quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Cientistas encontram indícios do fim dos maias no 'Grande Buraco Azul'

Pesquisa analisou composição de caverna submersa no Mar do Caribe.
Resultados corroboram tese de que grande seca acabou com civilização.


Grande Buraco Azul em Belize: sedimentos corroboram teoria de que fim da civilização maia está relacionado a uma seca severa (Foto: U.S. Geological Survey)

Do G1 em São Paulo


Novas análises feitas em minerais retirados da caverna submersa conhecida como o Grande Buraco Azul, em Belize, na América Central, dão pistas sobre os motivos que levaram ao fim da civilização maia. 
Os resultados do estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Rice, no Texas, corroboram uma teoria já existente: a de que uma grande seca teria levado ao desaparecimento da sociedade maia.
A equipe de pesquisadores perfurou e coletou amostras de sedimentos encontrados no Grande Buraco Azul e nos recifes de coral dispostos ao redor da caverna. A composição dessas amostras foi analisada, principalmente em relação à quantidade de titânio e alumínio.
Grande Buraco Azul em Belize visto pela Nasa (Foto: Nasa/Divulgação)
Grande Buraco Azul em Belize visto pela Nasa
(Foto: Nasa/Divulgação)
Em entrevista ao site americano "LiveScience", o geólogo Andre Droxler, da Universidade de Rice, explicou que a chuva corrói as rochas vulcâncias da região, que contém titânio, que é então transportado até o oceano. Por esse motivo, quantidades menores desse elemento nos sedimentos correspondem a períodos de menos chuva.
O que a análise dos sedimentos e dos corais demonstrou foi que houve um período de seca extrema entre 800 d.C e 900 d.C, que coincide com o momento em que a civilização maia começou a se desintegrar. A partir dessa época, eles entraram em declínio econômico e cultural, e perderam influência com a ascensão de outros povos, como os toltecas. Acabaram dominados pelos espanhóis.
Grande Buraco Azul
O grande círculo azul escuro no meio do mar turqueza do Caribe costuma atrair mergulhadores e turistas do mundo todo. Localizado no Atol de Recifes Lighthouse, a cerca de 50 milhas a leste da cidade de Belize, o buraco é um círculo quase perfeito, de cerca de 300 metros de diâmetro e 125 metros de profundidade. É visível inclusive do espaço – foi captado por um satélite da Nasa em março de 2009.

No início dos anos 1970, o famoso oceanógrafo Jacques Cousteau explorou seus túneis e estalactites. O Buraco Azul é parte da Reserva de Barreiras de Recifes de Belize, considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Civilização Maia
A civilização maia dominou a península de Yucatán e o norte da América Central, onde atualmente ficam o sul do México, Belize, Guatemala e partes de Honduras e El Salvador. O auge desse povo foi entre os anos 800 e 1000 d.C.. A partir daí, eles entraram em declínio econômico e cultural, e perderam influência com a ascensão de outros povos, como os toltecas. Acabaram dominados pelos espanhóis, e ainda vivem na mesma região.

Pirâmide maia de Chichen Itza, no sul do México (Foto: Dennis Barbosa/G1)Pirâmide maia de Chichen Itza, no sul do México (Foto: Dennis Barbosa/G1)
Muro de pedra produzido pela civilização maia, em Belize (Foto: Divulgação/Douglas Kennett/"Science")Muro de pedra produzido pela civilização maia, em Belize (Foto: Divulgação/Douglas Kennett/"Science")

sábado, 27 de dezembro de 2014

Arqueólogos britânicos mapeiam cidade medieval sem fazer escavação



Da BBC - Usando modernas técnicas de varredura, especialistas britânicos conseguiram produzir um mapa detalhado de uma cidade medieval sem precisar escavar o local.
As técnicas revelaram uma rede de edifícios que se ergueram em um local do século 11 conhecido como Old Sarum, no condado de Wiltshire, na Inglaterra.
Old Sarum foi originalmente uma fortaleza da Idade do Ferro, criada por volta de 400 AC e ocupada pelos romanos após a conquista da Grã-Bretanha em 43 DC.
O sítio arqueológico é o ponto original da cidade de Salisbury, que fica a pouco mais de 3,5 km de distância. Ao longo dos séculos, romanos, normandos e saxões deixaram suas marcas no local.
A pesquisa da Universidade de Southampton revelou uma série de grandes estruturas, possivelmente de defesa, com grandes áreas ao ar livre, possivelmente para reunir pessoas ou estocar recursos.
Credito: English Heritage
Vista do local atualmente
A pesquisa se concentra nas muralhas do interior e exterior do que teria sido o forte.
"Os arqueólogos e historiadores sabiam há séculos que havia uma cidade medieval em Old Sarum, mas até agora não havia nenhum mapa adequado do sítio", disse o diretor do setor de serviços de prospecção arqueológica da universidade, Kristian Strutt.
"Nossa pesquisa mostra onde estão localizadas as construções individuais. A partir disso podemos ter uma imagem detalhada do plano urbano dentro dos muros da cidade."
As técnicas modernas utilizadas para o levantamento do terreno incluíram magnetometria, resistência de terra, radar de penetração no solo e tomografia de resistividade elétrica, que utiliza eletrodos para sondar o subsolo.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Pirâmide maia ganha show de luzes e sons no México




Do G1 em São Paulo

13/12/2014 03h24 - Atualizado em 13/12/2014 03h24

Pirâmide maia ganha show de luzes e sons no México; veja fotos

Projeção acontece em sítio arqueológico na península de Yucatan.
Espetáculo iluminado conta a história do povo pré-colombiano.

Do G1, em São Paulo
A pirâmide de Kukulkan, no México, iluminada pela projeção (Foto: Lorenzo Hernandez/Reuters)A pirâmide de Kukulkan, no México, iluminada pela projeção (Foto: Lorenzo Hernandez/Reuters)
Uma projeção de luzes e sons em uma pirâmide maia promete deixar a visita ao sítio arqueológico de Chichen Itzá, no México, mais colorida.
A pirâmide de Kukulkan, no México, iluminada pela projeção (Foto: Lorenzo Hernandez/Reuters)A pirâmide iluminada
(Foto: Lorenzo Hernandez/Reuters)
O projeto “Noites de Kukulkan” inclui uma visita guiada noturna aos principais monumentos do sítio arqueológico que é patrimônio da Unesco e um espetáculo narrativa com luzes e sons projetado diretamente na pirâmide de Kukulkan, com informações que ajudam a entender melhor a vida dos maias.
Chichen Itzá que foi o centro político, econômico e religioso mais importante da península de Yucatan, onde está localizada.
O evento começou nesta quinta-feira (11) e vai até o dia 19 de dezembro, com entrada gratuita às 19h e às 21h.
Pirâmide fica em antiga cidade maia (Foto: Lorenzo Hernandez/Reuters)Pirâmide fica em antiga cidade maia (Foto: Lorenzo Hernandez/Reuters)
Mais uma parte da projeção na pirâmide (Foto: Lorenzo Hernandez/Reuters)Mais uma parte da projeção na pirâmide (Foto: Lorenzo Hernandez/Reuters)
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