sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Família descobre vestígios históricos no quintal de casa

Uma família de Santos, a 72 km da capital, descobriu acidentalmente, no quintal de casa, peças que podem ser consideradas vestígios históricos. A cabeleireira Claudia Teixeira de Oliveira havia pedido a seu marido Cláudio que plantasse uma horta, e assim encontraram os itens. "Eu estava pegando um pouco de terra para fazer uma plantação e aí foi que eu encontre uns fragmentos de ossos", conta Cláudio. De acordo com o casal, que vive no bairro do Jabaquara com seus três filhos, há quatro meses já haviam sido encontrados pedaços de louças e utensílios domésticos, mas só na última sexta-feira (23), quando encontraram uma mandíbula humana, entraram em contato com o museu arqueológico da cidade.

Carla guardou durante esse período as peças de louça e fragmentos de ossos de animais. "Liguei para o museu e os rapazes disseram que ia vir o arqueólogo e o historiador. Eles vieram e disseram que realmente fazia parte da história de Santos." Segundo o historiador Valdir Rueda, a área que hoje é o bairro do Jabaquara, foi lugar do antigo Quilombo do Jabaquara entre 1.871 e 1888, e pertencia ao abolicionista Quintino de Lacerda. "A probabilidade de encontrar material nessa região é muito grande, por isso fizemos o mapa arqueológico de Santos. Agora não vai nos surpreender o encontro de todo tipo de material." Os achados foram catalogados e fazem parte agora do acervo do Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas. "São artefatos de diferentes épocas, feitos de diferentes formas, cores e fábricas. Isso mostra que realmente aquele local foi habitado por sociedades diferentes", afirma o arqueólogo Manoel Gonzalez. A horta de Carla vai ter que esperar um pouco mais. Os pesquisadores farão escavações no terreno e esperam novas descobertas. "Eu fiquei mesmo feliz de saber que a gente estava morando em cima de uma coisa tão importante. Tem que ter um museu na cidade, tem que ter as peças. Senão, como é que vai contar a história se não tiver as peças?", diz ela.
Globo on line

Grupo acha 'cidades' de 700 anos na Amazônia

Arqueólogos descobrem grandes áreas urbanas na Amazônia pré-histórica. Grupo encontrou 'cidades' de 700 anos cercadas com muralhas e fossos.Comunidades lembravam assentamentos medievais ou da Grécia Antiga.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

Tire da sua cabeça a velha idéia de que a Amazônia antes de Cabral era um grande vazio, um monte de "mato" com duas ou três tribos indígenas vagando ao léu. Essa visão está indo por terra há tempos, e acaba de levar uma nova pancada num artigo científico publicado nesta sexta (29). Pesquisadores americanos e brasileiros estudaram a região do Alto Xingu, em Mato Grosso, e acharam indícios de uma rede de assentamentos urbanos defendidos por muralhas e fossos, unidos por largas estradas e organizados em torno de centros rituais que lembram os que ainda são usados pelos índios da área. Trechos do Xingu que hoje parecem mata virgem ainda guardam, na verdade, as cicatrizes de "cidades" perdidas de 700 anos, afirmam os cientistas em pesquisa na revista americana "Science" .
Restos de uma casa que foi queimada na região (Foto: Science/AAAS)

As aspas em torno da palavra "cidades" são necessárias porque, ao que parece, os ancestrais dos índios cuicuros e outros povos do Alto Xingu não usavam o espaço da maneira urbana tradicional, empacotando grande quantidade de casas num só lugar. Em vez de um conjunto de arranha-céus, seus assentamentos estão mais para um condomínio fechado com vasta área verde. Eles combinavam uma sucessão de vilas, unidas por estradas (as maiores com até 50 m de largura), com trechos entremeados de lavouras de mandioca, florestas manejadas e mata virgem.

"O problema é que, se você acha esse tipo de coisa na Europa, é uma cidade. Se você acha isso em outro lugar, tem de ser outra coisa", explicou em comunicado oficial o arqueólogo americano Michael Heckenberger, coordenador da pesquisa, que trabalha na Universidade da Flórida em Gainesville. "Elas têm planejamento e organização incríveis, mais do que muitos exemplos clássicos do que as pessoas chamam de urbanismo", diz Heckenberger. O arqueólogo trabalhou, no Xingu, junto com especialistas como os antropólogos Carlos Fausto e Bruna Franchetto, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com Afukaka Kuikuro, da tribo dos cuicuros, que também assina o estudo.

Polêmica de terminologia à parte, o certo é que, para os pesquisadores, as comunidades urbanas do Mato Grosso pré-Cabral tinham mais ou menos o tamanho de uma cidade média da Grécia Antiga (Esparta, por exemplo, que era relativamente modesta) ou da Idade Média (Coimbra na época em que o reino de Portugal foi fundado, digamos). Tais como essas comunidades antigas, as "cidades" do Xingu se organizavam em torno de uma praça central, com cerca de 150 m de comprimento, que servia para reuniões e atividades religiosas rituais





Dique para captura de peixes era comum nos assentamento e ainda é usado por índios cuicuros (Foto: Science/AAAS)




Segundo Heckenberger, os assentamentos estavam organizados de forma hierárquica, com "cidades" centrais maiores e vilas subordinadas, dispostas a poucos quilômetros de distância umas das outras, de maneira que uma caminhada de 15 minutos era suficiente para ir de um local a outro. As estradas que cortavam os conglomerados de assentamentos se organizavam de acordo com princípios astronômicos simples, orientando-se de nordeste para sudoeste.

Na região estudada pelos cientistas com a ajuda de aparelhos de GPS e guias indígenas, os assentamentos parecem ter se organizado em duas "ligas" de "cidades" e vilas, cada uma com território de uns 250 quilômetros quadrados e população combinada de 50 mil pessoas. Além das muralhas (feitas com paliçadas), fossos e estradas, elas eram servidas por infraestrutura de pontes, diques para captura e manejo intensivo de peixes e canais usados para o transporte via canoa lado a lado com as estradas.

Culpa de Cabral?
Toda essa complexidade urbana e social traz à baila a questão inevitável: o que aconteceu? Como a região deu lugar às aldeias e tribos relativamente modestas de hoje? O que os arqueólogos sabem é que o apogeu das "cidades" do Xingu foi de 700 a 500 anos atrás. Coincidência ou não, o período se encerra com a chegada dos europeus à América do Sul.

Acredita-se que o declínio das populações indígenas no continente esteja fortemente associado às doenças européias, contra as quais seu organismo não tinha imunidade, e as epidemias de varíola, peste bubônica e outras moléstias apareciam mesmo entre povos que não tinham tido contato direto com os colonizadores -- bastava se encontrar com outros nativos já infectados. Por isso, é bem possível que esses males estejam por trás do fim do urbanismo amazônico.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Múmia de 'Dama da Máscara' é encontrada em zona urbana de Lima

Cadáver com 1.300 anos de idade foi enterrado junto com criança sacrificada.Mumificação era comum na cultura Wari, uma das dominantes no Peru pré-histórico.

Da France Presse

Arqueólogos peruanos descobriram os restos mortais intactos de uma mulher com uma máscara e de uma criança sacrificada da cultura Wari, com 1.300 anos de idade, durante a escavação de um sítio arqueológico localizado na zona urbana da capital do país, Lima.



Máscara mortuária confirma que se trata de uma mulher (Foto: Enrique Castro-Mendivil/Reuters)




"É um túmulo múltiplo na qual foram encontrados intactos três corpos. Um tem uma máscara impressionante com características humanas de uma mulher", disse a arqueóloga Isabel Flores, que coordena os trabalhos em Huaca Pucllana, uma zona central do distrito de Miraflores. A pesquisadora explicou que os membros dessa cultura colocavam uma máscara na parte dianteira do crânio como ritual toda vez que uma personagem nobre feminina era enterrada.
"É uma mulher porque ao seu redor encontramos oferendas e peças têxteis, como um tear", relatou Flores, indicando que é normal que nos enterros se encontrem também restos de crianças, porque estas eram sacrificadas como oferenda para acompanhar os adultos. A "Dama da Máscara", como está sendo chamada, é a primeira tumba wari intacta localizada em Huaca Pucllana.

Importante
"É uma descoberta importante, encontramos em vários anos tumbas saqueadas, mas nunca intactas como esta", comemorou a arqueóloga. Também foram encontrados restos de cerâmica e tecidos.
Os Wari enterravam seus mortos dentro de fardos confeccionados com fibra vegetal, que recheavam com folhas para proteger o corpo, e os adornavam às vezes com máscaras funerárias.
A cultura pré-Inca Wari floresceu entre os anos 700 e 1000 d.C no departamento sul-andino de Ayacucho, e se estendeu até a costa central, chegando aos departamentos de Lima e Ica, e a Cajamarca, no norte.

Las Híadas: ¿Por que tienen ese nombre?



Por Gustavo Blettler


Las Híadas son un conspicuo grupo de estrellas que forman parte de la constelación de Taurus. Astronómicamente conforman un cúmulo abierto a solo 150 años luz de distancia y junto con la notable estrella Aldabarán (a 60 años luz, es decir que se interpone entre nosotros y el cúmulo) conforman la cabeza del toro.

Desde antiguo fue difícil interpretar el origen de su nombre, es decir ¿Por qué se llamaban así?. Algunos recurrieron a una interpretación mitológica y poética, por ejemplo para Helénico de Lesbos, fueron las hermanas de Hías, que apenadas por su muerte lo lloran interminablemente y presentan ese aspecto neblinoso característico de las lágrimas que opacan la visión en los ojos tristes.
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Manuscritos do Mar Morto na internet

Israel vai colocar íntegra dos manuscritos do mar Morto na internet. Equipe liderada por ex-pesquisador da Nasa deve recuperar trechos ilegíveis dos textos.Obras incluem versões antigas da Bíblia, textos apocalípticos e orientações de seita judaica.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

Os textos mais importantes e polêmicos da época de Jesus vão ser disponibilizados na íntegra na internet, informa o jornal americano "New York Times". Trata-se da coleção completa dos chamados manuscritos do mar Morto, textos encontrados em Israel que datam do século 3 a.C. ao século 1 d.C. e traçam um retrato complexo e fascinante do judaísmo na época de Cristo. O Conselho de Antigüidades de Israel começou nesta semana a digitalizar os 15 mil fragmentos de texto, e a expectativa é colocá-los de graça na web nos próximos anos.
Trecho do livro bíblico dos Salmos achado entre os manuscritos do mar Morto (Foto: Reprodução)

O trabalho é uma ferramenta essencial para a preservação desse legado histórico, porque os manuscritos do mar Morto só sobreviveram durante mais de 2.000 anos porque foram armazenados em condições especiais nas cavernas da região desértica de Qumran, na Cisjordânia. Mesmo com tentativas laboratoriais de manter os textos em situação semelhante, há exemplos de letras desaparecendo e outras ameaças à integridade física dos rolos.

O trabalho de digitalização dos manuscritos está sendo liderado por Greg Bearman, pesquisador aposentado do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. Bearman está usando uma câmera especial que consegue recuperar trechos ilegíveis da antiga escrita hebraica e aramaica. O texto de todos os manuscritos (alguns equivalentes a livros inteiros, outros correspondentes a uma frase ou até uma única palavra) já foi publicado, mas a idéia é que especialistas e leigos do mundo todo possam ter acesso aos originais e consigam examiná-los virtualmente de vários ângulos.

A Bíblia inteira e algo mais
Aparentemente, os textos de Qumran, como são conhecidos, eram exclusivamente judaicos. Foram encontrados exemplares (inteiros ou fragmentados) de quase todos os livros da Bíblia hebraica (equivalente ao Antigo Testamento protestante), com exceção do livro de Ester e do Primeiro Livro das Crônicas. Apesar da existência de variantes, os manuscritos do mar Morto têm bom grau de concordância com o texto bíblico que chegou até nós, o que mostra a existência de uma tradição textual contínua entre as Escrituras que podemos ler hoje e as que existiam cerca de 200 anos antes do nascimento de Jesus.

As cavernas de Qumran, na Cisjordânia, onde os textos foram descobertos (Foto: Reprodução)

No entanto, as cavernas de Qumran também abrigavam jarros contando textos até então desconhecidos dos estudiosos do judaísmo antigo. Alguns são comentários sobre o texto bíblico, salmos e orações. Outros, porém, parecem retratar as crenças de uma seita judaica radical que teria vivido na região (embora essa interpretação esteja sob ataque atualmente). Um dos mais famosos exemplares dessa categoria é o Pergaminho da Guerra, também conhecido como "A Guerra dos Filhos da Luz contra os Filhos das Trevas", aparentemente uma espécie de apocalipse.

Há indícios de que a comunidade de Qumran se considerava a verdadeira representante da fé judaica, enquanto os sacerdotes do Templo de Jerusalém e a maioria dos outros judeus seriam condenados por Deus no Juízo Final. Até hoje, nenhum estudioso conseguiu demonstrar uma influência direta dos manuscritos do mar Morto sobre os primeiros cristãos.
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Globo on line

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Arqueólogos desenterram estátua de imperador romano

Peças de mármore revelam figura de Marco Aurélio, que reinou durante 19 anos.

Da BBC

Arqueólogos desenterraram na Turquia partes de uma estátua gigante do imperador romano Marco Aurélio. Os especialistas encontraram a cabeça, o braço direito e partes inferiores das pernas da estátua em um sítio arqueológico na antiga cidade de Sagalassos, no sudoeste do país.


Pé da estátua em bom estado de conservação (Foto: BBC)


Foi no mesmo local que a equipe liderada pelo arqueólogo Marc Waelkens, da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, encontrou, há pouco mais de duas semanas, a cabeça de uma estátua da imperatriz Faustina, a Velha. No ano passado, os arqueólogos já haviam encontrado em Sagalassos uma estátua gigante do imperado Adriano.





Cabeça da estátua de Marco Aurélio (Foto: BBC)

Os pesquisadores acreditam que o local onde as estátuas estavam reunidas era provavelmente um frigidário, uma sala enorme com uma piscina de água fria, onde romanos se banhavam após mergulhar nas termas. O sítio arqueológico faz parte de um complexo de termas romanas que está sendo cuidadosamente escavado pelos especialistas há 12 anos. O local teria sido atingido por um terremoto entre os anos 540 e 620 d.C., destruindo muitas estátuas.

Reprodução fiel
Os fragmentos da estátua de Marco Aurélio começaram a ser desenterrados no dia 20 de agosto, quando os arqueólogos encontraram um par de pernas quebradas na altura do joelho. Em seguida, acharam um braço direito com 1,5 metro de comprimento, cuja mão segurava um globo terrestre.Mas foi ao encontrar a enorme cabeça de mármore que os pesquisadores identificaram a estátua como sendo de Marco Aurélio.

Reprodução do imperador romano é uma das mais fiéis (Foto: BBC)

Marc Waelkens disse que a peça é uma das reproduções mais fiéis do imperador, que reinou do ano 161 d.C a 180d.C.Marco Aurélio é lembrado por suas escrituras e já chegou a ser considerado mais como "um filósofo do que um soldado".Mas apesar de sua paixão por filosofia, ele passou boa parte de seu reinado lutando contra tribos germânicas ao longo do rio Danúbio, na Áustria, onde morreu em 180 d.C. Em 2000, o ator Richard Harris fez o papel de Marco Aurélio no filme O Gladiador. Junto com Nerva, Trajano, Adriano e Antonio Pio, Marco Aurélio foi um dos "Cinco Bons Imperadores" de Roma.Em geral, as administrações desses imperadores foi marcada por relativa paz e prosperidade política, militar e económica.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Museu Arqueológico de Araruama, RJ, Brasil

sede da Fazenda Aurora onde se localiza o Museu Arqueológico de Araruama

Araruama, cidade na Região Costa do Sol (litoral norte do Estado do Rio de Janeiro caracterizado pelas várias lagoas) e, sua cidade detém a segunda mais importante história indígena tupinambá do Brasil possuindo mais de 30 sítios arqueológicos. O Museu Arqueológico é uma grande referência para Araruama localizado no Km 27 da Via Lagos, é o primeiro museu acessível 24 horas por dia. No local, é possível aprender um pouco mais sobre a cultura tupinambá, através de pinturas e peças arqueológicas. Ele foi aberto à visitação no dia 19 de abril de 2006, fica situado numa área de grande importância arqueológica . O Museu fica numa área de 4.800 m2 na antiga Fazenda Aurora. O prédio foi tombado pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural), datado de 1862, sendo um dos raros exemplares de solar neo clássico, de cultura cafeeira, na Região Costa do Sol.








móveis entalhados em madeira (Carlos e Célia Ossola)





armas indígenas




marco do Museu Arqueológico de Araruama


artefatos de cerâmica como estes grandes vasos




mapas dos sítios arqueológicos da região





dá para se observar as paredes em restauração, no andar superior existem algumas poucas peças indígenas e máquinas antigas como ferro de passar etc



Os visitantes podem conhecer no Museu, a história da ocupação da região pelos índios tupinambás e sua trajetória até serem dizimados. Hoje, existem diversos artefatos arqueológicos extraídos do sítios em Araruama como urnas funerárias e peças de cerâmica . Em julho p.p. representando o Observatório Astronômico Monoceros, estive no local com minha família (filha Gisela , meu irmão Carlos e cunhada Célia) onde não permitem fotos no interior mas sempre conseguimos alguma coisa.Na parte externa da Fazenda Aurora dá para se ver algumas taperas indígenas e objetos como vasos quebrados, esculturas em madeira, ainda existe uma escola e uma capela. Posteriormente postarei mais fotos do local (parte interna).
Por Leila Ossola

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Cabeça de mármore mostra o rosto de Faustina, a Velha, que morreu em 141 d.C.

Cabeça foi encontrar em ruínas de termas romanas na Turquia. Cabeça de mármore mostra o rosto de Faustina, a Velha, que morreu em 141 d.C.


Da BBC

Arqueólogos encontraram na Turquia a cabeça de mármore colossal de uma imperatriz romana.
De acordo com os indícios encontrados, os especialistas acreditam que a peça mostre o rosto de Faustina, a Velha, que foi casada com o imperador Antonino Pio. A cabeça foi desenterrada de um sítio arqueológico na antiga cidade de Sagalassos, no sudoesta da Turquia, onde, no ano passado, foi encontrada uma estátua gigante do imperador romano Adriano.A peça de mármore foi encontrada a apenas seis metros de onde a estátua de Adriano foi retirada.O rosto de Faustina estava virado para baixo, enterrado nas ruínas de termas romanas parcialmente destruídas por um terremoto entre os anos 540 e 620 d.C. Sagalassos era um centro urbano importante do império romano, mas foi abandonado após ser atingido por vários abalos sísmicos.
A equipe liderada pelo arqueólogo Marc Waelkens, da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, tem escavado o local desde 1990. No início, os escavadores suspeitaram que se tratava de uma estátua da mulher de Adriano, Vibia Sabina, que foi forçada a se casar com ele aos 14 anos. Mas ao virarem a cabeça, perceberam que a peça tinha feições muito diferentes das descrições de Sabina por causa dos lábios mais carnudos e penteado diferente.

Frigidário
Segundo os especialistas, tudo indica que a cabeça retrate Faustina, que viveu um casamento feliz de 31 anos com o sucessor e filho adotivo de Adriano, Antonino Pio. A imperatriz era muito respeitada principalmente devido a seus trabalhos de caridade. Há relatos de que depois de sua morte, em 141 d.C, seu marido a tenha venerado como deusa.O local onde as estátuas de Faustina e Adriano foram encontradas era provavelmente um frigidário, um sala com uma piscina de água fria, onde romanos se banhavam após mergulhar nas termas. O sítio arqueológico faz parte de um complexo de termas que está sendo cuidadosamente escavado pelos especialistas.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Livro mostra busca de Isaac Newton por 'código da Bíblia' sobre o fim do mundo

Pai da física moderna realizou estudo detalhado do livro do profeta Daniel e do Apocalipse.Cientista relacionava profecias com história política e religiosa da Europa até sua época.

O físico britânico Isaac Newton (Foto: Reprodução)
Um livro que acaba de chegar ao Brasil ajuda a revelar um lado surpreendente de Isaac Newton (1643-1727), pai da física moderna e responsável por formular a lei da gravidade, entre outras realizações científicas fundamentais. Nas horas vagas (ou, para ser mais exato, na maior parte do tempo durante sua maturidade), Newton se dedicava a um estudo detalhado, ponto por ponto, dos escritos atribuídos ao profeta Daniel e do Apocalipse, os dois livros bíblicos que mais versam sobre o fim do mundo. Para o cientista britânico, as duas obras eram guias precisos para a história do mundo até sua época e continham a chave para desvendar o que aconteceria no final dos tempos.

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Alguns dos estudos apocalípticos de Newton estão na obra "As profecias do Apocalipse e o livro de Daniel" (Editora Pensamento), traduzida integralmente para o português pela primeira vez. As análises newtonianas coincidem apenas em parte com o que os modernos estudiosos da Bíblia consideram ser a interpretação mais provável das Escrituras. Mas não devem ser lidas como sinal de que o cientista tinha um lado "retrógrado" ou "obscurantista", alertam especialistas. Pelo contrário: é bastante possível que a fé religiosa de Newton, e seu interesse por assuntos esotéricos, tenham facilitado suas descobertas.

"A gente tem de inverter a relação. Não é apesar de suas crenças religiosas e místicas que o Newton consegue dar o pulo do gato nos trabalhos sobre a gravidade; é justamente devido a elas", afirma José Luiz Goldfarb, historiador da ciência e professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "Os próprios estudos bíblicos de Newton já denotam uma sensibilidade mais crítica e moderna, uma tentativa de estudar as profecias de forma quase matemática, usando cronologias detalhadas."

Pistas históricas
"A gente costuma deixar ciência e religião bem separadas, mas o fato é que os manuscritos de Newton, que chegam a 4.000 páginas, abordam principalmente esses estudos místicos e esotéricos", conta Mauro Condé, professor de história e filosofia da ciência da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Com a morte dele, a Universidade de Cambridge e a Royal Society [principal sociedade científica do Reino Unido, da qual ele fazia parte], que tinham um modelo para o que deveria ser o trabalho científico, privilegiaram parte da obra dele e deixaram o resto vir a público de forma meio aleatória", diz o pesquisador.

O livro em questão, publicado após a morte de Newton com base em suas anotações, é basicamente uma tentativa de desvendar o significado histórico das principais profecias do livro de Daniel (no Antigo Testamento) e do Apocalipse (livro do Novo Testamento que encerra a Bíblia cristã). Ambas as obras são caracterizadas pela riqueza de imagens simbólicas -- animais, estátuas, chifres, trombetas -- que funcionam como uma espécie de linguagem cifrada que o profeta propõe à sua audiência, e que às vezes é desvendada logo após a descrição das visões.


Famosa cena de Daniel na cova dos leões, em imagem do século 19 (Foto: Reprodução)


Newton, para quem Daniel "é um dos profetas mais claros para se interpretar", traça uma série de correspondências entre as imagens proféticas e eventos reais -- no seu esquema, por exemplo, menções a "dias" sempre se referem, na verdade, a anos, animais ferozes e poderosos correspondem a reis ou nobres, e assim por diante. Usando essa chave simbólica, o cientista se propõe a relacionar todas as grandes ocorrências da história mundial, do exílio judaico na Babilônia (a partir de 586 a.C.) à sua época, com as visões de Daniel e, em menor grau, com as de João, o autor do Apocalipse.

Romanos, bárbaros e papas
As duas principais visões do livro de Daniel se referem a uma estátua feita de vários tipos de metal precioso e não-precioso, e a uma sucessão de animais ferozes de aspecto sobrenatural. A interpretação tradicional (inclusive no interior do livro bíblico) é associar cada um dos metais e das feras a reinos que se sucederiam até o fim dos tempos, quando Deus salvaria seu povo e instauraria seu domínio sobre o mundo.

No caso da estátua, temos os metais ouro, prata, bronze, ferro e argila misturada com ferro; para Newton, a correspondência é com os impérios da Babilônia, da Pérsia, dos gregos de Alexandre Magno e de Roma; "ferro e argila" misturados significariam as nações européias oriundas do território fragmentado de Roma, fundadas a partir de reinos bárbaros. Um esquema semelhante é aplicado aos animais ferozes; Newton aproveita o fato de que um deles tem dez chifres para associá-lo aos dez reinos bárbaros europeus fundados após a queda de Roma.

Após esses dez chifres, surge mais um, "menor, e três dos primeiros foram arrancados para dar-lhe lugar. Este chifre tinha olhos idênticos aos olhos humanos e uma boca que proferia palavras arrogantes", diz o profeta. Newton afirma que esse chifre arrogante é a Igreja Católica, que havia se tornado um império ao adquirir vastas extensões de terra na Itália durante a Idade Média. O cientista traça a interpretação porque o livro de Daniel diz que o novo chifre "perseguia os santos".

Fortemente anticatólico, Newton associava a Igreja à promoção de práticas vistas por ele como demoníacas, como a adoração dos santos, bem como à perseguição dos verdadeiros cristãos. Para ele, a Igreja Católica também pode ser identificada com a Besta do Apocalipse, representada pelo número 666. Em seus cálculos, Newton dá a entender que o fim do mundo viria após a reconstrução do templo de Jerusalém, em torno do ano 2400 -- mas se abstém de apontar um ano específico.

Valeu a tentativa
Apesar do esforço interpretativo de Newton, poucos estudiosos atuais do texto bíblico vão concordar com sua análise. Para começar, enquanto o físico considerava que o livro de Daniel tinha sido escrito no século 6 a.C. pelo profeta do mesmo nome, o consenso moderno é que a obra é tardia, de meados do século 2 a.C. -- relatando, portanto, muitas coisas que já eram passado no tempo do profeta antes de se dedicar à profecia propriamente dita.


Imagem medieval retratando uma das principais cenas do livro do Apocalipse (Foto: Reprodução)

Assim, Roma e a época cristã nem seriam mencionadas em Daniel: o profeta estaria falando apenas dos reinos sucessores de Alexandre Magno que lutavam pelo controle da terra de Israel naquela época. "Seriam, portanto, profecias depois do fato", escreve Lawrence M. Wills, professor de estudos bíblicos da Episcopal Divinity School (Estados Unidos). De acordo com Wills, o chifre perseguidor dos "santos" representa, mais provavelmente, o rei sírio Antíoco Epífanes (morto em 164 a.C.), e não tem relação alguma com a Igreja Católica.

Tudo isso pode soar um bocado estranho para os que estão acostumados à separação moderna entre ciência e religião, mas José Luiz Goldfarb vê indícios dos interesses bíblicos de Newton na própria formulação da lei da gravidade. "No hebraico bíblico existe a palavra makom, que significa 'lugar'. Mas, com a evolução do pensamento rabiníco, ela passa a designar a própria divindade. O Newton cita essa palavra em seus escritos, e parece ter usado o conceito para explicar como a gravidade atuava à distância -- como a gravidade do Sol pode atrair a Terra, por exemplo. É como se entre o Sol e a Terra houvesse um makom, que é Deus, o qual está em todos os lugares", diz o pesquisador.

Goldfarb ressalta que Newton é só mais um exemplo de patrono da ciência que tinha suas idéias "fertilizadas" pelo pensamento místico de sua época. "Os dois campos se falavam e se influenciavam muito", diz. A crença monoteísta (num Deus único), se vista como um todo, também pode ter sido uma influência positiva nos primórdios da ciência e da filosofia, de acordo com Mauro Condé.

"O monoteísmo nos parece simples, mas já exige uma forma de pensamento mais sofisticada e abstrata", diz ele. "E a busca por essências da natureza, por leis ordenadas, é uma coisa que Newton compartilha com filósofos como Platão. Isso foi incorporado na teologia cristã desde o começo", afirma Condé.
Reinaldo José Lopes
Globo on line

Arqueólogos acham templo pagão romano sob igreja bizantina em Israel

Achado ocorreu em Zippori, capital judia da Galiléia durante o período romano.Local abrigava rituais de adoração a Zeus.

Da France Presse
As ruínas de um templo pagão da época romana foram descobertas recentemente na Galiléia, indicou nesta segunda-feira (11) a universidade hebraica de Jerusalém, que supervisionou as buscas.O templo foi descoberto no terreno de uma igreja bizantina muito importante cujos vestígios foram relembrados numa campanha anterior às escavações, no parque nacional de Zippori (norte), destacou a universidade em um comunicado."Esta descoberta mostra que em Zippori, capital judia da Galiléia durante o período romano, vivia uma população muito importante de pagãos", acrescentou o texto.O templo em questão tem forma retangular, de 12m por 24m. A natureza dos rituais praticados neste lugar continua sendo uma incógnita, mas as peças encontradas na área evocam um lugar de culto dedicado a Zeus e a Tiche, divindade da prosperidade.Esta campanha de escavações foi realizada sob a responsabilidade do professor Zeev Weiss, do Instituo da arqueologia da universidade hebraica.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Museu na Alemanha mostra técnicas cirúrgicas de 10 mil anos


Entre os itens em exposição está este modelo romano de operação (foto: Museu am Strom, Bingen)



Da BBC

Uma exposição aberta no último fim de semana na Alemanha exibe provas de que há mais de 10 mil anos curandeiros na Idade da Pedra já operavam a cabeça de seus pacientes. O mais curioso é que a maior parte dos pacientes primitivos sobrevivia, como mostram crânios descobertos em escavações arqueológicas. Até o século 19, entretanto, grande parte das intervenções do tipo levava o doente à morte.

"Buraco na cabeça" é o título da mostra, exibida até dia 2 de novembro no Museu de Neanderthal, na cidade de Mettmann, no oeste da Alemanha. Realizada na mesma localidade famosa pela descoberta do homem de Neanderthal, a exposição documenta as mais antigas operações de cabeça do mundo, abrangendo desde as mais primitivas intervenções até a moderna cirurgia cerebral.

Tumores
Considerada um dos mais antigos procedimentos médicos dos quais se tem evidência, a chamada trepanação é uma técnica em que um orifício é aberto no crânio, possibilitando operações no cérebro. Hoje em dia, a prática é usada, por exemplo, para extirpar tumores ou coágulos cerebrais.Na pré-história, é possível que a trepanação não tivesse uma função terapêutica prática, servindo em muitos casos, segundo especialistas, para eliminar os maus espíritos e demônios do paciente. A sobrevivência ao procedimento, realizado através da Antigüidade, era de aproximadamente 70%. Na Europa, puderam ser comprovados mais de 450 casos de trepanação durante o Neolítico. Entretanto, durante a Idade Média o conhecimento da cirurgia se perdeu e a cota de sucesso nesse tipo de intervenção caiu a praticamente zero.O acervo inclui cerca de duas dúzias de crânios com buracos de trepanação, entre os quais os mais antigos encontrados no continente europeu, ao lado dos instrumentos primitivos usados nas operações.

Neolítico
Entre as peças expostas está uma cópia de um crânio datado do ano 5.000 a.C., considerado a mais antiga prova de uma operação craniana na Europa. Achado em um cemitério neolítico em Ensisheim, região francesa próxima à fronteira com a Alemanha, o esqueleto apresenta dois furos na cabeça. Exames feitos por pesquisadores da Universidade de Freiburg indicaram que os dois buracos foram abertos por instrumentos cortantes de pedra. Os sinais de cicatrização indicam que o paciente, um homem de cerca de 50 anos, sobreviveu à operação.Também são apresentadas ilustrações históricas, além equipamentos desenvolvidos para operar cérebros humanos através dos tempos, incluindo peças da antiguidade clássica, do da civilização celta e de povos da América Pré-Colombiana. A exibição traz ainda cenas de trepanação do cinema e da TV, além de curiosidades sobre o tema. Em uma mesa de operações moderna cedida pelo Hospital Universitário de Düsseldorf, os visitantes também podem experimentar a técnica de trepanação utilizando abóboras no lugar de cabeças.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Destino Asteca


Os astecas acreditavam que o guardião dos dias ou sacerdotes do calendário pudesse ver o destino das pessoas. Dessa forma, logo após o nascimento de uma criança, esta era levada pelos seus pais para que o guardião dos dias fizesse uma leitura sobre seu destino. Em respeito à leitura, toda decisão importante a ser tomada em relação à vida do bebê era seguida com a orientação do guardião e esta orientação vale pela vida toda. Seguindo esse roteiro, quando uma pessoa ia decidir sobre viajem, cortejo, escolha de um cônjuge, ela consultava primeiro a leitura do seu destino para que não fizesse algo que não constava na leitura do seu destino. Os guardiões dos dias tinham a missão de esclarecer a sociedade sobre os símbolos e a entender o labirinto de influências ligadas dia após dia.

História do Mundo.com

Arqueólogos descobrem carro de guerra de 2.000 anos na Bulgária

Veículo de quatro rodas era usado como 'Ferrari' do antigo povo dos trácios.Esqueletos de cavalo e objetos luxuosos também foram achados na região.


Da Associated Press

Arqueólogos desenterraram um carro de guerra de 1.900 anos, em ótimas condições de preservação, num antigo túmulo trácio no sudeste da Bulgária. De acordo com Daniela Agre, da Academia Búlgara de Ciências, o artefato, com quatro rodas, foi encontrado perto do vilarejo de Borisovo, a 270 km de Sófia.



Carros de guerra como este eram veículos de prestígio para nobres e generais da Antigüidade (Foto: Stoyan Nenov/Reuters)


Num montículo artificial que servia de tumba, a equipe também achou cerâmica, copos de vidro e outras dádivas funerárias, depositadas ali em honra de um aristocrata trácio. Em outro local, os pesquisadores acharam os esqueletos de dois cavalos de corrida, aparentemente sacrificados durante o funeral do nobre, junto com objetos de bronze e couro que podem ter sido os arreios dos animais.




Este escudo ornamentado também foi encontrado no local (Foto: Stoyan Nenov/Reuters)


Os trácios habitaram as terras da atual Bulgária e parte da Grécia, Turquia, Macedônia e Romênia modernas entre 4000 a.C. e o século 6 da Era Cristã, quando foram assimilados pelos invasores eslavos. Calcula-se que existam uns 10 mil montículos funerários da era trácia na Bulgária.

Arqueólogos acham 1º teatro de Shakespeare


As escavações foram feitas num local que abrigará um teatro moderno


Uma escavação arqueológica recuperou o que, acredita-se, seriam os vestígios do teatro onde as peças de Shakespeare foram montadas pela primeira vez. O teatro foi encontrado perto de onde está hoje o Museu de Londres, no leste da capital britânica. O local estaria sendo preparado para a construção de um novo teatro. Os vestígios datam de 1576, e pertencem a uma das primeiras casas de espetáculos destinadas exclusivamente à apresentação de peças teatrais. Em 1599, depois de desentendimentos com o proprietário do terreno, a companhia teatral desmantelou o palco e utilizou suas tábuas de madeira para a construção de um outro teatro, The Globe, na margem sul do Rio Tâmisa.

O porta-voz do Museu de Londres, Tim Morley, disse que há muito tempo já se sabia que na área tinha existido uma casa de espetáculos ao ar livre chamada The Theatre (O Teatro), mas não se sabia exatamente a sua localização. Segundo Morley, é lá que o jovem William Shakespeare subiu ao palco como parte da troupe "Os Homens de Lorde Chamberlain", e teve suas primeiras peças encenadas. Entre as obras estariam Ricardo 3º, Sonho de uma Noite de Verão e O Mercador de Veneza. O anúncio foi recebido com entusiasmo pela Tower Theatre Company, que está construindo o novo teatro na área das escavações. "A descoberta de que nós vamos construir uma casa de espetáculos do século 21 onde (...) algumas das peças de Shakespeare devem ter sido montadas pela primeira vez é uma enorme inspiração", disse o presidente da companhia, Jeff Kelly.

BBC

Fetos da tumba de Tutancâmun terão DNA testado


Um feto pode revelar muito sobre a linhagem de Tutancâmon


As autoridades no Egito anunciaram que deverão ser realizados testes de DNA nos despojos mumificados de dois fetos de meninas encontrados na tumba do faraó Tutancâmon para saber se eram suas filhas que nasceram mortas. Os especialistas também esperam esclarecer se a avó das crianças era a rainha Nefertiti, famosa por sua beleza. Sabe-se que o faraó, embora muito jovem, casou-se com Ankhesenamun, filha de Nefertiti.Os fetos foram encontrados na tumba de Tutancâmun em Luxor em 1922. O faraó morreu há mais de 3 mil anos.

Armazenados
Os fetos foram guardados na Escola de Medicina do Cairo desde que foram achados e jamais tiveram exibição pública.Amostras de DNA dos dois fetos, que teriam morrido dentro de um período de cinco e sete meses de gravidez, serão comparados entre si e ao DNA de Tutancâmon na Universidade do Cairo, e os resultados deverão ser conhecidos até dezembro, de acordo com Zahi Hawass, do Conselho Supremo de Antigüidades do Egito. Os despojos de Tutancâmon foram examinados em testes de DNA e tomografia computadorizada em 2005.Esta foi a primeira das múmias reais a serem submetidas a estes testes na tentativa egípcia de confirmar a identidade de todos os seus governantes da Antigüidade. Tutancâmon governou o Egito de 1.333 a 1.324 a.C. e acredita-se que tenha chegado ao trono aos nove anos de idade. Os estudiosos acreditam que o faraó casou-se com Ankhesenamun aos 12 anos e o casal não teve nenhum filho que tenha sobrevivido.

Embora durante sua vida Tutancâmon tenha alcançado uma importância histórica considerada moderada, ao morrer, ele ficou famoso em todo o mundo graças ao estado virtualmente intacto de sua tumba quando aberta pelo explorador britânicoHoward Carter. Dúvidas sobre a morte de Tutancâmon aos 19 anos e rumores de uma maldição que teria causado a morte prematura dos envolvidos nas escavações de sua tumba só serviram para aumentar a fama do faraó.

BBC

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Esculturas de 5 mil anos são achadas na Inglaterra

Centenas de esculturas pré-históricas foram descobertas por arqueólogos na região de Northumberland e Durham, no norte da Inglaterra. Segundo os especialistas do English Heritage, o órgão de preservação do Patrimônio Histórico e Cultural da Inglaterra, as esculturas datam do período Neolítico e foram feitas há aproximadamente 5 mil anos.



Escultura feita no período Neolítico foi encontrada por pesquisadores (Foto: BBC)

As rochas têm formas diversas, como círculos, anéis interligados e formatos abstratos. Uma das que mais surpreenderam a equipe de pesquisadores foi um painel encontrado a 300 metros de altura em Barningham Moor, no condado de Durham.
De acordo com Kate Wilson, especialistas em monumentos antigos do English Heritage, os arqueólogos ainda não decifraram o significado das esculturas encontradas pela equipe.
"Não sabemos quase nada dessa arte e essa é a parte estimulante da descoberta. Precisamos estabelecer agora como essa arte está relacionada com outros registros pré-históricos nessa região", disse.

Projeto
A descoberta faz parte de um projeto de pesquisa de quatro anos realizado pelo governo em parceria com mais de cem voluntários treinados pelos especialistas. Apesar de as esculturas não estarem dentro de cavernas, muitas delas são praticamente inacessíveis.

Richard Stroud, um dos voluntários que ajudou a descobrir o painel em Barningham, afirmou que a equipe ficou surpreendida com o que viu."Esperávamos descobrir apenas uma ou duas esculturas simples. No entanto, encontramos esse painel de tirar o fôlego, provavelmente um dos mais complexos já encontrados na região", disse. "Há um grande intervalo de tempo e de civilizações entre nós e a sociedade que fez esses entalhos. Talvez jamais iremos entender o significado dessa arte", afirmou. Arqueólogos descobriram milhares de exemplos de esculturas pré-históricas em rochas e pedras na região norte da Inglaterra nos últimos anos. A equipe do English Heritage quer realizar projetos similares em outros condados ingleses, como o de Cumbria, no noroeste da Inglaterra. "Temos certeza que ainda há muito a ser descoberto em Cumbria", afirmou Wilson.

BBC
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