sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Teresina foi coberta pelo mar há mais de 270 milhões de anos, diz pesquisa

Estudo mostra a existência do mar no Parque Nacional da Floresta Fóssil.
É a primeira vez que cientistas encontram uma evidência direta.

Patrícia Andrade Do G1 PI

Paleontólogo exibe fóssil que caracteriza a existência do mar em Teresina (Foto: Patrícia Andrade/G1) 
Paleontólogo exibe fóssil que caracteriza a existência do mar em Teresina
 (Foto: Patrícia Andrade/G1)
 
 
Novos fósseis encontrados por pesquisadores no Parque Floresta Fóssil de Teresina, localizado na Zona Leste da cidade, dão indícios de que a capital piauiense já foi coberta pelo mar há mais de 270 milhões de anos. É a primeira vez que cientistas encontram uma evidência direta da existência do mar naquele local.

O paleontólogo e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Juan Carlos Cisneros explica que os fósseis encontrados em Teresina datam da época em que os continentes estavam todos juntos e era chamado de Pangeia. “Nessa época o Brasil estava conectado com a África e esta com a Europa. Desta forma, podemos dizer que esse mesmo fóssil pode ser encontrado em outros vários continentes”, explica.

Os estromatólitos, nome técnico dado aos fósseis, são caracterizados por minerais acumulados pelas algas no fundo do mar e que ao longo do tempo vão se acumulando e formando uma espécie de recife. Cisneros explica que nenhum processo mineral que não envolva seres vivos faz isso. “A geologia por si só não faz esse tipo de estrutura. Elas são feitas por seres vivos que vão crescendo, se acumulando e para chegar a atingir uma estrutura como essa é preciso que tenha passado por muitos anos, o que vem a explicar a idade do fóssil”, diz.

Fóssil encontrado data da época em que os continentes estavam todos juntos e era chamado de Pangeia (Foto: Patrícia Andrade/G1) 
Fóssil encontrado data da época em que os continentes estavam todos juntos 
(Foto: Patrícia Andrade/G1)
 
Para o paleontólogo, a descoberta é importante porque revela que no Parque Floresta Fóssil ainda guarda muito do passado geológico de Teresina e precisa ser preservada pelo poder público. “Queremos chamar a atenção porque esse sítio paleontológico ainda tem muito potencial, muita pesquisa a ser feita e ainda não está sendo bem estudado”, destaca.

Algumas amostras dos fósseis foram levadas para laboratórios da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), instituição parceira na pesquisa juntamente com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). O projeto, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vem sendo desenvolvido desde o final de 2010 e se estenderá por mais um ano.

Paleontólogo exibe outros fósseis já encontrados no mesmo parque (Foto: Patrícia Andrade/G1) 
Paleontólogo exibe outros fósseis já encontrados
no mesmo parque (Foto: Patrícia Andrade/G1)
 
Tombado como patrimônio histórico da humanidade pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), o Parque Floresta Fóssil de Teresina é considerado o maior das Américas, segundo Cisneros. Os fósseis encontrados no local possuem mais de 250 milhões de anos, sendo que a principal característica do Parque é que os troncos se apresentam em posição de vida, ou seja, na vertical.

Ainda de acordo com o paleontólogo, a Prefeitura Municipal de Teresina está elaborando um projeto em parceria com o Iphan que irá adequar o parque à visitação da população.
 

Túmulos de mais de 3 mil anos são encontrados no Paquistão

Sítio fica no Vale do Swat, região que já foi controlada pelos talibãs.
Achado mostra que cultura antiga tinha ritos funerários complexos.

Da AFP

Arqueólogos italianos descobriram túmulos de mais de 3 mil anos no Vale do Swat, sugerindo que existiam ritos funerários complexos nesta região paquistanesa controlada pelos talibãs há alguns anos, indicou nesta sexta-feira (23) uma autoridade.

Esta missão arqueológica italiana iniciou as escavações nos anos 50, no sítio de Udegram, no Swat, uma região do noroeste do Paquistão também conhecida como a "Suíça do Paquistão", devido a seus vales verdes que também escondem tesouros de um passado budista.

Os arqueólogos, que sabiam da existência de uma necrópole pré-budista em Udegram, descobriram recentemente nesta região "cerca de 30 túmulos, reunidos e parcialmente entrelaçados uns sobre os outros", disse à AFP Luca Maria Olivieri, chefe da missão arqueológica italiana no Paquistão.

"O cemitério parece ter funcionado entre o fim do segundo milênio antes de Cristo e a primeira metade do primeiro milênio" da mesma era, acrescentou.

Ritos
"Estes túmulos nos dizem muito acerca destas culturas antigas... que tinham ritos funerários complexos", com uma primeira etapa de decomposição dos corpos em um túmulo aberto, depois da qual os ossos eram queimados parcialmente, e guardados em um túmulo fechado, antes que um montículo fosse erguido sobre ele, explicou Olivieri.

Até o momento, os arqueólogos não encontraram evidências de armas, mas apenas fragmentos de ferro, "que são, talvez, um dos rastros mais antigos deste metal no subcontinente" indiano, acrescentou Olivieri.
Esta região está repleta de sítios budistas, pouco visitados pelos turistas estrangeiros, e que são alvo dos insurgentes talibãs, hostis à herança desta religião.

Os talibãs paquistaneses tomaram o controle do Swat entre 2007 e 2009, antes de serem derrubados por uma ofensiva do exército paquistanês.

Túmulo encontrado no Paquistão (Foto: AFP) 
Túmulo encontrado no Paquistão (Foto: AFP)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Cientistas encontram na África lanças de pedra feitas há 500 mil anos

Material teria sido elaborado por ancestral do homem moderno.
Descoberta foi publicada nesta sexta-feira na revista 'Science'.

Do G1, com agências internacionais *

Pontas de lança talhadas em pedra, encontradas em um sítio arqueológico da África do Sul datado de 500 mil anos atrás, sugerem que ancestrais do homem moderno já utilizavam as lanças para a caça.

Detalhes sobre essa descoberta foram publicados nesta sexta-feira (16) na revista "Science". O estudo foi realizado por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá.

Segundo a investigação, pontas de pedra trabalhadas de maneira que pudessem ser ligadas à ponta de uma lança são comuns de ser encontradas em sítios arqueológicos que têm mais de 300 mil anos.

No entanto, os materiais em questão encontrados em 1979 durante escavação no sítio Kathu Pan 1, na África do Sul, estavam em uma área em que os vestígios ali encontrados foram feitos há 500 mil anos.

De acordo com os estudiosos, sabe-se que as lanças de pedra eram utilizadas durante o período do Homo heidelbergensis, último ancestral comum do homem moderno, o Homo sapiens, e de seu primo atualmente extinto, o homem de Neandertal. Evidências apontam que a espécie Homo heidelbergensis viveu entre 600 mil e 400 mil anos atrás.

O estudo divulgou imagem de ao menos 13 pontas de lança encontradas em sítio arqueológico da África do Sul (Foto: Divulgação/Science) 
O estudo divulgou imagem de ao menos 13 pontas de lança encontradas em sítio arqueológico da África do Sul (Foto: Divulgação/Science)
 
 
Jayne Wilkins, do Departamento de Antropologia da Universidade de Toronto, disse que embora os Neandertais e o Homo sapiens também tenham utilizado pontas de lança feitas em pedra, a descoberta é o primeiro indício de que esta tecnologia remete a um período muito distante à época em que as duas espécies viveram.

Ainda segundo Wilkins, isso altera a compreensão sobre a adaptação dos mais antigos ancestrais do homem moderno. “A razão pela qual os arqueiros modernos equipam suas flechas com pontas finas de metal é que são muito mais devastadoras para as presas que uma simples madeira talhada. Os ancestrais dos homens parecem ter descoberto isso há muito mais tempo que achávamos”, explicou Benjamin Schoville, da Universidade do Arizona, dos Estados Unidos, co-autor do estudo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Artefatos de ouro milenares achados em tumbas são expostos na Bulgária

Objetos para adorno e armadilhas pertenciam à antiga civilização trácia.
Povo viveu em área entre Romênia, Bulgária, norte da Grécia e Turquia.

Do G1, em São Paulo

Artefatos de ouro descobertos recentemente em tumbas da antiga civilização trácia são exibidos neste domingo (11) no Museu de Arqueologia de Sófia, capital da Bulgária.

Bulgária ouro (Foto: Stoyan Nenov/Reuters) 
Tiara de ouro encontrada em tumba da civilização trácia tem motivos de leões
 (Foto: Stoyan Nenov/Reuters)
 
Entre os objetos preciosos, que têm cerca de 2.400 anos de idade, estão quatro braceletes com cabeça de serpente, uma tiara com motivos de leões, uma cabeça de cavalo e um anel com figura de anjo. Alguns itens eram para adorno e outros serviam de armadilha para cavalos.

Bulgária ouro (Foto: Stoyan Nenov/Reuters) 
Artefato de ouro com cabeça de mulher foi achado em escavações na Bulgária
 (Foto: Stoyan Nenov/Reuters)
 
Os achados foram feitos no maior dos 150 túmulos escavados na aldeia de Sveshtari, a 400 quilômetros de Sófia, no norte da Bulgária. Os artefatos pertenceriam aos povos getas, uma das tribos trácias que mantinham contato com a cultura grega.

Bulgária ouro (Foto: Stoyan Nenov/Reuters) 
Anel com figura de anjo foi usado pelos povos getas há cerca de 2.400 anos 
(Foto: Stoyan Nenov/Reuters)
 
Os trácios eram governados por uma poderosa aristocracia guerreira, rica em tesouros de ouro. Essa civilização viveu em uma área que se estende hoje desde a Romênia, a Bulgária, o norte da Grécia e a parte europeia da Turquia, desde 4 mil a.C.

Bulgária ouro (Foto: ImpactPressGroup/AP) 
Cabeça de cavalo estava em tumba na vila de Sveshtari, a 400 km de Sófia 
(Foto: ImpactPressGroup/AP)

sábado, 10 de novembro de 2012

Il '2012' dei Maya è avvenuto quasi mille anni fa


Le stalagmiti della grotta di Yok Balum, nel Belize (fonte: Douglas Kennett, Penn State) 
Le stalagmiti della grotta di Yok Balum, nel Belize (fonte: Douglas Kennett, Penn State)
 
Suggerisce uno scenario apocalittico quasi come quello della cosiddetta ''profezia'' dei Maya sul 2012, la ricerca che ha ricostruito 2.000 anni di storia del clima, incrociato i dati con le testimonianze storiche che i Maya incisero sulla pietra. Lo studio, condotto fra Stati Uniti e Svizzera e pubblicato sulla rivista Science, indica che per quell'antica civiltà è stata fatale la combinazione tra peggioramento del clima e inasprimento dei conflitti sociali, tanto da causarne il collasso. 

Coordinata da Douglas Kennett, della Pennsylvania State University, e Sebastian Breitenbach del Politecnico di Zurigo, la ricerca prodotto un calendario storico frutto dell’incrocio tra i dati sul clima e quelli sulla cultura dell’epoca. La chiave di volta è l’analisi chimica delle stalagmiti di una remota grotta nel Belize, che rivela un peggioramento climatico in quella zona nel periodo compreso fra gli anni 660 e 1000.

I ricercatori hanno ricostruito la storia delle precipitazioni degli ultimi 2.000 anni, analizzando la chimica delle stalagmiti della grotta di Yok Balum nel Belize. La grotta si trova a circa un chilometro e mezzo da Uxbenka, un sito del periodo classico della civiltà Maya, situato vicino ad altri centri importanti, tutti soggetti allo stesso tipo di clima. ''Attraverso i cambiamenti della composizione chimica e i tassi di crescita è possibile ricostruire l’evoluzione climatica di una determinata regione nel dettaglio'', spiega Gianni Zanchetta, dell’Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia (Ingv). ''Sono informazioni importanti - osserva - perché ci fanno capire in che modo possono aver influenzato la crescita o il collasso di civiltà avanzate come quella dei Maya, le situazioni critiche che hanno vissuto sono una lezione importante anche per il futuro''.

Tra gli strumenti utilizzati dai ricercatori c’è anche un ‘indice di guerra’ basato sulla ripetizione di determinate parole chiave riscontrate nelle iscrizioni Maya che i sovrani facevano realizzare per registrare il corso degli eventi. La frequenza delle incisioni che riportano eventi ostili aumentò significativamente tra il 660 e il 900, insieme al peggioramento della situazione climatica. Il clima secco e l’esaurimento delle risorse, spiegano i ricercatori, portò progressivamente alla destabilizzazione politica e alla guerra.

Oggi il cambiamento climatico è già in atto e il clima è un fattore importante che regola lo sviluppo delle società umane e l’ambiente in cui vivono. ''Una corrente di studio statunitense sostiene che la stessa ‘primavera araba’ potrebbe essere stata innescata da fattori climatici'', rileva Zanchetta. “L’aumento del costo del grano - conclude - potrebbe, ad esempio, aver avuto delle ripercussioni concrete nello scaturire tensioni politiche e sociali in quell’area del mondo''.


www.ansa.it

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Mudança climática pode ter ajudado a destruir civilização maia, diz estudo

Cientistas avaliaram chuvas na América Central para chegar à conclusão.
Grandes secas desencadearam fim do povo maia, sugere pesquisa.

Do G1, em São Paulo

Cientistas de universidades dos Estados Unidos, da Alemanha, da Grã-Bretanha e da Suíça realizaram um estudo que aponta que mudanças climáticas ocorridas no passado podem ter contribuído para o crescimento e o fim da civilização maia clássica, que habitou a região da América Central há mais de mil anos.

O estudo foi publicado no site da revista "Science", nesta quinta-feira (8). De acordo com os pesquisadores, já era cogitada a hipótese de que o clima pode ter causado a desintegração da sociedade maia, mas ainda não havia medições precisas sobre como e quando estas mudanças climáticas ocorreram.
 
 
Pirâmide maia de Chichen Itza, no sul do México (Foto: Dennis Barbosa/G1)
 
Para chegar ao resultado, o pesquisador Douglas Kennett, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, analisou junto com seus colegas estalagmites de uma caverna de Belize, país da América Central. No passado, o território onde hoje se encontra o país foi habitado pela civilização maia.

Uma das estalagmites analisadas pelos pesquisadores em Belize (Foto: Divulgação/Douglas Kennett/"Science") 
Uma das estalagmites analisadas pelos cientistas
(Foto: Divulgação/Douglas Kennett/"Science")
 
Os cientistas mediram os isótopos de oxigênio nas estalagmites para saber como teria sido o regime de chuvas durante o período em que os maias habitaram a região, aproximadamente entre os anos 300 e 1.000 d.C. (Depois de Cristo).

Os dados indicam que épocas de intensas chuvas na região coincidem com a expansão do povo maia e levaram a uma era de prosperidade para a civilização, entre 440 e 660 d.C., principalmente pelo desenvolvimento da agricultura.

Após esta época, os isótopos de oxigênio estudados nas estalagmites apontam tempos de seca e estiagem. Estes períodos de seca, entre 660 e 1.000 d.C., devem ter desencadeado uma queda na produção agrícola dos maias e ajudado a desintegrar a sociedade e política deste povo pré-colombiano, segundo Kennett.

A estiagem mais severa, entre 1.020 e 1.100 d.C., ocorreu após um colapso generalizado das cidades-estado da civilização maia. A era de secas "aumentou as guerras e desintegrou o sistema político, causando o colapso da população", sugerem os pesquisadores no estudo.


Muro de pedra produzido pela civilização maia, em Belize (Foto: Divulgação/Douglas Kennett/"Science") 
Muro de pedra produzido pela civilização maia, em Belize 
(Foto: Divulgação/Douglas Kennett/"Science")

Cientistas acham lanças feitas com 'tecnologia avançada' pré-histórica

Técnica que aumenta alcance das lanças foi desenvolvida há 71 mil anos.
Pesquisa também constatou que técnica era passada entre gerações.

Do G1, em São Paulo

Lanças desenvolvidas com a 'tecnologia avançada' de 71 mil anos atrás (Foto: Benjamin Schoville/Divulgação) 
Lanças desenvolvidas com a 'tecnologia avançada' 
de 71 mil anos atrás
 (Foto: Benjamin Schoville/Divulgação)
 
 
Uma equipe internacional de cientistas encontrou na África do Sul vestígios de uma “tecnologia avançada”, desenvolvida 71 mil anos atrás, que teria revolucionado a produção de armas dos homens pré-históricos.

As lâminas de pedra eram tratadas no fogo de forma que ficavam mais finas e afiadas. Essas lâminas tinham também uma parte cega, que era presa a um pedaço de madeira ou de osso. Com isso, as lanças se tornavam projéteis, que podiam ser atirados com arcos ou propulsores – objetos longos que multiplicam a força do braço para o arremesso.

Com essa tecnologia, esses seres humanos passaram a caçar melhor, pois podiam atingir o animal de uma distância maior, sem correr riscos. Além disso, adquiriram uma vantagem sobre tribos rivais. Os autores acreditam, inclusive, que o domínio da tecnologia possa ter sido um fator importante para que a espécie prevalecesse sobre outros hominídeos, como o homem de Neandertal.

Pesquisas anteriores apontavam que a tecnologia teria surgido por volta de 60 mil anos atrás, mas que teria desaparecido nas gerações seguintes e sido reinventada mais recentemente. O atual estudo desmente essa hipótese, e mostra que a técnica foi repetida ao longo de milhares de anos, uma prova de que ela foi passada de pais para filhos.

Os resultados da pesquisa foram publicados pela versão online revista científica “Nature”. O trabalho foi liderado por Curtis Marean, da Universidade do Estado do Arizona, nos EUA, e teve a participação de especialistas da África do Sul, da Austrália e da Grécia.

Lâminas eram tratadas com fogo (Foto: Simen Oestmo/Divulgação) 
Lâminas eram tratadas com fogo
 (Foto: Simen Oestmo/Divulgação)
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