quinta-feira, 28 de maio de 2009

Achado arqueológico sugere que lepra surgiu na Índia há cerca de 4.000 anos

Pesquisadores debatiam se origem da doença era asiática ou africana. Apesar de fácil detecção e cura, moléstia ainda persiste no mundo.

Luis Fernando Correia

Apesar de a hanseníase, mais conhecida como lepra, conviver com o homem desde a Antiguidade, sua origem ainda é motivo de disputa. Estudos genéticos apontavam para o sul da Ásia ou leste da África como berço do germe causador da doença.

Pesquisadores americanos, trabalhando em colaboração com colegas indianos, fizeram uma descoberta que pode resolver a questão. Foi descoberto um esqueleto do segundo milênio antes de Cristo, no estado do Rajastão (Índia), com sinais característicos da lepra. Até hoje as evidências arqueológicas colocavam o caso mais antigo no Usbequistão, datado de mil anos antes de Cristo.

O esqueleto descoberto na Índia pertenceu a um homem de meia idade que apresentava alterações na face, articulações e ossos das pernas e braços típicas da lepra. Mesmo quando foram testadas outras hipótese diagnósticas, essas não foram confirmadas. Os testes para determinação da idade da ossada colocaram nosso paciente vivendo há mais de 4 mil anos.

A lepra é uma doença causada por um germe chamado de Mycobacterium leprae, que atinge principalmente a pele a os nervos. A doença tem tratamento eficiente com medicamentos baratos e em seis meses o paciente está curado. O diagnóstico é simples e agentes comunitários podem ser treinados para encaminhar casos suspeitos ao sistema de saúde.

Apesar de tudo isso, cerca de 250 mil pessoas em todo o mundo ainda têm lepra. O Brasil está entre os 9 países responsáveis por 75% dos casos do mundo. O Ministério da Saúde brasileiro registrou, em 2006, 100 mil pacientes de lepra. Diante disso tudo, fica evidente a incapacidade humana em lidar com as doenças, mesmo as conhecidas há muito tempo.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.

Múmias de Leymebamba são exemplo da tecnologia chachapoya

Bom Dia mostra o patrimônio histórico na Amazônia Peruana. As múmias de Leymebamba contam o passado dos primeiros habitantes da América do Sul


JOSÉ RAIMUNDO, SANDRO QUEIROZ e ODAIR REDONDO Leymebamba, Peru



Bucólica, de gente simples e de uma riqueza incalculável, Leymebamba é guardiã de um tesouro. Em um museu, um impressionante acervo atrai os olhos do mundo. O homem contemporâneo reuniu um dos maiores achados da história sobre o homem primitivo das Américas. Nenhum outro lugar concentra tanta informação sobre os povos chachapoyas e incas.

Para entrar na sala, nós precisamos pedir, insistir, mas conseguimos uma autorização especial. Lá está guardado um patrimônio arqueológico dos mais importantes das Américas: as múmias encontradas em uma das montanhas de Leymebamba. São 230 múmias. Algumas de autoridades, segundo a arqueóloga Sonia Guillén, diretora do museu. Havia uma hierarquia. Quem representava os deuses, ou exercia algum poder, merecia túmulos melhores. As pesquisas ainda são limitadas, ela diz. Mas já é possível saber, por exemplo, que a tuberculose matava muita gente naquela época. Sônia, nos mostra a múmia de uma jovem, de uns 13 anos. Pela expressão, ela teria morrido de um golpe violento, talvez um sacrifício de ritual religioso. A posição fetal simboliza a volta ao ventre para o recomeço da vida.

Há imagens gravadas durante o resgate, há dez anos, na laguna de Los Condores, região de acesso difícil, onde o cavalo é o único meio de transporte. As múmias estavam bem escondidas, a quase três mil metros de altura. A operação para transportar achados tão valiosos foi delicada e durou várias semanas. A tecnologia dos chachapoyas é o lado mais surpreendente da história, diz a arqueóloga. Até hoje, ninguém conseguiu desvendar esse mistério. Talvez tenham desenvolvido algum produto de conservação à base de ervas e plantas da floresta. A única certeza é que, há 1,2 mil anos mais ou menos, além de dominar a tecnologia da mumificação, o homem desta região da Amazônia sabia preservar a sua própria história, respeitando a natureza.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Penhascos abrigam 'cidade dos mortos' na Amazônia peruana

Nos paredões de uma Amazônia quase desconhecida, no norte do Peru, as montanhas servem de morada para quem já partiu deste mundo. Pequenas casinhas marcam uma das cidades dos mortos, herança do povo que antecedeu os incas, a civilização chachapoya.



Para chegar até o sítio arqueológico, o caminho é duro de encarar. Só se chega a pé. A cidade fica a 2,9 mil metros de altitude: são três horas de caminhada exaustiva. Quando a subida acaba, começa o trecho mais perigoso. A trilha passa a um palmo do abismo. Todo cuidado é pouco. Qualquer escorregada pode levar o aventureiro a pedir abrigo em curiosos túmulos históricos. Para os chachapoyas, os mortos eram tratados com os mesmos privilégios que mereciam os vivos, às vezes, até mais, dizem os pesquisadores. Eram abrigados em casas de até dois andares. Tudo para proteger os corpos e as múmias da chuva e principalmente dos inimigos. Dentro das casas, não dá para ver muita coisa além dos cômodos vazios. É como se a cidade dos mortos estivesse desabitada. Na verdade, ela foi saqueada ao longo dos tempos. Os cadáveres eram levados para lá, com todos os seus objetos pessoais, inclusive joias. Perto dali ficam os sarcófagos de Carajya, um dos cartões-postais da Amazônia peruana. Lá, no alto da rocha, bem na vertical, que os povos chachapoyas e incas guardavam seus mortos. “Dominavam muito bem o equilíbrio, e não só isso, era uma questão de sabedoria”, diz a pesquisadora Hildegard de Leon. Equilíbrio é a palavra-chave, diz a pesquisadora. Não apenas para escalar o paredão, mas também para viver em harmonia com a natureza. Um desafio e tanto. Os rituais levavam meses até deixar o cadáver de cara para o leste, bem em frente à nascente do sol. Em nenhum outro lugar do mundo se encontra essa forma de enterro. Cada família ocupava seu sarcófago e o herói da aldeia tinha seu crânio exibido como se fosse um troféu. Com óxido de ferro, pintavam os símbolos da civilização no rosto da urna. “Morrer não era o fim da vida", aponta a pesquisadora Hildegard de Leon.



Tradições preservadas
A morte era só uma passagem para outra vida. Lá pelo século 12, os chachapoyas já defendiam essa crença. Formaram uma legião de seguidores, que até hoje, tratam quem já se foi como se ainda estivesse entre nós. É o que ocorre na cidade de Luya, que fica no centro do estado do Amazonas peruano. Os moradores fazem festa na casa dos mortos. Ao contrário de nós, brasileiros, que rezamos em silêncio quando lembramos dos parentes e dos amigos que já se foram, os mortos de lá são visitados no cemitério com música e banquete.

Se você vive ou viajou para a Amazônia e tem relatos interessantes sobre a história da floresta, entre em contato com o Globo Amazônia pelo e-mail mailto:globoamazonia@globo.com. Não se esqueça de colocar seu nome, e-mail, telefone e, se possível fotos ou vídeos.

Do Globo Amazônia, com informações do Bom Dia Brasil

terça-feira, 26 de maio de 2009

Entre Amazônia e Andes, ruínas revelam civilização anterior aos incas

No topo da cordilheira, uma muralha de pedra talhada dá a dimensão de uma das primeiras cidades das Américas. Com 30 metros de altura e 600 de comprimento, ela foi erguida no século XII para proteger o povo chacapoya, que habitava a região muito antes dos incas. Visite o site do Bom Dia Brasil Hoje, restam ruínas das 420 casas que formavam as ruas da comunidade. Nas residências maiores, moravam entre seis e oito pessoas. Na cozinha, dizem os pesquisadores, o trigo e o milho eram moídos em pedras. As roupas e objetos pessoais eram guardados em buracos nas paredes, parecidos com armários embutidos – uma prova de que muito antes da descoberta, as civilizações que ocupavam as Américas já eram organizadas. A curiosa forma circular das casas tinha um sentido muito mais nobre do que um capricho arquitetônico. "Círculo não tem início, nem fim, é uma cultura eterna", explica a pesquisadora Hildegard de Leon. Para os historiadores, o padrão arredondado permitia mais integração. As pessoas viviam em permanente reciprocidade. “Toda a organização social, política e econômica era muito bem estabelecida", diz o arqueólogo Julio Rodrigues. Ainda se sabe muito pouco sobre as ruínas, diz o arqueólogo. Ele comanda uma pesquisa que depende de um cuidadoso trabalho braçal. As escavações já desenterraram cerâmicas, crânios, vestígios de um passado que deixou poucos registros na história. Um dos desafios é descobrir como desapareceram os moradores deste lugar.

Cidade habitada
La Jalca, uma cidadezinha meio esquecida em um dos pontos mais altos da Amazônia, também guarda um monumento precioso. Aqui, chachapoyas e incas tentaram, mas não conseguiram, resistir à invasão dos conquistadores espanhóis. Depois da conquista, veio o abandono. Os espanhóis não suportaram o clima, de muita chuva e o frio de três mil metros de altitude, e abandonaram La Jalca. Mas deixaram uma herança que hoje ainda é considerada um dos patrimônios mais importantes do norte do Peru: uma igreja do século 16, construída pela tecnologia chachapoya, com pedra sobre pedra. O padre Diego Garcia nos mostra na parede que os católicos mais antigos da Amazônia não cultuavam os santos, e sim os animais. Três espécies eram respeitadas com devoção. "A serpente, os primatas e os felinos", mostra o padre. Mais uma curiosidade da igreja: a torre. Fica do outro lado da rua, fora da nave. O historiador Peter Thomas, depois de 30 anos de pesquisa descobriu os motivos: "Havia uma igreja ao lado, que não existe mais. A torre servia para ambas. Era também ponto de observação e vigilância”.

Se você vive ou viajou para a Amazônia e tem relatos interessantes sobre a história da floresta, entre em contato com o Globo Amazônia pelo e-mail globoamazonia@globo.com . Não se esqueça de colocar seu nome, e-mail, telefone e, se possível fotos ou vídeos.

Do Globo Amazônia, com informações do Bom Dia Brasil

domingo, 24 de maio de 2009

Faraós construiram fortificações no Sinai


Os arqueólogos descobriram no Egito uma antiga base militar feita de tijolos de lama e conchas do mar. Uma descoberta surpreendente no deserto do Sinai, que data da época faraônica. Um forte militar às portas do antigo Egito.

Euronews.pt

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Enciclopédia usa artefatos arqueológicos para recriar mundo da Bíblia

As histórias bíblicas sobre David e Golias, a destruição de Jerusalém e a crucificação de Jesus costumam chegar até nós debaixo do filtro de milênios de tradição artística, tendo sido recriadas em quadros, esculturas e filmes de todas as épocas e lugares. O livro "Enciclopédia da Bíblia", que acaba de ser lançado no Brasil, é um antídoto bem-vindo a esse peso da tradição, ajudando o leitor a ver o universo bíblico de forma mais direta, através da lente da arqueologia e da reconstrução acadêmica moderna.

Graças aos inúmeros achados arqueológicos ao longo do último século, dá para reconstruir com razoável grau de precisão as muralhas azuis da Babilônia ou o portão da cidade israelita de Magedo (o suposto local do Armageddon, segundo a tradição bíblica) na época do rei Salomão. Uma inscrição deixada pelo próprio Pôncio Pilatos, prefeito romano da Judeia responsável por condenar Jesus à morte, ou o ossuário (caixão feito para abrigar apenas os ossos) de José Caifás, sumo sacerdote judeu que teria sido opositor do Nazareno, ajudam a trazer o leitor moderno a apenas alguns graus de separação desses personagens de 2.000 anos atrás. (Infelizmente, evidências arqueológicas diretas da vida de Jesus ainda não vieram à tona.)

Mas talvez o mais fascinante dessa grande quantidade de novos dados sobre o mundo bíblico seja a janela que ela abre sobre a vida cotidiana de pessoas anônimas de milhares de anos atrás. As páginas da enciclopédia estão cheias desses pequenos detalhes que fazem a diferença: um calendário dos antigos israelitas escrito em forma de verso; a coleção de jóias de uma cananeia morta há 3.300 anos; moedas da época de Herodes que certamente passaram de mão em mão no mercado; o sinete (espécie de carimbo identificador para selar documentos) usado por um escravo do rei de Judá; um jarro de vinho que leva a identificação do dono e talvez até uma designação de origem.

Usando esses numerosos subsídios, os autores da obra reconstroem o culto religioso no Templo de Jerusalém, os casamentos e nascimentos de filhos no antigo Israel, a agricultura, o comércio e a guerra. Há descrições sucintas e precisas do conteúdo dos livros bíblicos e até uma bela seção sobre a fauna e a flora da Terra Santa na Antiguidade. (Você sabia, por exemplo, que o bicho chamado de coelho em algumas tradução da Bíblia na verdade é um hírax, pequeno parente dos elefantes que mais parece um roedor?)

O grande senão nesse guia agradável e conciso do mundo bíblico é a perspectiva diretamente religiosa em certos pontos. Os autores aceitam de forma mais ou menos acrítica, como dado histórico, as narrativas sobre o Êxodo, a conquista da Terra Santa e o templo de Salomão, sem mencionar as grandes dúvidas sobre a confiabilidade histórica desses relatos. Teria sido melhor relatar ao leitor o que a narrativa bíblica diz sobre esses fatos e, ao mesmo tempo, lembrar o que a pesquisa histórica revela sobre eles.

Enciclopédia da Bíblia
John Drane (org.)
Paulinas e Edições Loyola
320 págs.
R$ 120,00
G1

Fósseis de herbívoros gigantes em rio argentino


A seca inesperada do rio Salado, no norte da Argentina, revelou verdadeiros tesouros fósseis. Os residentes de Roque Perez, a 135 quilómetros de Buenos Aires encontraram ossadas de gigantes armadilhos e os investigadores estão agora a analisar os achados que não param de se “reproduzir” nas margens secas do rio.

Euronews.pt

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Arqueólogos podem estar perto de encontrar local do túmulo de Cleópatra

De uma hora para outra, os olhos do mundo se voltaram para o templo de Abusir, no deserto do Saara. Cientistas acreditam que está enterrado aqui um dos tesouros mais procurados pelos arqueólogos: a tumba de Cleópatra e de seu amante, o general romano Marco Antônio. Num mundo machista, Cleópatra reinou como nenhum homem. Historiadores falam de sua beleza, inteligência e capacidade ímpar de seduzir. Mas a imagem que o mundo moderno tem da eterna rainha do Egito é a criada pelo cinema, com o rosto de Elizabeth Taylor. Cléopatra foi a mulher de dois dos homens mais importantes de sua era. Apaixonado, Júlio César providenciou para que ela assumisse o trono do Egito sozinha. Com isso, Cleópatra se tornava a mulher mais poderosa do planeta. Com o assassinato de César em pleno Senado romano, dirigiu seu charme para o general Marco Antônio. Os dois se rebelaram contra Roma, mas a guerra foi perdida no mar. Ao pensar que Cleópatra havia morrido, Antônio cometeu suicídio com a própria espada. Ela, ao ver o marido morto, usou uma serpente para se matar também. Antes, pediu para ser enterrada num local secreto.

Taposíris

Há 15 anos, a arqueóloga dominicana Kathlen Martinez se dedica a procurar esse lugar. De escavação em escavação, ela chegou à colina de Taposíris. Usando satélites e radares, os pesquisadores já sabem que existe um emaranhado de túneis e passagens secretas que interligam as tumbas na área. Isso torna Abusir um templo único no Egito -- e a possível chave de um grande mistério.Os satélites mapearam os arredores de Alexandria e acharam indícios da tumba de Cleópatra: moedas com a imagem da rainha, corpos de sacerdotes em posição fetal -- típico dos que cometiam suicídio logo depois de enterrar seus amos. Por fim, veio a descoberta de um cemitério a menos de um quilômetro do velho templo. No Egito Antigo, os cemitérios dos mortais comuns ficavam sempre próximos da tumba de um rei ou rainha.

O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Zahi Hawass, acompanha o trabalho dos arqueólogos há mais de 40 anos. Ele diz que nada se compara à descoberta que, na opinião dele, está prestes a acontecer.

"Saber, de fato, como Cleópatra era, com que tesouros foi enterrada, como viveu e morreu, poder comprovar a história, desmistificar o que é lenda -- este lugar pode nos dar tudo isso. Mas, por mais que se descubra sua tumba, Cleópatra manterá ao redor de si uma aura de mistério", diz Hawass.


G1/Fantástico

domingo, 10 de maio de 2009

Arqueólogos dizem ter desenterrado um dos primeiros reis de grande cidade maia


Imagem de Copán feita por pintor no século XIX (Foto: Reprodução)


Especialistas do Instituto Hondurenho de Antropologia e História acreditam ter achados restos de um dos primeiros reis da cidade maia de Copán. "Foi encontrado um esqueleto numa sepultura do templo de Oropindola que, de acordo com as investigações, tem grande importância", afirma o diretor do instituto, Darío Euraque.

A dinastia maia de Copán, que teve 16 reis, floresceu entre os anos 426 e 820 da Era Cristã e deixou belos monumentos de pedra no local, que fica 400 km a noroeste de Tegucigalpa. Segundo Euraque, os restos estão muito deteriorados, porque pedras pesadas caíram sobre os ossos do homem, com cerca de 30 anos. "Mas os dentes estão suficientemente conservados para que possamos continuar as pesquisas", afirmou ele.

Na tumba, os especialistas, coordenados pelo arqueólogo Ricardo Agurcia, acharam também oferendas para o morto. No mesmo templo, a equipe achou uma pintura que pode ter servido como base para jogos rituais.

France Presse

terça-feira, 5 de maio de 2009


Il volto dell'uomo vissuto 35 mila anni fa, creato per la serie «The Incredible Human Journey», della Bbc 2


MILANO - Un volto che sintetizza i tratti somatici africani con quelli asiatici ed europei: ecco come apparivano i primi esseri umani arrivati dall’Africa in Europa. Lo scienziato Richard Neave, esperto britannico di anatomia forense, ha costruito una sorta di modellino del primo essere umano moderno che ha abitato l’Europa. Secondo la datazione effettuata con il radiocarbonio, i resti da cui è partito Neave risalgono a circa 35 mila anni fa, data che potrebbe coincidere con le prime ondate migratorie dell’Homo Sapiens (comparso circa 200 mila anni fa in Africa orientale) verso l’Europa.

LA TECNICA DI RICOSTRUZIONE - Utilizzando un teschio incompleto e una mandibola ritrovati in una caverna dell’attuale Romania, Neave ha ricostruito completamente il cranio e i tessuti molli, riproducendo in argilla il volto di questo nostro progenitore giunto nel Vecchio Continente all’epoca in cui convivevano ancora l’Homo Sapiens e l’uomo di Neanderthal. Secondo gli esperti sono i denti molari, particolarmente larghi, a suggerire che si tratti di uno dei primi esponenti del Sapiens che, come è noto, ha avuto poi la meglio nella lotta evolutiva tra le due specie differenti. Scuro e con un taglio di occhi molto orientale, il modellino del primo uomo moderno arrivato in Europa è stato creato appositamente per la serie The Incredible Human Journey, che verrà trasmessa dalla Bbc 2.
IL VOLTO DI ARGILLA – In questo momento la ricostruzione in argilla si trova nello studio dell’antropologa Alice Roberts, della Bristol University, che darà il via alla trasmissione britannica. Roberts si dice commossa: «guardarlo in faccia e pensare che sia vissuto 35 mila anni fa è un’emozione fortissima». Ma al di là della commozione il lavoro di Neave potrebbe essere di grande importanza per risalire alle prime tracce della razza umana e intuire i meccanismi della sua evoluzione. La riproduzione, pur nelle sue inevitabili approssimazioni, viene considerata molto attendibile: Richard Neave infatti è uno dei massimi esperti di riproduzioni della fisionomia umana e nel suo curriculum vanta altre celebri ricostruzioni, come quella del volto di Filippo II di Macedonia.

Emanuela Di Pasqua
Corriere della Sera

Livro traz o essencial sobre a obra de Charles Darwin e a teoria da evolução


Livro é introdução sucinta à obra de Darwin e à teoria da evolução (Foto: Reprodução)
As comemorações do Ano de Darwin ainda estão longe de acabar. Após a comemoração do segundo centenário do nascimento do naturalista britânico no começo deste ano, ainda celebraremos, em novembro, os 150 anos de seu maior clássico, "A origem das espécies". Diante da profusão de dados sobre a teoria da evolução e o legado de Darwin, por onde o leigo interessado em entender essa parte fundamental da biologia deve começar? As opções são muitas, mas uma das melhores nos últimos tempos é o livro "Charles Darwin: em um futuro não tão distante".

A verdade é que qualquer leigo inteligente é capaz de entender ao menos o essencial de uma dada teoria científica, mas para isso ele precisa de um "vocabulário" ou "alfabeto" básico da área -- mais ou menos como as pessoas precisam saber o que são átomos e moléculas para conseguir entender química. O grande mérito do livro, produzido pelo Instituto Sangari, reconhecido por suas ações na área de divulgação científica, é trazer para o leitor esse vocabulário, com textos curtos, objetivos e precisos. Os organizadores Maria Isabel Landim e Cristiano Moreira, do Museu de Zoologia da USP, conseguiram reunir um timaço de autores, entre os quais se destacam o etólogo (especialista em comportamento animal) César Ades, da USP, o geneticista Sérgio Pena, da UFMG, e a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da UFRJ.

Em obras comemorativas desse calibre, não podem faltar breves resumos biográficos sobre Darwin, incluindo sua visita ao Brasil. Temas polêmicos, como a verdadeira natureza das chamadas raças humanas (conclusão rápida: elas provavelmente não existem) ou a diferença entre o nosso cérebro e o de outros primatas (resultado: não somos tão especiais quanto parecemos). Mas a verdadeira jóia do livro para quem realmente quer entender a teoria da evolução são as 30 páginas escritas por Mário de Pinna, também do Museu de Zoologia da USP.

O pesquisador vai fundo na lógica da biologia evolutiva, do padrão de "arbusto" que explica a ramificação dos vários grupos de seres vivos -- e que deixa claro que não descendemos dos macacos, mas somos apenas "primos" deles, compartilhando com outros primatas um ancestral comum -- até a centralidade da seleção natural, bem como o fato de que ela não produz entidades perfeitas, mas apenas seres adaptados a determinadas condições localizadas no espaço e no tempo.

Também é louvável o fato de que os autores evitam ao máximo entrar em polêmicas religiosas ou teológicas ao abordar o tema. Se há um defeito no livro, não é a falta de didatismo, que na verdade abunda, mas o texto às vezes ligeiramente acadêmico, não muito sedutor para o leitor comum. Mas a iniciativa, de qualquer maneira, merece louvor.

Charles Darwin: em um futuro não tão distante
Maria Isabel Landim e Cristiano Rangel Moreira (org.)
Instituto Sangari
168 págs.
R$ 35,00
Reinaldo José Lopes
Do G1, em São Paulo

Famoso busto de rainha egípcia na verdade é cópia moderna, diz historiador


Uma linda fraude? (Foto: Oliver Lang/France Presse)

O busto da rainha egípcia Nefertiti, exposto num museu de Berlim e datado do século XIV a.C., na verdade é uma cópia de 1912, feita para testar pigmentos usados pelos antigos egípcios, afirma o historiador da arte suíço Henri Stierlin.

Segundo Stierlin, que é autor de dezenas de livros sobre o Egito, o Oriente Médio e o antigo Islã, a obra foi feita seguindo as ordens do arqueólogo alemão Ludwig Borchardt, durante escavações, pela mão do artista Gerardt Marks. "Parece cada vez mais improvável que o busto seja original", afirma Stierlin.

De acordo com o historiador suíço, a ideia era fazer um teste de cores com pigmentos antigos achados durante as escavações. Mas a cópia foi confundida com uma obra original por um príncipe alemão, e o arqueólogo Borchardt não teve coragem de contar a verdade a seus visitantes. Entre os sinais de que se trata de uma reprodução moderna estão a falta do olho esquerdo -- os egípcios nunca deixavam estátuas incompletas desse jeito --, o formato dos ombros, que segue o estilo do fim do século XIX em diante, e o fato de que o busto não figura nos artigos científicos publicados sobre a escavação.

France Presse

Arqueólogos encontram vestígios com mais de 1.200 anos em MG


Parque Estadual da Lapa Grande

Pesquisadores descobriram, em Montes Claros (MG), vestígios de ancestrais que viveram na região há cerca de 1.200 anos. O trabalho dos arqueólogos no Parque Estadual da Lapa Grande já começa a ser analisado em universidades. O parque tem 8 mil hectares reservados à natureza. Criado por um decreto em 2006, o espaço preserva a nascente do Rio Pai João e a vegetação de mata seca e cerrado. Porém, além da paisagem, o local também abriga um recanto de pesquisas com mais de 40 sítios arqueológicos. Neles, os arqueólogos procuram, sob a terra, informações sobre objetos usados pelos habitantes antigos da região. Em uma das escavações, o arqueólogo Rodrigo Tobias Júnior encontrou uma espécie de lança de madeira. O trabalho dos pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade de São Paulo começou no final de 2006. Com as primeiras escavações feitas pelo grupo na Lapa Pintada, em 2008, foram encontrados vestígios de fogueiras e ossos de animais de 7.800 anos. Porém, a principal descoberta veio com o trabalho em 2009: amostras da vegetação de 1.200 anos atrás. Lucas Bueno, professor responsável pela pesquisa, garante que os achados vegetais são difíceis de encontrar. Por isso, mesmo sendo menos antigos, despertam o interesse da comunidade científica. “Temos encontrado sementes de abóbora, pequi, feijão, milho, que remontam 2.000 anos atrás. Elas fazem parte das primeiras evidências dos alimentos cultivados”, diz. O material recolhido na gruta é levado para um laboratório improvisado na sede do parque. Depois da lavagem, os sedimentos são separados pelo peso. Já seca, cada porção é peneirada e depois segue para análise nas universidades. O foco do trabalho não é apenas científico. Para Bueno, aproximar a comunidade deste conhecimento é parte fundamental do processo. “Um dos objetivos principais é gerar conhecimento e transmitir isso para as pessoas, trazendo a comunidade para participar do nosso trabalho”. Isso só será possível quando for definido o plano de manejo que vai abrir as portas do parque para a visitação pública. “Na verdade, é preciso definir quais serão as áreas próprias para uso público, o que pode ser feito na pesquisa e de que maneira pode ser feito. Isso vai definir o uso público do espaço”, diz Antônio César da Cruz, gerente de núcleo do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais.

Globo on line

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Achados no Iraque preocupam arqueólogos


A seca no lago de Haditha, no Iraque, pos a descoberto um achado arqueológico riquíssimo: uma série de sepulturas e objetos da época dos assírios. Mas os arqueólogos estão preocupados, porque a falta de proteção deixa este patrimônio à mercê das pilhagens e do tempo.

Euronews.pt
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