domingo, 4 de novembro de 2007

Rosto da múmia de Tutancâmon

Rosto de múmia de Tutancâmon é revelado no Egito

Faraó tinha nariz chato, os dentes pronunciados e a cabeça redonda.Múmia foi transferida para urna transparente.
A múmia do faraó Tutancâmon foi tirada de seu sarcófago e revelada ao público pela primera vez na história neste domingo 4 de novembro.

A partir de agora, a múmia ficará em uma urna transparente, protegida da poeira, da umidade e com controle de temperatura. "Com a colocação da múmia na urna, mandamos o rei dourado à vida eterna", disse Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antigüidades egípcio e patrocinador deste projeto.

A múmia do "faraó-menino" tem o nariz chato, os dentes pronunciados e a cabeça redonda, segundo puderam constatar a mídia internacional reunida para assistir à transferência histórica.
Este domingo marca o aniversário de 85 anos da descoberta da múmia pelo arqueólogo britânico Howard Carter.

Várias televisões gravaram o momento da transferência e um telão situado fora da câmara mortuária mostrou as imagens. A cerimônia foi reservada à imprensa. O grande público terá de esperar até segunda-feira (5) para ver o faraó mais famoso da história.













Fonte: O Globo on line

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Urna indígena de cerca de 1.500 anos é encontrada em MG



Peça foi encontrada durante preparo da terra para plantio de milho em fazenda. Arqueólogos da UFMG estão no local e devem terminar as escavações nesta quarta-feira.

A descoberta de uma urna funerária em uma fazenda em Iguatama (MG), na terça-feira (23), pode revelar um pouco da história do povo indígena no estado. Arqueólogos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) acreditam que o objeto tenha cerca de 1.500 anos. Os pesquisadores estão no local para analisar o objeto.

A cerâmica é parecida com um grande pote e foi encontrada quando funcionários com tratores preparavam o solo para o plantio de milho, que foi paralisado. Por pouco a urna não foi destruída. Pedaços da tampa foram quebrados. A peça tem cerca de um metro de diâmetro. Dentro há vários ossos.

O fazendeiro Mardônio Gonçalves ligou para a UFMG e pediu a presença de arqueólogos para analisar a descoberta. A retirada da peça do local deve ser concluída nesta quarta-feira (24).
Aldeia indígena Além da urna, foram encontrados nas proximidades do local da descoberta, vários fragmentos de cerâmica. Para os arqueólogos, isso reforça a suspeita de que havia no local uma aldeia indígena.

Fontes: G1 e Megaminas.com

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sol ilumina estátua de Ramsés II em fenômeno visto duas vezes ao ano

Acontecimento marcava o começo da temporada agrícola para os antigos egípcios. Evento se repetirá em 22 de fevereiro

Egípcios e turistas puderam ver, nesta segunda (22), o sol iluminar o rosto da estátua do faraó Ramsés II no templo na cidade de Abu Simbel, no sul do Egito, em um raro fenômeno que ocorre apenas duas vezes ao ano. Às 5h55 (1h55 de Brasília), os raios solares começaram a entrar no templo e iluminaram o rosto da estátua durante 24 minutos, para anunciar o início do mês do "Bert", que marcava o começo da temporada agrícola para os antigos egípcios.

Segundo o diretor de antiguidades de Abu Simbel, Mohammed Hamed, citado pela agência oficial "Mena", cerca de 2.500 turistas estiveram presentes para observar o fenômeno, que se repetirá em 22 de fevereiro. Esta noite será realizado um espetáculo para contar a história do faraó e explicar o projeto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que salvou o templo de ficar submerso no lago Nasser quando a represa de Assuã foi construída, em 1964.

O Templo do Sol foi construído de modo que os raios solares iluminassem o rosto da estátua de Ramsés II apenas duas vezes ao ano: em 22 de outubro, para comemorar sua ascensão ao trono, e em 22 de fevereiro, por ocasião do seu aniversário. Os engenheiros da Unesco que participaram do salvamento do templo levaram em conta este fenômeno e conseguiram que ele se repetisse em sua nova localização, vários metros acima do local original.

Fonte: O Globo on line

domingo, 21 de outubro de 2007

Sírius e seus Enigmas na Antiguidade

(por: Leila Ossola)

Era o ano de 1984 e eu precisava terminar um trabalho universitário sobre os índios, seus costumes, migrações etc. Pesquisando, cheguei aos Dogons e aos mistérios que envolviam a Estrela Sírius.




Sírius – uma das estrelas mais bonitas do céu - é conhecida como a ‘Estrela do Cão’ porque está localizada na constelação Canis Major (Cão Maior). Está a 8,7 anos-luz da Terra e só podemos vê-la porque é a maior e a mais brilhante no céu.

Sírius é duas vezes maior e vinte vezes mais brilhante do que o Sol, podendo ser vista em qualquer lugar do planeta Terra. É uma estrela trinária, o que significa que tem duas companheiras - estão juntas pela gravidade. A outra estrela, Sírius B, é também conhecida como “The Pup” (“Filhote de Cachorro”). E, recentemente, já se descobriu Sírius C.

A estrela era conhecida pelos antigos astrônomos egípcios como ‘Septet’ ou ‘Sotis’, assim como a sua companheira menor, Sírius B. Contudo, a Sírius B, uma estrela do tipo “anã branca”, só foi identificada pelos astrônomos ocidentais há pouco tempo.

Sírius é personagem de um intrigante mistério, que envolve o povo Dogon, da África. A sua maioria vive em aldeias penduradas nas escarpas de Bandiagara, a leste do Rio Niger, mas não pode ser classificada como “primitiva”, porque possui um estilo de vida muito complexo.



Os Dogons têm um conhecimento muito preciso do sistema estelar de Sírius e dos seus períodos orbitais. Os sacerdotes Dogons, dizem que sabem desses detalhes, que aparentemente são transmitidos oralmente e de forma secreta, há séculos antes dos astrônomos, levando a um de seus mistérios.

Na década de 1940, os Dogons revelaram muitos de seus conhecimentos a dois antropólogos franceses: faziam referências a Sírius - não apenas à estrela visível, mas também a uma segunda estrela, de onde teriam vindo seus antepassados. Segundo os Dogons, essa segunda estrela era pequena, mas composta de um material extremamente denso: "Todos os seres humanos juntos não conseguiriam carregá-la", dizia sua tradição.


Para a tribo, toda a criação está vinculada à estrela, a que chamam de ‘‘Po Tolo’’, que significa “estrela semente”. Esse nome vem da minúscula semente chamada de ‘’Fonio’’, que na botânica é conhecida como ‘’Digitaria exilis’’. Com a diminuta semente, os Dogons referem-se ao início de todas as coisas. De acordo com os Dogons, a criação começou nessa estrela, qualificada pela astronomia como “anã branca”, e que os astrônomos modernos chamam de Sirius B, a companheira menos brilhante de Sirius A, da constelação Cão Maior.







A tribo descreve que as órbitas compartilhadas de Sírius A e de Sírius B formam uma elipse, com Sírius A localizada num dos seus focos - uma idéia que a astronomia ocidental só levou em conta no início do século XVII, quando Johannes Kepler propôs que os corpos celestes se movimentavam em círculos perfeitos. Os Dogons também dizem que Sirius B demora 50 anos para completar uma órbita em satélite em volta de Sírius A - a astronomia moderna estabeleceu que o seu período orbital é de 50,4 anos.


O interessante é o conhecimento que diziam ter de um terceiro astro do sistema Sírius, só recentemente descoberto pelos astrônomos. Os Dogons chamam a este terceiro corpo de ‘’Emme Ya’’ ou “Mulher Sorgo” (um cereal) e dizem que é uma estrela pequena com apenas um planeta na sua órbita, ou um grande planeta com um grande satélite. Antropólogos calculam que esse conhecimento faça parte da mitologia dos Dogons há vários séculos. Mas como poderiam esses indígenas, vivendo numa das regiões mais pobres da África, saber detalhes minuciosos sobre uma estrela longínqua, séculos antes de ela ser detectada pela ciência moderna (a pequena estrela só foi observada oficialmente em 1862, pelo astrônomo Alvan Clark)?Essa questão foi tema do livro ‘’O Mistério de Sírius, de Robert Temple’’.




A tese dele é que seres extraterrestres estiveram na Terra há cerca de 5 mil anos e revelaram muitos segredos da galáxia, entre eles as informações sobre a tal estrela. Na época, a comunidade científica ridicularizou Temple e vários astrônomos conhecidos, entre os quais Carl Sagan, apresentaram sua explicação. Segundo eles, missionários franceses visitaram os Dogons na década de 1920 e teriam transmitido essas informações aos indígenas africanos.


A explicação de Sagan também não foi bem recebida, pois parece difícil que missionários franceses possam ter falado com os Dogons sobre uma pequena e densa estrela em volta de Sírius, inclusive com detalhes sobre sua órbita. . Não só pelo fato de os missionários terem outros assuntos a tratar, mas também pelo desnível cultural entre eles e os indígenas africanos. Se os Dogons jamais tivessem falado da estrela, os missionários não teriam motivo algum para criar histórias envolvendo seres extraterrestres. Uma outra explicação afirma que, no passado, os Dogons possuíam visão extremamente apurada, o que lhes teria permitido observar a pequena estrela a olho nu. Outra diz que os antigos egípcios possuiriam poderosos telescópios que lhes permitiram estudar a estrela e divulgar um conhecimento que chegou aos Dogons. A verdade é que, mesmo que essas hipóteses bizarras fossem verdadeiras, isso ainda não explicaria informações como a alta densidade da estrela, que só foram comprovadas recentemente, com o exame do seu espectro luminoso.


Investigadores afirmam que os conhecimentos desse sistema pelos Dogons, possuem milhares de anos de idade e podem ter a seu favor alguns fatos históricos. Supõe-se que a tribo descende remotamente dos gregos, que colonizaram a parte da África que atualmente constitui a Líbia. Os gregos “expatriados” poderiam ter adquirido alguns conhecimentos dos seus vizinhos, os antigos egípcios.


Contudo, a forma como os Dogons adquiriram conhecimentos astronômicos continua sem respostas. No entanto, a tribo africana explica os seus conhecimentos astronômicos do sistema Sírius de uma forma muito simples ou lendária: os seus antepassados adquiriram tais conhecimentos de visitantes anfíbios extraterrestres, chamados por eles de “Nommos”, provenientes da estrela ‘’Po Tolo’’ (Sirius B). Contam que os Nommos chegaram pela primeira vez , do Sistema Sírius, numa nave que girava em grande velocidade quando descia e que fazia um barulho tão forte como o de o rugido do vento. Também dizem que a máquina voadora aterrou como se fosse uma pedra na superfície da água, semeando a terra como se “jorrasse sangue”. Alguns estudiosos dizem que, na língua Dogon, isso se assemelha ao “escape de um foguetão”.Os Dogons também falam que pode ser interpretado como a “nave mãe” colocada em órbita. Isso não é tão estranho quanto parece: a Apolo ficou em órbita lunar enquanto o módulo descia para fazer a primeira alunissagem em Julho de 1969. Os Dogons acreditam que deuses (Nommos) vieram de um planeta do sistema Sírius, há cinco ou seis mil anos atrás. Na linguagem Dogon, Nommos significa “associado à água... bebendo o essencial”.





Segundo a lenda, os anfíbios Nommos viviam na água e os Dogons referem-se a eles como “senhores da água”. A arte Dogon, mostra sempre os Nommos parte humanos, parte répteis. Lembram o semideus anfíbio ‘’Oannes’’ dos relatos babilônios e o seu equivalente sumério ‘’Enki’’. Os textos religiosos de muitos povos antigos referem-se aos pais das suas civilizações como seres procedentes de um lugar diferente da Terra.


Lenda ou verdade, o nascimento de Sírius era tão importante para os antigos egípcios que templos gigantescos foram construídos, com suas naves laterais principais voltadas com muita precisão na direção do ponto do horizonte onde Sírius apareceria, e sua luz era canalizada em direção ao altar do santuário interno dos templos, marcando assim o início do Ano Novo Egípcio.


A literatura latina usa muito a expressão “Dia de Cão” para designar o surgimento helíaco no verão de Sírius. Acreditavam, que os dias eram tão áridos e quentes devido à “incandescente” Sírius, pois acreditavam que ela era vermelha devido à época do ano em que aparecia.


Mas, ao pesquisarmos profundamente sobre os mistérios que circundam a estrela Sírius, nos deparamos com outros povos e suas histórias e mitologias. Como a da tribo guardiã do santuário de Hebron - os ‘’Calebitas’’ - que eram os “homens-cães “ numa alusão aos cães que eram guardiões e preservavam os segredos da ‘’Estrela Cão’’- Sírius - ou indo mais adiante encontraremos Metsamor na Armênia, onde arqueólogos encontraram vestígios de um provável centro religioso voltado para o nascimento helíaco de Sírius, Anúbis e Ortro (irmão de Cérbero , o cão de 5 cabeças) ambos identificados com Sírius, o embalsamamento de múmias egípcias que demoravam 70 dias ou o período em que a estrela Sírius não estava visível, a associação de Sírius com a deusa egípcia Ísis, mitologia ligada aos Argonautas, mandamentos divinos de que os hebreus deveriam comemorar o jubileu (a cada 50 anos ou o período da órbita de Sírius), além das oitavas oraculares, que serão um artigo a parte.


Este artigo é parte de uma exaustiva pesquisa sobre a estrela Sírius e seu sistema. Não encerra aqui e também não se deseja passar aos leitores a conotação de vidas extraterrestres, mas sim a visão astronômica da ligação de Sírius e suas companheiras com fenômenos e crenças humanas na antiguidade.

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sábado, 20 de outubro de 2007

Tradições Celtas na Arqueoastronomia

(por : Leila Ossola)



Quando olhamos para a história dos povos antigos, sempre nos deparamos com sua ligação no mundo da Astronomia. Seja como uso em apenas observatórios astronômicos, que poderiam marcar dias, noites, estações do ano e localização geográfica em relação às demais civilizações ou como épocas de rituais.

Entre tais civilizações, destacamos aqui os Celtas e suas Fogueiras representativas do Ciclo de Estações. Não desejamos aqui entrar no mérito religioso do assunto, porém, ele precisa ser explicado para melhor entendimento sobre como os astros celestes influenciaram o povo Celta.

Os celtas atingiram no século IV aC o auge de sua expansão em número de habitantes e área ocupada. Não deixaram qualquer obra escrita sobre seus feitos, entretanto, a literatura dos celtas insulares, notadamente na Irlanda e no País de Gales, nos fornece informações valiosas sobre seus mitos e suas práticas cerimoniais.



A sociedade Celta era Matrifocal, isto é, o nome e os bens da família eram passados de mãe para filha. Homens e mulheres tinham os mesmos direitos, sendo a mulher respeitada como Sacerdotisa, mãe, esposa e guerreira. O culto da Grande Mãe e do Deus Cornífero predominaram nas regiões da Europa dominadas pelos Celtas até a chegada dos romanos, que praticamente dizimaram as tribos Celtas, que nessa época já estavam sendo dominadas pelos Druidas (classe sacerdotal celta - a palavra druida deriva de um radical DR que significa uma árvore, especialmente o carvalho), introduzindo assim o patriarcalismo.


Porém, em muitos lugares, a religião da Grande Mãe continuou a ser praticada, pois havia certa tolerância por parte dos romanos. Somente na Idade Média, que o paganismo foi relegado às sombras com o domínio da Igreja Católica e a criação da Inquisição, cujo objetivo era eliminar de vez as antigas crenças, que eram uma ameaça a um clero muito mais preocupado em acumular bens e riquezas do que a propagar a verdadeira mensagem de Jesus.

Durante o tempo das fogueiras, muitos dos conhecimentos passaram a ser transmitidos oralmente, por medida de segurança, e, assim, muito se perdeu. Mas, o que eram essas “fogueiras” e que datas eram celebradas nelas? Acompanhavam tais fogueiras os movimentos dos astros celestes em especial o sol e a lua já que tais astros celestes assim como os pontos cardeais eram utilizados por estes e outros povos?


No passado, quando as pessoas vivam em conjunto com a natureza, o passar das estações e os ciclos lunares tinham um profundo impacto em cerimônias religiosas. A lua era vista como um símbolo divino, por isso as cerimônias de adoração, magias e celebrações eram feitas sob sua luz.

A chegada do inverno , as primeiras atividades da primavera, o quente verão e a entrada do outono também eram marcados por rituais. Na tradição do paganismo, o calendário religioso possui treze celebrações de lua cheia e oito dias de poder (Sabbaths). Quatro desses dias são determinados pelos solstícios e equinócios, que são o início astronômico das estações. Os outros quatros rituais baseiam-se em antigos festivais folclóricos.


Ainda encontramos três formas da antiga religião em tempos recentes. A primeira é a celebração do antigo festival solar ou agrícola dos equinócios da primavera e do outono e dos solstícios de verão e inverno. A segunda, é a prática de um sacrifício humano simbólico por aqueles que esqueceram seu significado acrescentados a sacrifícios de animais para evitar a peste do gado ou reverter a má sorte e a terceira, consiste em relíquias vivas através da veneração das águas, árvores, pedras e animais sagrados.

Convém lembrar, que qualquer que possa ter sido o significado dos cultos celtas, parece não haver dúvidas que eram centrados em torno dos quatro grandes dias do ano que marcam o despontar, o progresso e o declínio do sol e dos frutos da terra.



Beltaine caía no início de maio; dia 24 de junho marcava o triunfo do brilho do sol e da vegetação; o Banquete de Lugh em agosto era o ponto crucial do curso do sol que tinha sido alcançado e Samain quando ele dá adeus ao poder e cai de novo por meio ano sob o domínio das forças malignas do inverno e das trevas. Desses grandes períodos solares, o primeiro e o último eram naturalmente os mais importantes já que toda a mitologia celta parece revolver-se sobre eles. Por exemplo, segundo a mitologia celta, em 24 de junho – um dos mais baixos pontos solares – o povo da deusa Dana tomou a Irlanda dos seus habitantes (os Fir Bolgs) .

Nos festivais ou períodos de comemorações celtas, fogueiras são acesas nas mais altas colinas e o fogo das lareiras são solenemente reacesos constituindo pretexto para muito esporte e alegria. Abaixo, relembramos alguns festivais.

YULE - 21 de Junho(hemisfério sul) / 21 de Dezembro(hemisfério norte)


Também conhecido como Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano. É desta data antiga que se originou o Natal cristão. Na mitologia celta, a Deusa dá à luz o deus, que é reverenciado como criança prometida. No hemisfério norte o Yule é comemorado na mesma época do Natal e tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino. O hábito de trazer pinheiros para dentro de casa é um hábito totalmente pagão. O pinheiro, azevinho e outros são árvores cujas folhas são perenes e estão sempre verdes, simbolizando a continuação da vida. As árvores eram sagradas e os meses do ano tinham nomes de árvores. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade e anunciam os espíritos que possam estar presentes.

IMBOLC ou CANDLEMAS - 01 de Agosto(hemisfério sul) / 01 de Fevereiro(hemisfério norte)


Este Sabbath é dedicado à Deusa Brigit, senhora da poesia, da inspiração, da cura, da escrita, da metalurgia, das artes marciais e do fogo. Esse é o também chamado Festival das Luzes, em que se acendem velas por toda a casa, mais especialmente nas janelas, para anunciar a vinda do sol e mostrar ao menino Deus seu caminho.

OSTARA - 21 de Setembro(hemisfério . sul) / 21 de Março(hemisfério norte)
Este é o equinócio da primavera, onde a duração do dia e a noite se fazem iguais, é portanto uma data de equilíbrio e reflexão. Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa.
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BELTANE - A FOGUEIRA DE BELENOS - 01 de Novembro(hemisfério . sul) / 01 de Maio(hemisfério. norte)
Beltane é o mais alegre e festivo de todos os Sabbaths. O Deus, que agora é um jovem no auge da sua fertilidade, se apaixona pela Deusa, que em Beltane se apresenta como a Virgem e é chamada "Rainha de Maio". Em Beltane se comemora esse amor que deu origem a todas as coisas do universo. Beleno é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera. Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade. Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas. Uma das mais belas tradições de Beltane é o MAYPOLE, ou MASTRO DE FITAS. Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino, colocando-os sob a proteção dos Deuses. É costume pagão jamais se casar em Maio, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.

MIDSUMMER - LITHA - 21 de Dezembro(hemisfério . sul) / 21 de Junho(hemisfério norte)


Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano (solstício de verão). O deus chega ao ponto máximo de seu poder. Na noite de Midsummer, fadas, duendes e toda a sorte dos elementais correm pela Terra, celebrando o fervor da vida. É hora de pedirmos coragem, energia e saúde. Nos tempos antigos, a data era comemorada com jogos e festivais, onde o corpo e o físico eram reverenciados.

LAMAS - LUGHNASADH - 01 de fevereiro(hemisfério. sul) / 01 de Agosto(hemisfério norte)

Lughnasad era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol. Na Mitologia Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho. Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução. O outro nome do Sabbath é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos.

MABON - 21 de Março(hemisfério sul) / 21 de Setembro(hemisfério norte)


Este é o equinócio de outono. No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. Nessa noite devemos pedir harmonia no amor e proteção para as pessoas que amamos. Esta é a segunda colheita do ano. Este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas que precisam de nossa ajuda e conforto. Também é nesse festival que homenageamos as nossas antepassadas femininas.

SAMHAIN - HALLOWEEN - 30 de Abril(hem. sul) / 31 de Outubro(hem. norte)


Este , marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. O sentido do Halloween é nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de amor e harmonia. A noite do Samhain é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces, além de muitas brincadeiras, danças e músicas. Antigamente, as pessoas colocavam abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pelas noites do Samhain. Essa palavra significa "Sem Luz", pois, nessa noite, o Deus morreu e o mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa.


O artigo, deseja passar para os leitores os costumes místicos do povo celta, perpetuado em algumas civilizações modernas, mas também enfoca o passar das estações e a forma de contar os dias a partir do sol e da lua, sagrados para a maioria dos povos antigos.



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Designaciones de la LUNA en los Idiomas de las Etnias Aborígenes de VENEZUELA

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por: Domingo Sánchez P.

Website: http://www.astroaborigen.org.ve


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Cientista recria observatório indígena em SC



Pesquisador reconstruiu o gnômon indígena, usado como relógio solar (Foto: Divulgação)






Reinaldo José Lopes
Na alvorada deste domingo (23), quem visitar uma praia de Garopaba, em Santa Catarina, terá a chance de ver como os povos que habitavam o Brasil há milhares de anos faziam observações astronômicas. Um pesquisador da Univesidade Federal do Paraná (UFPR) descobriu na região uma série de antigos observatórios astronômicos indígenas e reconstruiu um deles, o qual deverá servir para resgatar a protociência desses povos ancestrais e ajudar jovens de hoje a entender os segredos do céu.

Germano Afonso, doutor em astronomia pela Universidade de Paris e professor aposentado da UFPR, contou ao G1 que a idéia é transformar a réplica detalhada dos antigos observatórios indígenas num centro de ensino de ciências no começo de todas as estações do ano – a inauguração do dia 23 aproveita a ocasião do equinócio de primavera (nome dado ao evento celeste que marca o início dessa estação). “A gente quer espalhar réplicas dele em várias cidades do Brasil. Isso pode ajudar as crianças a fugir da decoreba e ver na prática como funcionam os pontos cardeais e as estações do ano”, avalia ele. O projeto está sendo avaliado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Aliás, não será por falta de verba que ele deixará de ser aprovado. À maneira de um Stonehenge brazuca (bem menos grandioso, é verdade), o observatório refeito por Afonso é um conjunto de pedras dispostas de forma planejada. A principal delas é um monólito vertical de uns 80 cm de altura, no centro do sistema, que funciona como gnômon – palavra grega usada para designar o que nós chamaríamos de “ponteiro” de um relógio solar.

Quatro possíveis exemplares de gnômon, feitos de pedra, foram achados pelo pesquisador em Garopaba, um deles ainda com rochas menores dispostos à sua volta. O funcionamento é simples e engenhoso: a luz do Sol faz com que o monólito vertical projete sua sombra no chão (a rigor, é a sombra, e não a rocha, que serve de ponteiro do relógio solar).

A variação do caminho aparente do Sol no céu ao longo do ano é, assim, registrada, e com um pouco de prática de observação se torna possível determinar tanto a hora do dia quanto o início e o fim das estações do ano. As pedras dispostas ao redor do monólito ajudam a indicar os pontos cardeais. Na versão reconstruída, esse “mostrador” do relógio tem 5 m de diâmetro.

Arraigados
“É algo muito arraigado nas culturas ágrafas, ou seja, que não têm escrita. Há coisas parecidas na Babilônia e no Egito, mas não é que seja necessário contato cultural para que a idéia seja passada – é algo tão direto de elaborar com observação da natureza que surgiu independentemente em vários lugares”, explica Afonso. Mesmo no Brasil, monólitos desse tipo são encontrados de norte a sul. O astrônomo diz que, por tudo isso, é difícil determinar quando a tecnologia surgiu por aqui, embora ela certamente tenha vários milhares de anos de idade. “Em Garopaba, os construtores provavelmente eram índios guaranis”, afirma ele.

“É difícil datar os observatórios, no entanto. Você pode datar a cerâmica dos sítios arqueológiocos perto deles, mas quem garante que a cerâmica ali foi feita na mesma época em que eles foram montados?”, objeta. Os possíveis restos de gnômon, no entanto, não são os únicos marcadores astronômicos deixados pelos guaranis ou seus ancestrais no litoral catarinense. Outra estrutura de pedra estudada por Afonso em Garopaba parece especificamente dedicada a marcar o solstício de inverno (nome dado ao início oficial da estação mais fria). “Eu estive lá em 21 de junho deste ano [a data do solstício], na manhã, e é impressionante como o Sol nascente se encaixa de forma perfeita naquele pequeno orifício de rochas perto da praia”, relata o pesquisador. “Por uma coincidência incrível, foi nesse mesmo dia que as primeiras baleias francas chegaram a Garopaba.”

O dado deixa entrever o que era possivelmente a principal função dos observatórios: ajudar a mapear mudanças sazonais importantes em recursos de pesca, caça e colheita. Ainda não dá para saber se a chegada das baleias tem a ver com o fato de que os antigos guaranis realmente capturassem o gigantesco mamífero. O evento, batizado de “O Sol das Baleias”, acontece a partir das 6h da manhã de domingo (23), na Ponta da Vigia, em Garopaba (SC).

Fonte: O Globo on line

domingo, 9 de setembro de 2007

AS PEDRAS DE ICA



Em 1969, na região desértica de Ocucaje, nos arredores da cidade de Ica, Perú, uma estranha coleção de pedras gravadas chegou às mãos do doutor Javier Cabrera Darquea. O doutor Darquea começou a receber estas “incríveis e fantásticas” pedras de humildes camponeses da região. Estas pedras, com conhecimentos de medicina, zoologia, biologia, astronomia, possuem as mais inacreditáveis cenas, como caçadas de animais pré-históricos, transplantes de órgãos, operações cirúrgicas de toda a espécie, homens que voavam no dorso de enigmáticos e gigantescos “pássaros”, massas continentais que diferem quase que totalmente das conhecidas hoje, mapas celestes,etc.



Algumas destas mais de onze mil pedras gravadas, referenciam o que parecem ser homens e dinossauros convivendo, em uma mesma época. Se assim o for, teríamos que recuar ao período cretáceo, ao final da Era Secundária, isto é, mais de 65 milhões de anos. Isso pode parecer difícil, senão impossível. Porém, na região da Califórnia – EUA, foram encontradas pegadas fossilizadas, lado-a-lado, de homens e dinossauros, em uma camada calcárea já enterrada, indicando que estes conviveram a mesma época. Isso indica que talvez tenha existido outra, ou outras humanidades anteriores à nossa.



O mesmo pode ser dito sobre a extinção dos dinossauros. Cabrera, mais uma vez baseando-se nos seus estudos das pedras, chegara a conclusão que o violento e súbito desaparecimento desses monstros, poderia ter sido a queda de um enorme asteróide, ou, talvez, ao choque de um cometa. Anos mais tarde, um cientista norte-americano recebe um prêmio Nobel, por lançar ao mundo a mesma teoria.



Cabrera também fez referência a uma segunda lua, que fazia órbita em volta da Terra. Estas duas luas apareceram em inúmeras pedras gravadas. O mais intrigante, é que na Cordilheira dos Andes, e entre os sumérios, existem várias e antiqüíssimas “lendas” nas quais, precisamente, menciona uma remota civilização integrada por “homens de pequena estatura e grande crânio”, os quais precisaram refugiar-se nas cavernas do altiplano em decorrência da queda de uma das duas luas que, então, giravam em torno do planeta.


Como explicar a presença, nos “mapa-mundi” da “biblioteca” de Ocucaje, da língua de terra unindo, na antiguidade, os continentes sul-americano e antártico?Como explicar a “coincidência” destes mapas com os mapas de Piri Reis? Será que os supostos falsificadores tiveram acesso aos mapas deste almirante turco? Mas que falsificador iria se dar ao trabalho de “confeccionar” mais de onze mil pedras gravadas? Como explicaríamos então as datas coincidentes com as dos túmulos pré-colombianos? E os conhecimentos científicos divulgados pelo doutor Javier antes de serem “oficialmente” descobertos?


Nas Pedras de Ica existem inscrições onde aparecem pirâmides erguidas na zona do Equador. Elas serviriam para captar e distribuir a energia elétrica pela Terra. Eles utilizavam esta energia também para influenciar eventos astronômicos.


Isso fez com que o planeta aumentasse o seu magnetismo e atraiu duas dessas luas. Foi quando elas despencaram literalmente na Terra causando o maior cataclismo já vivenciado pelo nosso planeta.


Teóricamente, com o impacto o continente de Atlântida foi deslocado e formou parte da Europa e África, Mú se formou parte da Ásia, Malásia e algumas ilhas do pacífico, como a Polinésia Francesa. A ilha de Páscoa seria o resto de algum desses continentes.


Em Nazca, existem milhares de linhas geométricas e animais desenhados no seu solo, e o mais interessante você só pode vê-los do alto. Alguns arqueólogos afirmam que estes desenhos foram feitos por tribos nômades para indicar às outras tribos, onde havia água, cordilheiras, povos e eventos astronômicos, mas se elas só podem ser vistos do alto, como estes povos conseguiriam ler os desenhos? Para Cabrera essas linhas representam uma energia matrix e campos elétricos, simbolicamente representados na planície, e que de certa forma nos faz lembrar dos misteriosos círculos ingleses.


Chegou-se a pensar, que estas mais de onze mil pedras gravadas seriam o resultado de uma trabalhosa falsificação contudo, as análises efetuadas sobre a pátina que as cobre, e nas pedras encontradas nos sepultamentos pré-colombianos indicam que não. Entretanto, mais fatos e achados acontecidos nos últimos anos comprovam a veracidade desta “biblioteca megalítica”.



Dr. Javier Cabrera, estuda no seu museu particular na vila de Ica, ao norte de Nazca, no Peru. À essas pedras ele deu o nome de gliptolíticos.


Em 1974/75, Javier Cabrera, com base nos estudos realizados nas pedras, anunciou que o hormônio contra a rejeição, vital para os transplantes, deveria ser procurado nos fluidos da mulher grávida. Seis anos mais tarde, em 1980, uma equipe de médicos ingleses chegava a esta conclusão...


Cirurgia?



Mais curiosidades


Ágnato: um peixe sem maxilares que viveu em nosso planeta em plena era paleozóica ou primária, há mais de trezentos milhões de anos. Essa pedra é uma das cem que existem na "biblioteca" lítica sobre o ciclo biológico desse animal. Como pode ter sido gravado todo o ciclo biológico desse ser, sem o homem conhecê-lo e sem dispor de conhecimento científico?


Animal domesticado: uma das muitas pedras que mostram como o homem daquela época conseguia domesticar algumas espécies como o tricerápodes.


Astrônomos: O que será que esses dois estavam querendo ver?


Cavalos com dedos: existem muitas imagens de cavalos com dedos nas patas.

Os Incas souberam da existência desses animais muito tempo antes dos espanhóis terem trazido os cavalos para a América e, segundo Cabrera, o souberam através das milhares de pedras escondidas no deserto de Ica.

sábado, 8 de setembro de 2007

Descifrando el Pasado: La Profecía Apocalíptica de los Mayas

Martes 11 a las 21:00 hs. de Uruguay (-3 UT) por History Channel.

Los antiguos Mayas fueron grandes astrónomos y poseían un calendario incluso más avanzado que el nuestro. Además hicieron muchas predicciones acertadas basándose en los movimientos de estrellas y planetas. ¿La más importante de todas? EL MUNDO SE VA A ACABAR EL 21 DE DICIEMBRE DE 2012 Arqueólogos e historiadores buscan descifrar este misterio y concluir si la profecía del 2012 es un mito o una realidad inminente.

***


"Dezembro de 2012 marca o fim de um ciclo definido pelo calendário Maia. Alguns acreditam que isso se traduzirá em desastres e cataclismas naturais - algo muito próximo da concepção cristã do Juízo Final. Outros acreditam que essa data marcará o fim da ênfase materialista da civilização ocidental. De qualquer modo, as especulações sobre a natureza dessa previsão estão se aproximando cada vez mais da ciência, mais particularmente das transformações que ocorrem ciclicamente com as irradiações solares."

Extraído do livro 2012- A Profecia Maia, de Alberto Beuttenmüller,Editora Ground, SP.

O autor diz ainda:



A Profecia Maia para 2012


A profecia maia é um ciclo de 3113 a.C. até 2012. Este ciclo tem exatos 5.125 anos,com correções dos calendários.O que sucederá em 23 de dezembro de 2012? A astronomia dá a resposta. Faço parte da cidade,que é parte de um estado,que é parte do país,que é parte do continente.Continentes são placas tectônicas que flutuam sobre o magma da Terra.Estou me movendo no continente.A Terra faz sua rotação sobre si mesma,em 24 horas ou um dia.Estou no continente que girando com a rotação da Terra. A Terra gira em torno do Sol e é afetada pela força de gravidade da Lua. Ao se mover em torno do Sol,a Terra tem grande variação de posição.A cada instante há variação no espaço,no qual vou junto.Isso gera um “rastro” que afeta o planeta e o Universo.O Sol não está parado.Nosso sistema solar se acha num dos braços da Via Láctea,que também tem enorme movimento de rotação.Estou preso ao movimento galáctico.Sou passageiro sem escolha desse movimento do qual sofro total influência.Se o movimento da Terra,ao longo do Sol,é Ano,o movimento de rotação da Via Láctea é o Ano Galáctico: dura 25.920 anos da Terra.O novo ano galáctico será em 23 de dezembro de 2012. Os Maias ensinam: Ano Galáctico é um grande acontecimento cósmico. Haverá mudanças do eixo da Terra,afluxos de energias,vibrações e influências que não sabemos.Os Maias anunciaram que tal energia, vinda do Sol do centro da Galáxia, –Hunabku- deus é um só, afetará a tudo e a todos na Terra:será o sincronismo cósmico impossível de evitar-se.A energia,dizem os Maias,será capaz de abrir as mentes a verdades e criar uma consciência cósmica.Evolução para o que aceitar a consciência cósmica ou involução para o que a desafiar. Uma mente mais liberta da luxúria tende a elevar-se,e evoluir. A escolha será nossa: ou evoluir,ser um Ser melhor em comunhão com o Universo;ou o fim da civilização como a conhecemos.Na metade do ciclo:cerca de 12.960 anos,em 10.960 a.C.deu-se a destruição da Atlântida,que sucumbiu sob as águas,mas também deu-se o crescimento do Egito.

Os Maias acreditavam que a energia que vem do Sol da galáxia Via Láctea é responsável pelas mudanças aqui na Terra,inclusive a forma de uma flor recebe esta energia,através do Sol,para ganhar forma. Esta energia ganhou da ciência o nome de energia de densidade (astrofísica). Para os Maias,essa energia mudava até a psicologia das pessoas.Vcs repararam que o comunismo acabou sem que houvesse uma revolta na Rússia?Que o muro de Berlim caiu sem um tiro?São tais fatos que comprovam a teoria dos Maias.A profecia está em curso,os tsunamis e outras desgraças já estão acontecendo.Estamos nos últimos 13 anos da profecia,número sagrado para os maias.



por Leila Ossola


quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Meteoros e Cometas na PRÉ-HISTÓRIA

por Pierson Barretto
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Dzibilchaltún, ciudad maya en la Península de Yucatán


Localizada a 17 km al norte de Mérida y considerada una de las ciudades mayas más antiguas, su nombre significa "donde hay escrituras sobre piedras planas".


Durante el peregrinaje que realizaron los antiguos mayas hacia el norte de la Península de Yucatán, fueron asentándose en las partes donde creyeron que podían desarrollarse y Dzibilchaltún fue uno de esos lugares donde se establecieron. De acuerdo con el estado de arte que habían alcanzado fueron construyendo sus edificios. Notorios son los grabados que aún existen haciendo alusión al personaje Kukulkán.


Ahí mismo, durante la invasión de los españoles fueron destruyendo muchos edificios antiguos y construyendo otros, es fácil notar la capilla de origen europeo, ahí mismo donde está la ciudad de Dzibilchaltún.


Cuenta con un hermoso cenote en el que puede bañarse bajo las indicaciones del lugar

http://www.yucatan.com.mx/especiales/arqueologia/dzibilchaltun.asp

quinta-feira, 30 de agosto de 2007




Observatório solar no Peru

Foi descoberto no Peru o mais antigo observatório solar das Américas, sugerindo a existência de um antigo e sofisticado culto ao Sol. De acordo com os cientistas, que publicaram o estudo na revista científica 'Science', o observatório é formado por um grupo de estruturas com 2.300 anos de idade, conhecido como as Treze Torres, localizado no sítio arqueológico de Chankillo, no Peru.

Segundo os investigadores estas torres marcam movimentos cíclicos do sol. "Sabe-se que estas torres existem há cerca de um século”, afirma Clive Ruggles, professor de arqueoastronomia na Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, manifestando algum espanto pelo facto de estas nunca terem sido reconhecidas pelo que foram por tanto tempo. “Fiquei impressionado quando as vi pela primeira vez – a ordem das torres cobre todo o arco solar", explica.

As Treze Torres de Chankillo estendem-se de norte a sul pela ponta de uma colina baixa dentro do sítio arqueológico; estão relativamente bem preservadas e cada uma tem um par de escadas suplementares levando ao topo. As suas estruturas rectangulares têm entre 75 e 125 metros quadrados e espaçadas regularmente e formam um horizonte ‘dentado’ com intervalos estreitos e regulares.

A cerca de 230 metros para o leste e o oeste estão o que os cientistas acreditam ser dois pontos de observação. Tal como descrevem os investigadores, destes pontos é possível ver os 300 metros pelos quais as torres se espalham pelo horizonte, que correspondem de maneira muito próxima às posições do nascimento e pôr-do-sol ao longo do ano.

Registros escritos sugerem que os incas faziam observações solares por volta dos anos 1500 da era cristã, sendo a sua religião centrada na adoração ao Sol.

Fonte: Ciência Arqueologia América

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Astronomía en el mundo Maya

Jesús Gerardo Rodríguez Flores Sociedad Astronómica de la Laguna (México)



Introducción




La mejor descripción del elevado conocimiento de los mayas en el campo de la astronomía, y lo asombroso de su civilización no pueden estar mejor descritos que en el relato de Augusto Monterroso denominado "El Eclipse":



«Cuando Fray Bartolomé Arrazola se sintió perdido aceptó que ya nada podría salvarlo. La selva poderosa de Guatemala lo había apresado, implacable, definitiva. Ante su ignorancia topográfica se sentó con tranquilidad a esperar la muerte. Quiso morir allí, sin ninguna esperanza, aislado, con el pensamiento fijo en la España distante, particularmente en el convento de Los Abrojos, donde Carlos V condescendiera a bajar de su eminencia para decirle que confiaba en el celo religioso de su labor redentora. Al despertar se encontró rodeado por un grupo de indígenas de rostro impasible que se disponía a sacrificarlo ante un altar, un altar que Bartolomé le pareció como el lecho en que descansaría, al fin, de sus temores, de su destino, de si mismo. Tres años en el país le habían conferido un mediano dominio de las lenguas nativas. Intentó algo. Dijo algunas palabras que fueron comprendidas. Entonces floreció en él una idea que tuvo por digna de su talento y de su cultura universal y de su arduo conocimiento de Aristóteles. Recordó que ese día se esperaba un eclipse total de sol. Y dispuso en lo mas íntimo, valerse de aquel conocimiento para engañar a sus opresores y salvar la vida.




Imagen de "El Castillo" o "Piramide de Kukulkan" en Chichen Itza. Los días del equinoccio un juego de luces aparenta el descenso de la serpiente empulumada.




» - Si me matáis - les dijo - puedo hacer que el sol se oscurezca en su altura. Los indígenas se miraron fijamente y Bartolomé sorprendió la incredulidad en sus ojos. Vio que se produjo un pequeño consejo, y esperó confiado, no sin cierto desdén. Dos horas después, el corazón de Fray Bartolomé Arrazola chorreaba su sangre vehemente sobre la piedra de los sacrificios (brillante bajo la opaca luz del sol eclipsado), mientras uno de los indígenas recitaba sin ninguna inflexión de voz, sin prisa, una por una, las infinitas fechas en que se producirían los eclipses solares y lunares, que los astrónomos de la comunidad maya habían previsto y anotado en sus códices sin la valiosa ayuda de Aristóteles...»




La asombrosa civilización maya sigue siendo un misterio. Pero un misterio en el cual la "civilización occidental" tiene mucho de culpa. Durante la conquista, la intolerancia, incomprensión y soberbia de conquistadores y evangelizadores prácticamente acabaron con todo el conocimiento escrito de este fabuloso pueblo. Lejos de aquella creencia de que "los indígenas son tan bárbaros que no inventaron la escritura" el pueblo maya tenía códices o libros que lamentablemente en un arranque de fanatismo religioso fueron quemados por los evangelizadores. Los códices que han sobrevivido prácticamente se pueden contar con los dedos de las manos, y por fortuna el celo religioso no acabó con las innumerables estelas de piedra.





La civilización maya la podemos ubicar entre los años 1000 a.C. y 1542 d.C. Ocuparon un área geográfica que va desde la península de Yucatán, en México, hasta Honduras, en Centroamérica, aunque su área de influencia cultural fue mucho más extensa. Algunos hallazgos en cavernas en centroamerica permiten fechar evidencias de su cultura en épocas tan remotas como el año 2400 a.C., aunque la fase más interesante, su apogeo o Período Clásico tuvo lugar entre el 250 al 900 d.C.





Las matemáticas






Durante un tiempo, lo único que conocíamos de los mayas era lo que sus fantásticas construcciones nos permitían intuir. Y lo poco que se conocía de su escritura nos permitió adentrarnos en la habilidad matemática que poseían. Su sistema de numeración tal vez fue el más efectivo y conciso de su tiempo. En lugar de nuestro familiar sistema decimal (base diez) ellos empleaban un muy efectivo sistema vigesimal (base veinte) con el cual podían registrar grandes cifras y realizar cálculos con mayor facilidad que los europeos de su tiempo (¿alguno ha visto lo ridículo y arduo que es realizar cálculos con números romanos?). El sistema, aunque de base veinte solamente empleaba dos símbolos para su representación. La unidad o uno era representada con un simple punto, el cinco o múltiplos de éste numero eran representados con una linea. Pero el símbolo que encierra una revolución en el mundo de las matemáticas fue un caracol: representaba al numero cero. Esto demostraba una vez más la genialidad de los mayas. Ninguna civilización del planeta hasta entonces, por muy avanzada que fuera, había dado representación numérica al cero. Los mayas lo hicieron y con ello generaron un muy buen sistema numérico.







Representación de los veinte principales jeroglíficos mayas de su sistema numérico vigesimal. Solamente emplean 3 símbolos (punto, raya y caracol). Nótese lo trascendental del empleo del número cero, único en aquella época.





Representación de numeros grandes. Para representar el número 32 se usaban los símbolos 1 y 12, puesto que representaban 20+12. El punto en la parte alta (parte de los "vigésimos") representa al 20, y el 12 en la parte baja a las unidades. Mientras en la numeración arábiga extendemos las cifras hacia la izquierda, en la numeración maya las cifras se extienden hacia arriba.




Mientras nuestra civilización actual tiene que representar números grandes con una secuencia de dígitos que se va extendiendo hacia la izquierda y que en caso de cantidades grandes producen largas y abrumadoras secuencias de dígitos, el sistema vigesimal maya permitia representar grandes cantidades con una serie muy reducida de símbolos.





Por ejemplo los mayas podían representar los números del 0 al 19 con solamente un jeroglífico, cuando representaban el 20 entonces empleaban una segunda cifra. El veinte era un caracol con un punto encima, el veinticinco era una barra con un caracol encima, y así. Veámoslo de una forma más matemática. El 32 en base diez consiste es igual a 3 x10+2, por eso lo representamos como un 2 seguido a la izquierda con un 3. En cambio en el sistema vigesimal maya el 32 es igual a 1 x 20+12, por eso se representa con dos puntos y dos barras con un punto en su nivel superior.



En las ilustraciones anexas podemos ver claros ejemplos de como el sistema vigesimal maya disminuye considerablemente el numero de "cifras" necesarias para representar grandes números. Incluso los cálculos de grandes números en sistema vigesimal resultan muy sencillos. ¡ Solo es cuestión de sumar o restar puntos y/o barras!



En ocasiones a los mayas los han denominado "los griegos de América". Pues en sistemas numéricos los mayas superaron a los griegos. Los filósofos del Egeo se veían fácilmente abrumados por las cantidades grandes. Pasado los cuantos miles, para los griegos la cantidad era tan elevada que la consideraban prácticamente igual a "infinito". En cambio, los mayas con su representación vigesimal representaban y realizaban cálculos de cantidades tan grandes como millones. Un hecho curioso en la numeración de los mayas es que no usaban sistemas fraccionarios. Sin embargo para solucionar ese problema utilizaron un recurso inteligente pero desconcertador: usar múltiplos de la fracción que dieran valores enteros.



Todos estos fundamentos matemáticos darían lugar al estudio del cosmos que influiría en cada una de las actividades de su civilización.




Códices, astronomía y adivinación




Como las demás civilizaciones antiguas, el estudio de la astronomía por parte de los mayas estaba estrechamente relacionada con su cosmovisión, sus mitos y su religión. Sus avances en matemáticas y astronomía tienen principalmente una aplicación ritual y adivinatoria. La dinámica de los astros esta íntimamente ligada a la agricultura y los ciclos climáticos que son tan importantes para el sostenimiento de una sociedad. La astronomía se convirtió en un instrumento de predicción que permitió a los sacerdotes-gobernantes conservar el poder. Eran los señores supremos, capaces de controlar los fenómenos naturales, e incluso provocarlos. Los cultos desarrollados por los sacerdotes parecian a los ojos del pueblo como la causa de los fenómenos naturales, y consecuencia de la correcta realización de los rituales. Pero este "circo, maroma y teatro" de los sacerdotes mayas estaba cimentado en los abundantes registros astronómicos que durante siglos habían conservado. Allí estaba la razón de su conocimiento de la existencia de diversos ciclos astronómicos como los eclipses y los períodos de planetas como venus y marte.



Los abundantes y antiguos registros astronómicos mayas les permitieron la elaboración de calendarios de gran precisión. Así por ejemplo los mayas pudieron determinar el período lunar (el transcurso entre una luna nueva y otra) , que conocemos como mes sinódico. Los mayas lo calcularon en 29,5308 días, contra los 29,5306 medido por la tecnología actual: tan solo 24 segundos de diferencia. Para logra tal precisión realizaron un concienzudo registro de 405 lunaciones ocurridas durante 11,960 días. ¡Un proyecto científico que duró más de tres décadas!





En la actualidad se considera que solamente cuatro códices mayas sobrevivieron del imperdonable "terrorismo y destrucción" que sufrió la cultura maya: el Códice Dresde, París, Trocortesiano y Grolier. Todos ellos tienen interesantes referencias astronómicas, pero para decepción de los científicos extremos, hay que aclarar que el interés de los mayas por el estudio de los astros no tuvo un fundamento totalmente científico. Su interés era conocer la mecánica celeste como un método para realizar pronósticos, rituales adivinatorios. En una sola palabra los que hoy conocemos como astrología.





El Códice Dresde, fechado en el siglo XI, hace referencia a las sucesivas apariciones de Venus como estrella matutina, el lapso que aparece como estrella vespertina y los períodos en que desaparece. Lo interesante sobre las efemérides de Venus que aparecen en este códice es que dicho calendario pronosticaba con notable exactitud las posiciones de Venus en los próximos 384 años. De igual forma el códice incluye tablas lunares de las fechas en que tendrían lugar los eclipses, así como la obtención del período lunar en base a las 405 lunaciones comentadas lineas arriba. Aunado a ello, el códice parece contener unas tablas que relacionadas con el período sinódico del planeta marte y, con el número de días que dura su movimiento retrógrado en el cielo.





El Códice París contiene una representación aparente de lo que sería un zodiaco con trece constelaciones representadas como trece animales colgando de una especie de serpiente cósmica. Por su parte en el Códice de Madrid o Códice Trocortesiano hay una notable aplicación del calendario ritual (el "Tzolkin" que describiremos más adelante), pero su aplicación tiene que ver más bien para usos rituales y de adivinación, un objetivo que también comparte con el Códice París. El códice más astronómico de todos tal vez sea el Grolier, el cual esta centrado exclusivamente en el ciclo del planeta Venus.





Otra interesante fuente de información astronómica son los glifos o grabados en piedra, tanto en estelas como grabados en monumentos. Por ejemplo en Copán, en Honduras existen monumentos levantados para señalar el término del katún, un período religioso de 20 años marcado en el calendario maya conocido como "cuenta larga". También se han encontrado glifos que registran el paso de cometas, las posiciones astronómicas de Venus asociadas con otros ciclos astronómicos como las fases de la luna. También en Copán se encuentra el denominado "Altar Q" el cual según estudiosos representa la reunión de sabios que tuvo lugar hacia el 775 d.C. para realizar ajustes al calendario maya. Ajustes que, dicho sea de paso, hicieron al calendario maya más preciso que el calendario que actualmente usamos.





En el friso del edificio de las Monjas de Chichen Itzá hay 24 símbolos semejantes a los del Códice París en franjas celestes y símbolos de Venus los cuales bien pueden se la representación del zodiaco de los mayas.





Otros objetos celestes de mucho significado para los mayas eran las Pléyades, las cuales las conocían como Tz-ab, la cola de cascabel. Al igual que en otras culturas de mesoamerica, las Pléyades tuvieron mucho que ver en la orientación de varios centros ceremoniales, y predecían el día de la siembra y el comienzo de las lluvias con su salida matinal del 25 de abril. La estrella polar, o Xaman-Ek, también era utilizada para orientarse al igual que en otras civilizaciones. La Vía Láctea era conocida como Wakah Chan, la serpiente erecta, y revestía de tanta importancia como la Pléyades en la orientación de monumentos.





Los calendarios






Algunos investigadores que han analizado las estelas y códices mayas han logrado enumerar hasta 17 calendarios distintos, los cuales fueron elaborados de acuerdo a diversos ciclos celestes. De ellos, dos son los calendarios más importantes en la actividad cotidiana de los mayas. El primero de ellos es el calendario solar Haab, de 360 días, que se basa en la traslación de la tierra alrededor del sol. El otro es el calendario sagrado o sacerdotal o Tzolk'in, de 260 días.





El Haab o calendario solar consistía de 18 meses de 20 días cada uno, lo cual da un total de 360. A ellos se le agregaban 5 días llamados Uayeb, sin nombre, los cuales eran considerados días malos. Para la nomenclatura de los días (denominados "Kin") se realizaba anteponiendo el día al mes, como habitualmente lo hacemos en lengua española. Los días se numeraban del 0 al 19, y los meses tenían nombres asociados con la naturaleza: colores, animales, astros. Un hecho fantástico en la historia de maya de los calendarios tuvo lugar hacia el año 249 a.C. cuando los sabios mayas se reunieron en Huehuetlapan para realizar un ajuste al calendario. A partir de esa fecha tendrían tres años de 365 días seguidos de uno de 366 días. Los mayos habían inventado el año bisiesto para ajustar la diferencia entre el año solar y la duración de los días. En el "civilizado" viejo continente aún tendrían que pasar doscientos años para que Julio Cesar decretara una reforma semejante que actualmente conocemos como calendario juliano.





Sin embargo este ajuste no fue suficiente, pues con el transcurso de los años se pudo apreciar como los 365,25 días del año no eran suficientes para compensar ajustar algunas diferencias calendaricas con respecto al inicio del año (solsticio de invierno ). Nuevamente la iniciativa corrió a cargo de los mayas, los cuales se reunieron hacia el año 775 de nuestra era en Copán, en la actual Honduras. Para entonces la diferencia entre el solsticio de invierno y el inicio del año calendarico ya era de nueve días. Para subsanar esta diferencia, los sabios mayas realizaron un nuevo ajuste a su calendario que dejó el año en 365,242 días, un valor que difiere en tan solo 24 segundos al año que hemos podido medir con nuestra tecnología actual. ¡Sin embargo en Europa un ajuste semejante no tendría lugar hasta nueve siglos después! Para entonces, en el año 1582, el papa Gregorio XIII veía con preocupación como el inexacto calendario juliano arrastraba tantos días de inexactitud que muy pronto debería celebrar la pascua en pleno verano, en lugar de inmediatamente después del inicio de la primavera. Para ello se implanto el calendario gregoriano que nos rige actualmente, sin embargo cabe destacar algo muy importante: ¡el calendario maya es más exacto que el usado actualmente! Para el ajuste del calendario con el año trópico, Gregorio XIII (o mas bien sus asesores científicos) suprimieron tres años bisiestos cada cuatro siglos, lo cual produce un desajuste de un día cada 3225 años. Sin embargo lo mayas optaron por suprimir cuatro días bisiestos en un período de 500 años lo cual produce un desajuste de un día en 5263 años. En la actualidad, la Organización de las Naciones Unidas tiene varios proyectos para corregir el calendario actual, uno de ellos es precisamente emplear la solución de los antiguos mayas. En caso de que se llegara a implementar en estos albores del tercer milenio, finalmente habríamos adoptado un calendario de gran exactitud como el implementado por los mayas desde hace 13 siglos.





Por su parte el calendario ritual o Tzolk'in aún conserva mucho de misterio. ¿Por qué un calendario de 260 días? La razón sigue siendo un misterio. A la fecha se ha descubierto que la referencia más antigua de un calendario mesoamericano de 260 días viene de Monte Albán, Oaxaca, en el sur de México, región dominada en su tiempo por zapotecas y olmecas. El calendario está datado en el 600 a.C. y sus orígenes astronómicos aún no son claros. Por ejemplo tres y medio años de eclipses corresponden a dos tzolkines, el intervalo de aparición de Venus como estrella matutina es de 263 días, el período sinódico de Marte corresponde a tres tzolkines, entre otras múltiples hipótesis. Este calendario era utilizado para ceremonias rituales consistía en 13 días de 20 meses. A diferencia del calendario Haab, los días recibían nombres igualmente asociados con la naturaleza y los meses eran numerados del 1 al 20. Para nombrar las fechas del calendario Tzolkin se anteponía el numero de mes al nombre del día.





Los mayas usaban los calendarios Haab y Tzolkin de manera simultanea, e incluso fusionaban la nomenclatura para poder hacer referencia a determinados acontecimientos que hubiesen ocurrido en distintos años. Esto era debido a que una determinada fecha de un año solar caía en una fecha lunar distinta de otro año solar. Por ejemplo: con el calendario Tzolkin la fecha "3 Akbal" se repetiría al cabo de 260 días, y con el calendario Haab la fecha "19 Kayab" se repetiría al cabo de 365 días. Pero al usar simultáneamente ambos calendarios podríamos tener la fecha "3 Akbal 19 Kayab" la cual no volvería a repetirse hasta pasados 18.980 días o 52 años. Por ello los períodos calendáricos de los mayas eran 52 años, lo cual implicaba para los mayas y otras civilizaciones mesoamericanas un simbolismo especial: la renovación de todo al cabo de 52 años. El ceremonia del "fuego nuevo" de los aztecas", por ejemplo.





El "Caracol" o el "Observatorio" en Chichen Itza además de parecer un moderno observatorio astronómico tiene una serie de orientaciones relacionadas con las salidas de Venus y el Sol en fechas claves en la cosmología maya.



Si esta forma de registrar el tiempo por los antiguos mayas resulta ingeniosa, su método cronológico de la "cuenta larga" resulta una explosión de creatividad. Utilizada por primera vez hacia el 150-300 d.C, la cuenta larga fue utilizada para hacer referencias a fechas con más de 52 años de separación. Como referiamos lineas atrás, para los mayas en día recibia el mismo nombre que el sol: kin. Y por razones de registro cronológico inventaron términos para diversos períodos. De esta forma 1 uninal equivale a 20 días; el tun a 360 días; el katum equivale a 7.200 días ó 20 años de 360 días; y el baktum equivale a 144.000 días ó 400 años de 360 días. Con estos términos los mayas podían hacer referencias a fechas de diversos siglos con la misma facilidad que actualmente los astrónomos utilizan de día juliano para agilizar sus cálculos astronómicos. El numero de fechas que se podían representar con la cuenta larga llegan a millones. Así por ejemplo la fecha 9 baktum, 17 katum, 10 tum 0 uninal 0 kin (9.17.10.0) representa el 30 de noviembre del 870 de nuestra era. El fecha inicial de la cuenta larga (es decir 0 baktum, 0 katum, 0 tum 0 uninal 0 kin ó 0.0.0.0.0) corresponde al 11 de agosto del año 3114 a.C., una fecha que tal vez para los mayas podría tener algún significado importante en su conjunto de creencias, tal vez el inicio del cosmos o cuando menos de su civilización. La cuenta larga se extiende hasta completar 13 baktunes, lo cual nos da un total de 5100 años.




¡La Cuenta Larga nos permite ubicar una fecha especifica entre 734.400.000 días!




Arqueoastronomía




Las construcciones mayas con la vegetación selvática de fondo no solamente son hermosas, sino una muestra más del talento de este pueblo. Algunas de las construcciones cuya función religiosa resulta evidente para los arqueólogos presentan una característica muy notable: están alineados con respecto al cielo de forma que sirvan como verdaderos calendarios de piedra en fechas que eran importantes para el pueblo maya. Un hecho interesante en la ubicación geográfica del área maya es que al estar por debajo de la línea del Trópico de Cáncer del sol podía pasar sobre el zenit en dos ocasiones por año. Después del equinoccio de primavera, el sol se desplaza hacia el norte para alcanzar el zenit sobre el Trópico de Cáncer en el solsticio de verano, y entonces regresa hacia la linea ecuatorial para el equinoccio de otoño, en ese recorrido, el sol pasa dos veces sobre el zenit de la zona trópica donde se encuentra el área maya. Para los mayas estos dos pasos zenitales eran muy importantes desde el punto de vista de la agricultura y los rituales. Por lo mismo levantaron construcciones que marcaran el paso zenital del sol, así como los equinoccios y solsticios. Así por ejemplo tenemos el Templo de las Siete Muñecas en Dzibilchaltún, Yucatán (México), donde la luz del sol atraviesa el edificio en el amanecer durante los equinoccios. Y en el templo maya del Dios Descendiente de Tulúm también la luz de sol del solsticio de invierno penetra por una ventana en lo alto del edificio. Algo semejante ocurre en la Casa del Gobernador en Uxmal. Por su parte en Uaxactún todo un conjunto de edificios fueron colocados para realizar funciones astronómicas. Colocado en la estructura piramidal de la plaza se pude observar el denominado Grupo E que consta de tres edificios. En dirección al edificio central se puede observar la salida del sol durante el equinoccio y en los solsticios el sol puede observarse sobre los edificios laterales.



En México, la arqueoastronomía maya alcanza su máxima expresión en Chichen Itzá, una ciudad que surgió hacia el 550 d.C y posteriormente abandonada en el siglo X. Volvió a tener nueva vida hacia el 1000 d.C para ser nuevamente abandonada en el siglo XIV. Cabe destacar que por el año 800 la ciudad fue invadida por los Toltecas, quienes habían construido Teotihuacan, otro baluarte de la arqueoastronomía, lo cual modifico el estilo de construcción de Chichen Itza.




Un verdadero símbolo de la actividad astronómica maya en Chichen Itzá viene siendo "El Caracol", un edificio que asemeja a un observatorio astronómico moderno (con domo incluido). También conocido como "El Observatorio", fue construido con fachadas, ranuras y perforaciones de observación especialmente orientadas para enfocar eventos siderales específicos. El observatorio esta deliberadamente desviado de la alineación de su plataforma principal con la intención de que sus esquinas opuestas Este-Oeste apunten la salida del sol en el solsticio de verano y la puesta del sol en el solsticio de invierno (linea A3). La plataforma principal está perfectamente alineada a la puesta de Venus en su declinación norte máxima (linea A1). El basamento del observatorio apunta hacia la puesta del sol a su paso por el zenit (linea A2). Y algunas de las ventanas y ranuras del Caracol apuntan hacia las estrellas Canopus (linea A4) y Castor (linea A5). Ciertamente estos no son los únicos alineamientos encontrados en el Caracol, puesto que se han estudiado 29 alineaciones de las cuales 20 corresponden a fenómenos astronómicos en el horizonte; como por ejemplo la aparición de sol por la ventana 1 durante el equinoccio de primavera, o la observación de los puntos extremos norte y sur de Venus desde las ventanas 1 y 2.



Imagen de la "Estela 7" que tiene de fondo el "Palacio de las 7 doncellas" el cual también presenta un importante alineamiento astronómico.


El espectáculo arqueoastronómico mas conocido mundialmente sobre el mundo maya es sin duda alguna el que ocurre en "El Castillo" o "Pirámide de Kukulkán" en Chitchen Itza. Construido hacia en 800 de nuestra era, es un asombroso calendario solar que marca los días del año así como los equinoccios de primavera y de otoño. El Castillo es un templo de forma piramidal de 28 metros de altura con 91 escalones en cada uno de sus cuatro caras. Los escalones son un registro en piedra del año solar. 91 escalones por 4 lados, más un nivel extra por la plataforma da un total de 365, un peldaño por cada día del año. En marzo y septiembre, cuando tienen lugar los equinoccios de primavera y otoño, respectivamente, las mastabas o plataformas sobre las cuales está construída la pirámide proyectan sombras triangulares sobre las paredes de las escalinatas. Las escalinatas están adornadas en su base por sendas cabezas de serpiente que simbolizan a Kukulkán (o Quetzalcoatl, la serpiente emplumada), y con los triángulos de luz y sombra provocados por la iluminación del sol equinoccial provocan una fantástica ilusión de una serpiente que está descendiendo a tierra desde la parte alta de la pirámide. Muy posiblemente la pirámide de Kukulkan presentaba otros alineamientos astronómicos en diversas secciones de su construcción, lamentablemente estas hipotéticas alineaciones las hemos perdido. Cuando la pirámide fue descubierta se encontraba en un estado excesivamente ruinosa, y en su mayor parte de la construcción que vemos en la actualidad es obra de un arduo proceso de reconstrucción.


El mundo maya en centroamerica también tiene interesantes emplazamientos arqueoastronómicos. La ciudad maya más importante en este aspecto es Copán, en Honduras. Fundada en el siglo V a.C. y abandonada en el 850 de nuestra era presenta una gran cantidad de estelas y construcciones con motivos evidentemente astronómicos. Por ejemplo la estela numero 2 sólo recibe luz solar en su cara frontal cuando el astro rey se encuentra en su solsticio de invierno. Las estelas 10 y 12 indican con su alineamiento la puesta de sol el 12 de abril y el 1 de septiembre, la primera de estas fechas es el inicio de la temporada de lluvias. Pero lo interesante de esta alineación es que la estela 12, en el sector oeste de Copán se encuentra a 7 kilómetros de la estela 10, y ésta ultima queda bajo el horizonte.


Las mismas fechas, 12 de abril y 1 de septiembre, también están involucrados con el edificio 22 u "Observatorio". El famoso arqueoastronomo Anthony Aveni descubrió que una estrecha ventana de éste edificio en su parte media apuntaba hacia el ocaso solar en estas fechas. Dicha ventana siempre se alineaba con Venus en el atardecer entre abril y mayo. Pero había más. El año anterior en que Venus alcanzaba su posición más elevada en el horizonte, el primer día de visibilidad del planeta por la ventanilla siempre se retrasaba 8 días, del 25 de abril al 3 de mayo. Al año siguiente de alcanzar la posición extrema, el último día de visibilidad de Venus obedecía a las mismas fechas. Estas fechas marcadas por dicha ventana y las posiciones de Venus tenían un razón simbólica: la fecha intermedia entre el 25 de abril y el 3 de mayo, esto es el 29 de abril, corresponde al paso zenital del sol sobre Copán. Con ello, los dos astros más importantes para los mayas Venus y el Sol se veían involucrados simbólicamente en el mismo edificio. Y esta función arqueoastrológica está perfectamente grabada en las serpientes de cabezas bicéfalas del edificio, una representa a venus y apunta precisamente hacia el poniente, la otra representa al sol y esta apuntando hacia el naciente. Ante dichas implicaciones el Edificio 22 también ha recibido el nombre de Templo de Venus.


El ocaso de los dioses


La gran civilización maya, como todas las importantes civilizaciones de la historia, no podía sobrevivir por siempre en su máximo esplendor. Su colapso todavía no está muy claro para los arqueólogos e historiadores. Las hipótesis son diversas. ¿Que hizo abandonar a los mayas sus majestuosas ciudades? Algunas de las hipótesis más aceptadas sugieren que los mayas no supieron administrar sus tierras para obtener los alimentos que requerían para subsistir. Las tierras se empobrecieron, al parecer hubo un abuso en la tala de arboles que provocó importantes erosiones de la tierra y probables cambios en el clima. La producción de alimentos decayó, las ciudades se vieron afectadas. Los mayas, que creían que todas las bondades de la naturaleza eran producto de los favores de los dioses, como pago por el sacrificio de sangre de sus señores y nobles, empezaron a abandonar las ciudades-estado con la creencia de que la sangre de sus reyes ya no era del agrado de los dioses. Los grandes señores perdieron su poder, y la civilización maya se desmembró en pequeños aldeas de campesinos. La gran civilización maya había muerto y solo trozos de su herencia pasarían a los indígenas lacandones y los aguerridos chamulas. El excesivo celo evangelizador de los conquistadores sería la segunda gran tragedia de los indígenas mayas, en ella se destruyeron valiosísimos libros y códices mayas, así como diversas obras pétreas que nos hubieran permitido conocer mejor a el pasado maya. Lamentablemente lo poco que queda de la herencia maya en los indígenas se esta viendo amenazado por lo que podría ser la tercera gran tragedia maya... En la actualidad los indígenas mayas se encuentran acosados por nuevos invasores: un gobierno que no termina de comprender su situación social; un movimiento de presuntos guerrilleros con más habilidad para la actuación que intenciones para solucionar los problemas; grupos políticos que buscan manipular el conflicto para sus propósitos particulares; el acoso de religiones que están dividiendo, y en ocasiones explotando, a las familias indígenas; y algunos extranjeros que lejos de ayudar a los indígenas han introducido nuevos factores que han complicado la existencia de los mismos y tratan de robarles su identidad.


Ojalá que así como la luz solar ilumina en el amanecer el templo de Dzibilchaltún, igualmente un futuro esperanzador ilumine a los últimos descendientes de los mayas para lograr lo único que realmente desean: vivir en paz y en libertad para gozar de su maravillosa herencia.

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Bibliografía


Arqueoastronomía. Jesús Ríos Alvarado. Sociedad Astronómica de la Laguna. Marzo 1996.
Copán, la ciudad que refleja el Universo. Pablo Villarrubia Mauso. Misterios de la Arqueología y del Pasado. Año 1 No. 6. 1997.
La astronomía entre los antiguos mayas. Elena Ortiz García. Misterios de la Arqueología y del Pasado. Año 1 No. 11. 1997.
Estudio del Códice Cortesiano. Alfonso Lacadena y Ana Verde. Misterios de la Arqueología y del Pasado. Año 1. Nums. 9 al 11.
El Calendario Maya. Antonio Bernal González. Revista Universo. No. 19. Nov. 1996.
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