ARQUEOASTRONOMIA - Uma pequena Introdução

(por Leila Ossola)

Chamamos de Arqueoastronomia, ao estudo dos conhecimentos astronômicos ligados por culturas pré-históricas e povos antigos capazes de elaborar textos escritos, tais como os mesopotâmios, os egípcios, os gregos e os maias.

A Arqueoastronomia estuda, principalmente, os monumentos orientados para os pontos cardeais ou para as direções do nascer e ocaso do Sol, da Lua ou de estrelas brilhantes, passíveis de medições astronômicas. Esses monumentos, possivelmente, teriam uma utilidade prática na determinação do calendário ou na orientação. Além disso, ela estuda a arte rupestre com possível conotação astronômica.

William Stukeley em 1740, ao estudar Stonehenge do ponto de vista astronômico, percebeu que o eixo principal do monumento estava orientado na direção do nascer-do-sol no solstício do verão. Mais tarde, em 1891, a Arqueoastronomia desenvolveu-se com as pesquisas do astrônomo britânico e fundador da Revista Nature, Sir Joseph Norman Lockyer. Ele estudou as orientações astronômicas de certos templos da Grécia clássica e das pirâmides e templos do antigo Egito. Mais tarde, forneceu explicações astronômicas mais detalhadas sobre os megalitos de Stonehenge estudados por Stukeley e os menires da Bretanha (França).

O assunto recebeu novos reforços com as pesquisas do astrônomo Gerald Stanley Hawkins. Em 1965, ele escreveu o livro Stonehenge Decodificado, num trabalho polêmico, onde nos mostra que essa construção megalítica (do grego: mega - grande e lithos - pedras), iniciada há mais de 4 mil anos, poderia ser utilizada como um observatório solar e lunar para a previsão de eclipses.

Acima: Machu Pichu – Peru

Abaixo: Stonehenge - Inglaterra

Acima: Pirâmides de Gizé – Egito

Abaixo: Newgrange - Irlanda

Vários monumentos de rochas encontram-se espalhados pelo mundo e têm sido registrados principalmente na Europa, Ásia e África. Alguns desses alinhamentos possuem a idade estimada em 5.000 anos enquanto outros parecem ser menos antigos.

Atualmente, as pesquisas na área de Arqueoastronomia se intensificam em todo o mundo e o Brasil possui um vasto sítio arqueológico para pesquisas neste assunto.

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