quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!

Feliz Ano Novo!

Desejamos um ótimo 2010 a todos visitantes do nosso site! Muita alegria, saúde, paz, amor, trabalho e prosperidade !

Ano Novo 2009 - 2010

Agradecemos por você seguir junto conosco mais este ano.

Feliz 2010!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Arqueólogo descobre no AM novas marcas gigantes de povos ancestrais

Geoglifos foram encontrados em Boca do Acre (AM).


Iberê Thenório
Do Globo Amazônia, em São Paulo

 Em pouco tempo, arqueólogos poderão trabalhar por computador, dentro de uma sala fechada, com ar condicionado. Essa é a aposta do cientista Alceu Ranzi, que tem usado imagens de satélite do Google Earth para descobrir marcas gigantes, conhecidas como geoglifos, deixadas por povos ancestrais que viveram na Amazônia há pelo menos 700 anos.

Os últimos desenhos foram encontrados nas proximidades da cidade de Boca do Acre, no Amazonas. São cinco conjuntos de formas geométricas, com círculos, quadrados e linhas, que chegam a medir mais de um quilômetro de um extremo ao outro.

De tão grandes, os geoglifos recém descobertos só são perceptíveis do alto. “Não se vê no campo. Há uma diferença na cor da grama, mas é muito tênue. Se não houvesse imagens de satélite, não haveria a menor condição [de fazer a descoberta]”, conta o arqueólogo, que é pesquisador da Universidade Federal do Acre (UFAC).


Até agora, já são cerca de 300 geoglifos registrados no Acre e no Amazonas. Ranzi explica que já sabia da existência dos desenhos de Boca do Acre desde 2006, mas só queria divulgar a notícia por meio de uma revista científica. No início do mês, ele assinou com dois colegas um artigo na “Antiquity”, publicação especializada em arqueologia, em que descreve as cinco marcas encontradas no Amazonas.

Mistério
Desde a década de 1970, quando cientistas perceberam a existência dos geoglifos brasileiros, essas formas geométricas intrigam arqueólogos. Até agora, não se sabe exatamente para que serviam, mas dão a pista de que ali, no meio da floresta, poderiam existir civilizações mais complexas e numerosas do que se imagina. Para desenhar geoglifos, eles tinham que ter conhecimentos de geometria e serem capazes de realizar grandes obras.



Geoglifo é cortado por estrada na fronteira do Acre com o Amazonas. Marcas deixadas por antepassadas só foram descobertas na década de 1970. Por serem difíceis de ver do chão, a maioria delas passou despercebida pelos moradores da região. (Foto: Diego Gurgel-Projeto Geoglifos/Divulgação)Tanto no Acre quanto no Amazonas, as marcas só foram descobertas por causa do desmatamento, que “limpou” o terreno e tornou os desenhos visíveis. Como as estruturas são profundas – os sulcos chegam a ter 12 metros de largura e quatro de profundidade -, acredita-se que ali, pelo menos sobre os geoglifos, houve um período em que não havia floresta.


“Será que era realmente floresta [quando se construiu os desenhos] ou eles ocuparam essa área em um momento de crise climática, como essa de 2005?”, conjectura Ranzi.

Ainda não se sabe qual era a função das marcas profundas cavadas no chão, mas especialistas imaginam que as formas geométricas não foram desenhadas à toa, e tinham algum significado. Entre as hipóteses sobre as funções dos geoglifos estão a de que eles serviam como fortificações ou como templo religioso.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Museu da Amazônia constrói 'planetário indígena' em Manaus

Equipamento mostra como índios interpretam as constelações. Astronomia é usada no dia-a-dia dos povos da floresta.

Iberê Thenório
Do Globo Amazônia, em São Paulo

 A partir de janeiro, quem visitar a capital do Amazonas poderá enxergar o céu de outra maneira. O Museu da Amazônia (Musa) acaba de construir um planetário para mostrar como diferentes grupos indígenas interpretam as estrelas.

“O mesmo céu era visto de forma distinta por cada etnia. Cada uma tinha seus mitos”, conta o astrônomo Germano Afonso, do Musa, que estuda a relação entre as culturas indígenas e os astros. “Eles faziam a leitura do céu para regular o cotidiano, a caça, a pesca. Pelo céu, eles sabem quando vai haver uma estiagem ou um pequeno período de chuva.”



O astrônomo Germano Afonso, do Musa, mostra a constelação que alguns povos indígenas conhecem como Homem Velho. Na cultura greco-romana, o mesmo conjunto de astros é conhecido como Órion, o caçador. (Foto: Museu da Amazônia/Divulgação)

Cinco monitores indígenas já foram treinados pelo museu para explicar como seus povos interpretavam as estrelas. Eles são alunos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e pertencem aos povos baré, desana, tukano e ticuna. “Como eles vão ser professores, também podem ensinar para as gerações mais novas”, explica Afonso.


Céu amazônico será projetado dentro de uma sala cilíndrica, que foi instalada na Reserva Ducke, em Manaus. (Foto: Museu da Amazônia/Divulgação)


A sala onde os astros serão projetados tem formato cilíndrico, preparado para mostrar o céu da forma como é visto pelos povos amazônicos, que estão próximos ao Equador. Segundo o astrônomo, todos os equipamentos usados no planetário – incluindo os softwares de projeção – foram desenvolvidos na capital amazonense.


As instalações foram construídas na Reserva Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), onde também está sendo construída a sede do Musa.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Dai Caraibi emerge una civiltà sommersa

Il leader del progetto: «Trovate una specie di piramide alta e sottile e una costruzione con pali paralleli in piedi»


Dal nostro corrispondente Alessandra Farkas
http://www.corriere.it/



Una foto satellitare della presunta Atlantide

NEW YORK - Un gruppo di archeologi ha scoperto le rovine di una grande città antica sui fondali del Mar dei Caraibi la cui ubicazione rimane ancora segreta ma che secondo alcune indiscrezioni sarebbe antecedente alle piramidi di Giza, in Egitto. E potrebbe addirittura essere Atlantide, la leggendaria isola scomparsa, menzionata per la prima volta da Platone. La notizia, pubblicata in esclusiva dal giornale parigino in lingua inglese Herald de Paris, è stata subito rilanciata dai siti web americani. Le immagini satellitari della città pubblicate sul sito web del quotidiano mostrano qualcosa di completamente diverso dalla città sommersa scoperta nel 2001 al largo di Cuba da una missione congiunta russa-canadese. Nell’intervista da Washington all’Herald il leader del progetto - che ha chiesto di rimanere anonimo - si è guardato bene dal rivelare le coordinate del luogo. Presumibilmente per evitare la ressa di sommozzatori della domenica a caccia di tesori subacquei durante le feste di fine anno.


PIRAMIDE SOTTILE - «Abbiamo trovato una struttura simile a una piramide alta e sottile - racconta il capo della spedizione -, e persino una costruzione con pali paralleli in piedi e travi fra le macerie di ciò che sembra un edificio in rovina. Ma non puoi trovare pali e travi - precisa - senza l’intervento umano». Gli scopritori non affermano che si tratti di Atlantide. «Però - puntualizzano - crediamo che questa città potrebbe esser stata una delle tante di una civiltà marinara avanzata, basata sul commercio e in regolare contatto con le sue controparti eurocentriche». Nessuno sa spiegare come sia finita sommersa dalle acque. «Abbiamo diverse teorie in proposito» incalza il team leader, che spera di raccogliere abbastanza fondi per una nuova spedizione, ben più capillare, che possa documentare la sua scoperta. «Qualunque cosa troveremo non appartiene a noi - spiegano gli archeologi -, ma alla gente di questa isola e al mondo in generale. Tutto ciò che riporteremo a galla finirà in mano a un museo».

LE CIVILTÀ SOMMERSE - Non è la prima volta che tracce di una possibile civiltà sommersa emergono nei Caraibi. Nel 2001 l'agenzia Reuters riferì che un gruppo di scienziati di Advanced Digital Communications aveva individuato una "città sommersa" al largo delle coste di Cuba. Grazie al sonar avevano identificato quelle che sembravano strade, rovine di edifici e persino una piramide. Ma dopo l'eccitamento iniziale, la storia cadde nel dimenticatoio. Nel suo libro Le porte di Atlantide (2000), Andrew Collins avanza la tesi che Cuba sia stata al centro di una vasta civiltà pre-colombiana, simile ad Atlantide. Ivor Zapp e George Erikson, nel loro volume Le Strade di Atlantide (2002), mettono il Costa Rica a capo di un impero marittimo molto avanzato. L'avventuriero F. A. Mitchell-Hedges ha suggerito che i resti della civiltà scomparsa si trovassero in Honduras. Teorie secondo cui Atlantide si trova nel nuovo mondo cominciarono a circolare subito dopo la scoperta dell'America. Nel 1669 fu addirittura pubblicata una mappa che mostrava l'America divisa tra i discendenti di Nettuno, re di Atlantide.

domingo, 22 de novembro de 2009

Templi in Sicilia guardano il sole meglio di quelli greci


Uno dei templi della Valle dei Templi ad Agrigento, in una immagine di archivio

Roma, Ansa.it - Non tutti i templi greci sono costruiti in asse con il sorgere del Sole. Quelli, di epoca classica, localizzati in Sicilia sono orientati a Est, dove sorge il Sole; ma l'orientamento solare non è così evidente, invece, in quelli della Grecia. A notare la strana incongruenza tra il paese d'origine del culto e il 'paese di importazione' è stato Alun Salt, docente dell'Istituto di Archeologia dell'università di Leicester nel Regno Unito, che ha condotto un'indagine sull'orientamento astronomico dei templi classici della Sicilia, confrontandolo con le osservazioni sull'orientamento dei tanti templi situati in Grecia.


La scoperta della ricerca 'The astronomical orientation of ancient greek temples', pubblicata sulla rivista Plos One, è sorprendente: i templi di Agrigento in Sicilia sono più 'greci' dei templi greci della penisola ellenica, perché sono orientati a Est come dovrebbero esserlo, in effetti, tutti i templi ellenici. L'archeologo Salt ha infatti scoperto che almeno 40 dei 41 templi siciliani dell'allora Magna Grecia affacciano, non a caso, a Oriente. Non si può dire la stessa cosa per quelli eretti un po' ovunque nella penisola ellenica: sugli 84 analizzati è infatti risultato che solo 42 sono perfettamente allineati secondo un orientamento Est-Ovest. "Il risultato è molto meno notevole rispetto a quello riscontrato in Italia", ha osservato lo studioso, cercando di interpretarlo in questo modo: i templi greci originali dell'epoca classica (400 a.C.) erano costruiti in siti ritenuti sacri da generazioni, sopra i resti degli edifici micenei (megaron). I templi in Sicilia, invece, erano edificati 'ex novo' vicino alle città dai coloni che si sentivano emigrati in terre lontane e riproducevano la pratica religiosa del loro paese d'origine allo stato puro, essendo svincolati dai precedenti e vincoli storici (sostruzioni più antiche). L'autoidentificazione dei greci siciliani con i greci della madre patria li avrebbe resi addirittura più intransigenti nel rispetto del culto.

domingo, 1 de novembro de 2009

Umidade e insetos ameaçam conservação de múmias em Viena


Visitante olha cadáver em uma cripta no centro de Viena, na Áustria. O túnel foi usado para sepultar cerca de 4 mil pessoas entre 1.560 e 1783. Muitos corpos acabaram se mumificando por conta de condições climáticas muito especiais do subsolo. Atualmente, os caixões e cadáveres estão ameaçados pela umidade e pelos insetos. Vários deles já foram destruídos. (Foto: Herwig Prammer)

Cerca de 4 mil pessoas foram sepultadas em túneis.Condições especiais fizeram com que corpos se conservassem.

Do G1, com informações da Reuters

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Curso de Pré-História Andina


CBA convida para curso de Pré-História Andina

O Centro Brasileiro de Arqueologia (CBA) abre inscrições para o curso Pré-História Andina, ministrado pelo Prof. Dr. Alfredo José Altamirano, arqueólogo, doutor em ciências, ex-pesquisador da FIOCRUZ, da UNIRIO, da Estácio de Sá-RJ, da UNMSM-Lima, professor de Búzios/RJ e pesquisador do CBA. O curso ocorrerá nos dias 4, 11, 18, 25 de novembro e 2 de dezembro de 2009, no horário de 15h às 17h, no Auditório do DRM-RJ/Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro, na Rua Marechal Deodoro, 351 - Niterói/RJ, que apóia o evento. O programa inclui os bandos nômades, o período arcaico, Chavin, Mochica, Wari, Tiawanaku e o Império dos Incas. Aos participantes serão entregues uma apostila e um CD com as palestras ministradas, e conferido certificado de participação com 10 horas acadêmicas.
Informações pelo email mailto:cba@cbarqueol.org.br

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Arqueólogos amadores acham maiores pegadas de dinossauro do mundo


Pegadas se estendem por uma distância de centenas de metros no vilarejo de Plagne, perto de Lyon (França), e foram deixadas por saurópodes - herbívoros gigantes de pescoço comprido (Foto: CNRS Photothèque / RAGUET Hubert)

Uma dupla de caçadores amadores de fósseis da França descobriu o que se acredita serem as maiores pegadas de dinossauro já encontradas no mundo. A descoberta de Marie-Helène Marcaud e Patrice Landry, no vilarejo de Plagne, perto de Lyon, em abril, foi confirmada na terça-feira (6) por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês).

Segundo os cientistas, as pegadas se estendem por uma distância de centenas de metros e foram deixadas por saurópodes - herbívoros gigantes de pescoço comprido. "Vamos fazer mais escavações nos próximos anos e esperamos que elas revelem que o sítio arqueológico de Plagne é um dos maiores do tipo no mundo", disse Jean-Michel Mazin, pesquisador do CNRS.

Os cientistas informaram que as pegadas têm formas circulares com diâmetros que variam de 1,2 metro a 1,5 metro, o que significa que foram deixadas por animais de até 40 toneladas, e com mais de 25 metros de comprimento.

As bordas das pegadas têm um sedimento calcáreo, que data do período Jurássico (há cerca de 150 milhões de anos), quando a região era coberta por um mar morno e raso.
Apesar de o rastro ter sido deixado por animais gigantescos, eles não foram os maiores dinossauros já conhecidos.

Alguns cientistas acreditam que o Amphicoelias fragilimus, também da família dos saurópodes, pesavam até 122 toneladas e teriam de 40 a 60 metros de comprimento.


BBC

Bahrein luta para proteger túmulos históricos do rápido avanço das cidades


Túmulos históricos do Bahrein podem sumir com o rápido avanço da cidade. Interesses econômicos do governo não garantem proteção ao patrimônio da 'Idade do bronze'. (Foto: Shawn Baldwin/The New York Times)

Comunidades preferem o progresso a manter cultura intacta.Governo não garante proteção para os monumentos.

Por Michael Slackman
Do ‘New York Times’, em Manama, no Bahrein

Há um conflito de valores ocorrendo na capital do Bahrein, o que é comum na região. Sua fabulosa riqueza de petróleo e sua grande influência na globalização têm subjugado patrimônios e tradições.

A questão que paira neste pequeno reino no Golfo Pérsico é esta: poderia Bahrein proteger a maior concentração de sepulturas da Idade do Bronze já encontrada e, ainda assim, corresponder às necessidades contemporâneas de seu povo? Poderiam eles preservar seu passado e, ao mesmo tempo, acomodar seu presente? “As pessoas estão exigindo moradias e desenvolvimento”, disse Al-Sayed Abdullah Ala’ali, membro do parlamento. “Elas querem tudo que é importante para suas vidas hoje”.

Em apenas algumas décadas, os petrodólares e a modernidade dividiram os estados árabes no Golfo Pérsico, elevando os padrões de vida enquanto esquecem práticas que haviam definido a identidade do local por gerações. A pesca e o mergulho de pérolas foram substituídos por petroquímicos e serviços financeiros. O inglês desafiou o árabe como o idioma dos negócios. Esquemas tradicionais se tornaram novidades. O pouco da arquitetura antiga que restava foi devastada para dar lugar aos arranha-céus de aço e de vidro. “É uma luta entre velho e novo, entre identidade cultural e desenvolvimentos recentes que a confrontam, entre autenticidade e modernidade”, disse Ahmad Deyain, escritor de um vizinho regional, o Kuwait.

Túmulos históricos
Bahrein é uma coleção de 36 ilhas no Golfo Pérsico, embora a maioria de seus 730 mil residentes viva agrupada na capital, Manama. Meio século atrás, havia dezenas de milhares de túmulos que conectavam os cidadãos de Bahrein ao passado da ilha. As sepulturas se estendiam sob um sol escaldante, a maioria com a altura de um carro, cobertas de pequenas pedras cinza. O povo de Bahrein diz que havia mais de 300 mil, mas Karim Hendili, conselheiro da Unesco junto ao ministro da cultura, disse que o número estava mais próximo a 85 mil. Ele disse que há, no máximo, 6 mil restantes em 35 campos de enterros. Esse é um número sobre o qual todos parecem concordar. E esses locais restantes, segundo ele, “estão extremamente ameaçados”.

Construídos por habitantes da ilha de aproximadamente 2.500 a.C. a 500 d.C., eles oferecem um olhar ao que Hendili chama de “uma civilização perdida da Idade do Bronze”. Acredita-se que o Bahrein tenha sido a capital de Dilmun, situada ao longo de uma rota de comércio ligando o Vale do Indo e a Mesopotâmia.

A maioria dos túmulos contém uma câmara mortuária no formato de uma bota ao seu lado. O corpo era colocado em posição fetal enquanto os itens pessoais, potes de cerâmica, selos pessoais e facas eram armazenados aos pés. O valor da sepultura não está necessariamente no que contém, mas no que eles contam sobre as vidas, valores e práticas funerárias de uma civilização antiga. “Há um ditado por aqui: ‘Você não pode dar prioridade aos mortos. Você precisa dar moradia aos vivos’”, disse Hendili, que chama as sepulturas de “ajuntamento funeral de Dilmun e Tylus”.

Patrimônio mundial
A ministra da cultura e informação, Mai Bint Mohammed al-Khalifa, tem sido a força motora por trás da tentativa de preservar e promover o passado de Bahrein. Ela esteve ativamente envolvida na primeira nomeação de Patrimônio Mundial da Unesco em Bahrein, e está trabalhando com Hendili para tentar indicar 11 dos 35 campos de enterros restantes como sítios de patrimônio mundial.

Com túmulos, entretanto, ela enfrenta não apenas a batalha existencial entre construir e preservar, mas também o desafio dos interesses garantidos legalmente. Em resumo, a questão é a seguinte: segundo as autoridades locais, os cidadãos com menos direitos civis do Bahrein precisam sustentar a maior parte da carga da preservação, pois os ricos e bem- relacionados sempre conseguem a permissão para construir em suas terras.

Mesmo aqueles que defendem a preservação reconhecem que ficou muito mais difícil convencer as comunidades de renda baixa do valor dessas sepulturas quando eles enxergam as casas dos ricos e bem-relacionados , logo do outro lado da rua, subirem onde antes estavam as sepulturas. “Trata-se de um jogo de interesses”, disse Yousif al-Bouri, presidente do Conselho Municipal do Norte, um grupo que representa mais de 30 vilas. “Existem todos esses sinais que dizem ‘você não pode fazer isso, você não pode fazer aquilo’. De repente os sinais se apagam e os túmulos são retirados. Estas eram terras do governo dadas a pessoas bem-relacionadas, que as venderam”. Bouri representa a vila de Bouri, que fica a 16 quilômetros da capital. Diretamente do outro lado da moderna rodovia está outra vila, A’ali, com população de cerca de 9 mil pessoas. Ambas são de maioria xiita e fazem fronteira com grandes campos de sepulturas, que permanecem intocadas.

Há campos de sepulturas muito maiores em A’ali, também, chamados Tumbas Reais, montanhas de areia e rochas mais altas que as casas de bloco de dois e três andares onde as pessoas moram. Parece que todas as Tumbas Reais foram saqueadas, transformadas em pilhas de lixo anos atrás. A vila cresceu ao redor delas. “A vila de A’ali é o único lugar no mundo onde você tem a interação da vida contemporânea e os elementos funerários da Idade do Bronze”, disse Hendili. Porém, acrescentou ele, “Não há mais garantia de que elas serão protegidas”.

Hendili e a ministra da cultura, Khalifa, têm algum apoio nas vilas. Mas pode ser apenas que a confluência de interesses – o rico que quer vender suas terras e o pobre que precisa construir nas suas – seja a força que prevalece, dizem alguns especialistas. Aqueles a favor da preservação dizem que a estratégia do governo parece ser não fazer nada, e esperam que o problema simplesmente vá embora. “O governo não quer enxergar esse problema por conta de seus interesses pessoais”, disse Ala’ali, membro do parlamento. Segundo ele, essa situação deixa de lado um ponto muito mais importante, o de que as duas partes do conflito nunca deveriam ter sido definidas como excludentes. Preservação e progresso são, na verdade, dependentes um do outro. “Quem não tem passado”, disse ele, “não tem futuro”.


Tradução: Pedro Kuyumjian

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Arqueólogos descobrem ‘mini-Coliseu’ do século 3 próximo a Roma


Arqueólogos descobriram um anfiteatro em uma cidade próxima a Roma, na Itália. A imagem registrada na quarta-feira (30) mostra a parede curvada do anfiteatro (à esquerda), no terreno de um antigo porto do Império Romano. Uma equipe de arqueólogos britânicos que trabalhava em um antigo porto romano descobriu os restos de um "mini-Coliseu" -uma versão menor da arena monumental construída no centro da capital imperial. As fundações do pequeno anfiteatro, datado do século 3, foram descobertas próximo a Ostia, cidade portuária situada cerca de 25 km a sudoeste de Roma por onde grande parte das riquezas e mercadorias destinadas para a capital do império fluía (Foto: Chris Ison/Associated Press)

Los Angeles: scoperto il testo originale del discorso di Mosè al popolo ebraico


Un frammento di un rotolo del Mar Morto (Ap)


il frammento e' ora in possesso della azusa pacific university
Los Angeles: scoperto il testo originale del discorso di Mosè al popolo ebraico
Studioso rinviene in uno dei rotoli del Mar Morto prima versione del Deuteronomio: e scopre delle differenze

LOS ANGELES (USA) - Dopo oltre 2000 anni sarebbe ora possibile conoscere le parole originarie pronunciate da Mosè al popolo ebraico. Sarebbe infatti nascosto in alcuni frammenti dei rotoli del Mar Morto (la serie di rotoli e frammenti trovati nel 1947 in undici grotte nell'area di Qumran e che contengono la versione più antica finora conosciuta del testo biblico), il testo autentico del Deuteronomio, una delle parti più importanti della Bibbia ed il quinto dei libri che formano la Torah ebraica. E la versione originale sarebbe diversa da quelle delle raccolte posteriori, che hanno risentito delle dispute teologiche delle varie scuole rabbiniche.

IL DEUTERONOMIO - Il libro del Deuteronomio consiste principalmente di tre discorsi che sarebbero stati pronunciati da Mosè, poco prima della sua morte, agli Israeliti. Il primo discorso è una ricostruzione storica. Il secondo discorso, che occupa la parte centrale del libro, contiene i Dieci Comandamenti dettati sul monte Sinai e il cosiddetto codice Deuteronomico, formato da una serie di dettami. Questa sezione è costituita in gran parte da leggi, ammonizioni ed ingiunzioni relative alla condotta che il popolo eletto deve osservare per entrare nella terra promessa. Il terzo discorso tratta delle solenni disposizioni della legge divina, adempiendo alle quali è garantita la prosperità futura del popolo d'Israele.

LA SCOPERTA - A sostenere l'esistenza di un testo originario e precedente a tutti quelli finora conosciuti è James Charlesworth, un professore di studi neotestamentari presso il Princeton Theological Seminary, il quale ha analizzato finora almeno un piccolo frammento proveniente dai rotoli del Mar Morto acquistato recentemente dalla Azusa Pacific University. Si tratta di un passo del ventisettesimo capitolo del libro. Nel frammento analizzato da Charlesworth, Mosè prescrive a chi sarebbe entrato nella Terra Promessa (privilegio che a lui non sarà accordato) di erigere un altare di pietra in onore dell'unico Dio al di là della riva destra del Giordano. E, parlando su ispirazione diretta di Dio, ordina che l'altare sorga sul Monte Gerizim. Ora, è proprio questo il particolare che suggerisce la tesi dell'originalità del testo di Qumran: in tutte le versioni ufficiali, redatte successivamente, il luogo indicato sarebbe un altro, vale a dire il Monte Ebal. Quanto basta al professor Charlesworth per affermare che, vista non solo la veridicità della versione dei manoscritti, appurata in centinaia di pubblicazioni, ma anche la loro generale correttezza si tratta delle vere parole di Mosè. O di Dio, visto per appunto che Mosè parlava su ispirazione divina. La versione successiva, presente nel testo canonico, dovrebbe essere invece frutto di una soluzione di compromesso imposta nel corso di un vero e proprio scontro tra gruppi religiosi. Il fatto che solo ora si venga a conoscenza di un testo originale diverso da quello biblico attuale non deve sorprendere. Dei 15000 frammenti conosciuti risalenti ai rotoli del Mar Morto la maggior parte infatti è in mano a privati ed è spesso inaccessibile agli studiosi.

TESTO ORIGINALE - «Finalmente il testo originale del Deuteronomio», ha dichiarato Charlesworth al Los Angeles Times, «si tratta di una scoperta di importanza sensazionale». Il frammento oggetto del suo entusiamo è stato mostrato, rigorosamente in fotografia, dal board dell'università californiana che lo ha acquistato insieme ad altri quattro venduti da un mercante specializzato in testi antichi. Si tratta, anche in questi casi, di parti dell'ultimo libro del Pentateuco ad eccezione di un papiro che riporta parte del Libro di Daniele. Tutti hanno raggiunto la cassaforte dell'Azusa Pacific University al termine di un percorso che li ha portati dalle grotte di Qumran nelle mani di collezionisti privati. Ora resteranno in California e potrebbero riservare ancora delle sorprese.


Corriere della Sera

sábado, 26 de setembro de 2009

Arqueologia tenta desvendar história dos antigos moradores de Roraima

Datações indicam presença humana há pelo menos 4 mil anos.Estado tem mais de cem sítios arqueológicos, segundo pesquisadora.


Dennis Barbosa Do Globo Amazônia, em São Paulo

Roraima tem mais de cem sítios arqueológicos, mas os povos que habitaram o estado no extremo norte do país ao longo da história ainda são pouco conhecidos. “Temos aqui datações de até 4 mil anos”, relata a arqueóloga e professora de história da Universidade Federal de Roraima (UFRR) Shirlei Martins, que acaba de apoiar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a cadastrar um novo sítio em São Luiz do Anauá, município ao sul da capital Boa Vista.



Desenhos encontrados em um dos sítios arqueológicos entre as reservas indígenas São Marcos e Raposa Serra do Siol, em Roraima (Foto: Ari Silva/Arquivo pessoal)

“Já são mais de 80 sítios cadastrados em Roraima. O potencial arqueológico do estado é muito grande”, afirma Carla Gisele Moraes, superintendente do Iphan no estado.

Veja galeria de fotos de arte rupestre em Roraima

De acordo com Shirlei, o povo mais conhecido são os chamados rupununi, que viveram na área de savana ao norte do estado, próximo à fronteira com a Guiana. Vestígios apontam que eles estiveram na região desde 1.200 anos atrás, até os primeiros contatos com os europeus, no século 18. “Eles enterravam seus mortos em urnas funerárias com muitos materiais interessantes, inclusive artefatos europeus que receberam”, conta Shirlei. A pesquisadora explica que, além de urnas funerárias, são comuns os desenhos em rocha nas áreas de savana ao norte de Caracaraí. Nas regiões de floresta, mais ao sul do estado, não se encontram pinturas rupestres, mas petroglifos, desenhos escavados na pedra em baixo-relevo. Segundo a professora, se supõe que os povos que viveram na região da savana têm mais ligação com os índios caribenhos, enquanto os do sul do estado têm relação com os habitantes do Rio Negro, embora isso não seja confirmado.

Para estabelecer uma relação dos antigos habitantes do sul de Roraima com o resto da bacia do Rio Negro, seria necessário fazer uma comparação de seus desenhos com os de sítios no Amazonas. No entanto, devido à umidade, é difícil encontrar vestígios bem conservados nessas regiões. “As pesquisas são poucas ainda”, aponta a cientista.Rumores sobre antigos desenhos incas, fenícios e até gregos no estado amazônico não são verdadeiros, segundo a historiadora. O trabalho arqueológico em Roraima esbarra na falta de recursos. De acordo com Shirlei Martins, o estudo de alguns sítios só está sendo possível porque os municípios que os abrigam resolveram dar apoio logístico. “Trabalhamos com recursos próprios”, afirma.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Arqueólogos acham restos de casal que pode ter morrido na guerra de Troia

Sítio arqueológico fica no noroeste da Turquia.Escavações são lideradas por especialista da Universidade de Tubingen.

Da Reuters


Casal pode ter sido enterrado 400 anos depois em um cemitério naquilo que os arqueólogos chamam de Troia 6 ou Troia 7, diferentes camadas das ruínas de Troia (Foto: Reuters)

Arqueólogos encontraram restos de um homem e uma mulher que podem ter morrido por volta de 1200 a.C., na época da lendária guerra de Troia, disse nesta terça-feira (22) o professor alemão Ernst Pernicka, da Universidade de Tubingen, que comanda escavações no sítio arqueológico do noroeste da Turquia.

Pernicka afirmou que os corpos foram achados próximos de uma linha de defesa dentro da cidade, construída no final da era do Bronze.

Se os restos forem confirmados como sendo de 1200 a.C., isso iria coincidir com o período da guerra de Troia. Essa gente foi sepultada perto de um fosso. Estamos conduzindo um teste de radiocarbono"

Isso pode ajudar a comprovar que a parte baixa de Troia no final da era do Bronze era maior do que se imaginava, alterando as percepções dos acadêmicos a respeito da cidade descrita na "Ilíada", de Homero.

"Se os restos forem confirmados como sendo de 1200 a.C., isso iria coincidir com o período da guerra de Troia. Essa gente foi sepultada perto de um fosso. Estamos conduzindo um teste de radiocarbono, mas a descoberta é eletrizante", disse Pernicka.

A antiga Troia, na entrada do estreito de Dardanelos, relativamente próximo da zona sul de Istambul, foi encontrada na década de 1870 pelo empreendedor e arqueólogo alemão Heinrich Schliemann.

Pernicka disse que cerâmicas encontradas perto dos corpos, que estavam sem as partes inferiores, eram confirmadamente de 1200 a.C., mas que o casal pode ter sido enterrado 400 anos depois em um cemitério naquilo que os arqueólogos chamam de Troia 6 ou Troia 7, diferentes camadas das ruínas de Troia.

Antiga Troia, na entrada do estreito de Dardanelos, foi encontrada na década de 1870

Dezenas de milhares de turistas visitam anualmente as ruínas de Troia, onde uma enorme réplica de madeira do famoso cavalo de Troia está exposta ao lado de várias ruínas escavadas.

sábado, 12 de setembro de 2009

Unesco pode transformar marcas milenares no AC em patrimônio mundial


Formas geométricas foram desenhadas há pelo menos mil anos. (Foto: Governo do Acre/Divulgação)


Círculos, quadrados e octógonos gigantes no chão têm mais de mil anos.Estruturas, que só podem ser vistas de avião, são chamadas de geoglifos.

Do G1, com informações do Jornal Hoje

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ligado ao Ministério da Cultura, pediu à Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para transformar as marcas milenares no chão do Acre, chamadas de geoglifos, em patrimônio da humanidade.

Para o paleontólogo, Alceu Ranzi isso pode ajudar a preservar as marcas. "Nós vamos ter maior capacidade e financiamento para o desenvolvimento de pesquisas nessa área e principalmente teremos mais condições de conhecer o passado de ocupação da Amazônia. Nós teremos mais possibilidades para preservá-la", avalia. Os geoglifos só podem ser vistos de avião. A maioria são círculos e quadrados. O maior tem 350 metros de cada lado. Uma casa foi construída dentro de um grande círculo. A mais impressionante é uma figura de oito lados praticamente iguais.

Segundo os pesquisadores, as valetas serviam para defender povoados permanentes onde morava muita gente. "Um dos cálculos que se tem é que talvez há mil anos eles habitaram toda essa região. Na época, talvez tivéssemos tantos habitantes há mil anos no Acre do que temos hoje", afirma o paleontólogo Alceu Ranzi. Nas escavações, os arqueólogos encontraram cerâmica e machados de pedra. Como no Acre não existe rocha desse tipo, os arqueólogos acreditam que os construtores dos geoglifos negociavam com povos da Cordilheira dos Andes, como os Incas, mestres na arte de entalhar pedra.

Geoglifos do Acre

O que são
Formas geométricas, na maior parte círculos e quadrados, desenhadas no chão.

Que tamanho têm
As linhas têm cerca de 12 metros de largura e quatro de profundidade. Os desenhos chegam a ultrapassar 100 m de diâmetro.

Onde estão
No Acre, entre Xapuri e Boca do Acre.

Quantos são
Até hoje, já foram descobertos cerca de 200, mas estima-se que haja dez vezes mais que isso.

Que idade têm
Pelo menos 1000 anos.

Para que serviam
Ainda não se sabe. Cientistas imaginam que eles poderiam servir para abrigar aldeias, plantações ou centros cerimoniais

Quando o primeiro geoglifo foi descoberto, não se sabia que as valas formavam um desenho, e que havia tantos ali. Hoje, com a ajuda de aviões e imagens de satélite, já foram identificados cerca de 200.

Com a chegada dos mapas virtuais, que utilizam imagens de satélite em alta resolução, os desenhos ficaram evidentes, e até os próprios cientistas puderam encontrar mais estruturas desse tipo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Missão italiana constata ruínas em Lago Titicaca

LA PAZ, 4 SET (ANSA) - Uma missão científica da associação italiana Akakor Geographical Exploring constatou ruínas embaixo das águas do lago Titicaca que provavelmente são de um centro cerimonial de antigas civilizações. O Titicaca, localizado na fronteira entre Bolívia e Peru, é conhecido como o berço da civilização Inca e por ser o lago comercialmente navegável mais alto do mundo, com quase quatro mil metros acima do nível do mar. A missão, denominada Kon Tiki 2009, realizou explorações durante 20 dias no local, produzindo quatro mil fotografias e dez horas de filmagem que serão utilizadas em análises na Itália. As atividades serviram de complemento a outras executadas há seis anos na Ilha do Sol, onde foram encontrados os restos das edificações. Segundo um informe preliminar, existem restos arqueológicos do ano de 1492, "o que provavelmente constitui um centro cerimonial construídos sob sete níveis". Paralelamente à missão realizadas no lago Titicaca, outra missão da Akakor, chamada de Jurassic Cave 2009, operava em covas de origens quéchua em Torotoro, na Bolívia. As duas missões fazem parte do projeto "Horizontes Pré-colombianos", que recebeu o apoio da embaixada italiana na Bolívia, de empresas privadas e de instituições bolivianas de arqueologia e comunicação. A Akakor é uma associação italiana sem fins lucrativos criada em 1992 para realizar explorações, estudos científicos e projetos de intercâmbio cultural em diversos países.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

MAYAS: Los señores del tiempo

MAYAS: Los señores del tiempo

Por José Lull

El conocimiento de los acontecimientos que tenían lugar en la bóveda celeste era vital para un pueblo, el maya, caracterizado por su superstición y fervor religioso. Para los mayas, el concepto del tiempo cíclico había sido asumido con gran naturalidad y ésto fue lo que les llevó a explotar hasta el límite de lo imposible un método de sistematización observacional que les permitiese confeccionar el más perfecto sistema calendárico que hasta la fecha hubiese inventado la humanidad. El tiempo lo era todo para los mayas. Si eran capaces de medir el tiempo con exactitud también serían capaces de predecir en que momento iban a producirse las guerras, las victorias, los desastres y todas las acciones y sucesos que ya habían acontecido con anterioridad. El tiempo era cíclico, por lo que con un calendario perfecto podrían predecir el futuro, convirtiéndose así en los Señores del Tiempo.

Corría el año 1502 cuando, por primera vez en la historia, un grupo de occidentales tomó contacto en el golfo de Honduras, frente a la isla de Guanaja, con gentes cuyo pasado escondía una época de desconocido e inimaginable esplendor. Unas cuantas canoas de comerciantes indígenas había topado con un navío español perteneciente a la cuarta expedición de Cristobal Colón. La curiosidad de éstos les llevó al barco, donde se produjo una rudimentaria conversación de gestos y extrañas palabras que reveló el nombre del lugar de donde venían estas gentes: maiam. (ver fig. 1)


Fig. 1: Mapa de la Península del Yucatán representando el territorio de extensión de la civilización maya y alguna de sus más importantes ciudades.

De este modo es como hace casi quinientos años los mayas se dieron a conocer a los europeos. Sin embargo, la impresión que debieron causar en aquel primer momento no debía diferir en gran medida de la de los indios que habían sido vistos en Cuba o en La Española. No obstante, el secreto del grandioso pasado de los mayas iría apareciendo poco a poco ante los ojos de aquellos aventureros que desde el otro lado del océano habían llegado a estas tierras del Nuevo Mundo.

En 1517 Francisco Hernández de Córdoba partía desde las islas caribeñas en una misión de exploración descubriendo en Isla Mujeres edificios cuya técnica y concepción superaba con creces todo lo que había sido visto hasta aquel momento por aquellas tierras. En los años siguientes la ocupación española del Norte de la Península del Yucatán irá favoreciendo nuevos descubrimientos, aunque también destrucciones. Así, no podemos olvidar la figura de Diego de Landa (1524-1579), primer obispo de la región y cuyo interés por los mayas conforma una dualidad difícil de digerir. El religioso, llegado a Yucatán en 1549, no sólo se mostró como un gran estudioso de la cultura maya, de su escritura, lenguajes, calendarios, etc., cuyos resultados publicó en la Relación de las cosas de Yucatán, sino que también su celo religioso le llevó a la quema de un gran número de libros mayas cuya destrucción, sumadas a otras, ha supuesto una pérdida irreparable del conocimiento de la alta cultura maya.

El descubrimiento de las grandes ciudades mayas ha sido lento y penoso, quedando aún todo un mundo por destapar (ver fig. 2). En 1576 Diego de Palacio descubrió la bella ciudad maya de Copán y, no fue sino hasta 1696 cuando el padre Avendaño, extraviado, llegó a las ruinas de Tikal, una de las más grandiosas ciudades del maya clásico. Más tarde, en 1746, el cura de Solís descubre Palenque. Las capitales mayas del período de máximo apogeo de esta civilización precolombina, aún en ruinas y cubiertas por una espesa vegetación eran, a pesar de su grandiosidad, un vago reflejo de una alta civilización cuyo fin tuvo lugar cientos de años antes de su primer contacto con los españoles.



Fig. 2: La pirámide del Adivino en Uxmal (México), del período postclásico.


Muy lentamente, los mayas han ido revelándonos algunos de sus secretos, aunque son muchos los que se han ido con ellos, también los referentes a sus conocimientos astronómicos sobre los que, curiosamente, sabemos mucho más de lo que podríamos imaginar a la vista de la relativamente escasa documentación epigráfica que ha sobrevivido. Entre los secretos desvelados destaca, para nosotros, uno sobre todos: el calendario. En las siguientes líneas trataremos de describir de la forma más sencilla posible el sistema calendárico maya, el más perfecto de su tiempo, y uno de los legados más sobresalientes de la civilización maya.

El padre Bernardino de Sahagún en su Historia de las cosas de Nueva España, refiriéndose a los toltecas, otra de las culturas mesoamericanas cuyos conocimientos astronómicos habría que buscar en los antiguos mayas, llegó a escribir:

Eran tan hábiles en la astrología natural los dichos tultecas, que ellos fueron los primeros que tuvieron cuenta y la compusieron de los días que tiene el año, y las noches, y sus horas, y la diferencia de tiempos y que conocían y sabían muy bien los que eran sanos y los que eran dañosos, lo cual dejaron ellos compuestos por veinte figuras o caracteres (...) y eran tan entendidos y sabios, que conocían las estrellas de los cielos, y les tenían puestos nombres, y sabían sus influencias y calidades, y sabían los movimientos de los cielos, y esto por las estrellas.
Como señala M. Rivera, el calendario maya es la suma paradigmática de la cosmovisión prehispánica, un sistema de organización intelectual del mundo y un compendio de leyes sobre su funcionamiento y manifestaciones. El calendario maya, basado en una estructura matemática de precisión cuya forma más visible es la rueda calendárica (ver fig. 3), permitía situar en el tiempo no sólo las ceremonias religiosas y sociales que se producían cada año sino, también, señalar en el tiempo acontecimientos históricos o naturales de especial importancia.



Fig. 3: Representación de la rueda calendárica que combinaba los calendarios Tzolkin (rueda pequeña) y Haab (rueda Grande)

Gracias a textos como el Popol Vuh conocemos la concepción maya de la creación y del inicio del tiempo. Este libro, escrito en lengua quiché maya pero en carácteres latinos, debió ser confeccionado probablemente por varios sacerdotes o iniciados de la religión maya que quisieron asegurar en la escritura una parte de su cultura que, transmitida oralmente, comenzaba a perderse. La fortuna quiso que este texto se conservase durante más de 150 años en la biblioteca de la iglesia de Santo Tomás de Chichicastenango (Guate-mala) donde, a comienzos del siglo XVIII el padre Francisco Ximénez, sacerdote de la misma, lo descubrió y, con gran sentido de la historia y de la cultura, procedió a su traducción al español. Permitámonos reproducir aquí el pasaje referente al inicio del mundo:

Entonces, no había ni gente, ni animales, ni árboles, ni piedras, ni nada. Todo era un erial desolado y sin límites. Encima de las llanuras el espacio yacía inmóvil, en tanto que, sobre el caos, descansaba la inmensidad del mar. Nada estaba junto ni ocupado. Lo de abajo no tenía semejanza con lo de arriba. Ninguna cosa se veía de pie. Sólo se sentía la tranquilidad sorda de las aguas, las cuales parecía que se despeñaban en el abismo. En el silencio de las tinieblas vivían los dioses que se dicen: Tepeu, Gucumatz y Hurakán, cuyos nombres guardan los secretos de la creación, de la existencia y de la muerte, de la tierra y de los seres que la habitan. Cuando los dioses llegaron al lugar donde estaban depositadas las tinieblas, hablaron entre sí, manifestaron sus sentimientos y se pusieron de acuerdo sobre lo que debían hacer ...

Las ruedas calendáricas, ese engranaje que compone el gran reloj maya, del mismo modo que tiene predeterminada su parada tiene bien establecida su puesta en marcha. El Popol Vuh no es más que una de las versiones de la creación maya del mundo pero recuerda el instante en el que la rueda calendárica comenzó a moverse, el instante en que el tiempo comenzó a marcar la cuenta de los ciclos y el instante en que, de las tinieblas, los dioses primordiales, con el tiempo, llevaron a término la primera creación. Ese momento tiene, por tanto, un inicio perfectamente señalado. Un inicio que, traducido a nuestro calendario, tuvo lugar el 13 de Agosto del año 3113 a.C..
La invención del calendario en mesoamérica se ha atribuído generalmente a los olmecas, una civilización muy anterior a la maya y de cuyo legado intelectual estos últimos debieron recoger una parte importante. Sin embargo, el registro calendárico más antiguo que se conoce en mesoamérica pertenece a la cultura zapoteca, cuyo centro principal era Monte Albán. En ese lugar se han encontrado estelas que marcan fechas del siglo VI a.C.. Los mayas utilizaban, en realidad, dos calendarios que combinaban entre sí en la rueda calendárica. Había, pues, un calendario de 260 días compuesto por 20 días combinados con los números del 1 al 13. Este calendario se denominaba tzolkin y era empleado en el ámbito religioso, principalmente con fines proféticos y ceremoniales. Es difícil saber que valor tiene este período de 260 días que compone el tzolkin, a pesar de lo cual existen numerosas teorías de las, especialmente, podríamos destacar una. Según ésta, el calendario religioso maya debió originarse en algún lugar situado a 15º de latitud, pues en esta posición dos pasos del Sol por el cénit se producen en un intervalo de 260 días. En estas condiciones es muy posible que fuese Copán (Honduras), una ciudad que tuvo su apogeo durante el maya clásico (250-900 d.C.), el lugar donde deberíamos buscar la invención de este calendario. Por otra parte, quizás no sea una coincidencia que el segundo paso cenital del Sol sobre Copán se produzca el 13 de Agosto, fecha en que según la Cuenta Larga comenzó a correr el cómputo calendárico. Los nombres de los días de los 20 días que componían un mes del tzolkin eran: Imix, Ik, Akbal, Kan, Chicchan, Cimi, Manik, Lamat, Muluc, Oc, Chuen, Eb, Ben, Ix, Men, Cib, Caban, Etsnab, Cauac y Ahau. Estos días del tzolkin sólo eran relacionados con los numeros del 1 al 13, que no tenían nombre.

Junto al calendario tzolkin funcionaba otro llamado haab, el cual reproducía un ciclo de 365 días compuesto por 18 meses de 20 días, más un mes (llamado uayeb) de cinco días considerados de mal augurio. Este calendario hacía las funciones de calendario civil, puesto que era el más cercano a la duración del año trópico que, recordemos, es el intervalo de tiempo transcurrido entre dos pasos del Sol por el equinoccio de primavera (365,242199 días). Al contrario que en el tzolkin, en el haab los días no tenían nombre y sólo se numeraban del 0 al 19. Los meses se llamaban Pop, Uo, Zip, Zotz, Tzec, Xul, Yaxkin, Mol, Chen, Yax, Zac, Ceh, Mac, Kankin, Muan, Pax, Kayab, Cumkú y Uayeb.

Al año haab de 365 días se le hacían correcciones para adaptarlo al desfase que se producía con el año trópico. Sin embargo, tal corrección no se realizaba sistemáticamente como ocurre ahora con nuestro año bisiesto, sino que se tenía en cuenta el error acumulado desde el año cero y se indicaba en una Serie Complementaria, que explicaremos más adelante. Hay que imaginarse que cada cierto tiempo los sacerdotes-astrónomos mayas, auténticos profetas y adivinos, se reunían en uno de los grandes centros ceremoniales del maiam con el fín de sincronizar los numerosos "engranajes" de su calendario. En todo caso, a través del uso de promedios, se ha podido comprobar como los mayas habían conseguido determinar el año de 365.242 días, desviándose sólo 17 segundos del año trópico.

La combinación del tzolkin y del haab es lo que forma la llamada rueda calendárica, que ya hemos mencionado repetidas veces en las últimas líneas. De este modo, una vez comienza el movimiento de la rueda calendárica que relaciona los dos calendarios, han de pasar 18980 días, es decir, 52 años, para que el ciclo se cumpla y vuelvan a coincidir los días del tzolkin y del haab que se combinaron el primer día de inicio del tiempo. Mientras que el ciclo de la rueda calendárica se cumplía cada 52 años según el calendario haab, para el tzolkin debían pasar 73 años. Debido a este proceso cíclico temporal a los mayas se les podía presentar el problema de que, cada 52 años del haab comenzase una serie numérica identica a la del ciclo anterior, es decir, un auténtico problema para llevar un registro histórico y progresivo del tiempo. Es por esto que los mayas debieron buscar en la antigüedad remota un punto cronológico bien definido que les sirviera como inicio del primer ciclo de la cuenta calendárica. Así pues, la rueda calendárica se puso en marcha en una fecha calendárica que representamos convencionalmente como 13.0.0.0.0. 4 Ahau 8 Cumkú. Una fecha definida de esta manera se denomina Cuenta Larga, que contabiliza el número de períodos baktunes, katunes, etc., transcurridos desde la fecha inicial.

La Cuenta Larga es la forma de expresión del calendario maya más completa, la cual nos permite, a su vez, una combinación con nuestro calendario que permite identificar fielmente cualquier notación de Cuenta Larga maya. La base para cualquier cálculo es saber que el 13 de Agosto del 3113 a.C. coincide con el 13.0.0.0.0. 4 Ahau 8 Cumkú. El entendimiento de la Cuenta Larga se debe al alemán Ernst Förstemann, Bibliotecario Real del Reino de Sajonia que, desde que en 1867 tuviera ocasión de conocer la existencia del Códice de Dresde (uno de los cuatro libros mayas que han sobrevivido), consiguió realizar varios descubrimientos importantes en torno a los números y al calendario maya.

No obstante, nuestra descripción del calendario maya no podrá ser entendida si no explicamos antes las series numéricas que forman la base del sistema de contabilización de los días de la Cuenta Larga. Con la siguiente explicación entenderemos mejor lo que significa esa sucesión numérica de 13.0.0.0.0. que, para los que no estén relacionados con ella puede resultar tan enigmática. La numeración maya está basada en el sistema vigesimal, tal y como descubrió el propio Förstemann. Teniendo esto presente, las series numéricas básicas utilizadas en la Cuenta Larga son las siguientes:

1 kin = 1 día1 uinal= 20 días (20 kines)1 tun = 360 días (18 uinales)1 katun = 7.200 días (20 tunes)1 baktun = 144.000 días (20 katunes)

Para medir períodos de tiempo mucho más grandes se utilizaban estas otras series, que permitían expresarse incluso en miles de millones de años:

1 pictun = 2.880.000 días (20 baktunes)1 calabtun= 57.600.000 días (20 pictunes)1 kinchiltun= 1.152.000.000 días (20 calabtunes)1 alautun= 23.040.000.000 días (20 kinchiltunes)

Así, si 13.0.0.0.0. nos ofrece la posición del año 0 maya (3113 a.C.), gracias a la contabilización de los días que nos dé una serie completa de Cuenta Larga, sumados a la fecha del -3113, tendremos por resultado una fecha concreta de nuestro calendario. Inventémenos, para entendernos mejor, un ejemplo. Imaginémonos que un grupo de valientes expedicionarios de la Agrupación Astronómica de la Safor se adentra por la selva guatemalteca del Petén y descubre una ciudad perdida de los mayas en la que aparece una estela con la siguiente fecha de la Cuenta Larga: 9.9.1.3.2.. Para convertir esta relación de cinco series numéricas a nuestro calendario debemos saber que las series están expresadas de mayor a menor de izquierda a derecha. Esto quiere decir que el 2 de la derecha se refiere al kin, la unidad menor. Así pues, tenemos 2 kines (2 días), 3 uinales (3 x 20 = 60 días), 1 tun (1 x 360 = 360 días), 9 katunes (9 x 7.200 días = 64.800 días) y 9 baktunes (9 x 144.000 = 1.296.000 días), cuya suma nos da 1.361.222 días. Dividiendo esta cifra por 365.25 (días del año) obtendremos que el total corrsponde a 3727 años. No nos quedará más que sumar –3113 (año 0 maya) + 3727, para averiguar que la fecha calendárica de nuestra estela corresponde al año 614 de nuestra era. Si especificáramos en la cuenta larga los días del tzolkin y del haab podríamos incluso ser más explícitos y señalar un día concreto de ese año.

No obstante, una cosa es ofrecer la simplicidad de una serie de Cuenta Larga expresada convencionalmente y otra muy distinta es identificar dicha Cuenta Larga sobre la misma estela y escrita en glifos mayas. La escritura maya es, sin duda, uno de los más comlejos sistemas de notación inventados por cualquier civilización. Ver un texto escrito en glifos mayas despierta la curiosidad de cualquiera pero también la admiración por la dificultad que conlleva su lectura. A pesar de esto, la lectura de la fecha de una estela no presenta tanta dificultad, pues sólo basta con conocer los glifos básicos que identifican cada serie numérica para extrapolar el resultado a una expresión de Cuenta Larga, como la del ejemplo anterior.

Tomemos un ejemplo real de Cuenta Larga procedente de un monumento maya (ver fig. 4). La escritura maya se lee, en este caso, de arriba abajo y de izquierda a derecha. La serie se inicia siempre con un glifo introductorio, cuyo tamaño suele ser muy superior al del resto de los glifos que aparecen, pues ocupa dos filas. Justo debajo del glifo introductorio se inicia la serie calendárica propiamente dicha, con la tercera fila. Debemos saber primero que los mayas representaban la unidad con un símbolo circular, o , mientras que una barra, h , tenía un valor de cinco. Así, la barra y los cuatro círculos que vemos a la izquierda del primer glifo de la serie calendárica representan el valor 9. Este primer glifo indica siempre los baktunes transcurridos desde el inicio del tiempo maya en 3113 a.C. El glifo que está a la derecha del anterior señala los katunes. El número asociado a él está formado por dos barras y dos círculos (observar que el círculo del medio no es como los laterales, ya que no representa ningún número sino que es símplemente decorativo con el objeto de rellenar un hueco). Dos barras y dos círculos corresponden, como ya sabemos, al número 12. En la cuarta fila de glifos aparecen marcados los tunes, con el número 6, formado por una barra y un círculo (en este caso podemos distinguir como los círculos laterales son, como en el caso anterior, decorativos y sin valor numérico). Le siguen los uinales, con una sola barra, es decir, número 5. Ya en la quinta fila, vemos el glifo de los kines al que acompaña el número 8. Antes de seguir explicando los glifos de esta inscripción conviene repasar el resultado anterior. Hemos descifrado que tenemos 9 baktunes, 12 katunes, 6 tunes, 5 uinales y 8 kines. Esta serie de números es representada convencionalmente por los mayólogos como 9.12.6.5.8. , y con esto ya podemos calcular, como vimos en nuestro primer ejemplo imaginario, el equivalente con nuestro calendario. El total de días acumulados indicados por esta serie es de 1.395.468, es decir, 3821 años. Así pues, la fecha maya corresponde a nuestro año 708 d.C. (-3113 + 3821 = 708).



Fig. 4: Inscripción calendárica maya. Cuenta Larga con Serie Inicial y Complementaria.

El siguiente glifo representa el nombre del primer día de un mes del calendario tzolkin, que se lee como Imix. A la izquierda del glifo el número 3 (tres círculos) señalan que se refiere al numeral 3 del tzolkin. Esta información es muy importante porque indica el día concreto del tzolkin al que se llega después de haber contabilizado todos los días de la serie de ciclos anteriores. Por ello, para expresar más correctamente la serie calendárica, deberíamos escribir ahora 9.12.6.5.8. 3 Imix. A este resultado se le llama Serie Inicial.

No obstante, la inscripción sigue con la llamada Serie Suplementaria, la cual aporta mucha más información pero también más complejidad. El primer glifo de la sexta fila es denominado glifo G, cuya misión es señalar uno de los nueves Señores de la Noche, según descubrió E. Thompson en 1929. Cada tun, ciclo de 360 días, tiene 9 señores de la noche, pues 360 es divisible entre nueve. Cada señor rige, pues, cuarenta días de un tun. Ya que nuestra Serie Inicial nos dice que se han cumplido 6 tunes, habrá que averiguar con el resto de días acumulados por los dos ciclos menores (uninales y kines) cuantos días del siguiente tun habían pasado. Éstos son 5 uinales (100 días) y 8 kines (8 días), es decir, 108 días. Ya que cada señor gobierna una cuarentena de días, el intervalo del 80º al 120º día era gobernado por el tercer Señor de la Noche, que es el representado en nuestro glifo. Desgraciadamente, no se sabe leer el nombre de ninguno de los Señores de la Noche, por lo que, en este caso, símplemente se le reconocería como G3.

A continuación, la Serie Suplementaria o Cuenta Suplementaria aporta valiosa información sobre la Luna. Fue John E. Teeple quien, desde 1925, comenzó a resolver el enigma que hasta entonces significaba esta serie de glifos. Fue él el que descubrió que dichos glifos representaban fechas lunares. En la sexta fila aparecen juntos los llamados glifos D y E, que nos indican el día de lunación. El glifo D va acompañado por un número del 0 al 19, mientras que el E del 20 al 29. En nuestro caso, en el glifo D se indica el número 19 y ninguno en el glifo E, lo cual quiere decir que en esta fecha del 9.12.6.5.8. 3 Imix la luna estaba en el 19º día del período de lunación, es decir, había comenzado a menguar. En la séptima fila, el glifo C señala en que lunación se encontraba el satélite terrestre en relación al ciclo de 177 días que forman 6 lunaciones. Este dato es muy importante a la hora de poder calcular los eclipses, pues este tiempo corresponde al intervalo promedio que separa a dos eclipses, bien sean de Luna o de Sol. En nuestra inscripción, la barra vertical f nos indica que en aquel momento la Luna estaba en la quinta lunación del período de 177 días. Del glifo X poco podemos decir, pero está claro que guarda alguna relación con el glifo C, si bien no se sabe aún su significado. En el glifo B, primero de nuestra fila octava, se representa el nombre de la constelación en donde se hallaba la Luna. Se ha podido comprobar que el glifo B nunca es incluído en la Serie Suplementaria si no lo es también el glifo X.

Al glifo B le sigue el glifo A, también con interesante información del ciclo lunar. En este caso, la misión del glifo A es la de advertirnos si el mes lunar del momento era de 29 ó 30 días, lo cual se indicaba señalando el número 9 ó el número 10. En nuestro ejemplo, las dos barras vv , nos dicen que se trataba de un mes de 30 días. El glifo A, en relación con el glifo C sirve, además, para determinar en qué serie de 177 días está el día terminal de la Serie Inicial.

El último glifo de nuestra inscripción es de gran importancia para completar la rueda calendárica, ya que nos da el día y el mes del calendario haab. En nuestro caso, leemos el número seis, es decir, día 6, del mes zac, que es como se lee el glifo que sigue a esta cifra.

En resumen, de la lectura de esta inscripción maya hemos obtenido que nos encontramos en la fecha maya 9.12.6.5.8. 3 Imix 6 zac, bajo el gobierno del 3er Señor de la Noche, en el 19º día de la quinta lunación, cuyo mes tenía 30 días.

Para comprobar que hemos comprendido el proceso, os propongo "leer" una inscripción calendárica que aparece en el reverso de una placa de jade que señala la fecha de ascensión al trono de un ahau (señor) llamado Balam Ahau Chaan (ver fig. 5).

Fig. 5: Inscripción calendárica maya que conmemora la fecha de entronización de un Ahau.

Como veréis, el formato de esta inscripción no corresponde exactamente al que acabamos de ver pero, al menos, debemos saber descifrar hasta el glifo G. Tras este glifo, en este ejemplo, no sigue la Cuenta Complementaria sino una inscripción que dice que en ese momento Balam Ahau Chaan ascendió al trono. Como en este artículo no hemos incluído las listas de glifos que nos ayudan a identificar los días del tzolkin o los meses del haab, os avanzaré que la inscripción se refiere al día eb. ¿Cómo expresaríais de manera convencional esta Serie Inicial?, ¿A qué año de nuestro calendario correspondería?. La solución a esta última pregunta es igual a la raíz cuadrada de 102.400.


Después de habernos familiarizado con la Cuenta Larga, es momento de profundizar un poco más en el calendario maya, pasando a describir la llamada Cuenta Corta. Durante el período clásico tardío el uso de la Cuenta Larga fue decayendo para dejar paso a un sistema calendárico mucho más simplificado que indicaba únicamente un período de tiempo y el momento en el que éste tenía su fín. A este sistema lo llamamos Cuenta Corta, y está basado en el ciclo de los katunes, cuyo fín marcaba un acontecimiento de extraordinario interés en la sociedad maya, tal que se erigían coincidiendo con él nuevos templos y estelas calendáricas. El ciclo del katún era de 7200 días, es decir, 20 tunes. En la Cuenta Corta se limitaban a señalar en que día del tzolkin finalizaba el katún del momento escribiendo, por ejemplo, katun 5 Ahau. Eso quería decir que dicho katún (período de 7200 días) iba a finalizar en el día 5 Ahau del tzolkin. Un katún siempre finalizaba en el Ahau, ya que el número de días que compone un katún es divisible por 20 (días con nombre del tzolkin). A esto se le añadía el combinado del 1 al 13 del tzolkin. Además, puesto que un katún tiene 7200 días o kines, al dividirse esta cantidad por 13 (los numerales del tzolkin) tenemos un resto de 11, lo cual quiere decir que un katún posterior a otro finalizará con el numeral del tzolkin 11 posiciones más adelantado. Por ejemplo: el primer ciclo de un katún que comenzase, a buena lógica, en el 1 Imix del tzolkin, finalizaría en el 11 Ahau. El primer katún acababa siempre en el 11 Ahau. En el segundo katún, como el numeral del último día del tzolkin corría once puestos, éste finalizaba en el 9 Ahau, el siguiente en el 7 Ahau, 5 Ahau, etc; hasta el 13 Ahau con el que finalizaba el 13º katún con el que acababa el ciclo completo de los katunes. Después, el día del comienzo y del final de los katunes volvía a repetirse, formando un nuevo ciclo de 13 katunes.

Conocer la fecha del tzolkin con la que terminaba un katún era muy importante, puesto que por ese día final se sabía que divinidad iba a regir el ciclo concreto del katún y, en relación a ella se recopilaban en libros multitud de profecías y fórmulas adivinatorias que impregnaban totalmente la conciencia de los mayas para aquel período. Así, por ejemplo, el primer katún, que cumplía su último día con el 11 Ahau, estaba asociado al dios patrono Yaxal Chac y a la siguiente profecía: huída a los bosques. Se encontrará el alimento entre los árboles y las rocas. El cielo llorará. Mal gobierno en Ichcansihó. En cambio, la profecía asociada al último katún del ciclo de 13, decía: Hambre. El alimento serán raíces y frutos silvestres. Pestilencia y muerte repentina. Plaga de langosta. Inmoralidad. Los señores perecerán. De lo anterior podemos deducir fácilmente que el calendario maya es muchísimo más complejo de lo que parece. La rueda calendárica no es más que la punta del iceberg que rige el tiempo de los antiguos mayas. La superstición, las profecías, las formulas adivinatorias, etc., se suman al intrincado juego del engranaje calendárico, engranaje que no se reduce únicamente a los ciclos de la Serie Inicial, Serie Complementaria, tzolkin y Ahau, sino que se enreda aún más al tener en cuenta la relación combinada de lo anterior con los ciclos sinódicos de los planetas observables, principalmente Venus.

El ciclo completo de katunes se cumplía con el 13º katún, ya que al ser 13 los días en que podía terminar un katún las fechas volvían a repetirse otra vez cada 256 años aproximadamente.

Pero, durante el postclásico (1000-1500 d.C.), después del hundimiento del sistema político que había dado a los mayas el grado cultural más alto durante el período clásico, el resurgir de este pueblo, ahora concentrado principalmente en el Norte de la Península de Yucatán, llevó a un sistema calendárico aún más simplificado.

Para los mayas, los días del calendario tzolkin que tenían lugar en el día primer día del año del haab, tenían una importancia especial, pues otorgaban su nombre al siguiente período de 365 días. Estos días recibían el nombre de ah cuch haab, que significa portadores del año. Originalmente, los portadores del año eran Ik, Manik, Eb y Cabán pero cuando los españoles iniciaron la conquista del Yucatán, los cuatro días que podían coincidir con el inicio del haab eran los días kan, Muluc, Ix y Cauac. Así las cosas, el primer día del mes Pop (1er mes del haab) coincidía con 1 kan para, al año siguiente, hacerlo con 2 Muluc, etc., de modo que aquel primer año del haab habría recibido el nombre de año 1 kan, mientras que el segundo se hubiera llamado año 2 Muluc. Esta serie la podemos comprender mejor si entendemos que tras un año de 365 días, el nombre del día del tzolkin avanza cinco puestos, ya que 365 (haab) – 260 (tzolkin) = 105 y 105 / 20 (días del tzolkin) deja un resto de 5, de modo que al avanzar cinco puestos cada año sólo cuatro nombres diferentes de días pueden caer en una posición determinada del mes. Por otra parte, el número del día avanza un lugar porque 105 / 13 (meses del tzolkin) deja un resto de 1.
Según los mayas, el mundo existirá mientras exista el tiempo. Con el fin del tiempo el mundo desaparecerá. El movimiento de las ruedas calendáricas, un auténtico engranaje que reproduce fielmente los ciclos temporales mayas, es vital para la existencia del mundo. La concepción maya del tiempo había dado vida a un sistema de medición que parecía ofrecer una interminable serie de ciclos temporales repetitivos si bien ellos mismos habían dispuesto un fin a este ciclo. Al cumplirse el último ciclo, la rueda calendárica, cual reloj de cuerda, se parará. Ese será, según los mayas, el acontecimiento que marque, irremediablemente, el final de los tiempos. A estas alturas de nuestro artículo habremos comprendido un poco mejor la especial relación que tenían los mayas con el tiempo. No conozco ningún otro pueblo de la antigüedad para el que la medición del tiempo resultara tan importante para conocer su pasado, su presente y su futuro. Por esta razón, podemos decir que la Astronomía, aunque utilizada para fines adivinatorios, se había convertido en uno de los pilares de la sociedad maya (ver fig. 6). Así, cuando a finales del período clásico tardío (c.a. 900 d.C.) la estructura político-social maya se vino abajo y las grandes ciudades como Tikal, Copán, Palenque, etc., quedaron abandonadas, ya no se pudo sostener más a los especialistas de la bóveda celeste y muchos conocimientos fueron olvidados hasta el segundo resurgir maya durante el período postclásico.



Fig. 6: Astrónomo de la cultura mixteca observando desde un templo a través de un instrumento astronómico de mediciones angulares. Del Códice Bodley conservado en Oxford, s. XVI

Los períodos cíclicos que regían el complicado calendario maya formaban unidades de indudable importancia y, cuando tocaban a su fin, celebraciones, sacrificios, reedificaciones e incluso cambios de gobernantes o confirmaciones de los mismos tenían lugar. El final del ciclo de 52 años que necesitaban los calendarios haab y tzolkin para volver a coincidir, o el final del ciclo de 13 katunes de 256 años, debían acarrear un gran desconcierto e inquietud ya que los mayas creían que en ese momento la Tierra podía entrar en un momento de gran peligro. Imaginemos entonces que podría suceder al concluír un ciclo temporal tan largo como el del baktún. Para los mayas, el ciclo de 13 baktunes iba a concluír con el equivalente a un Juicio final que llevase a la destrucción del mundo presente. El primer baktún se inició, como sabemos, en el 3113 a.C.. Pues bien, siendo cada baktún un período de 144.000 días y 13 baktunes 1.872.000 días, es decir, 5125 años, cumplido un gran ciclo de 5125 años desde el inicio del calendario maya en 3113 a.C. encontramos que su fatídico final tendrá lugar en el año 2012 de nuestra era, dentro de sólo doce años. Por supuesto, con un calendario como el maya, esta fecha tiene señalado incluso el día del mes y de la semana en el que acontecerá el caos. No obstante, si os proporcionara estos datos eliminaría también con ello la magia del desconcierto y la superstición. Los mayas fueron los señores del tiempo. Dejémosles, pues, a ellos, el privilegio de señalar el día del fin.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Curso - Áreas Protegidas

 

CENTRO DE CAPACITAÇÃO

EM CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

 

GRUPO BRASIL VERDE

 

 

 

CURSO: PLANEJAMENTO E GESTÃO DE ÁREAS NATURAIS PROTEGIDAS

(60 horas)

 

15a. turma - Juiz de Fora - MG

 

Amplie seu mercado de trabalho com o mais tradicional centro de capacitação em Conservação da Natureza da Zona da Mata Mineira

 

 

Programa proposto:

 

o    Biodiversidade: Natureza e valores; Histórico das Áreas Naturais Protegidas; Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei n. 9985) e Decreto n. 4340; Ações para melhoria da qualidade ambiental das Unidades de Conservação; Programas de manejo e gestão das UC's; Biogeografia de ilhas, metapopulações e mosaicos de UC's; Planos de Manejo e Zoneamento; Elaboração e constituição de Conselhos consultivos; Planejamento de trilhas interpretativas em Unidades de Conservação; Educação e Interpretação Ambiental; Ecoturismo em UC's.

 

Horário:

 

            Sábados - das 14:00 às 19:00

 

Dias de curso:

 

                        05 e 19 de setembro, 03, 07 e 31 de outubro, 14 e 28 de novembro e 12 de dezembro.

 

 

 OBS:

Ø      Serão oferecidas atividades extras de campo cujos custos não estão incluídos no valor do curso, sendo, portanto, atividades opcionais;

Ø      O curso terá 40 horas de atividades presenciais e 20 horas de atividades à distância.

   

Local:

 

    Parque Natural Municipal da Laginha – Juiz de Fora, M.G.

    Av. Paulo Japiassu Coelho – Bairro Teixeiras

 

Investimento:

 

            Valor: R$ 100,00 (cem reais);

 

            OBS: Material didático incluído.

 

Inscrições e maiores informações:

 

    Centro de capacitação em Conservação da Natureza – GBV: centrodecapacitacao@grupobrasilverde.org / majela@grupobrasilverde.org / Tel: 32 9122 0977

www.grupobrasivlerde.org / www.grupobrasilverde.ning.com

       

Certificado:

             

            Os certificados serão emitidos a todos os participantes que cumprirem pelo menos 75% das atividades presenciais.

 

Vagas:

 

            30 vagas

 

Facilitador:   

 

Professor Geraldo Majela Moraes Salvio, Mestre em Ciências Biológicas, Coordenador Geral do Grupo Brasil, Professor de Ecologia, Biogeografia e Conservação da Natureza. Coordenador e idealizador dos cursos de campo "Ecologia e conservação de campos rupestres" e da expedição Mata Atlântica.

 

 

O CENTRO DE CAPACITAÇÃO EM CONSERVAÇÃO DA NATUREZA (CECACN/GBV)

 

            Fundado em 2000, já oferecemos 14 cursos de capacitação de longa duração em diferentes assuntos relacionado à Conservação da Natureza. Tais cursos envolveram dezenas de profissionais e 570 alunos de diferentes origens e formações. Além de cursos de capacitação, o CECACN/GBV é também responsável por palestras e outros cursos, tais como cursos de curta duração e cursos de extensão oferecidos em parceria com Instituições de Ensino Superior. Mantemos ainda um curso de Pós Graduação Lato sensu em Conservação da Natureza em Juiz de Fora em parceria com o INSTITUTO METODISTA GRANBERY. Também somos responsáveis por cursos de campo em diferentes Unidades de Conservação. Durante os cursos, os alunos tem a possibilidade de vivenciar situações práticas, conviver com especialista em diferentes áreas da Conservação da Natureza, manter uma rede de comunicação com pessoas de diferentes formações e origens, criando sua network (rede de relacionamentos) tão fundamental nos dias de hoje. São exibidos muitos vídeos de alta qualidade que ilustram os temas abordados, além de ser entregue amplo material didático que é produzido pela equipe do GBV ou nos é fornecido por outras Organizações parceiras. Mantemos ainda um importante convênio de cooperação técnica com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais.

 

PATROCÏNIO:

 

            Grupo Brasil Verde

 

APOIO:

 

            Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais

            Agência de Gestão Ambiental de Juiz de Fora

 

 

SOLICITAMOS APOIO NA DIVULGAÇÃO!!!!

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