sábado, 29 de setembro de 2012

Esculturas de bronze de 7 mil anos de idade são encontradas na Sérvia

Peças foram descobertas no sítio arqueológico de Plocnik, no sul do país.
Manuseio de cobre e outros metais nos Bálcãs ocorreu antes do previsto.

Do G1, em São Paulo

Esculturas de bronze de 7 mil anos foram achadas no sítio arqueológico de Plocnik, no sul da Sérvia, a cerca de 300 km da capital Belgrado.

Os objetos pertencem a um povoado que viveu na região dos Bálcãs durante o período Neolítico, por volta de 5.300 a.C.

Abaixo, aparecem uma figura feminina e um machado de bronze.

Neolítico bronze  (Foto: Marko Djurica/Reuters) 
Peças foram feitas por tribos que viveram nos Bálcãs por volta de 5.300 a.C.
(Foto: Marko Djurica/Reuters)
 
Segundo os arqueólogos, as descobertas indicam que essas tribos já processavam bronze, cobre e outros metais antes do que havia sido previsto.

Neolítico (Foto: Marko Djurica/Reuters) 
Figura feminina sem cabeça e pedaços de madeira e pedra (dir.) são achados
 (Foto: Marko Djurica/Reuters)
 
Nas imagens acima, aparece à esquerda uma figura feminina sem cabeça e, à direita, pedaços de metal e pedra encontrados no sítio.

Neolítico (Foto: Marko Djurica/Reuters) 
Sítio arqueológico de Plocnik fica no sul da Sérvia, a 300 km da capital Belgrado
 (Foto: Marko Djurica/Reuters)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Arqueólogos acham indícios de divisão de classes na Idade da Pedra

Pesquisadores israelenses encontraram produtos importados e 'de luxo' em terreno onde estrada será construída.

Da BBC

A escavação arqueológica no sítio de Ein Zippori, no norte de Israel, revelou a existência de uma comunidade pré-histórica do período Neolítico, onde já havia uma elite que possuía "objetos de luxo" importados de países distantes.

Os trabalhos, realizados pelo Departamento de Antiguidades de Israel, começaram há um ano, mas só agora as descobertas foram reveladas à imprensa.

No local, estava planejada a construção de uma estrada. No entanto, como essa região é conhecida pela abundância de antiguidades, costuma-se fazer a chamada "escavação de salvamento" – uma operação preliminar para garantir que os trabalhos não destruam itens importantes que possam estar enterrados na área.
Neolítico (Foto: Clara Amit) 
Objetos raros e importados sinalizam divisão de classes sociais já no período Neolítico 
(Foto: Clara Amit)
 
Os diretores da escavação, os arqueólogos Ianir Milevski e Nimrod Getzov, se surpreenderam ao descobrir uma grande comunidade pré-histórica, com restos de casas cujas fundações foram feitas de pedra e paredes erguidas com tijolos de barro.

De acordo com Milevski, costuma-se pensar que nesse período da história humana as sociedades fossem "mais igualitárias".

"No entanto, as escavações revelaram indícios de que há 7 mil anos já havia uma pequena camada da sociedade que possuía objetos raros, o que a maioria da população não tinha", disse Milevski à BBC Brasil.

Neolítico (Foto: Clara Amit) 
 
Placa de pedra com avestruzes talhados foi considerada pelos arqueólogos objeto de 'luxo'
 (Foto: Clara Amit)
 
Objetos 'de luxo' importados
Na escavação, foram encontrados milhares de objetos de pedra, sílex (rocha sedimentar) e cerâmica, mas o que chamou a atenção dos pesquisadores foram objetos raros feitos de materiais que não existiam nessa região.

Entre os objetos raros, estão lâminas feitas de rocha obsidiana, cuja fonte mais próxima se encontra na Turquia, e placas de pedra com desenhos próprios da cultura da Mesopotâmia (onde hoje se encontra o Iraque) e da Síria.

"Entre os objetos mais importantes que descobrimos, está uma placa de pedra com a imagem de duas avestruzes talhadas. É um trabalho simples, mas muito elegante e que nos remete à cultura da Mesopotâmia daquele período", disse Milevsky.

Também foram descobertas pequenas bacias de pedra feitas "com uma delicadeza impressionante" e, em uma delas, estavam cerca de 200 contas de colar – pretas, brancas e vermelhas.

O arqueólogo explicou que, como a comunidade era de um período anterior à descoberta do metal, a fabricação de objetos "tão delicados" era especialmente complexa e só uma elite poderia possuir objetos de tão difícil fabricação.

"Para fazer o buraco nas contas do colar, era necessária uma furadeira de poucos milímetros. Trata-se de uma técnica muito sofisticada para o período que estamos pesquisando", acrescentou Milevski.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Estátua levada por nazistas do Tibete foi feita em meteorito de 15 mil anos

Escultura foi elaborada há mil anos em pedra extraterrestre, diz estudo.
Obra 'O homem de ferro' pesa mais de 10 kg e representa figura do budismo.

Da France Presse

Estátua que foi levada do Nepal para a Alemanha (Foto: Elmar Buchner/Universidade de Stuttgart/AFP) 
Estátua que foi levada do Nepal para a Alemanha
(Foto: Elmar Buchner/Universidade de Stuttgart/AFP)
 
Uma estátua budista levada do Tibete para a Alemanha em 1938 por uma equipe enviada por nazistas para buscar "as raízes da raça ariana" foi esculpida há mil anos em um pedaço de meteorito, revelaram os cientistas encarregados de sua análise.

A estátua batizada de "O homem de ferro" pesa mais de 10 kg e mede 24 centímetros de altura. Acredita-se que representa o deus Vaisravana, uma importante figura do budismo.

Em 1938, uma expedição de cientistas alemães enviadas pelo governo nazista para descobrir a origem da chamada "raça ariana" descobriu esta estátua, que tem uma cruz suástica no ventre, e a levou para a Alemanha.

Uma equipe do Instituto de Estudos dos Planetas da Universidade de Stuttgart, dirigida por Elmar Buchner, analisou a estátua e descobriu que foi esculpida em um bloco proveniente de uma ataxita, um tipo pouco comum de meteorito ferroso, segundo estudo publicado na revista "Meteoritics and Planetary Science".

Esse meteorito teria caído na fronteira entre Mongólia e a Sibéria há cerca de 15.000 anos. Não se pôde datar com exatidão a escultura, mas seu estilo leva a pensar que teria vínculos com a cultura Bon, anterior ao budismo, no século XI.

Caixões de pedra de mil anos são encontrados em região das Filipinas

Sítio arqueológico foi descoberto no meio de floresta na região de Mulanay.
Segundo pesquisadores, local já foi saqueado algumas vezes.

Do G1, em São Paulo

 
Arqueólogos encontraram na cidade de Mulanay, nas Filipinas, um cemitério com mais de mil anos de idade encravado na floresta tropical. De acordo com a agência de notícias "France Presse", o sítio arqueológico continha vários caixões feitos com pedra calcária, que mediam cerca de seis metros de comprimento.

O anúncio sobre a descoberta do sítio foi feito há uma semana, mas nesta quinta-feira (27) foram divulgadas imagens do local.

Funcionários do governo local conseguiram encontrar restos mortais dentro dos túmulos, como mandíbulas e outras partes de ossos. Entretanto, os pesquisadores afirmam que o local já passou por diversos saques de artefatos valiosos, que teriam sido roubado há muito tempo por "caçadores de tesouros".



Imagem de sítio arqueológico com caixões feitos com pedra calcária, encravado na floresta tropical. (Foto: Ted Aljibe/AFP) 
Imagem de sítio arqueológico com caixões feitos com pedra calcária, encravado na floresta tropical (Foto: Ted Aljibe/AFP)
 
 
Funcionário do governo de Mulanay, nas Filipinas, deita em caixão de pedras calcárias que foram encontrados em um sítio arqueológico nas montanhas da cidade asiática, na província de Quezon, ao sudeste da capital Manila. (Foto: Ted Aljibe/AFP) 
 
Funcionário do governo de Mulanay, nas Filipinas, deita em caixão de pedras calcárias que foram encontrados em um sítio arqueológico nas montanhas da cidade asiática, na província de Quezon, ao sudeste da capital Manila (Foto: Ted Aljibe/AFP)
 
Em alguns dos caixões, que chegam a medir seis metros de comprimento, foram encontrados restos mortais, como mandíbulas. (Foto: Ted Aljibe/AFP) 
Em alguns dos caixões, que chegam a medir seis metros de comprimento, foram encontrados restos mortais, como mandíbulas (Foto: Ted Aljibe/AFP)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

20ª Caminhada Arqueoastronômica Equinócio de Primavera

Sábado, 22 de setembro de 2012
PERÍODO MATUTINO
Caminhada Arqueoastronômica - Morro da Galheta
Ponto de encontro: sede do IMMA - Fortaleza da Barra da Lagoa

Equipe 1: Astrônomos Observadores Hora: 03:30 (três horas e trinta minutos da manhã)
Contato 1: Alexandre Amorim, celular 9618-3063 ou email  (a ficha de participação seria enviada até dia 21/set às 16:00)

Equipe 2
Hora: 05:00 (cinco horas da manhã)
Contato 2: Adnir Ramos, celular 9607-2201 ou email 

Atenção: às 05:30 (cinco horas e trinta minutos) o portão de acesso à trilha foi fechado.

Evento principal:
Observação do nascer do Sol às 06:03

Usando os alinhamentos existentes no Morro da Galheta, os participantes observaram o nascer do Sol no singular alinhamento de rochas do Morro da Galheta.

Durante o nascer do Sol os observadores organizaram uma fila para que todos tivessem a oportunidade de ver e fotografar os raios solares no alinhamento principal.
 
Eventos secundários (para os participantes da Equipe 1):
Observação do planeta Júpiter
Observação do planeta Vênus
Observação de alguns satélites artificiais


Se o céu estivesse nublado ou chuvoso, esta atividade seria transferida para o domingo, dia 23 de setembro.




http://www.immabrasil.com.br

MUSEU DE ARQUEOASTRONOMIA E ETNOLOGIA AMERICANA

 

 

Possui mais de 10 mil peças entre crânios, flechas, arcos, machados, vasilhames de cerâmica e instrumentos musicais do acervo arqueológico do Professor Franz Joseph Hochleitner.

Visitação: As visitas devem ser agendadas por telefone.

Localização: Rua Benjamin Constant, 790 – Centro.
Juiz de Fora - MG

Informações: (32) 3229-7621.


http://www.juizdeforaconvention.com.br

¿Jesús casado? Por qué asusta esa idea

El papiro de King vuelve sobre la hipótesis que desmontaría el celibato y la visión represora del sexo

La Magdalena lava los pies a Jesús en un óleo de Veronés. / AFP

Por supuesto, un manuscrito. Hasta hace un siglo, en el mercado de antigüedades de El Cairo se podían encontrar libros en papiro con los que revolucionar la historia de las religiones. Le ocurrió en 1896 a Carl Reinhardt, cuando compró uno escrito en copto a principios del siglo II. Lo depositó en el Museo Egipcio de Berlín y no fue desvelado hasta 1955 por el egiptólogo Carl Schmidt. Resultó ser El Evangelio de María y agitó las investigaciones sobre el protagonismo de las mujeres en las primeras comunidades cristianas. En una religión cuyas jerarquías desprecian, e incluso detestan, a la mujer, reabría el viejo debate sobre el estado civil de Jesús, el fundador cristiano. Así lo subrayó entonces Karen King, reputada catedrática en la Universidad de Harvard, que ofreció en 2006 otra traducción y un estudio riguroso (en español lo editó Poliedro, traducido por Marco Aurelio Galmarini).

Ahora vuelve otro papiro. Al comprado por Reinhardt le faltaban las seis primeras páginas y cuatro más del centro. Karen King cree que eran la clave de un hecho que se ha querido ocultar como si fuese peligroso. La semana pasada ha dado a conocer el texto en el que se dice que Jesús se casó. La tradición cristiana imperante siempre ha dicho que no lo estaba, a pesar de no existir evidencias que respalden tal afirmación o la contraria.

“Si en los primeros textos no hay referencias al matrimonio de Jesús, es porque en el contexto judío lo normal era que estuviera casado. ¿Por qué, entonces, las reacciones, más viscerales que argumentadas, en contra? Las razones tienen que ver con el sexo. Porque cae por tierra todo fundamento cristológico del celibato impuesto a los sacerdotes; porque pierde justificación la superioridad de la vida consagrada a Dios sobre la vida de los cristianos seglares, y porque se desmonta la visión negativa que la Iglesia tiene de la sexualidad y la consiguiente represión sexual que impone”, sostiene el teólogo Juan José Tamayo, autor de tres libros sobre la vida y la obra de Jesús de Nazaret.

Escrivá rechazó así el planteamiento: “El matrimonio es para la clase de tropa”

En El Evangelio de María hay un diálogo de Jesús con los discípulos después de la resurrección. Entre ellos está María de Magdala (vulgarmente, la Magdalena), que antes había revelado enseñanzas que ella misma recibió en una visión del resucitado. Algunos discípulos se enfadan. ¿Cómo podía Jesús escoger a una mujer como interlocutora, marginando a Pedro, por ejemplo? Otros reprochan a Pedro el trato que da a Magdalena: “Si el Salvador la hizo digna, ¿quién eres tú para rechazarla? El Salvador la conocía profundamente. Por eso la amó más que a nosotros. Lo que debería darnos vergüenza”.

Otro fragmento contiene esta cita: “Y Jesús les dijo: mi mujer”. A la discusión sobre si esa mujer merece ser parte de la comunidad, Jesús contesta: “Ella puede ser mi discípula también”. Con esta frase, la tesis de san Pablo ordenando callar a las mujeres en las asambleas saltaría por los aires de forma clamorosa.

Son legión los Padres de la Iglesia que detestan a la mujer. Pablo de Tarso: “Es bueno para el hombre abstenerse de mujer”. Agustín de Hipona: “El marido ama a la mujer porque es su esposa, pero la odia porque es mujer”. Tomás de Aquino: “La mujer es un hombre malogrado”. Juan Damasceno: “La mujer es una burra tozuda, un gusano terrible en el corazón del hombre, ella ha expulsado a Adán del Paraíso”. Tertuliano: “No está permitido que una mujer hable en la Iglesia, ni bautizar, ni ofrecer la eucaristía, ni participar en las funciones masculinas, y mucho menos en el sacerdocio”.

Pablo de Tarso sentenció que es bueno para el varón abstenerse de mujer

Pese a haber habido en la historia no pocos papas casados y con hijos, se ha impuesto la idea de que, si el celibato era superior y el matrimonio inferior aunque lícito, el sexo sería en consecuencia un acto perverso y un pecado lícito solo en el matrimonio. Lo dijo pronto el obispo Ambrosio de Milán (373-397): “La vida conyugal es incompatible con una carrera en la Iglesia. Incluso un buen matrimonio es la esclavitud”.

Es la tesis del fundador del Opus Dei, el ya santo Josemaría Escrivá de Balaguer, en la máxima 28 de Camino, el libro de cabecera de sus influyentes seguidores: “El matrimonio es para la clase de tropa y no para el estado mayor de Cristo”.

En el Vaticano, centro del imperio católico, nunca se aceptará que Jesús fue un hombre casado. Descuartizaría las bases en las que basa su vasto poder desde que el emperador Constantino consagró el cristianismo como fe oficial de su imperio. Para ello hubo de intervenir enérgicamente en favor de la facción que sostenía que Jesús era hijo de Dios, incluso él mismo Dios y uno de los componentes de la ahora llamada Santísima Trinidad.

En el siglo primero, la normalidad era estar casado y tener descendencia

La principal consecuencia de la intervención de Constantino fue, sin embargo, la conversión de los cristianos en un poder con vocación de dominar el mundo con un Estado propio en la sede misma del ya caído Imperio Romano. Nada de eso pudo imaginarlo el fundador. Como dijo el clásico, Jesús anunció el Reino de Dios, y lo que vino fue la Iglesia, con poder, influencia y lujos sin cuento.

El emperador intervino —Concilio de Nicea, año 325— para poner paz entre disputadores teológicos, pero la realidad fue bien otra. Allí se engendraron incontables guerras de religión, terribles persecuciones —los hasta entonces cristianos perseguidos se iban a convertir en feroces perseguidores— y tiempos de inquisiciones y autos de fe. Voltaire calculó en su tiempo que la religión había causado un millón de muertos por siglo.

Eran la consecuencia de otra proclamación conciliar, de arrogante ignorancia: la que sostuvo hasta hace 50 años que “fuera de esa Iglesia no hay salvación” (Concilio Ecuménico de Florencia, 1442), con estas palabras: “La Santa Iglesia Romana cree firmemente, confiesa y proclama que nadie fuera de la Iglesia católica, sea pagano o judío, no creyente o separado de la unidad, participa de la vida eterna, sino que cae en el fuego eterno que ha sido preparado por el demonio y sus ángeles, a no ser que se incorpore a ella antes de la muerte”.

Fortalecería la idea de familia que el fundador cristiano tuviera una propia

Quinientos años después, el Vaticano II reconoció la libertad de conciencia y de religión en una declaración que cayó como una bomba en el nacionalcatolicismo español. Es más, en 1999 el papa Juan Pablo II aceptó en voz alta lo que los mejores teólogos venían sosteniendo con mucho riesgo de anatema: que el infierno y el cielo no existen como tales lugares, sino que son meros estados de ánimo: el infierno, estado de ausencia de Dios; el cielo, de compañía con Dios.

Impuesta la tesis de que Jesús es Dios —e hijo de Dios—, ¿cómo sostener que se hubiese casado con mujer terrenal e incluso que tuviese hijos? No podía ser. Dios no se casa. La fórmula fue radical: la proclamación de unos pocos escritos canónicos (cuatro Evangelios, los Hechos de los Apóstoles, el Apocalipsis) y una radical eliminación del resto de los escritos, varios de ellos también conocidos hasta entonces —y ahora— como evangelios, a ser posible en el fuego. Bastante tendrían con soportar el hecho incontestable de que quien ahora pasa por ser el primer Papa —el pobre pescador Pedro— estuvo casado y tuvo dos hijos.

“El papiro desvelado por Karen King confirma lo que teólogas y teólogos hemos afirmado hace tiempo”, sostiene Margarita Pintos, presidenta de la Asociación para el Diálogo Interreligioso. “En el siglo primero, la normalidad era que hombres y mujeres se emparejasen para tener descendencia, y más en familias judías que esperaban a un Mesías liberador. Pero identificar a esa mujer con María Magdalena es una lectura patriarcal. No podemos imaginar que una mujer por sí misma, sin referencia a un varón, sea libre, independiente y depositaria del anuncio de la Resurrección. Siempre que aparece un documento que pone a Jesús en relación con alguna mujer, se la quiere identificar como su madre, su esposa, su amante, etcétera. Las mujeres que vivieron en la proximidad de Jesús fueron, seguramente, personas peculiares, con pensamiento propio, dispuestas a poner en práctica una noticia liberadora para sus vidas sometidas al orden patriarcal. En el discipulado igualitario de Jesús encontraron ese espacio para desarrollarse en libertad. Por su valía personal fueron depositarias del anuncio de la resurrección, predicaron en las ciudades del Imperio y a muchas les costó la vida”, añade la teóloga.

El escritor Jesús Bastante Liébana, que acaba de publicar Y resucité entre los muertos. Diario íntimo de Jesús el crucificado (donde se explaya en la relación entrañable entre Jesús y María Magdalena), recuerda que en las primeras comunidades cristianas, “cuando todavía el concepto Iglesia era muy discutido, se hablaba con naturalidad sobre si Jesús pudo o no estar casado y no se planteaba el celibato”.

“Jesús pudo estar casado y haber formado una familia. El modelo de familia defendido por el Evangelio tendría más peso si el mismo Mesías hubiera formado una. Durante años se dio por sentado que Jesús tuvo hermanos e incluso una compañera, que bien podría haber sido María Magdalena. Fue bastante después, atendiendo a criterios patriarcales, cuando la Iglesia acabó por institucionalizarse, cuando se cerró la vía de que Jesús hubiera podido tener una familia. La mujer era símbolo de pecado, y el celibato acabó imponiéndose como un modo de superioridad del hombre sobre la mujer. Ahí María, o la mujer de Jesús si tuviera otro nombre, no tenía cabida. Así se impuso la castidad como modelo de perfección, pese a que los eclesiásticos no han sido precisamente un ejemplo de cumplimiento”.

El teólogo Tamayo toma la idea de san Josemaría (“si Jesús hubiera estado casado pasaría a ser tropa”) para recordar que cada vez que los investigadores, sobre todo las investigadoras feministas, plantean la posibilidad de que Jesús estuviera casado, la jerarquía católica pone el grito en el cielo. “Lo hacen como si se tratara de una verdad de fe, cuando no pertenece al núcleo del cristianismo y resulta irrelevante en los evangelios, que destacan las excelentes relaciones de Jesús con las mujeres y de ellas con Jesús”.

La de Dios es Cristo

Las disputas sobre si Jesús de Nazaret era hijo de Dios y no un nuevo y revoltoso mesías, y la de ahora sobre si casó con mujer, han sido un elemento de exasperación y ferocidad para la jerarquía cristiana desde los tiempos en que Pablo de Tarso, el auténtico secretario de organización de esta Iglesia, puso firme al mismísimo apóstol Pedro en el concilio de Jerusalén, en torno al año 46, 16 después de la crucifixión del fundador. La sabiduría popular, la más afectada por tantas belicosas trifulcas, acuñó la expresión “¡Y se armó la de Dios es Cristo!”, para escenificar las consecuencias en guerras y criminales inquisiciones. Alude al concilio de Nicea, donde se decidió por la brava que Jesús era hijo de Dios (o sea, Dios).

En el mercado religioso no hay una figura más imponente que la del fundador del cristianismo, el judío llamado Yeshúa. En la etimología más popular el nombre quiere decir Yahvé salva. Se lo había puesto su padre el día de su circuncisión y era tan corriente entonces que había que añadirle algo más para identificar bien a la persona. Así que a Yeshúa en su pueblo la gente lo llamaba Yeshúa bar Yosef, Jesús el hijo de José, y fuera de su tierra, la Galilea de los años treinta, Yeshúa ha-notsrí, Jesús el de Nazaret. Hoy, 2012 años más tarde, no necesita gentilicios. Todo el mundo lo conoce como Jesús, también llamado Jesucristo por los más de mil millones de fieles que le siguen (la religión más numerosa, después del islam).

El prodigio más asombroso es que, pese a haber vivido apenas 30 años, de los que la mayor parte no se tiene noticia alguna (no faltan quienes incluso dudan de su existencia real), una buena porción de la humanidad cuenta los días, los años y los siglos desde la fecha del nacimiento de Jesús, por lo demás desconocida con exactitud.

Si hubiera que ceñirse, al escribir la vida de Jesús, a las cosas probadas sin discusión alguna, bastarían algunas líneas. Existió (lo atestiguan historiadores romanos, como el gran Tácito, aunque le dedica apenas 20 palabras). Era galileo, de Nazaret. No escribió ni una línea, si es que supo leer y escribir. Fue un predicador de éxito, que recorrió su región, cumplidos los 30 años, dando mítines sugerentes (el sermón de la montaña) o explosivos. Viajaba, muchas veces a lomos de borrico, rodeado al principio de unos pocos fieles pobres y analfabetos, y más tarde por masas a las que admiró con hechos portentosos que se conocen como milagros. Llamó la atención por su trato exquisito con las mujeres, que le adoraron y a las que defendió más allá de lo tolerado en aquel tiempo (es muy probable que alguna de esas mujeres le financiase la campaña, con comida y alojamientos para toda la comitiva). En raras ocasiones se adentró en la ciudad de Jerusalén, que le desagradaba. Excitó con sus discursos y actitudes radicales el odio de los judíos ortodoxos y de la gente con dinero. Finalmente, el poder romano, que ostentaba Poncio Pilato como procurador general de Judea, accedió de mala gana a condenarlo a muerte. Fue crucificado a las afueras de Jerusalén. Se creyó poco después que había resucitado, un rumor que recogió más tarde el historiador Flavio Josefo.

Entre 60 y 120 años después de la muerte de Jesús en la cruz, personas que lo conocieron de lejos o de oídas escribieron la historia de sus hechos y palabras, que habían quedado grabados profundamente entre las gentes. Especialmente relevantes son las epístolas de san Pablo, pero también algunos de los Evangelios, el Apocalipsis y otros textos (hasta 27 libros) incluidos en lo que después se ha conocido como el Nuevo Testamento cristiano.

Según los entendidos, hay 10.000 biografías publicadas sobre el personaje, y no hay rincón de la Tierra que no haya oído hablar, para bien o para mal, de la Iglesia que nació tras su muerte con el nombre de cristianismo.

www.elpais.com

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Dente de 6,5 mil anos com cera de abelha pode ser 1º vestígio de dentista

Osso de mandíbula com coroa foi achado na Eslovênia, no Leste Europeu.
Material pode ter servido para diminuir a dor e sensibilidade de rachadura.

Do G1, em São Paulo

Um dente de 6,5 mil anos de idade encontrado na Eslovênia, no Leste Europeu, pode ser o vestígio mais antigo da existência de um dentista, aponta um novo estudo italiano publicado na revista científica "PLoS One". Isso porque a coroa continha um preenchimento de cera de abelha que pode ter sido aplicado para diminuir a dor e a sensibilidade da pessoa.

Os pesquisadores, liderados por Federico Bernardini e Tuniz Claudio, do Centro Internacional Abdus Salam de Física Teórica, analisaram um osso de mandíbula que incluía um dente humano.

Coroa de dente (Foto: Bernardini F, Tuniz C, Coppa A, Mancini L, Dreossi D, et al./Divulgação) 
Dente é coberto por cera na parte amarela
 (Foto: Bernardini F, Tuniz C, Coppa A, Mancini L, Dreossi D, et al.)
 
Trabalhando em conjunto com o laboratório de física Sincrotrone Trieste e outras instituições, a equipe concluiu que a cera foi aplicada na época da morte do indivíduo, mas não é possível saber se foi antes ou depois.

Se o material foi colocado antes, provavelmente se destinou a reduzir o desconforto provocado por uma rachadura vertical nas camadas de esmalte (externa) e dentina (mais interna).

Segundo Tuniz, o desgaste severo do dente ocorreu possivelmente por um uso em atividades não alimentares, como a tecelagem, normalmente feita por mulheres do período Neolítico – entre 10 mil a.C. e 3 mil anos a.C.

Evidências odontológicas na pré-históra são escassas, por isso esse novo objeto pode ajudar a fornecer informações sobre os primeiros "consultórios" dentários. A descoberta, de acordo com Bernardini, pode ser a evidência mais antiga de odontologia e terapia paliativa dental em toda a Europa.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ossada milenar indígena é resgatada no local onde será construída a nova ponte de Laguna

Grupo de arqueólogos e pesquisadores da Unisul resgatou esqueletos de tribos sambaqueiras


Ossada milenar indígena é resgatada no local onde será construída a nova ponte de Laguna Charles Guerra/Agencia RBS
Estimativa é que sítio arqueológico tenha mais de 4 mil anos Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
 
No local onde serão fixados os pilares da nova Ponte Anita Garibaldi, sobre o Canal de Laranjeiras, em Laguna, o passado e o futuro convivem lado a lado. Ou melhor, praticamente no mesmo lugar. 

Nesta área, um grupo de arqueólogos e pesquisadores da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) faz o resgate de dezenas de esqueletos indígenas de um sítio arqueológico com existência estimada em mais de 4 mil anos.

As escavações comandadas pela coordenadora do Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e Arqueologia (Grupep) da Unisul, Deise Scunderlich Eloy de Farias, acontecem no local que já havia sido mapeado por um diretor do Museu Nacional do Rio na década de 1950. No ano passado, uma nova expedição da mesma instituição passou três semanas dando continuidade aos trabalhos de pesquisa.

A área demarcada para a construção de um pilar da ponte, que terá 2,8 quilômetros de extensão, no sentido sul-norte da BR-101, tem 20 metros quadrados e revelou uma grata surpresa aos pesquisadores. Ao aprofundar a escavação em cerca de um metro e meio foram descobertos vários esqueletos de crianças e adultos de tribos sambaqueiras.

— Eles teriam vivido aqui mais de dois mil anos antes de Cristo, isso foi bem antes dos Guarani e Carijós habitarem essa região. Aqui é uma área de sepultamento — afirma a arqueóloga.


Além dos 15 esqueletos encontrados nos últimos dias, dois somente na terça-feira, o grupo de pesquisadores também descobriu artefatos cerimoniais como resto de alimentos e ocre, uma espécie de argila colorida utilizada por povos pré-históricos em artes rupestres. Todo material foi catalogado e encaminhado ao laboratório da Unisul, onde serão feitas análises para tentar descobrir informações como hábitos alimentares e causas da morte. 
 
Como os integrantes do grupo residem em Tubarão todos voltam para casa depois das 17h sem precisar acampar ou pernoitar em Laguna. A única situação curiosa que eles presenciaram nesse período de pesquisa às margens da BR-101 foi o caos provocado pelo congestionamento na rodovia na véspera do feriado de 7 de setembro.

Trabalho deverá seguir por mais duas semanas
A previsão é de que a pesquisa atual continue por mais uma ou duas semanas. Alguns moradores da região veem com desconfiança o trabalho de preservação.

— Muitas pessoas pensam que a pesquisa vai atrapalhar a obra da ponte, o que não é verdade. O resgate do sítio arqueológico está dentro do cronograma — ressalta a coordenadora do trabalho de campo.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Descoberto papiro que sugere casamento de Jesus

Para autora, achado mostra que tema não era tabu no início do Cristianismo.
Documento foi apresentado em congresso nesta terça-feira (18).

Do G1, em São Paulo

Uma inscrição antiga feita em papiro pode sinalizar que Jesus Cristo tinha uma esposa. O material foi apresentado nesta terça-feira (18), durante o 10º Congresso Internacional de Estudos Coptas, que está sendo realizado em Roma, na Itália.

Copta é o nome que se dá à língua falada no Egito na época do Império Romano, quando viveu Jesus. É nessa língua que está escrito fragmento de um texto com os dizeres: “Jesus disse a eles, minha esposa...”.

Pedaço de papiro traz a inscrição: 'Jesus disse a eles, minha esposa' (Foto: Karen L. King/Harvard/Divulgação) 
Pedaço de papiro traz a inscrição: 'Jesus disse a eles, minha esposa'
 (Foto: Karen L. King/Harvard/Divulgação)
 
O pedaço de papiro tem aproximadamente quatro centímetros de altura e oito de largura. Segundo Karen King, professora da Faculdade de Teologia de Harvard, nos EUA, que apresentou a peça, o documento foi escrito na segunda metade do século 2.

“Esse novo evangelho não prova que Jesus era casado, mas nos conta que toda a questão só surgiu como parte de debates vociferantes sobre sexualidade e casamento”, contou King à reportagem da própria Harvard.

Ainda de acordo com a autora, o que o documento prova é que o estado civil de Jesus não era um tabu para os cristãos da época. “Desde o início, cristãos discordaram sobre se era melhor não casar, mas levou mais de um século após sua morte até que eles começassem a apelar para o estado civil de Jesus como um apoio aos seus argumentos”, prosseguiu.

Antes de apresentar sua pesquisa em Roma, King já tinha apresentado o papiro para outros importantes especialistas, que concordaram que se trata de um documento autêntico.

O fragmento chegou até King das mãos de seu dono, que mora nos Estados Unidos e preferiu não se identificar. Por isso, pouco se sabe sobre sua descoberta. Os especialistas sabem apenas que ele foi escrito em um livro – e não em um rolo, pois há inscrições dos dois lados – e que provavelmente é original do Egito – por estar escrito em copta.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Exposição mostra relatos sobre história do perfume na Bíblia

Mirra e incenso oferecidos pelos Reis Magos são exemplos de essências.
Mostra é organizada por museu suíço.

Da EFE

A história impressa do perfume não se limita ao ato de admirar corpos formosos retratados em revistas de moda. Uma exposição promovida na Suíça mostra que ela também pode ser lida nas páginas da Bíblia, onde o profano se transforma em sagrado e cada aroma, aparentemente se, importância, evoca um encontro místico.

"Perfumes Antigos, Fragrâncias Bíblicas" é o título da exposição que o Museu Internacional da Reforma Protestante, em Genebra, acaba de prorrogar, por causa do grande sucesso de crítica e público.

Na Antiguidade, o perfume estava ligado a questões de ordem religiosa, sagrada, mas conforme passam os séculos, as fragrâncias começam a adquirir um valor terapêutico, de higiene e de prevenção de contágio de doenças, para finalmente adquirir um uso essencialmente hedonista.

A exposição mostra 12 ingredientes aromáticos que são citados com frequência na Bíblia Hebraica, mas também no Novo Testamento.

Os mais conhecidos são a mirra e o incenso que os Três Reis Magos oferecem ao bebê que acaba de nascer em Belém; ou o nardo que uma mulher usa para perfumar a cabeça e os pés de Jesus de Nazaré.

"Por que este desperdício de bálsamo? Poder-se-ia tê-lo vendido por mais de 300 denários e dar os pobres", se indigna uma testemunha da cena. E Jesus responde: "Embalsamou-me antecipadamente o corpo para a sepultura", cita o Evangelho segundo São Marcos.

A mostra é, literalmente, um percurso olfativo pelos livros que milhões de judeus e cristãos no mundo consideram o texto mais sagrado que existe.

Os aromas estão à disposição do visitante, que pode sentir os eflúvios após ou antes de ter lido as passagens da Bíblia onde são citados.

Uma das essências mais conhecidas e que, ainda é bastante usada, é o incenso, símbolo da aliança entre o humano e o divino.

A rainha de Sabá ofereceu ao rei Salomão; os Três Reis Magos ao Menino Jesus; Nero o utilizava como unguento para curar as feridas de seu rosto após uma noite de orgia; as igrejas católicas e romanas ainda o usam, enquanto as igrejas reformadas o suprimiram para concentrar a atenção dos fiéis à leitura da palavra sagrada.

A mirra é utilizada na Bíblia como instrumento de sedução feminina -- Ester a usa como óleo de massagens antes de encontrar o rei Assuero --, mas especialmente como ritual, dado que ela é o principal elemento do óleo de unção, sendo usada para sanar as feridas de Jesus após a crucificação.

A murta, o bálsamo, o junco, o ládano, a canela, o gálbano, a henna, o açafrão, e o estoraque são os outros eflúvios presentes na exposição, que também mostra ao visitante duas composições perfumadas da Bíblia.

A primeira é o eflúvio do altar dos perfumes e a segunda é o óleo de unção; ambos citados no livro do Êxodo no qual se explica o que aconteceu entre o surgimento até a liberdade do povo de Israel.

Após partir do Egito, e durante a viagem através do deserto, se estabelece uma nova relação com "o divino", e para carimbar este encontro, Moisés dá ao povo um código com instruções precisas para organizar o culto.

O altar dos perfumes e o óleo de unção são os elementos essenciais: sem óleo não há celebrante, sem perfume, não há prece.

Finalmente, a exibição se afasta do sagrado para adentrar no cotidiano com três "perfumes históricos", compostos, muitos deles, por várias das essências apresentadas individualmente na exposição.

O perfume real, muito usado na antiguidade antes de nossa era; a água de anjo, especialmente apreciada no Renascimento; e o perfume antipeste, um dos únicos métodos para prevenir a doença.

Todas estas essências foram recriadas pela empresa Givaudian, líder mundial da criação de aromas e perfumes, que tem sua sede justamente em Genebra.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Pesquisa encontra acampamento romano mais antigo da Alemanha

Da EFE

Arqueólogos alemães apresentaram nesta segunda-feira (10) na cidade de Hermeskeil, no oeste do país, vestígios do que é considerado o mais antigo acampamento militar romano já encontrado até hoje no território da antiga Germânia.

Construído entre os anos 53 e 51 a.C., o acampamento foi erguido pelas tropas de Julio César no final das Guerras da Gália em um terreno de cerca de 26 hectares protegido por uma muralha de terra.

Os arqueólogos da Universidade de Mainz conseguiram datar a idade do acampamento graças aos restos de cerâmica e os pregos das sandálias dos legionários encontrados no local.

O acampamento era utilizado por entre 5 mil e 10 mil legionários e estava estrategicamente situado para manter afastados os celtas, que ocupavam a fortaleza de Hunnenring, localizado nas proximidades do abrigo.
 
 
Prego de sandálias encontrado nas ruínas de Hermeskeil 
(Foto: Sabine Hornung/Arno Braun/Universidade de Mainz/Divulgação)
 
 
A existência do acampamento romano na colina de Hermeskeil já era apontada desde o século 19, mas sua importância e idade só foram constatadas até as escavações mais recentes, disse a arqueóloga responsável pelos trabalhos no local, Sabine Hornung.

Até agora, pensava-se que o acampamento militar romano mas antigo em solo alemão tinha sido construído no ano 30 a.C na colina de Petris, na cidade de Trier, no atual estado da Renânia-Palatinado, na fronteira com Luxemburgo.

Foram encontrados no acampamento de Hermeskeil mais de 70 pregos utilizados nas sandálias, usados para permitir que os legionários andassem em terrenos enlameados sem deslizar.

Outros achados relevantes foram algumas armas e um moinho de cereais, que em seu conjunto permitiram determinar que o local não se tratava de um acampamento provisório, mas de um lugar habitado permanentemente.

Sabine disse que ainda há muitos mistérios para desvendar e que por isso as escavações ainda vão durar mais cinco anos. Os arqueólogos pretendem descobrir se o exército romano chegou a travar combates com a fortaleza celta situada a cinco quilômetros do acampamento.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...