sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Turismo Arqueológico


Alguns dos principais sítios arqueológicos das regiões do Alentejo (Portugal) e Extremadura (Espanha) farão parte dos “Tours Arqueológicos” da Arqueoturis:

Em “Os Romanos na Península Ibérica”, poderá conhecer alguns lugares como:
Emerita Augusta, A Roma Ibérica
Ruínas Romanas de Ammaia
Vila Romana Torre de Palma
Cromeleque dos Almendres
Anta Grande do Zambujeiro
Vila Romana de Tourega

Parque Arqueológico do Escoural:
Gruta e Tholos
Ruínas Romanas de São Cucufate
Vila Romana de Pisões

Os museus arqueológicos, farão também parte dos nossos Tours:
Museu de Mértola, constituído por:· Núcleo romano,· Arte Islâmica· Castelo medieval de Mértola· Basílica Paleocristã· Arte Sacra

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

'Arca Perdida da Aliança' está na África e é um tambor, afirma especialista britânico

Pesquisador da Universidade de Londres apresenta tese em livro.Conexão de tribo africana com judeus é real, mas não prova ideia.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

A interminável busca pela Arca da Aliança, fabuloso objeto bíblico que simbolizaria a presença de Deus na terra e contaria com poderes extraordinários, já passou por todo tipo de local exótico -- mas pouca gente seria capaz de imaginar que ela iria parar num museu decrépito do Zimbábue. De acordo com o britânico Tudor Parfitt, professor de estudos judaicos da Universidade de Londres, é nesse local improvável que a legendária Arca está guardada -- e ele diz que pode provar.

O ngoma, tambor tradicional africano, seria a verdadeira Arca? (Foto: Reprodução)

A tese de Parfitt é exposta de forma apaixonada no livro "A Arca Perdida da Aliança -- O mistério desvendado sobre a relíquia mais procurada da Bíblia", que acaba de ser lançado no Brasil pela editora Record. Na obra, Parfitt, que é especialista no estudo das comunidades judaicas da África e da Ásia, narra sua jornada em busca do objeto sagrado em primeira pessoa, misturando digressões acadêmicas com cenas de aventura que caberiam um bocado bem num quinto episódio da série "Indiana Jones".

Antes de entrar no mérito da argumentação de Parfitt, no entanto, é importante entender a história e os possíveis destinos da Arca. A caixa, feita de madeira de acácia, abrigava os Dez Mandamentos dados a Moisés por Deus no monte Sinai, segundo a narrativa bíblica (confira uma das reconstruções possíveis do objeto abaixo). Segundo a tradição israelita, a chamada Presença de Deus usava a Arca como uma espécie de habitação temporária durante toda a jornada do povo hebreu pelo deserto, após sua fuga rumo à Terra Prometida.

A Arca seria capaz de queimar espinhos no caminho dos israelitas, fazer abrir as águas do rio Jordão para a passagem dos hebreus, derrubar as muralhas das cidades inimigas e até causar doenças e morte em israelitas e não-israelitas que a profanassem. Quando o Templo de Jerusalém foi construído pelo rei Salomão, afirma a narrativa bíblica, a Arca foi guardada no Santo dos Santos, local mais sagrado da construção. Mais ou menos nessa época, as menções ao objeto na Bíblia desaparecem, e não se sabe o que aconteceu com ela quando o Templo de Salomão foi destruído pelo rei Nabucodonosor da Babilônia em 586 a.C.

As tradições a esse respeito variam: a Arca teria sido levada para a Babilônia (no atual Iraque)? Escondida no monte onde ficava o Templo? Carregada para o outro lado do rio Jordão, na atual Jordânia? Estaria escondida na Etiópia, tendo sido levada para lá pelo filho do rei Salomão com a rainha de Sabá muito antes da destruição do Templo?

Parfitt conta que ficou fascinado por esse enigma ao estudar a tribo dos lembas, um grupo africano espalhado por países como África do Sul, Zimbábue e Moçambique. Os lembas, apesar de falarem um idioma do grupo linguístico banto, comum na região, conservam uma série de hábitos estranhamente "judaicos, como o culto a um deus único, a proibição de comer carne de porco ou de misturar qualquer carne com leite e derivados e a tradição de que seus ancestrais teriam vindo de Jerusalém para a África. Em resumo, os lembas se consideram judeus que teriam vindo da Palestina para a África.

A parte mais intrigante dessas narrativas envolve o chamado ngoma lungundu, um tambor de guerra que teria poderes divinos, o qual ficava sob os cuidados da casta de sacerdotes da tribo -- tal como a tribo sacerdotal dos levitas era responsável pela Arca entre os antigos israelitas.


Lenda e fatos
Parfitt resolveu pagar para ver e passou a tentar rastrear o destino do ngoma e suas possíveis associações com a Arca. Um dos primeiros passos foi tentar identificar a rota seguida pelos supostos ancestrais dos lembas até a África -- eles contavam que, após Jerusalém, eles teriam passado pela lendária cidade de "Senna" antes de se fixar no sul do continente.

Parfitt diz que o mais provável é que a antiga "Senna" seja Sanaw, no Iêmen, local da península Arábica onde realmente havia uma forte comunidade judaica na época do surgimento do islamismo.


O arqueólogo Tudor Parfitt em barco tradicional árabe perto de Zanzibar (Foto: Reprodução)

Indícios genéticos relativamente fortes mostraram que a teoria de Parfitt poderia estar correta: geneticistas estudaram o cromossomo Y (a marca genética da masculinidade, presente só em homens) dos lembas e viram que grande parte deles não é de origem africana. Na verdade, eles têm parentesco mais próximo com o de populações do Iêmen e de outras regiões do Oriente Médio, inclusive os judeus. O mais impressionante: a casta sacerdotal dos lembas carrega o chamado "cromossomo Y de Aarão", nome do primeiro sumo-sacerdote israelita. Trata-se de uma variante do cromossomo que é especialmente numerosa entre os judeus de família sacerdotal, embora também apareça em menor frequência entre outros povos.

Até aí, o raciocínio de Parfitt é cientificamente sólido. Mais especulativa é a relação direta entre o ngoma e a Arca que ele traça. Após descobrir, com a ajuda a contragosto de anciões lembas, que o tambor havia sido guardado num museu do Zimbábue por um missionário do século 19, Parfitt conseguiu analisar o objeto e datá-lo pelo método do carbono-14, o mais comum para datar objetos de origem orgânica.

O resultado: uma idade de pouco menos de 700 anos. No entanto, Parfitt havia concluído que a verdadeira Arca era, como o tambor lemba, feita apenas de madeira dura, sem adornos de ouro -- a descrição requintada seria uma idealização posterior dos autores bíblicos. Ele propõe que a Arca/tambor era usada como uma espécie de canhão primitivo, daí os rumores de seu poder divino. Com isso, a Arca "original" teria sido destruída e substituída pelos judeus ancestrais dos lembas após sua migração a partir do Iêmen. Apesar de intrigante, o argumento continua sendo circunstancial, e certamente não convencerá os mais céticos.

Arqueólogos descobrem rara estatueta romana em Jerusalém

Obra de arte feita de mármore tem apenas 5 cm e representaria lutador.Objeto provavelmente era usado como peso em balanças, diz equipe.

Da Associated Press

Arqueólogos da Autoridade Israelense de Antiguidades descobriram uma rara estatueta romana de 1.800 anos de idade numa escavação na Cidade Velha de Jerusalém. A estatueta de mármore, que retrata um homem de barba curta e encarolada e olhos amendoados, provavelmente é a imagem de um boxeador (o boxe era um esporte apreciado no Império Romano). Ela pode ter sido usada como peso em balanças da época -- há um buraco na parte traseira do pescoço que indica esse uso.



Estatueta mede apenas 5 cm (Foto: Sebastian Scheiner/AP)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Desvendado segredo da múmia de Palermo

Você vai conhecer agora um lugar onde as pessoas eram unidas por uma obsessão: sobreviver ao tempo, mesmo depois da morte. As catacumbas de Palermo, na Itália, têm cerca de 8 mil múmias, algumas incrivelmente bem preservadas. Tudo graças a uma técnica que atravessou séculos em segredo e que, agora, vai ser revelada com exclusividade ao Fantástico. Do pó viemos e ao pó voltaremos, sustenta o Antigo Testamento. Mas, nos domínios dos frades capuchinhos, em Palermo, no sul da Itália, 8 mil corpos sem vida resistem misteriosamente à passagem dos séculos. Alguns desde 1599. Muitos em ótimo estado de conservação vestem trajes de gala, determinados em vida como o último desejo. A maioria são múmias naturais, preservadas por causa do clima e da falta de umidade no ar únicos desta região. Frei Donatello conta que, no século 16, que os capuchinhos constataram que os corpos dos frades simplesmente não se desintegravam. Eram desidratados com a ajuda do próprio ambiente, não entravam em putrefação. Mas o maior mistério das catacumbas de Palermo está na extraordinária preservação de suas múmias artificiais. A mais bonita e a mais intrigante está numa sala, num pequeno caixão lacrado. É o corpo de uma menina que há 88 anos está aqui. Rosália Lombardo morreu em 1920, aos 2 anos de idade. Inconsolados, os pais da menina quiseram que o corpo dela durasse para sempre. Então convocaram o mais famoso embalsamador da Cecília. Rosália parece dormir. O autor, Alfredo Salafia, morreu logo depois. Saláfia foi além da ciência. As suas múmias não carregam no rosto o horror da morte, mas uma expressão de serenidade final. Conhecido como o caçador de múmias, o cientista Dario Piombino Mascali depois de três anos de pesquisa acaba de descobrir um manuscrito de Alfredo Salafia: novo método especial para a conservação do cadáver inteiro em estado permanentemente fresco. Mas qual o verdadeiro mistério de Rosália? Dario esclarece o segredo. “A composição química da fórmula. O método usado na preparação do corpo já era conhecido desde 1830: um líquido injetado na veia”, diz. Dario Piombino Mascali nos revelou a fórmula secreta: formalina para conservar, glicerina para hidratar, álcool e ácido salicílico para desinfetar e sais de zinco para dar rigidez ao tecido. Dario explica que a quantidade de cada substancia não foi descrita e que outra diferença dessa técnica, é que o sangue do corpo de Rosália não foi retirado, nem os órgãos internos como faziam os antigos egípcios. A busca pela perpetuação do corpo sempre existiu. A igreja exibe as suas múmias como obras da fé. No norte do país, o corpo de Santa Catarina de Genova, que morreu em 1510, está exposto num caixão de cristal. A religiosa foi santificada 200 anos depois, pela sua caridade extrema com os doentes. “Até o corpo dos santos sofre com os insultos do tempo”, diz o professor Ezio Fulcheri, que estuda os corpos do passado. Especialista do Vaticano nas múmias dos santos, o católico, Fulcheri reconhece que algumas delas foram preparadas artificialmente com os bálsamos. “Lavar o corpo de um morto era uma prática judaica. O corpo de Jesus foi lavado e untado com aloe vera e mirra”, revela. Também para ele, a pequena múmia de Palermo, é uma obra de arte. “É a mais espetacular e impressionante que eu já vi”, afirma o professor.

Fantástico.globo.com

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Exposição em Paris traz fósseis dos mais antigos habitantes da Europa

Hominídeos com cerca de 800 mil anos vêm de grutas na Espanha.Primeiros povoadores pertenciam à espécie 'Homo antecessor'.

Da France Presse
A partir desta sexta (16), os visitantes do Museu do Homem, em Paris, poderão conferir a exposição "Os Primeiros Europeus: Tesouros dos Montes de Atapuerca". A região, que fica no norte da Espanha, é uma rica jazida de fósseis dos primeiros hominídeos (ancestrais do homem) a chegar a Europa, membros da espécie Homo antecessor, de acordo com alguns pesquisadores. As autoridades espanholas emprestaram o material à instituição francesa.



Crânio de 400 mil anos integra exposição (Foto: Patrick Kovarik/France Presse)



A peça montada por esta curadora tem 800 mil anos (Foto: Patrick Kovarik)

Brasileiros vão investigar mistérios de rotas de comércio dos maias

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo


Pesquisadores brasileiros estão se preparando para investigar os segredos da ilha de Cerritos, que há mais de mil anos funcionava como porto de Chichén Itzá, uma das maiores cidades da civilização maia. Em parceria com uma equipe internacional, um grupo do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) deve realizar escavações na ilha e em seus arredores no primeiro semestre deste ano.


Cena de navegação em templo de Chichén Itzá que poderia representar a ilha de Cerritos (Foto: Reprodução)

"Queremos entender como o comércio de longa distância influía na economia das cidades maias. Além disso, queremos explorar a região em busca de entrepostos de comércio que ainda não sejam conhecidos", explicou ao G1 o arqueólogo Alexandre Guida Navarro, da Unicamp. A coordenação geral dos trabalhos ficará a cargo de Rafael Cobos, arqueólogo da Universidade Autônoma do Yucatán (México).

Chichén Itzá, localizada no norte da península do Yucatán, teve seu apogeu entre os anos 800 e 1000 da Era Cristã, quando sua população tinha em torno de 30 mil habitantes. Navarro explica que, a julgar pelo que já se descobriu na ilha de Cerritos, os mercadores maias tinham sua miniversão do que chamaríamos "globalização".

"Sabemos que as trocas de longa distância eram bastante praticadas porque muitos produtos vinham de fora do território maia", diz ele. A lista é longa: conchas do Pacífico; cerâmica da Guatemala; obsidiana (uma rocha vulcânica apreciada para a fabricação de armas e objetos rituais) das terras altas do México; ouro do Panamá ou, talvez, da Colômbia; turquesa do sudoeste dos EUA -- tudo pago com os principais produtos de Chichén Itzá, como mel, algodão e sal. O raio de atuação comercial ultrapassava os 2.000 km. "Os maias aproveitavam os rios e o litoral para transportar todos esses produtos", afirma o arqueólogo. A presença dos mesmos objetos e de elementos arquitetônicos muito parecidos, bem como a proximidade, sugerem fortemente que Cerritos era o porto da metrópole maia.

A ilha na verdade é uma ilhota, com apenas 200 m de comprimento, mas há sinais claros de sua importância estratégica para a navegação comercial maia. Ao sul de Cerritos, por exemplo, já dentro das águas do mar, foi construído um muro que minimizava a força das ondas e, ao mesmo tempo, tinha uma abertura para permitir a passagem de barcos. No alto desse mesmo muro, há sinais de torres de vigia, ideais para o monitoramento do tráfego marítimo. E, no interior da ilha, morros artificiais podem ter servido como forma de diminuir a intensidade dos ventos. O comércio maia, contudo, não usava veleiros. "Os barcos eram feitos com um único grande tronco de cedro, mediam cerca de 10 m e carregavam até 40 pessoas", diz Navarro.


Máscara associada a Chuak, o deus maia do comércio (Foto: Reprodução)

Os pesquisadores pretendem descobrir novas pistas sobre como a ampla rede de trocas de Cerritos turbinava a economia maia, bem como entender melhor a função de algumas estruturas misteriosas, como os chamados pátios-galerias -- áreas rebaixadas em relação ao nível natural do solo que eram cercadas por uma galeria com colunas.

Boa parte dessa complexidade cultural já não existia na região quando os espanhóis chegaram ao Yucatán durante a Era dos Descobrimentos. Uma das poucas áreas ainda ativas em Chichén Itzá na época do contato com os europeus era o chamado Cenote, uma espécie de poço natural que era sagrado para a cultura maia. "Como há poucos rios na região, a principal fonte de água era esse tipo de poço. O costume era fazer sacrifícios humanos ao deus da chuva no Cenote, principalmente de crianças do sexo masculino", diz Navarro. É provável que a combinação de secas e crescimento populacional desenfreado tenha levado à fome e à perda do poderio maia na área, conta o arqueólogo.

A pesquisa tem apoio financeiro da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

sábado, 10 de janeiro de 2009

Passage graves from an astronomical perspective

Passage graves are mysterious barrows from the Stone Age. New research from the Niels Bohr Institute at the University of Copenhagen indicates that the Stone Age graves' orientation in the landscape could have an astronomical explanation.

The Danish passage graves are most likely oriented according to the path of the full moon, perhaps even according to the full moon immediately before a lunar eclipse. The results are published in the scientific journal Acta Archaeologica.Claus Clausen, who graduated as astronomer from the Niels Bohr Institute, has also always been interested in archeology. There are many Stone Age graves in Denmark, where archaeologists estimate that around 40.000 large stone graves were built from around 3500 to 3000 BC. Only about 500 of the large passage graves, called giant tombs (in Danish Jaettestuer) are preserved today, but one of the great mysteries is their orientation in the landscape. With the help of GPS, a compass and a surveying instrument Claus Clausen measured the orientation of entrance tunnels of approximately 100 passage graves. It turned out that there was a remarkable concentration of certain orientations. Claus Clausen had a theory that it could be a calendar system, but the theory did not hold up. Astronomer and supervisor of the special project, Per Kjærgaard Rasmussen suggested that he look at the connection between the sun and the moon and especially lunar eclipses, because there were two orientations that occurred frequently and that could suggest something with specific full moons.

Ancient Almanac
Astronomer Ole Einicke, who for many years has calculated data for the Danish Almanac, had made a computer program that could calculate the position of the planets for the next year. The program was now used to calculate back in time. Directions to the rise of the Sun are easy to calculate. The orientation of the rise of full moon and the timing of lunar eclipses are more difficult to calculate due to the sun's disturping influence on the moon's orbit around the earth, that results in the orbit of the moon rotates in a period of 18.6 years. But the biggest complication is that the earth's rotation has changed through time so that it now rotates slower than before so it required special calculations and corrections to calculate more than 5.500 years into the past and see whether the lunar eclipses could be seen from Denmark.

Patterns in the sun and moon
There is a significant concentration of orientations towards east/southeast as seen from within the passage grave. It can be interpreted that the passage graves are oriented according to the winter sunrise. But researchers think it more likely that they are positioned according to the rise of the full moon, for example, the first full moon after the spring equinox. The calculations show, that in the period from 3.300 to 3.100 BC there was an over frequency of 50 percent in the number of lunar eclipses that could be seen in Denmark. And the exciting thing was that the pattern indicated that it could fit with the rise of the full moon immediately before a lunar eclipse. How the Stone Age people had known that a lunar eclipse would come after a full moon is unknown, but astronomer Per Kjærgaard Rasmussen explains, that if one had observed a lunar eclipse there is a very strong likelihood that another lunar eclipse would come either 12 months or 18.6 years later. The passage graves had been used for burials and the orientation of the entrance is concentrated towards the full moon points to a ritual practice that involved the moon. -University of Copenhagen

Huliq News

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Encontrada no Egito múmia que pode ser de rainha de 4.500 anos atrás



Restos mortais encontrados no túmulo (Foto: Reuters)


Arqueólogos egípcios encontraram os restos de uma múmia que se acredita ser da rainha Seshestet, mãe de um faraó que reinou sobre o Egito no século 24 a.C, informou o governo na quinta-feira (8).Depois de passar cinco horas para abrir a tampa de um sarcófago numa pirâmide descoberta no ano passado ao sul do Cairo, os arqueólogos encontraram uma caveira, pernas, pelve e outras partes de um corpo envoltas em linho, além de cerâmicas antigas, disse o departamento de antiguidades do governo. Também foram encontrados envoltórios de ouro que teriam sido colocados nos dedos da pessoa mumificada. Ladrões de túmulos vasculharam a câmara mortuária ainda na Antigüidade e roubaram os outros objetos. "Embora os arqueólogos não tenham encontrado o nome da rainha sepultada na pirâmide, todos os sinais indicam que ela é Seshestet, mãe do rei Teti, o primeiro faraó da Sexta Dinastia", disse o arqueólogo chefe, Zahi Hawass, em comunicado.Teti governou o Egito por pelo menos dez anos por volta de 2300 a.C. e foi sepultado nas proximidades.Arqueólogos já encontraram muitas múmias reais da antiguidade egípcia, mas a maioria é do Novo Império, que começou 500 anos após o tempo de Teti.

Reuters

Estudo diz que Américas tiveram dois fluxos de imigrantes


Descoberta do crânio de Luzia em MG contribui para teoria

Um estudo elaborado a partir da análise do DNA de 70 mil indivíduos – 1.338 originários do Brasil – afirma que a ocupação do continente americano foi feita por pelo menos dois movimentos migratórios. O estudo, publicado nesta quinta-feira na revista eletrônica Current Biology, diz que os primeiros habitantes das Américas falavam idiomas diversos e seguiram diferentes rotas. A nova pesquisa vai contra o resultado de outro estudo publicado há quase oito meses na revista American Journal of Physical Antropology. "Antigamente, acreditava-se na hipótese de que o povoamento das Américas fosse resultado de apenas uma migração", disse à BBC Brasil o geneticista da Universidade de Pavia, no norte da Itália, Antonio Torroni. "Eu mesmo defendia essa hipótese." "Nosso estudo revela que foram feitos dois caminhos quase concomitantes de imigração, que levaram a espalhar os paleoíndios."

Duas rotas
De acordo com Torroni, ambos os fluxos migraram da Beríngia – zona atualmente submersa entre o Alasca e a Sibéria que ligava os continentes americano e asiático – entre 15 mil e 17 mil anos atrás. "Foram usadas duas rotas: uma pela costa do Pacífico, que ajudou também a colonizar a América do Sul, e outra que provavelmente teve significativo impacto na colonização da América do Norte." Nesse período de 2 mil anos, Torroni acredita que as duas vias de acesso podem ter sido usadas várias vezes pela população que chegava da Ásia, dando origem, inclusive, à miscigenação. Torroni discorda da teoria de que, antes da chegada de Cristóvão Colombo, o continente teria sido ocupado por uma única corrente migratória, há cerca de 12 mil anos, pelos antepassados dos índios atuais. Estudos anteriores realizados por antropólogos – alguns brasileiros - tendo como base a análise de crânios já indicavam que a teoria da imigração única estava equivocada. A descoberta do crânio de Luzia, encontrado em uma gruta de Lagoa Santa, em Minas Gerais, na década de 70, também derrubava essa explicação. Recebida com críticas inicialmente, a teoria brasileira vem sendo cada vez mais aceita. Ela indica que, antes dessa marcha empreendida há 12 mil anos, uma outra leva, bem mais antiga, chegou à América. E Luzia, datada com cerca de 12 mil anos pelo antropólogo da Universidade de São Paulo (USP) Walter Neves, seria descendente desse grupo.


Ancestrais
Os primeiros colonizadores seriam ancestrais dos atuais aborígines australianos e teriam saído do sul da China atual e atingido o continente americano há cerca de 15 mil anos. Eles teriam vivido milhares de anos isolados do resto do mundo até desaparecerem na disputa por caça e território. A segunda leva migratória seria a ancestral dos índios de hoje. "A partir da análise de crânios, alguns antropólogos encontraram eventuais diferenças, inclusive na América do Sul, que remetiam a essa possibilidade", destacou Torroni. "Agora, temos a comprovação genética de que a ocupação humana das Américas foi feita por pelo menos duas diferentes migrações." O trabalho do geneticista italiano e de seu grupo de cientistas americanos, espanhóis, alemães e chineses foi feito com base em amostras de DNA mitocondrial – material genético que fica dentro da mitocôndria, estrutura que processa energia nas células – adequadas para investigar linhagens maternas. Dos 70 mil indivíduos estudados, 69 tiveram o DNA mitocondrial completamente seqüenciado. Os cientistas encontraram dois diferentes tipos de DNA, relativamente raros e chamados D4h3 e X2a. O primeiro teria se espalhado pela América através da costa do Pacífico e rapidamente alcançou a Terra do Fogo. Já o X2a, basicamente ao mesmo tempo, partiu também da Beríngia e permaneceu restrito à América do Norte, sendo encontrado apenas nos Estados Unidos e Canadá.


Polêmica
Outro estudo, publicado há quase oito meses na revista American Journal of Physical Antropology, não concorda com essa teoria. Tendo como autores o antropólogo argentino Rolando González-José, do Centro Nacional Patagônico, e os geneticistas brasileiros Fabrício Santos (Universidade Federal de Minas Gerais), Maria Cátira Bortolini (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Sandro Bonatto (PUC-RS), o trabalho diz que os primeiros habitantes do continente vieram em uma única grande migração, mas formavam um grupo bem diversificado. O quarteto analisou mais de 10 mil dados genéticos e 576 medidas de crânios de populações extintas e atuais do Novo e do Velho Mundo. Eles questionam tanto a tese de Walter Neves e do argentino Héctor Pucciarelli – de que a população mongolóide da América havia sido precedida de uma outra migração muito mais antiga, a paleoíndia – como o modelo de povoamento das Américas em três ondas migratórias a partir de 12 mil anos atrás proposto pelos americanos Christy Turner e Joseph Greenberg. De acordo com eles, todas as linhagens de DNA americanas chegaram de uma vez. Uma migração principal explicaria 98% de toda a diversidade das Américas. O estudo do grupo de Torroni diz que os primeiros americanos são originários dos paleoíndios, que, em conseqüência, deram origem a quase todos os modernos grupos de índios americanos das Américas do Norte, Central e do Sul.

BBC
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