por Deus'.
 (Foto: Baz Ratner / Reuters)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Manuscrito mais antigo com Dez Mandamentos é exposto em NY

A peça, que contém fragmentos do Deuteronômio, é datado entre os anos 50 e 1 a.C. e é um dos dois únicos manuscritos antigos com os Dez Mandamentos que existem atualmente. EFE/ Arquivo

Nova York, 16 dez (EFE).- O manuscrito mais antigo e conservado com as mensagens dos Dez Mandamentos que, segundo a fé judaica, Moisés recebeu no Monte Sinai, será exposto a partir desta sexta-feira no Museu Discovery de Nova York.

Escrito em hebraico, o pergaminho de mais de 2 mil anos possui aproximadamente 45 centímetros de comprimento por 7 centímetros de largura e faz parte da mostra mais ampla sobre os manuscritos do Mar Morto, que inclui mais de 500 artefatos cedidos pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês).

O documento foi descoberto em 1954 e, segundo o Museu Discovery, faz parte de uma coleção de mais de 900 peças encontradas ao longo dos anos 40 e 50 em uma gruta de Qumran, região situada próxima ao Mar Morto.

Os manuscritos, também escritos em aramaico e grego, além de hebraico, são os documentos mais antigos encontrados sobre a vida na Judéia.

Segundo o museu nova-iorquino, "os Dez Mandamentos são as regras que constituem os pilares da moralidade e da lei do mundo ocidental", destacando que o texto "reúne e define como os homens e as mulheres devem trabalhar e viverem juntos sob sua fé em uma sociedade civil".

Essa é a primeira vez que esse pergaminho será exposto em Nova York. A peça, que contém fragmentos do Deuteronômio, é datado entre os anos 50 e 1 a.C. e é um dos dois únicos manuscritos antigos com os Dez Mandamentos que existem atualmente.

Apesar do tempo de existência, o Museu Discovery confirmou que o estado de conservação do manuscrito é "excepcional", apesar de ser feito com um material tão frágil como a pele de um animal, ou seja, muito vulnerável à umidade, a luz e as variações na temperatura.

O outro manuscrito, conhecido como o Papiro Nash, está armazenado na Universidade de Cambridge. Apesar de estar fragmentado, a peça é datada entre o ano 150 e 100 a.C.

A identidade do autor das escritas é desconhecida, embora a instituição nova-iorquina tenha afirmado que muitos especialistas acreditam que todos os manuscritos do Mar Morto foram escritos por integrantes de uma seita que se distanciou do Judaísmo e viveu no deserto de Israel do século III a.C. até o ano 68 d.C.

O pergaminho dos Dez Mandamentos poderá ser visto até o próximo dia 2 de janeiro, enquanto o resto da exposição, que foi inaugurada 28 de outubro, permanecerá aberta até o dia 15 de abril de 2012.     

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cientistas descobrem primeiro lençol da história, feito há 77 mil anos

Amostra do fóssil das plantas (Foto: Marion Bamford/Divulgação)

Do G1 em SP - Cientistas encontraram na África do Sul vestígios do primeiro lençol da história da humanidade. A conclusão veio da análise de 15 fósseis diferentes, de plantas usadas entre 38 mil e 77 mil anos atrás, em estudo publicado na edição desta sexta-feira (9) da revista “Science”. O material estava no sítio arqueológico de Sibudu, na região sudeste do país
A descoberta é 50 mil anos mais antiga que qualquer outro vestígio de lençóis de que se tenha notícia. Além disso, é mais uma informação importante sobre como se comportavam os humanos modernos em sua origem.
Os primeiros indivíduos de nossa espécie – Homo sapiens – surgiram há cerca de 200 mil anos, no sul da África, e começaram a se espalhar pelo mundo aproximadamente 50 mil anos atrás.
Esse lençol pré-histórico consistia em um entrelaçado de raízes e folhas, com um centímetro de espessura e uma área que podia chegar a três metros quadrados. Ele era revestido por folhas de uma espécie de marmeleiro, que contêm uma substância química capaz de repelir mosquitos.

A planta ainda é usada pelos atuais habitantes da África do Sul na confecção de colchões (Foto: Prof. Lyn Wadley/Divulgação)

Multiuso
“A seleção dessas folhas para a confecção de cobertores sugere que os primeiros habitantes de Sibudu tinham um profundo conhecimento das plantas em redor da gruta, e tinham consciência de seus usos medicinais. Remédios naturais teriam oferecido vantagens à saúde humana, e o uso de plantas repelentes acrescenta uma nova dimensão à nossa compreensão do comportamento humano 77 mil anos atrás”, afirmou em nota Lyn Wadley, da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, que liderou a equipe de pesquisa.
“Esse lençol não era usado só para dormir, mas oferecia também uma superfície confortável para viver e trabalhar”, completa a pesquisadora.
Foram encontrados ainda outros vestígios que mostram que os lençóis se tornaram gradualmente mais comuns na região. Com o tempo, eles passaram a ser queimados depois de perder a função original.
“Eles colocavam fogo nos lençóis usados, possivelmente como uma forma de remover pestes. Isso prepararia o local para ocupações futuras e representa um uso ainda desconhecido do fogo para a manutenção de um local de ocupação”, diz Christopher Miller, da Universidade de Tübingen, na Alemanha, responsável pela análise microscópica do material.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Arqueólogos encontram 'casa de bruxa' do século 17 com gato mumificado


Casa foi descoberta no vilarejo de Barley (Foto: PA)


Da BBC - Arqueólogos britânicos encontraram um gato mumificado em uma casa do século 17 durante um projeto de construção em Lancashire, no norte da Inglaterra.
A casa foi descoberta perto de um reservatório no vilarejo de Barley. A construção tem uma sala fechada e, dentro de uma das paredes, foi encontrado o gato mumificado.
Os historiadores afirmam que a casa pode ter pertencido a uma mulher acusada de bruxaria que vivia na região no século 17 e acredita-se que o gato tenha sido emparedado vivo para proteger os moradores da casa de maus espíritos.
Uma companhia de fornecimento de água, a United Utilities, levou os arqueólogos para o local, um procedimento de rotina da companhia antes de fazer obras de escavação em áreas que podem ter importância arqueológica.
'É como descobrir sua pequena Pompeia. Raramente temos a oportunidade de trabalhar em algo tão bem preservado', disse Frank Giecco, arqueólogo que descobriu a casa.
'Assim que começamos a cavar, encontramos o topo das portas e sabíamos que tínhamos em mãos algo especial', acrescentou.
A região de Lancashire teve muitos registros da presença de mulheres acusadas de bruxaria no século 17, principalmente na área de Pendle Hill, onde a casa foi encontrada.
Na época, distritos inteiros em algumas partes de Lancashire relatavam ocorrências de bruxaria, contra homens e animais, gerando uma onda de acusações contra muitas pessoas.
Em 1612, 20 pessoas, entre elas 16 mulheres de várias idades, foram levadas a julgamento, a maioria delas acusada de bruxaria, em um episódio que ficou conhecido na região como o 'julgamento das bruxas de Pendle'.
'Tumba de Tutancâmon'
Frank Giecco afirmou que a construção encontrada é um 'microcosmo da ascensão e queda desta área, do tempo das 'bruxas de Pendle' até a era industrial. Há camadas de história bem na sua frente'.
'Não é com frequência que você encontra uma casa de contos de fada completa, incluindo o gato da bruxa', disse Carl Sanders, gerente de projeto da companhia.
'A construção está em ótimas condições, você pode andar por ela e ter um sentimento real de que está espiando o passado.'
'Pendle Hill tem uma verdadeira aura, é difícil não ser afetado pelo lugar', afirmou Sanders.
'Mesmo antes de descobrirmos a construção, havia muitas piadas entre os funcionários sobre vassouras e gatos pretos. A descoberta realmente nos surpreendeu', disse.
'Em termos de importância, é como descobrir a tumba do (faraó egípcio) Tutancâmon', disse Simon Entwistle, especialista nas bruxas de Pendle.
'Daqui a alguns meses teremos os 400 anos dos julgamentos das bruxas de Pendle e aqui temos uma descoberta rara e incrível, bem no coração da região das bruxas.'
'Gatos aparecem muito no folclore sobre bruxas. Quem quer que tenha dado este destino horrível a este gato, certamente estava buscando proteção de espíritos malignos', acrescentou.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Arqueólogos encontram estátua do faraó Amenhotep III no sul do Egito

Da EFE - Uma estátua monumental do faraó Amenhotep III (1390-1352 a.C.) foi descoberta nesta quinta-feira (1º) por uma equipe de arqueólogos egípcios na cidade de Luxor, a 670 quilômetros ao sul do Cairo, segundo as autoridades egípcias.
O Conselho Supremo de Antiguidades do Egito (CSA) informou em comunicado que a peça é "gigante" e que foi encontrada durante escavações em Qena, onde está o templo de Amenhotep III.
A estátua, esculpida em quartzito com frisos de diversas cores, tem 13,5 metros de altura e pesa 100 toneladas.
O monumento, que foi encontrado em posição vertical, é composto de vários fragmentos grandes, entre eles a cabeça, que mede 2,5 metros e pesa três toneladas.
A descoberta ocorreu após sete meses de escavações feitas por uma delegação do CSA na área norte do templo de Amenhotep III, situado na margem oeste do rio Nilo.
Segundo a nota, a estátua desse faraó é a segunda encontrada nos últimos dois meses nessa região do templo.
Os arqueólogos acreditam que um terremoto derrubou o templo no ano 27 a.C., causando também a destruição das duas estátuas, que ficaram soterradas.
Amenhotep III, um dos faraós mais célebres da 18ª dinastia, foi pai de Akhenaton e avô de Tutancâmon, e mandou construir diversas estátuas da deusa da cura Sekhmet ao adoecer, nos últimos dias de sua vida.

Cientistas desvendam profecia maia do 'fim do mundo em 2012'


Previsão apocalíptica maia é descartada por boa parte dos especialistas. (Foto: BBC)


Da BBC - Arqueólogos de diversos países se reuniram no Estado de Chiapas, uma área repleta de ruínas maias no sul do México, para discutir a teoria apocalíptica de que essa antiga civilização previra o fim do mundo em 2012.
A teoria, amplamente conhecida no país e contada aos visitantes tanto no México como na Guatemala, Belize e outras áreas onde os maias também se estabeleceram, teve sua origem no monumento nº 6 do sítio arqueológico de Tortuguero e em um ladrilho com hieróglifos localizado em Comalcalco, ambos centros cerimoniais em Tabasco, no sudeste do país.
O primeiro faz alusão a um evento místico que ocorreria no dia 21 de dezembro de 2012, durante o solstício do inverno, quando Bahlam Ajaw, um antigo governante do lugar, se encontra com Bolon Yokte', um dos deuses que, na mitologia maia, participaram do início da era atual.

Até então, as mensagens gravadas em "estelas" - monumentos líticos, feitos em um único bloco de pedra, contendo inscrições sobre a história e a mitologia maias - eram interpretadas como uma profecia maia sobre o fim do mundo.
saiba mais

Entretanto, segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah), uma revisão das estelas pré-hispânicas indica que, na verdade, nessa data de dezembro do ano que vem os maias esperavam simplesmente o regresso de Bolon Yokté.
"(Os maias) nunca disseram que haveria uma grande tragédia ou o fim do mundo em 2012", disse à BBC o pesquisador Rodrigo Liendo, do Instituto de Pesquisas Antropológicas da Universidade Autônoma do México (Unam).
"Essa visão apocalíptica é algo que nos caracteriza, ocidentais. Não é uma filosofia dos maias."
Novas interpretações
Durante o encontro realizado em Palenque, que abriga uma das mais impressionantes ruínas maias de toda a região, o pesquisador Sven Gronemeyer, da Universidade australiana de Trobe, e sua colega Bárbara Macleod fizeram uma nova interpretação do 6º monumento de Tortuguero.

Para eles, os hieróglifos inscritos na estela se referem à culminação dos 13 baktunes, os ciclos com que os maias mediam o tempo. Cada um deles era composto por 400 anos.
"A medição do tempo dos maias era muito completa", explica Gronemeyer. "Eles faziam referência a eventos no futuro e no passado, e há datas que são projetadas para centenas, milhares de anos no futuro", afirma.
Para a jornalista Laura Castellanos, autora do livro "2012, Las Profecias del Fin del Mundo", o sucesso da teoria apocalíptica junto à cultura ocidental se deve a uma "onda milenarista" que, segundo ela, "antecipa catástrofes ou outros acontecimentos cada vez que se completam dez séculos".
Para Castellanos, esse tipo de efeméride é reforçada por uma 'crise ideológica, religiosa e social'.
Ela observa que as profecias sobre 2012 não têm somente uma 'vertente catastrófica', mas também uma linha que "prognostica o despertar da consciência e o renascimento de uma nova humanidade, mais equitativa".
Crença no final
A asséptica explicação científica e histórica vai de encontro à crença popular no México, um país onde há quem procure adquirir os conhecimentos necessários para sobreviver com seu próprio cultivo de alimentos em caso de uma catástrofe mundial.
Muitos dos que vivem fora procuram regressar ao país porque sentem que precisam estar em casa em 2012, e há empresas que oferecem espaço em bunkeres subterrâneos, com todas as comodidades.
Afinal, o possível fim do mundo também é negócio. O próprio governo mexicano lançou uma campanha para promover o turismo no sudeste do país, onde estão localizados os sítios arqueológicos maias.
Muitos governos dos Estados onde existem ruínas da antiga civilização maia já estão registrando aumento na chegada de turistas.
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