terça-feira, 23 de junho de 2009

Celeiro de 11 mil anos na Jordânia dá pistas sobre origem da agricultura


Concepção artística de como seria o celeiro (Foto: PNAS/Divulgação)

Pesquisadores acharam estrutura em vilarejo perto do mar Morto.Construção servia para guardar cereais selvagens colhidos ali.


Do G1, em São Paulo


Escavações na Jordânia, nas vizinhanças do mar Morto, revelaram um dos mais antigos conjuntos de celeiros do mundo, trazendo pistas sobre as origens da agricultura no Oriente Médio. As estruturas, com cerca de 11 mil anos de idade, foram estudadas pelos arqueólogos Ian Kuijt e Bill Finlayson e estão descritas na revista científica "PNAS". A arquitetura dos celeiros revela paredes de adobe, pedra e pau-a-pique, com assoalho elevado para permitir a ventilação dos cereais (cevada e aveia selvagens) e dificultar o ataque de roedores. Aparentemente, os moradores da região estavam recolhendo essas plantas de forma intensiva na natureza, o que, nas gerações seguintes, levaria à agricultura propriamente dita.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cemitério de 2 mil anos é achado durante obras para Olimpíada de 2012

Corpos decapitados são encontrados em uma estrada da Grã-Bretanha.Arqueólogos acharam até o momento 45 crânios no local.

Do G1, em São Paulo, com informações da BBC
Arqueólogos britânicos descobriram uma vala comum com corpos decapitados de cerca de 2 mil anos em um trecho de uma estrada que está sendo construída para os Jogos Olímpicos de 2012, que serão realizados em Londres. De acordo com David Score, gerente de projetos da Oxford Archaeology, responsável por acompanhar a construção da estrada, até o momento foram encontrados 45 crânios e vários troncos e ossos de pernas espalhados pelo local. "É raro encontrar cemitérios arqueológicos desse tipo, pois normalmente os corpos estão alinhados", diz Score.A equipe coordenada por Score está recuperando os esqueletos que serão levados para análise em Oxford. "Ainda é muito cedo para tirar conclusões, mas os crânios parecem ser predominantemente de homens jovens", afirmou. "Não sabemos ainda como ou por que os restos mortais foram depositados neste local, mas é muito provável que tenha ocorrido algum evento catastrófico, como uma guerra, uma epidemia ou uma execução. Os cientistas acreditam que a vala tenha sido aberta em algum momento entre o final da Idade do Ferro e o início da invasão romana no território britânico, no século 1. Após analisadas, as peças encontradas deverão ser expostas ao público em um museu da região.

A estrada onde foi realizada a descoberta arqueológica está sendo construída para facilitar o trânsito na região de Weymouth e Portland, no condado de Dorset, que sediarão as provas de iatismo dos Jogos Olímpicos de 2012. A administração do condado pediu para que a população não se aproxime do local para não atrapalhar o trabalho dos arqueólogos nem atrasar as obras da estrada.

Arqueólogos de Israel revelam obra de arte com 1.700 anos


Mosaico de 1.700 anos é exemplo de arte do fim do Império Romano (Foto: AP/IAA)


Mosaico multicolorido data dos séculos finais do Império Romano.Achado aconteceu em Lod, na região central do país.

Da Associated Press

A Autoridade de Antiguidades de Israel divulgou imagens de um mosaico de 1.700 anos descoberto na cidade de Lod (região central do país). No total, a obra de arte do fim do período romano cobre cerca de 180 metros quadrados, com imagens coloridas de mamíferos, aves, peixes, plantas e barcos da época. O local acaba de ser escavado e vai virar um centro arqueológico

sábado, 13 de junho de 2009

Marcas milenares deixadas por índios no AC podem ser vistas pela internet

Formas geométricas desenhadas há pelo menos mil anos. (Foto: Governo do Acre/Divulgação)


Iberê Thenório
Do Globo Amazônia, em São Paulo



Círculos, quadrados e octógonos gigantes feitos há pelo menos mil anos marcam o chão do Acre. Desde a década de 1970, quando foram descobertos, eles intrigam os arqueólogos, que ainda não conseguiram entender para que eram usadas essas estruturas, chamadas de geoglifos.

Os desenhos chegam a ter 100 metros de diâmetro, e sua borda é desenhada em grandes valas, de 12 metros de largura por quatro de profundidade. Por uma ironia, só se conseguiu descobrir esses desenhos por causa do desmatamento, que “limpou” grandes áreas, deixando evidentes as formas geométricas. Geoglifos do Acre O que são Formas geométricas, na maior parte círculos e quadrados, desenhadas no chão. Que tamanho têm As linhas têm cerca de 12 metros de largura e quatro de profundidade. Os desenhos chegam a ultrapassar 100 m de diâmetro. Onde estão No Acre, entre Xapuri e Boca do Acre. Quantos são Até hoje, já foram descobertos cerca de 200, mas estima-se que haja dez vezes mais que isso. Que idade têm Pelo menos 1000 anos. Para que serviam Ainda não se sabe. Cientistas imaginam que eles poderiam servir para abrigar aldeias, plantações ou centros cerimoniais Quando o primeiro geoglifo foi descoberto, não se sabia que as valas formavam um desenho, e que havia tantos ali. Hoje, com a ajuda de aviões e imagens de satélite, já foram identificados cerca de 200. “Acho que já descobrimos em torno de 10%”, estima o cientista Alceu Ranzi, integrante da equipe que descobriu os geoglifos. Com a chegada dos mapas virtuais, que utilizam imagens de satélite em alta resolução, os desenhos ficaram evidentes, e até os próprios cientistas puderam encontrar mais estruturas desse tipo.

Segundo Ranzi, ainda se sabe pouco sobre os geoglifos. Apenas um deles teve a idade investigada cientificamente, e descobriu-se que o desenho tinha 1250 anos. “Eles podem ser aldeias, plantações, centros cerimoniais...”, conjectura o cientista. Uma das poucas certezas dos arqueólogos é que o povo construtor dessas estruturas tinha força de trabalho e tecnologia para fazer grandes obras, além de dominar as formas geométricas. “Nos geoglifos, há figuras compostas. Quando há um quadrado dentro de um círculo, ele é equidistante das paredes. Será que o conhecimento explode em regiões diferentes do mundo? Lá na Grécia e na Amazônia?”, questiona o pesquisador. Turismo A maior parte dos geoglifos descobertos está espalhada por pastos e plantações particulares. Segundo Ranzi, o Ministério Público do Acre está preparando uma resolução para que os agropecuaristas ajudem a proteger os desenhos, evitando criar gado ou passar tratores por cima das valas.




Muitos geoglifos são cortados por estradas. (Foto: Governo do Acre/Divulgação)

Para valorizar essas estruturas e estimular o turismo cultual, Ranzi sugere que sejam construídas algumas torres de observação na beira das estradas, onde as pessos pudessem subir e ver os desenhos de cima. “Há vários geoglifos que estão na beira do asfalto. Alguns são cortados bem no meio por estradas”, conta.

Se você tem informações interessantes sobre turismo ou arqueologia na Amazônia, entre em contato com o Globo Amazônia pelo e-mail mailto:globoamazonia@globo.com. Não se esqueça de colocar seu nome, e-mail, telefone e, se possível fotos ou vídeos.

terça-feira, 9 de junho de 2009

China retoma escavações arqueológicas do Exército de Terracota


Guerreiro de terracota e seu cavalo (Foto: Reprodução)


Após 24 anos, arqueólogos chineses retomarão no próximo sábado (13) as escavações na zona do chamado Exército de Terracota, também conhecido como Guerreiros de Xian, informou hoje a agência oficial de notícias da China, a Xinhua.A primeira escavação começou em 1978 e terminou em 1984, e nela foram encontradas 1.087 figuras. A segunda ocorreu em 1985, mas acabou suspensa por razões técnicas. "A escavação na terceira área durará pelo menos um ano", disse Wu Yongqi, funcionário do museu. Os especialistas esperam encontrar uma figura que revele alguns dos mistérios do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang, cujo mausoléu, ainda não aberto pelos arqueólogos, está a cerca de dois quilômetros do Museu de Terracota, em Xian. "Esperamos encontrar alguma figura, como o 'comandante' do enorme exército subterrâneo", assinalou Liu Zhancheng, chefe da equipe de arqueólogos do museu.

Qin foi o primeiro a unificar os diversos reinos chineses após séculos de guerra mútua, e liderou esse império entre os anos 221 e 210 a.C. Segundo historiadores, era obcecado por viver eternamente e fez com que fosse enterrado escoltado por um exército de oito mil soldados, músicos, concubinas, oficiais e escravos para que o acompanhassem na outra vida. Seu mausoléu foi descoberto por acaso por camponeses em 1974 e acredita-se que demorou 38 anos para ser construído por 720 mil escravos.

Os guerreiros atuais são parte do exército que foi modelado, mas os demais seguem enterrados nos arredores do mausoléu, embora os arqueólogos temem que desenterrá-los danifique de forma irreversível as estátuas. Quando o grupo de guerreiros que agora está à vista dos turistas foi descoberto, em 1974, as estátuas estavam pintadas com cores vivas, que acabaram desaparecendo em pouco tempo pelo contato com o ar. Segundo a imprensa chinesa, outro dos grandes desafios na nova escavação para a equipe de arqueólogos é descobrir a fórmula que permita a preservação das cores e a manutenção das figuras que estão intactas.

EFE

"Passami il pezzo di mammuth"


Gli studiosi hanno individuto in Repubblica Ceca un luogo adibito a grande cucina. E' in grado di rivelare le abitudini culinarie delle popolazioni europee che vissero decine di migliaia di anni fa. Con qualche sorpresa

di LUIGI BIGNAMI

Se le popolazioni preistoriche che vissero nel centro Europa avessero avuto la possibilità di vedere come facciamo il barbecue, molto probabilmente avrebbero sorriso vedendo le fettine di carne che utilizziamo. Ben 29.000 anni fa, infatti, quegli uomini avevano già creato delle grosse "cucine" sulle quali arrostivano pezzi giganti di mammuth, che poi si spartivano. Il luogo del ritrovamento si chiama Pavlov VI e si trova nella Repubblica Ceca vicino ai confini con l'Austria e la Slovacchia. Si tratta di luogo ritenuto assai importante dagli archeologi perché permette di ricostruire alcune abitudini di particolari popolazioni europee che vissero alcune decine di migliaia di anni fa. E di farlo attraverso lo studio di uno degli ambienti più frequentati da quegli uomini: la cucina. Mentre alcune popolazioni contemporanee a nord dell'area in questione preferivano cibarsi di carne di renna, i residenti del Gravettian preferivano cucinare pezzi giganti di carne, che dalle renne non avrebbero mai potuto ottenere. E quindi ecco perché cacciavano mammuth. "La scoperta è importante perché dimostra come quelle persone abbiano avuto consuetudini in contrasto con altre popolazioni del Paleolitico superiore, proprio perché dipendevano pesantemente dai mammuth", spiega Jiri Svoboda, responsabile delle ricerche che sono apparse sulla rivista scientifica Antiquity e professore presso l'Università di Brno. Nell'ultima area di studio Svoboda ha trovato i resti arrostiti di un mammuth femmina e di un vitellino dello stesso animale non più alto di un metro e mezzo. Assieme a queste ossa ne sono state trovate altre appartenenti a una volpe artica, a un ghiottone, a un orso, oltre a rimanenze di cavalli, renne e lepri. "Il modo con il quale è stato cucinato il mammuth ricorda quello dei nostri giorni. Una serie di pietre riscaldate da sotto attraverso un fuoco, sulle quali venivano poste varie parti dell'animale", ha spiegato il ricercatore.

Molto probabilmente però esisteva anche un luogo nel quale la carne veniva bollita. Il tutto doveva trovare riparo al di sotto di una struttura a forma di tenda. Come in ogni cucina che si rispetti sono stati trovati numerosi attrezzi, quali spatole, lame, seghetti che dovevano servire per tagliare la carne. Non è chiaro se il tutto venisse farcito con "frutti di mare", in quanto sono numerose le conchiglie ritrovate nella cucina, lavorate per essere utilizzate come ornamenti. Ma potrebbe essere il loro contenuto che cucinato con il resto. Attorno alla cucina sono stati ritrovati numerosi sassi e pezzi di argilla lavorati per farne ornamenti. Si suppone che alcuni di questi reperti possano avere avuto anche significati rituali o magici, come una testa di leone ritrovata ancora in ottimo stato. Spiega Svoboda a Discovery: "La testa del carnivoro venne dapprima scolpita in un blocco di argilla, quindi lavorata con uno strumento da taglio e infine riscaldata sul fuoco trasformandola in una sorta di ceramica. E' probabile che da essa gli uomini cercassero di influenzare l'ambiente dove vivevano, attraverso riti magici".

La Repubblica

terça-feira, 2 de junho de 2009

Novo fóssil lança luz sobre origem dos grandes macacos e do homem


Fósseis da nova espécie encontrados na Catalunha (Foto: PNAS)


Espanhóis analisaram anatomia de primata com 12 milhões de anos.Achado apoiaria hipótese de origem eurasiática dos nossos parentes.

Do G1, em São Paulo
Pesquisadores liderados por Salvador Moyà-Solà, da Universidade Autônoma de Barcelona, descobriram e descreveram uma nova espécie de primata extinto que pode trazer nossos dados sobre a origem dos grandes macacos (orangotangos, gorilas e chimpanzés) e do homem. O bicho de 12 milhões de anos, batizado de Anoiapithecus brevirostris, tem características anatômicas que o ligam, em parte, aos ancestrais diretos dos grandes macacos, mas também a primatas menores e mais primitivos. Uma vez que o animal foi achado na Espanha, a descoberta daria mais peso à hipótese de que os grandes macacos surgiram na Europa e na Ásia e só mais tarde teriam ido para a África. A análise está na revista científica americana "PNAS".

Ching-ling - mais velha cerâmica vem da China


Sedimentos expostos na escavação na China (Foto: PNAS)


Pesquisadores obtiveram novas datas em sítio arqueológico no sul do país.Indícios anteriores já apontavam origem da técnica no Extremo Oriente.


Do G1, em São Paulo

Numa disputa arqueológica entre dois gigantes asiáticos, a China parece ter sobrepujado o Japão. Novas datações do material da caverna de Yuchanyan, no sul da China, indicam que a técnica de produzir vasilhas de cerâmica surgiu por lá há cerca de 18 mil anos -- cerca de um milênio antes que no Japão, anterior candidato a berço da arte da olaria. As novas datas foram obtidas por uma equipe liderada por Elisabetta Boaretto, da Universidade Bar-Ilan e do Instituto Weizmann, em Israel, e foram publicadas em artigo na revista científica americana "PNAS".
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