quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Crânio deformado de mais de mil anos é encontrado na França

Deformação é intencional e associada com grupo de origem centro-asiática.
Trata-se da cabeça de um adolescente da elite.

Do G1, em São Paulo

Crânio deformado do começo do século V é achado na França (Foto: FREDERICK FLORIN / AFP) 
Crânio deformado do século V é achado na França (Foto: FREDERICK FLORIN / AFP)
 
Um levantamento arqueológico numa área da Alsácia, na França, que será destinada a instalações industriais, revelou, entre inúmeros objetos de épocas diversas, um crânio deformado em um cemitério do período merovíngio, que durou do século V ao VIII. Segundo a agência AFP, o achado é do começo desse período (século V). Trata-se da cabeça de um adolescente da elite da sociedade de origem bárbara que habitava aquela região na época.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Arqueológicas Preventivas (Inrap, na sigla em francês), a deformação do crânio, feita intencionalmente para dar distinção social, é associada com os hunos, grupo de origem centro-asiática que se instalou na Europa. Para alterar o formato do crânio, ele é pressionado com placas fixas ao seu redor desde a infância.


Pesquisadora de instituto de arqueologia francês trabalha no crânio deformado encontrado (Foto: FREDERICK FLORIN / AFP) 
Pesquisadora de instituto de arqueologia francês trabalha no crânio deformado
 (Foto: FREDERICK FLORIN / AFP)
 

Arqueólogos encontram duas múmias na região urbana de Lima

Cemitério estava em pirâmide pré-inca de bairro da capital do Peru.
Na tumba foram encontrados ainda restos de porquinhos da índia.

Da France Presse

Urna funerária com múmia que foi encontrada em sítio arqueológico de Lima, no Peru (Foto: Mariana Bazo/Reuters) 
Urna funerária com múmia que foi encontrada em sítio arqueológico de Lima, no Peru
 (Foto: Mariana Bazo/Reuters)
 
Duas múmias pré-colombianas, de um adulto e de uma criança, com mais de mil anos foram encontradas no cemitério de uma pirâmide pré-inca em um bairro residencial de Lima. Segundo arqueólogos envolvidos na pesquisa, trata-se de uma das descobertas mais importantes em mais de três décadas de escavações, já que as múmias estão intactas.

Os restos mortais foram achados há cinco dias, quando apareceram os primeiros sinais de uma tumba na região de Miraflores, bairro residencial da capital peruana. As múmias estavam no topo das ruínas de uma das pirâmides com 20 metros de altura, que fazem parte do complexo religioso de Huaca Pucllana. Huaca é uma palavra na língua quéchua, usada por povos antigos sul-americanos, que designa locais religiosos

Segundo Gladys Paz, arqueóloga encarregada da área onde foram encontrados os fardos funerários, a tumba onde foram encontradas as múmias não foi saqueada, continua com oferendas e acompanhante sacrificado, afirmou, em relação à criança encontrada ao lado do adulto.

"A importância da tumba consiste no fato de ser a terceira descoberta intacta entre as mais de 70 tumbas escavadas desde 1981", quando se iniciou o projeto de pesquisa da Huaca Pucllana, um templo erguido em seis hectares de terreno, entre os anos 100 e 600 da era cristã.

Em 2010 foi encontrada a tumba de uma mulher sepultada, acompanhada por quatro crianças, e em 2008, a múmia de uma menina de 13 anos.
Arqueólogo trabalha na limpeza dos restos mortais encontrado em Lima, no Peru (Foto: Mariana Bazo/Reuters)Arqueólogo trabalha na limpeza dos restos mortais
encontrado em Lima, no Peru (Foto: Mariana Bazo/Reuters)
 
Múmias serão analisadas
Os dois fardos recentes não tinham sido abertos e ainda permaneciam no local onde foram descobertos, de onde serão levados a um laboratório para determinar nos próximos quatro a seis meses o sexo e a idade de cada indivíduo.

Na tumba também foram encontradas sete vasilhas de mate, doze bolsas de tecido e restos de três porquinhos da índia, cuja carne é muito apreciada no Peru. "O cemitério fica na sexta plataforma da pirâmide', disse a arqueóloga.

A pirâmide foi construída durante o período da cultura pré-hispânica Wari, entre os anos 800 e 1000, segundo a diretora do projeto, Isabel Flores. "Os waris demonstraram seu domínio enterrando seus mortos nos muros que a cultura Lima tinha construído séculos antes", explicou Flores, citada pelo jornal "El Comercio".

Em Lima existem cerca de 350 huacas pré-hispânicas, sendo que a maioria se mistura com prédios e casas, dando à cidade alguns poucos toques de seus antepassados pré-hispânicos.

Complexo arqueológico que fica no bairro de Miraflores, em Lima. (Foto: Mariana Bazo/Reuters) 
Complexo arqueológico que fica no bairro de Miraflores, em Lima. (Foto: Mariana Bazo/Reuters)

Arqueólogos recuperam 5 canhões de navio do pirata 'Barba Negra'

Peças de artilharia estavam nos destroços do Queen Anne's Revenge.
Embarcação afundou na costa da Carolina do Norte, nos EUA, em 1718.

Da France Presse

Membros da Guarda Costeira dos EUA erguem canhão de navio naufragado na costa da Carolina do Norte (Foto:  Karen A. Blum/NCDCR/AFP) 
Membros da Guarda Costeira americana erguem um dos canhões recuperados de navio naufragado em 1718 na costa da Carolina do Norte (Foto: Karen A. Blum/NCDCR/AFP)
 
 
Cinco canhões de um navio que naufragou sob o comando do lendário pirata "Barba Negra" foram recuperados por arqueólogos americanos, confirmaram fontes oficiais nesta quarta-feira (30). Segundo funcionários do governo, essas peças de artilharia foram retiradas na segunda-feira (28) dos destroços do navio Queen Anne's Revenge, que afundou na costa da Carolina do Norte.

Os canhões foram escavados por uma equipe vinculada ao Departamento de Recursos Culturais do estado. Quatro deles pesavam entre 900 e 1.360 quilos.

O diretor do projeto, Billy Ray Morris, disse acreditar que o maior dos canhões tenha sido feito na Suécia.
"Acreditamos que o maior canhão possa ser de origem sueca porque outro recuperado com esse tamanho era feito na Suécia", afirmou Morris.

"Também esperamos recuperar duas grandes concreções (rochas sedimentares), cada uma com o tamanho de um beliche. Elas podem conter arcos de barril, balas de canhão e outros tesouros", acrescentou.

Até agora, as autoridades da Carolina do Norte recuperaram cerca de 280 mil artefatos do local. "Barba Negra", que tinha como nome verdadeiro Edward Teach, ganhou fama no início do século XVIII, quando aterrorizava os exploradores que seguiam pelas colônias do Caribe e dos EUA.

O pirata morreu em uma batalha com forças britânicas no fim de 1718. Descoberto em 1996, o navio Queen Anne's Revenge foi encalhado de propósito no mesmo ano da morte de "Barba Negra".

Especialistas fazem mapeamento de túneis subterrâneos da Roma Antiga

Exploração foi feita com a ajuda de robôs por controle remoto e GPS.
Arqueólogos acessaram 11 aquedutos que abasteciam a Roma Antiga.

Da AFP

 

Um espeleo-arqueólogo atravessa trecho do túnel do Acqua Claudia; especialistas fizeram mapeamento dos aquedutos da Roma Antiga.  (Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte) 
Um espeleo-arqueólogo atravessa trecho do túnel do Acqua Claudia; especialistas fizeram mapeamento dos aquedutos da Roma Antiga. (Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte)
 
Equipados com medidores de distância a laser, GPS e robôs por controle remoto, um grupo de espeleólogos (especialistas em cavernas) está concluindo o primeiro mapeamento dos aquedutos da Roma Antiga, que consideram ser a "última fronteira" da arqueologia.

Amarrados a cordas, eles desceram por poços de acesso e escalaram fendas para acessar os 11 aquedutos que abasteciam Roma, um labirinto que ainda corre por centenas de quilômetros no subsolo e ao longo de viadutos impressionantes.

A missão destes especialistas é atualizar o mais recente mapa superficial da rede, compilado no começo do século 20 pelo arqueólogo britânico Thomas Ashby.

Enquanto atravessava um trecho do túnel perfeitamente preservado do Acqua Claudia, no terreno de um convento franciscano em Vicovaro, perto de Roma, Alfonso Diaz Boj disse se sentir "orgulhoso" do estudo.

"Ele combina o que foi o nascimento da arqueologia como ciência com os mais recentes instrumentos disponíveis", prosseguiu Diaz Boj, que faz parte do grupo Sotterranei di Roma (Subterrâneos de Roma), usando capacete com lanterna.

Marcas de picareta dos escavadores romanos ainda podem ser vistas no calcário do túnel concluído em 38 d.C, sob o domínio do imperador Cláudio e uma camada de calcificação a cerca de um metro do chão mostra aonde o nível da água pode ter chegado.

"Estes aquedutos podem não ser tão bonitos quanto uma estátua ou algumas obras de arquitetura, mas creio que são muito importantes, são muito belos", afirmou.

Os antigos canais eram verdadeiras proezas de engenharia, dependendo unicamente da gravidade para assegurar o fluxo d'água, e podem ser vistos por todo o antigo Império Romano, que se estendeu da Alemanha ao norte da África.
Com a ajuda de cordas, um pesquisador desce para túnel. (Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte)Com a ajuda de cordas, um pesquisador desce para
túnel. (Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte)
 
 
A fronteira final
Sua importância estratégica é reforçada pelo fato de que Roma tinha um magistrado especial para supervisionar sua manutenção e que os visigodos os interromperam quando montaram o cerco à cidade.
O Acqua Claudia se estende por 87 quilômetros, das Montanhas Simbruini ao coração de Roma, e fornecia 2.200 litros d'água por segundo.
Apenas um dos aquedutos ainda funciona - o Acqua Vergine - e pode ser acessado em vários locais escondidos perto de Roma, incluindo uma entrada perto da Vila Médici, que leva a uma escadaria em espiral até o nível da água.
O Acqua Vergine tem um total de 20 quilômetros de extensão e termina na Fontana de Trevi, fotografada todos os dias por multidões de turistas.
"A Roma subterrânea é a última fronteira", afirmou Riccardo Paolucci, outro explorador, enquanto examinava um viaduto em um vale perto de Vicovaro, que levava a água para mais longe, na direção da cidade.

"A água era um serviço fundamental para a higiene. Em uma cidade como Roma, que tinha um milhão de habitantes, havia muito poucas epidemias", afirmou.

"Havia um conceito de serviço para o povo, para a cidade. É um conceito-chave que talvez faça falta não apenas na Roma moderna, mas também globalmente", continuou.

Diaz, Paolucci e os outros do Sotterranei di Roma trabalham em conjunto com a autoridade arqueológica romana, ajudando-a a entender o que pode ser visto na superfície do que está abaixo e inacessível, sem a necessidade de um equipamento especializado.

"Nós somos o que somos por causa do que temos dentro de nós, e Roma é o que é por causa do que está embaixo dela", afirmou Paolucci, um espeleólogo que também é chamado em incidentes de emergência ou sempre que um buraco de escoamento se abre na cidade.

O grupo também organiza visitas guiadas e cursos, inclusive um sobre aquedutos com início previsto para o próximo mês e que está ganhando fama internacional. Seus integrantes também foram incumbidos de mapear os vestígios subterrâneos da antiga Éfeso, na atual Turquia.

Seu estudo dos aquedutos se baseia em um mapa feito por Ashby, que foi diretor da Escola Britânica de arqueologia em Roma, entre 1906 e 1925.

A assinatura de Ashby pode ser vista na parede de um setor do aqueduto Acqua Marcia, que também passa por Vicovaro, ao lado de grafites e poemas do século XVII, deixados por visitantes que caminharam pelos antigos canais.

"Os mapas de Ashby estavam à frente de seu tempo", disse Diaz. "Ele buscava os vilarejos, as tratorias locais, falava com fazendeiros, caçadores. Ele descobriu o que descobriu graças ao conhecimento local", afirmou. ''É uma técnica que usamos até hoje", emendou.

Exploração teve o objetivo de realizar um mapa completo dos aquedutos da Roma Antiga. (Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte) 
Exploração teve o objetivo de realizar um mapa completo dos aquedutos da Roma Antiga. 
(Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte)
 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Uma carruagem trácia com 2500 anos

Arqueólogos na Bulgária descobriram uma carruagem com 2500 anos.

Os investigadores acreditam que a carruagem foi enterrada com os cavalos.

Foram encontrados esqueletos no mesmo local.

As escavações decorrem no túmulo de Svechtari, no nordeste do país, num sítio classificado pela Unesco como património mundial da humanidade.

A carruagem é o objeto mais antigo desenterrado na região que foi habitada por uma tribo trácia.

A descoberta fornece informações preciosas sobre os ritos funerárias desse povo.

A arqueóloga Diana Gergova dirige a equipa de investigadores.

A carruagem data das últimas décadas do século IV antes de Cristo no tempo em que a dinastia dos Getas atinge o apogeu e em que este conjunto fantástico de aterros eram construídos para enterrar dirigentes getas,”, explicou a arqueóloga búlgara.

Os trácios são um povo indo-europeu que habitava a Trácia, região do sudeste da Europa que hoje corresponde à Grécia, à Turquia e à Bulgária.

O povo trácio estava divido em várias tribos e viveu também noutras partes da Europa, nomeadamente, na Roménia, na Moldávia e no sul da Rússia.

Na Croácia, perto de Zadar, no mar Adriático, os arqueólogos exploram os navios afundados dos antigos Liburnos, da tribo Ilíria.

Esse povo viveu na região pelo menos desde o século IX AC, muito antes da chegada dos romanos.

Os arqueólogos encontraram centenas de vestígios, nomeadamente azeitonas e pedaços de corda que sobreviveram ao tempo e aos estragos do sol e do mar. Os vestígios deverão ser agora submetidos a testes de ADN.


euronews.pt

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Museu no Egito expõe tesouros roubados durante revolução de 2011

Mostra 'Destruição e restauração' reúne 29 objetos, incluindo 11 devolvidos.
Dos 54 itens roubados em protestos, apenas 25 foram achados até agora.

Da France Presse
 
Estátua da 18ª dinastia mostra o rei Tutankhamon em pé sobre barco de papiro em exposição no Museu Egípcio, no Cairo (Foto: Mahmoud Khaled/AFP) 
Estátua da 18ª dinastia mostra o faraó Tutancâmon em pé sobre barco de papiro em exposição no Museu Egípcio, no Cairo, na segunda-feira (30) (Foto: Mahmoud Khaled/AFP)
 
Uma exposição de objetos de arte recuperados durante a revolução egípcia de 2011 abriu suas portas nesta segunda-feira (30), no Cairo. Intitulada "Destruição e restauração", a mostra reúne 29 objetos, incluindo 11 que haviam sido roubados em 28 de janeiro de 2011 do Museu Egípcio, perto da Praça Tahrir, quando manifestantes exigindo a renúncia de Hosni Mubarak invadiram o prédio.

Os outros 18 itens permaneceram no museu, mas foram danificados ou destruídos por saqueadores antes de serem pacientemente restaurados.

Entre as peças expostas, estão três estátuas de valor inestimável da época do faraó Tutancâmon, incluindo uma em ouro representando-o a bordo de um barco, pescando no Rio Nilo.

Uma múmia, cuja cabeça foi arrancada durante os saques, também será exibida. Os restauradores foram capazes de ligar a cabeça ao corpo, usando técnicas do tempo dos faraós.

Um total de 54 objetos foi roubado do Museu Egípcio na época das manifestações, principalmente tesouros que datam do reinado dos faraóes Aquenáton e Tutancâmon. Apenas 25 foram encontrados até o momento.

O ministro das Antiguidades do país, Mohammed Ibrahim, declarou na segunda-feira que nenhum dos itens roubados havia saído do Egito e que as autoridades estavam procurando por eles.

Múmia de uma criança chamada Amenhotep é exibida no Museu Egípcio, no Cairo (Foto: Mahmoud Khaled/AFP) 
Múmia de uma criança chamada Amenhotep é exibida no Museu Egípcio 
(Foto: Mahmoud Khaled/AFP)
 
Artefatos faraônicas fazem parte da mostra 'Destruição e restauração', no Cairo (Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters) 
Artefatos faraônicas fazem parte da mostra 'Destruição e restauração'
 (Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters)
 
Exposição com 29 objetos inclui 11 que haviam sido roubados em 28 de janeiro de 2011  (Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters) 
Exposição com 29 objetos inclui 11 roubados em janeiro de 2011
 (Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters)
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Estátuas de arqueiros da antiga região da Núbia, hoje dividida entre Egito e Sudão (Foto: Mahmoud Khaled/AFP) 
Estátuas de arqueiros da antiga região da Núbia, hoje dividida entre Egito e Sudão
 (Foto: Mahmoud Khaled/AFP)
 
Sarcófagos e múmias dos tempos dos faraós egípcios são expostos em museu (Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters) 
Sarcófagos e múmias dos tempos dos faraós egípcios são expostos em museu
(Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

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