sábado, 26 de junho de 2010

Astecas e maias faziam bolas misturando látex a extrato de planta

Do ‘New York Times’- Os mesoamericanos eram grandes consumidores de borracha, segundo registros históricos e arqueológicos. Com ela, eles produziam sandálias, faixas de borracha e também bolas, que eram usadas para os jogos cerimoniais em pátios de paredes de pedra.

Mexicano vestido como azteca segura bola de jogo ritual (Foto: Alfredo Strella / AFP 28-10-2008)

Cada um desses itens requer diferentes qualidades da borracha. Uma bola requer elasticidade para quicar, uma faixa de borracha requer força, e uma sandália precisa de durabilidade e resistência.

Um novo estudo relata que os mesoamericanos, que incluem os astecas e os maias, sabiam como produzir diferentes tipos de borracha, misturando o látex de seringueiras com um extrato da planta glória-da-manhã (Ipomoea purpurea), em diferentes proporções.

“É uma aposta bem segura a de que eles estavam desenvolvendo materiais para suprir suas necessidades”, diz Michael Tarkanian, principal autor do estudo e cientista de materiais do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). “Não era apenas uma mistura aleatória.”

O quique da bola é maximizado quando o extrato representa 50% da mistura, enquanto a durabilidade e longevidade são maximizadas com a mistura a 25%. Para assegurar força, necessária para uma tira, não se adiciona extrato nenhum.

Os registros mais antigos indicam que os mesoamericanos usavam a borracha por volta de 1.600 a.C. Milhares de anos depois, em 1839, Charles Goodyear descobriu a vulcanização, o processo usado para produzir borracha até hoje.

A pesquisa será publicada na revista “Latin American Antiquity”.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Arqueólogos acham pinturas mais antigas dos apóstolos de Jesus

Imagens foram encontradas em um ramal das catacumbas de Santa Tecla.    Afrescos eram conhecidos, mas seus detalhes vieram à tona recentemente.

Reuters - Arqueólogos e restauradores de arte usando nova tecnologia a laser descobriram o que acreditam ser as pinturas mais antigas dos rostos dos apóstolos de Jesus Cristo.

As imagens encontradas em um ramal das catacumbas de Santa Tecla, perto da Basílica de São Pedro, do lado de fora das muralhas da Roma antiga, foram pintadas no fim do século 4 ou início do século 5.


Descobertas foram anunciadas nesta terça-feira (22) (Foto: Tony Gentile / Reuters)

Arqueólogos acreditam que essas imagens podem estar entre as que mais influenciaram os retratos feitos por artistas posteriores dos mais importantes entre os primeiros seguidores de Cristo.

"São as primeiras imagens que conhecemos dos rostos desses apóstolos", disse o professor Fabrizio Bisconti, diretor de arqueologia das catacumbas de Roma, que pertencem ao Vaticano e são administradas por ele.

Os afrescos eram conhecidos, mas seus detalhes vieram à tona durante um projeto de restauração iniciado dois anos atrás e cujos resultados foram anunciados nesta terça-feira (22) em coletiva de imprensa.

Os ícones de rosto inteiro incluem as faces de São Pedro, Santo André e São João, que fizeram parte dos 12 apóstolos originais de Jesus, e São Paulo, que se tornou apóstolo após a morte de Cristo.

As pinturas possuem as mesmas características de imagens posteriores, como a testa enrugada e alongada, a cabeça calva e a barbicha pontuda de São Paulo, o que indica que podem ter sido as imagens nas quais os retratos posteriores se basearam.

Os quatro círculos, com cerca de 50 centímetros de diâmetro, estão no teto do local do sepultamento subterrâneo de uma mulher nobre que se acredita que tenha se convertido ao cristianismo no fim do mesmo século em que o imperador Constantino legalizou a religião.
Bisconti explicou que as pinturas mais antigas dos apóstolos os mostram em grupo, com rostos menores cujos detalhes são difíceis de distinguir.

"Trata-se de uma descoberta muito importante na história das comunidades cristãs primitivas de Roma", disse Bisconti.

Os afrescos dentro do túmulo, medindo cerca de 2 metros por 2 metros, estavam recobertos de uma pátina espessa de carbonato de cálcio pulverizado, provocada pela umidade extrema e a ausência de circulação de ar.

"Fizemos análises extensas e demoradas antes de decidir qual técnica empregar", disse Barbara Mazzei, que chefiou o projeto. Ela explicou como usou um laser como "bisturi ótico" para fazer o carbonato de cálcio cair sem prejudicar a tinta.

"O laser criou uma espécie de miniexplosão de vapor quando interagiu com o carbonato de cálcio, levando este a se destacar da superfície."

O resultado foi a clareza espantosa das imagens, antes opacas e sem nitidez.

As rugas na testa de São Paulo, por exemplo, estão nítidas, e a brancura da barba de São Pedro ressurgiu.

"Foi uma descoberta de forte impacto emocional", disse Mazzei.

Outras cenas da Bíblia, como a de Jesus convocando Lázaro a levantar-se dos mortos ou Abraão preparando-se para sacrificar seu filho, Isaac, também ficaram muito mais claras e nítidas.

"No que diz respeito a pinturas no interior de catacumbas, estamos acostumados a ver pinturas muito pálidas, geralmente brancas, com poucas cores. No caso das catacumbas de Santa Tecla, a grande surpresa foram as cores extraordinárias. Quanto mais avançamos, mais surpresas encontramos", disse Mazzei.

Situado num labirinto de catacumbas sob um prédio moderno, o túmulo ainda não está aberto ao público devido às obras que continuam, à dificuldade de acesso e ao espaço limitado. Bisconti disse que as novas descobertas serão abertas apenas à visitação de especialistas, por enquanto.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cerca de 20 mil celebram solstício em Stonehenge

BBC - Cerca de 20 mil pessoas foram a Stonehenge, na Inglaterra, para marcar, nesta segunda-feira, o solstício de verão, o dia mais longo do ano.   

Diferentemente de anos anteriores, o sol, desta vez, conseguiu dar o ar de sua graça, arrancando aplausos das pessoas quando os primeiros raios solares iluminaram o monumento pré-histórico.

A polícia descreveu o evento deste ano como um dos mais seguros e calmos dos últimos tempos.

O comparecimento ao evento foi menor do que o recorde de 2009, quando 36,5 mil pessoas foram a Stonehenge. O grande número foi relacionado ao fato de o solstício passado ter caído num domingo.

Nem cinzas, nem gases: onda de calor de até 600 graus foi o que destruiu a vida em Pompéia



Foto: Soprintendenza Speciale per i Beni Archeologici di Napoli e Pompei
Pesquisadores italianos revelam que os moradores de Pompéia, durante erupção do Vesuvio,
morreram por causa de uma onda de calor que atingiu 600 graus.

 Uma onda de calor – com temperaturas que atingiram 600 graus – foi a causa determinante da morte, instantância dos moradores de Pompéia, durante a erupção do Vesuvio, em 79 DC, e não a asfixia por cinzas, após uma longa agonia, ou gases venenosos, como se supunha até agora. A conclusão é de um estudo interdisciplinar realizado por pesquisadores do Osservatorio Vesuviano-Ingv e biólogos da Universidade Frederico II, de Nápoles, publicado na revista científica PLoS ONE

As novas descobertas – que revelaram a passagem pela região atingida de uma nuvem brilhante, de baixa concentração de cinzas, mas muito espassa, capaz de reter o calor mesmo a muitos quilômetros de distância do vulcão - não são importantes apenas para esclarecer a tragédia ocorrida há tanto tempo. Como explicam os autores do estudo – Giuseppe Mastrolorenzo, Lucia Pappalardo , Pierpaolo Petrone e Fabio Guarino -, no caso de uma futura erupção, o risco para a vida humana pode ser estendido a distâncias superiores a 15 quilômetros do vulcão, área até agora considerada segura. Na verdade, observam, os novos dados apontam para a inadequação dos atuais planos de emergência e a importância de se ampliar a zona de risco.

- Nossos resultados – acentuam - mostram que a exposição a pelo menos 250 ° C, a uma distância de 10 quilômetros a partir da vazão, foi suficiente para causar morte instantânea, mesmo às pessoas abrigadas em prédios.

Para chegar às conclusões, entre outras ações, os pesquisadores analisaram a composição e a consistência das cinzas e simularam o avanço na nuvem quente. Avaliaram a posição em que as vítimas foram encontradas e as alterações súbitas sofridas nos ossos. O resultado evidenciado pela situação em que as vítimas foram encontradas indicou que morreram em um átimo, sem esboçar qualquer reação. Uma mulher, com uma criança no braço, ou um homem encontrado morto no que era o banheiro da época, são exemplos claros.

O estudo demonstrou que os restos, tantos dos humanos quanto dos animais, apresentavam características de exposição a temperaturas altíssimas, o que foi confirmado pela análise da alteração súbita do DNA e dos experimentos realizados nos ossos dos animais.

Redação revista eletrônica Oriundi
http://www.oriundi.net/

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cientistas usam Carbono 14 e obtêm cronologia precisa do Egito antigo

Cientistas usam Carbono 14 e obtêm cronologia precisa do Egito antigo.   Pesquisadores conseguiram retificar datas históricas.   Eles analisaram mais de 200 artefatos de arte egípcia.

France Presse -  Uma data confirmada por carbono 14 permitiu estabelecer, pela primeira vez, a cronologia precisa do Egito dos faraós e ratificou várias estimativas anteriores, gerando algumas revisões históricas, destacou estudo publicado na revista científica "Science".


 
Embora algumas cronologias prévias fossem relativamente exatas, era difícil determinar datas precisas para certos eventos do Egito antigo.para fazer datação, pesquisadores usaram 211 amostras de arte egípcia. (Foto: Science/Reprodução)

A localização cronológica de diferentes dinastias feitas com base em estudos de documentos epigráficos, históricos e arqueológicos tornava ainda mais difícil estabelecer datas, já que em cada novo reinado se voltava a começar do zero.

Correções na História
Esta cronologia científica revela também que o reino de Dyeser começou entre 2691 e 2525 antes de Cristo, quando as datações precedentes o situavam no ano 2630 antes de Cristo.

O Império Novo começou entre 1570 e 1544 aC. Até agora se pensava que havia começado ao redor de 1500 aC.

Para fazer a datação com carbono 14, os pesquisadores recolheram em museus da Europa e da América 211 amostras de arte egípcia, sementes, cestaria, têxteis, plantas e frutas.

"Pela primeira vez o carbono 14 é suficientemente preciso para estabelecer uma cronologia absoluta", disse Bronk Ramsey, da Universidade de Oxford, Grã-Bretanha, principal autor deste trabalho divulgado na revista Science de 18 de junho.

"Acho que os egiptólogos celebrarão ao saber que com uma pequena equipe de pesquisa independente corroboramos um século de pesquisas em apenas três anos de trabalho", destacou em um comunicado.
Participaram do estudo cientistas de França, Áustria e Israel.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Arqueólogos encontram 'sapato mais antigo do mundo' na Armênia

Do G1, em São Paulo - Um grupo de cientistas internacionais liderados pela Universidade de Cork, na Irlanda, encontraram o que dizem ser o sapato de couro mais antigo do mundo. O objeto, que estava em uma caverna na Armênia, tem idade estimada em 5.500 anos.

Baseado em um único pedaço de couro de boi, o sapato está em perfeito estado de conservação.
 (Foto: Departamento de Arqueologia da Universidade de Cork, via AP)

O calçado estava recheado de grama, e os pesquisadores ainda não sabem dizer se o vegetal servia para manter os pés aquecidos ou para conservar o formato do calçado enquanto ele estava guardado.

Segundo os pesquisadores, o chão da caverna estava coberto com uma grossa camada de estrume de ovelha, e isso ajudou a conservar o objeto.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Arqueólogos encontram cem vasilhas de 3.500 anos em Israel

Descoberta de objetos tão antigos e bem  conservados é extremamente rara, diz arquólogo.  (Foto: Israel Antiquities Authority via AFP)

France Presse - Em torno de cem recipientes de 3.500 anos, utilizados para cerimônias pagãs, foram encontrados no norte de Israel, anunciou nesta segunda-feira (7) uma equipe de arqueólogos.
Essa descoberta, por sua antiguidade e bom estado, é "extremamente rara", explicaram Edwin van den Brink e Uzi Ad, responsáveis pelas escavações que duraram duas semanas em um terreno de depressão natural em um substrato rochoso de Tel Qashish, perto de Haifa.

"Nunca tinha sido descoberto esse tipo de objeto, de 3.500 anos, e é extraordinário encontrá-los em tal estado de conservação", explicaram.

Laços comerciais
Entre os objetos encontrados está uma vasilha para queimar incenso e um copo adornado com a forma de uma mulher, que pode ter sido utilizado para fazer oferendas ou libações a uma divindade.

"Nesse período existia um perigo de invasão militar, e nossa teoria é de que os sacerdotes esconderam objetos utilizados nos templos por temor de que fossem destruídos", disse à AFP Van den Brink.

"Um sítio localizado em uma colina próxima, da mesma data, foi destruído e enterrado, então talvez tenha havido uma guerra ali", completou.

Tel Qashish, ou Tell al Qassis, em árabe, é uma cidade bíblica localizada perto do Monte Carmelo, nos arredores de Haifa.

Segundo o Antigo Testamento, em Tell al Qassis ou perto dali, o profeta hebreu Elias degolou 450 profetas do deus pagão Baal.

Desenho encontrado na Austrália pode ser o mais antigo do mundo

BBC - Um antigo desenho indígena de dois pássaros extintos há 40 mil anos pode ser um dos mais antigos do mundo, afirmam cientistas australianos.

Arqueólogos acreditam que a pintura rupestre descoberta em um remoto planalto no Território do Norte, na Austrália, pode ter 40 mil anos de idade.

A pintura mostra dois pássaros gigantes que parecem um genyornis, um tipo de ave não voadora que habitou a Austrália e que, se acredita, teria sido extinta com o aparecimento do homem.

Se o desenho tiver sido produzido quando esta fauna ainda existia, como alguns especialistas acreditam, ele seria um dos desenhos rupestres mais antigos já encontrados.

Em tinta de cor ocre, a pintura foi descoberta sob uma prateleira de pedra sabão em Arnhem Land, ao leste de Darwin, onde a tradição artística indígena começou há milhares de anos.

A recente descoberta foi examinada pelo arqueólogo Ben Gunn, que afirma que, se a idade de 40 mil anos for confirmada, será um fato monumental.

“Se for confirmada ela terá pelo menos o dobro da idade de qualquer outra pintura rupestre cuja idade já tentou se identificar na Austrália”, disse ele.

“Então, o grau de sobrevivência desta pintura seria enorme se comparada à maioria das obras de arte indígenas já classificadas.”

O remoto local será escavado cuidadosamente e testado para que os cientistas tentem estabelecer a idade da pintura.

Ainda há dúvidas, entre especialistas, se a pintura sobreviveria tanto tempo nas duras condições tropicais do norte da Austrália.

Os arqueólogos, no entanto, se sentem energizados pela descoberta, afirma o correspondente da BBC em Sydney, Phil Mercer.

Eles acreditam que possa haver centenas de milhares de pinturas rupestres aborígenes ainda espalhadas e não descobertas pela Austrália.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Etruscan home 'unique discovery'

 (ANSA) - Grosseto, May 31 - Archaeologists have unearthed a beautifully preserved Etruscan house in western Italy in the first ever discovery of its kind. The 2,400-year-old building, uncovered at the archaeological site of Vetulonia near the Tuscan coast, is one of only a handful of Etruscan homes ever found. Nearly everything known about Etruscans has come from their extensive network of tombs. The remarkable condition of the house makes the discovery even more exceptional, say experts.

"These are the best remains ever found in Italy of an Etruscan home," explained Vetulonia Archaeological Museum Director Simona Rafanelli. "It is the only case of its kind in Italy. What we have found will enable us to reconstruct the house in its entirety.

"It offers a wealth of interesting new evidence".

Following an initial excavation of two weeks, the archaeological team revealed details of the earliest discoveries.
The building's walls were made of blocks of dried clay, the first ever example of Etruscan-made brick, said Rafanelli. Clay plaster was also found, along with a door handle and the remains of bronze furniture. Of particular interest is the basement of the house. Built of drystone this was apparently used as a cellar for storing food supplies. A massive pitcher which stood in the corner of the main room was used to hold grain.

Other finds include the original flooring of the house, made of crushed earthenware plaster, along with remains of vases, amphorae and plates painted black.

A large quantity of metal nails in the house, along with their placements, indicates the main room might have once contained a kind of mezzanine level built from wooden beams. Six Roman and Etruscan coins discovered on a small alter inside the structure suggest it collapsed in 79 BC, during a period of war sparked by the Roman general Lucius Cornelius Sulla.
Experts believe the building, which was used both as a home and for commercial activity, belonged to a wealthy and influential family at the time of its collapse. The variety of styles discovered so far indicates it was extended and renovated several times during its three centuries of existence. "The building was part of the ancient town of Vetulonia and is much older than other sections of the town uncovered so far," said Rafanelli. "We also want to work towards transforming this building into an open air museum," she added, promising the excavations would continue.

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