
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Arqueólogos encontram cidade pré-inca no Peru

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Astrônomo diz que Jesus pode ter nascido em junho

Estudos anteriores já haviam levantado a hipótese de que o nascimento teria ocorrido entre os anos 3 a.C e 1 d.C.
O astrônomo explica que a conclusão é fruto do mapeamento dos corpos celestes da época em que Jesus nasceu. O rastreamento foi possível a partir de um software que permite rever o posicionamento de estrelas e planetas há milhares de anos.Baseando-se no Evangelho de Mateus, que descreve a aparição de uma "estrela" como sinal do nascimento de Jesus, Reneke identificou a conjunção dos planetas Vênus e Júpiter, que teriam emitido uma forte luz que poderia ter sido confundida com uma estrela."Vênus e Júpiter chegaram muito perto no ano 2 a.C., refletindo muita luz. Não podemos dizer com certeza que esta era a estrela de Natal descrita na Bíblia, mas até agora esta é a explicação mais plausível que já vi sobre isso", disse Reneke à BBC Brasil. "A astronomia é uma ciência tão precisa, que podemos apontar exatamente onde os planetas estavam. E há uma grande probabilidade de que esta conjunção possa ser a estrela descrita por Mateus no Evangelho."
O australiano diz que a pesquisa não é uma tentativa de contestar a religião."Quando misturamos ciência e religião há a sempre a chance de chatear as pessoas. Neste caso, esses resultados podem servir para reforçar a fé, porque mostram que realmente havia um grande objeto brilhante no céu no momento certo."
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Estruturas feitas por índios indicam cultura complexa no Brasil pré-histórico
Isis Nóbile Diniz Do G1, em São Paulo

No litoral brasileiro é comum encontrar montes formados por conchas, areias ou terra. Os cientistas em geral formaram a idéia de que esses montes seriam uma espécie de depósito de lixo composto, principalmente, por restos de comida dos povos antigos, como as conchas dos mariscos. Mas uma pesquisadora agora sugere que esses chamados sambaquis representavam uma cultura muito mais complexa. Além de meros “lixões”, os pesquisadores afirmavam que os sambaquis deveriam ser um espaço de moradia mais seco e arejado, livre de insetos e com uma visão estratégica da redondeza. “Durante muito tempo se estudou esses sítios arqueológicos de maneira simplista, com uma perspectiva teórica muito pobre”, diz a antropóloga Tania Andrade Lima, professora no Departamento de Antropologia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A pesquisadora sugere que esses habitantes, que viveram até oito mil anos atrás, eram mais do que caçadores e coletores de conchas. “Eles eram mais sedentarizados, o que proporcionou um grande crescimento populacional e possibilitou o emergir de uma sociedade diferenciada”, afirma.
Onde estão
Segundo a pesquisadora, os sambaquis são a base para entender a cultura e os hábitos das primeiras populações que povoaram a costa brasileira. Eles se localizam, principalmente, na região Sul do país. Tratam-se de sítios arqueológicos pré-históricos que podem alcançar 30 metros. O apogeu desses habitantes pode ter ocorrido em torno de quatro mil e três mil anos atrás, de acordo com datações radiocarbônicas. O declínio gradativo desse povo deve resultar de uma combinação de fatores. Entre eles está a coleta exagerada dos mariscos apreciados e consumidos com intensidade, o que inviabilizou sua reposição em número necessário. “Mas populações do interior do atual Brasil já dominavam a agricultura”, explica Lima. Elas poderiam ter alcançado a costa, no início da Era Cristã. Como eram economicamente mais fortes e organizadas -- por produzir o próprio alimento -- mudaram o modo de vida ou dizimaram quem vivia no litoral. Quando os europeus chegaram ao Brasil, há 500 anos, os povos que erguiam sambaquis não existiam mais.
Peças de rituais

terça-feira, 11 de novembro de 2008
Egito diz ter encontrado pirâmide construída para antiga rainha
Da Reuters, em Saqqara
Arqueólogos egípcios descobriram uma pirâmide construída no deserto e que pertenceria à mãe de um faraó no poder mais de 4.000 anos atrás, disse na terça-feira (11) o chefe do Departamento de Antiguidades do país.A pirâmide, encontrada há cerca de dois meses em um areal localizado ao sul do Cairo, guardava provavelmente os restos mortais da rainha Sesheshet, mãe do rei Teti, que governou de 2323 a.C. a 2291 a.C. e que fundou a Sexta Dinastia do Egito, afirmou Zahi Hawass.

"A única rainha cuja pirâmide não havia sido encontrada é Sesheshet, e é por isso que tenho certeza de que essa pirâmide pertencia a ela", disse a autoridade. "Isso enriquecerá o nosso conhecimento a respeito do Antigo Reinado."A Sexta Dinastia, uma época de conflitos dentro da família real do Egito e de erosão do poder centralizado, é considerada a última dinastia do Antigo Reinado, depois do qual a região passou por um período de falta de alimentos e de instabilidade social.Arqueólogos haviam descoberto antes, perto dali, as pirâmides pertencentes a duas das mulheres do rei, mas nunca tinham encontrado uma tumba pertencente a Sesheshet.A construção sem topo, de 5 metros de altura, chegava originalmente a 14 metros, com laterais de 22 metros de comprimento, afirmou Hawass.A pirâmide, que seria a 118a a ser encontrada no Egito, segundo Hawass, havia sido escavada perto da pirâmide mais antiga do mundo, em Saqqara, uma área tumular para os antigos imperadores da região."Essa pode ser a mais completa pirâmide subsidiária a ser encontrada em Saqqara", afirmou Hawass.O monumento seria originalmente recoberto por pedras calcárias trazidas de uma mina a céu aberto existente em Tura, nas cercanias de Saqqara, disse a autoridade.Os arqueólogos pretendem entrar na câmara sepulcral da pirâmide dentro de duas semanas. A maior parte dos objetos presentes ali, no entanto, já deve ter sido roubada, afirmou Hawass.Alguns artefatos, entre os quais uma estátua de madeira do antigo deus egípcio Anúbis e figuras funerárias de datas posteriores, indicam que o cemitério havia sido reutilizado na época romana, disse a autoridade.
Brinco 'de 2 mil anos' é encontrado em Jerusalém
Da Associated Press

quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Escavações podem confirmar existência histórica de 'minas do rei Salomão'
Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo
A velha briga para determinar o que é fato e o que é lenda nos textos bíblicos acaba de passar por mais uma reviravolta -- e quem saiu ganhando foi o glorioso reino de Salomão, filho de Davi, que teria governado os israelitas há 3.000 anos. Escavações na Jordânia sugerem que a extração de cobre em escala industrial no antigo reino de Edom -- região que, segundo a Bíblia, teria sido vassala dos reis de Israel -- coincide, em seu auge, com a época do filho de Davi. Em outras palavras: as célebres "minas do rei Salomão" podem ter existido do outro lado do rio Jordão.

Levy discorda. "O que nós mostramos de forma definitiva é a produção de metal em larga escala e a presença de sociedades complexas, que podemos chamar de reino ou Estado arcaico, nos séculos 10 a.C. e 9 a.C. em Edom. Trabalhos anteriores afirmavam que o que a Bíblia dizia a respeito disso era um mito. Nossos dados simplesmente mostram que a história de Edom no começo da Idade do Ferro precisa ser reinvestigada usando ferramentas científicas", declarou o arqueólogo ao G1.
Cobre a dar com o pau
A região escavada por Levy e seus colegas na Jordânia é uma velha suspeita de ter abrigado as famosas minas salomônicas. Nos anos 1940, o arqueólogo americano Nelson Glueck já tinha defendido a idéia. No entanto, foi só com as escavações em larga escala no sítio de Khirbat en-Nahas (em árabe, "as ruínas de cobre"), ao sul do mar Morto, que o tamanho da atividade mineradora ali ficou claro. Estima-se que, só em sobras da extração do minério, existam no local entre 50 mil e 60 mil toneladas de detritos.
Numa escavação iniciada em 2006, Levy e seus colegas desceram pouco mais de 6 m e montaram um quadro em alta resolução da história de Khirbat en-Nahas. A ocupação começa com uma estrutura retangular de pedra, com protuberâncias ou "chifres". "Pode ter sido um altar", conta o arqueólogo -- esses "chifres" eram usados como plataforma para besuntar o sangue dos animais sacrificados na antiga Palestina. Acima dessa estrutura, ao menos duas grandes fases de extração de cobre estão documentadas, com paredes de pedra que serviam como instalação industrial.

E não é só isso: escavações numa fortaleza próxima também sugerem uma construção na era salomônica, durante o século 10 a.C. Segundo o relato bíblico, Salomão usou vastas quantidades de bronze (cuja matéria-prima, ao lado do estanho, era o cobre) na construção do templo de Jerusalém. Também teria continuado o domínio estabelecido por seu pai Davi sobre Edom e financiado uma frota de navios mercantes que saíam do litoral edomita em busca de produtos de luxo.
Levy diz que os dados obtidos em Khirbat en-Nahas são compatíveis com o quadro do Antigo Testamento, mas mostra cautela. "Se as atividades lá podem ser atribuídas ao controle da produção de metal pela Monarquia Unida israelita, pelos edomitas ou por uma combinação de ambos, ou até por um outro grupo, é algo que nossa equipe na Jordânia ainda está investigando", ressalta ele.
Ilusão?
A pedido do G1, o arqueólogo Israel Finkelstein comentou o estudo na "PNAS" e fez pesadas críticas. Para começar, Finkelstein não reconhece a região de Khirbat en-Nahas como parte do antigo reino de Edom, porque o sítio fica nas terras baixas jordanianas, e não no planalto do além-Jordão.

Finkelstein também critica o fato de Levy e seus colegas teram usado os rejeitos de mineração como base para sua estratigrafia, ou seja, as camadas que ajudam a datar o sítio arqueológico, porque eles formariam estratos naturalmente "bagunçados" de terra. E afirma que a fortaleza estudada pelos pesquisadores também é posterior ao século 10 a.C.
"Aceitar literalmente a descrição bíblica do rei Salomão equivale a ignorar dois séculos de pesquisa bíblica. Embora possa existir algum fundo histórico nesse material, grande parte dele reflete a ideologia e a teologia da época em que saiu da tradição oral e foi escrito, por volta dos séculos 8 a.C. e 7 a.C. Os dados de Nahas são importantes, mas não vejo ligação entre eles e o material bíblico sobre Salomão", arremata Finkelstein.
Levy preferiu não responder diretamente as críticas do israelense, embora um artigo anterior de sua lavra aponte que, ao contrário do que diz Finkelstein, há ligação cultural entre os habitantes das terras baixas e os edomitas do planalto. "Suponho que, toda vez que há uma interface entre textos sagrados e dados arqueológicos, é natural que o debate se torne emocional", diz ele.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Descoberta de cidade antiga pode alterar imagem de Davi bíblico
A área de cinco acres, com seus fortes, casas e portões, também será uma arma no politizado debate sobre Davi e sua capital, Jerusalém, terem sido um reino importante ou uma tribo pequena, uma questão que divide não apenas os estudiosos mas aqueles que buscam desligitimar o sionismo.

Fortificações descobertas por arqueólogos / AP
"Este é um tipo de lugar que subitamente abre uma janela para uma área da qual não sabíamos quase nada e ele exige que repensemos o que aconteceu naquele período", disse Aren M. Maeir, professor de arqueologia da Universidade Bar-Ilan e diretor de outra escavação na região. "Essa é uma descoberta única". O período de 10 a.C. é o mais controverso na arqueologia bíblica porque foi ali que, de acordo com o Velho Testamento, Davi uniu os reinos de Judá e Israel, abrindo caminho para que seu filho Salomão construísse seu grande templo e comandasse um enorme império entre os rios Nilo e Eufrates. Para muitos judeus e cristãos, mesmo aqueles que não levam a Escritura ao pé da letra, a Bíblia é uma fonte histórica vital. Para o Estado de Israel, que considera a si mesmo como descendente do reino de Davi, evidências que atestem as histórias bíblicas têm um enorme valor. O website do Ministério do Exterior, por exemplo, apresenta o reino de Davi e Salomão em um mapa como se fossem fatos comprovados.
No entanto, os dados arqueológicos de tal reino são escassos (quaseinexistentes) e inúmeros estudiosos de hoje argumentam que ele não passou de um mito criado séculos depois. Uma grande potência, segundo eles, teria deixado rastros de cidades e atividades, além de ser mencionado por outros. Ainda assim, nada disso aconteceu na região - pelo menos até agora. Garfinkel afirma ter achado algo que muitas gerações buscaram. Ele fez duas apresentações informais no mês passado a colegas arqueólogos.Nesta quinta-feira, ele fará uma leitura formal durante uma conferência em Jerusalém.
Descobertas testadas O que ele encontrou até então impressiona. Dois potes de azeitonas encontrados foram testados para carbono-14 na Universidade de Oxford e datados entre 1050 e 970 a.C., exatamente no período que a maioria das histórias diz que Davi se tornou rei. Outros dois estão sendo testados.

Vista aérea mostra escavações na região de Khirbet Qeiyafa / AP
O especialista em línguas semíticas antigas, Haggai Misgav, afirma que a escrita sobre argila com carvão e gordura animal como tinta foi elaborada no chamado proto-Canaanite e parece ser uma carta ou um documento em hebraico, sugerindo que a alfabetização pode ter sido mais comum do que se imaginava.
Isso pode ter um papel na disputa sobre a Bíblia, uma vez que caso outros escritos apareçam irão sugerir que existia a tradição do registro de eventos que eram passados para a frente séculos antes do que se acredita que a Bíblia tenha sido escrita. Outro motivo que torna este local promissor é o fato de ter sido usado por um curto período de tempo, talvez 20 anos, e então destruído - Garfinkel especula que em uma batalha com os filisteus - e abandonado por séculos, selando as descobertas com uma uniformidade similar a de Pompéia. A maioria dos sítios são feitos de camadas de períodos diferentes, nas quais inevitavelmente há uma mistura, tornando difícil a definição da data exata dos artefatos encontrados.
Por ETHAN BRONNER
Arqueólogo diz ter encontrado o mais antigo texto hebraico
As cinco linhas, escritas há 3 mil anos, e as ruínas da fortaleza onde o fragmento foi encontrado são sinais de que um poderoso reino existia no tempo do rei Davi, disse Yossi Garfinkel, o arqueólogo encarregado da escavação em Hirbet Qeiyafa.
Outros especialistas relutam em aceitar a interpretação de Garfinkel para os achados, reveladas nesta quinta-feira, 30. As descobertas já tomam parte em um debate acalorado sobre a fidelidade da narrativa bíblica aos fatos históricos.Hirbet Qeiyafa localiza-se perto da cidade israelense contemporânea de Beit Shemesh, uma área que um doa marcou a fronteira entre os israelitas e seus inimigos, os filisteus.
O local fica sobre o vale de Elah, descrito como o local do duelo entre Davi e Golias, fica perto das ruínas da cidade natal de Golias, a metrópole filistéia de Gath.Um voluntário adolescente descobriu o fragmento recurvado de cerâmica, um quadrado de 15 centímetros, em julho. mais tarde, descobriu-se que a inscrição traz caracteres de proto-cananita, um precursor do alfabeto hebraico.
Análises de carbono 14 de material queimado encontrado na mesma camada de solo datam o fragmento de entre 1000 e 975 a.C., mesmo período descrito na Bíblia como o apogeu do reino de Davi.Outros pequenos fragmentos de escrita hebraica do século 10 a.C., mas a nova inscrição, que Garfinkel sugere que pode ser parte de uma carta, antecede a inscrição significativa seguinte por cerca de 150 anos.
Os textos hebraicos históricos mais famosos, os Manuscritos do Mar Morto, começaram a ser transcritos em pergaminho 850 anos mais tarde.O fragmento agora é mantido num cofre de universidade, onde filólogos tentam traduzi-lo, um trabalho que poderá consumir meses. Mas diversas palavras já foram identificadas, incluindo algumas que, acredita-se, significam "juiz", "escravo" e "rei".Os israelitas não eram o único povo a usar o alfabeto proto-cananita, e outros especialistas acreditam ser difícil - talvez impossível - concluir que o texto é hebraico e não uma língua aparentada. Garfinkel baseia sua identificação num verbo de três letras, significando "fazer", que segundo ele era exclusivo do hebraico.
O arqueólogo Amihai Mazar, da Universidade Hebraica, diz que a inscrição é "muito importante", por representar o mais longo trecho de proto-cananita já encontrado, mas ele diz que chamar a língua de hebraico é ir longe demais.
"A diferenciação entre as línguas nesse período continua pouco clara".Muitos estudiosos e arqueólogos defendem a idéia de que o relato bíblico do tempo de Davi exagera a importância tanto do monarca quanto de seu reino, e é basicamente um mito.Mas se a alegação de Garfinkel for comprovada, isso seria um sinal de que os israelitas teriam sido capazes de registrar a história enquanto ela acontecia, dando aos redatores da Bíblia uma fonte histórica para basear seus relatos, escritos séculos mais tarde.
Isso também significaria que os ocupantes da fortaleza onde o texto foi descoberto eram israelitas, o que ainda não foi estabelecido.
(Fonte: Estadao.com.br)
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Cultura & Humanismo

Qualquer pessoa pode participar desta rede. Estudantes, professores, advogados, jornalistas, músicos, artistas plásticos, poetas, escritores, pesquisadores, fotógrafos, esportistas e os que buscam conhecer assuntos culturais e ligados à história do homem no mundo.
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sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Brasileiro comemora vitória no Ig Nobel, o Nobel da pesquisa bizarra
Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

O resultado foi conclusivo: os arqueólogos deveriam fugir dos tatus como o diabo da cruz. Isso porque aparentemente os mamíferos escavadores bagunçam totalmente a estratigrafia, ou seja, a sucessão de camadas que constituem um sítio arqueológico. Isso é uma potencial dor de cabeça porque a estratigrafia ajuda os arqueólogos a estimar a idade relativa dos artefatos encontrados num dado local. As garrinhas do tatupeba podem muito bem fazer com que uma ponta de flecha de 200 anos pareça ter 2.000 anos, digamos.

O arqueólogo defende os ganhadores do prêmio. "Não é porque é engraçado que não é boa ciência. Por exemplo, uma das pesquisas vencedoras, aquela das strippers [que ganhou na categoria Economia, mostrando que as dançarinhas de strip-tease recebem mais gorjetas quando estão no período fértil], é muito interessante para entender a relação entre a biologia e o comportamento humano. Isso é superlegal", argumenta Araujo.
Após a vitória, Araujo lembrou a figura de Faiçal Simon, superintendente do Zoológico de São Paulo, já falecido, que deu apoio aos arqueólogos para realizar o experimento. "Era uma pessoa fantástica, entendia tudo de animais. Se não tivesse morrido de repente, certamente daria contribuições científicas até os 90 anos de idade", diz.
Tatus à parte, o pesquisador continua tentando entender a estratigrafia dos sítios arqueológicos brasileiros, em parceria com o antropólogo Walter Neves, também da USP, um dos principais especialistas do mundo na chegada do ser humano às Américas. Com isso, Araujo tem trabalhado na região de Lagoa Santa (MG), área onde estão alguns dos sítios mais antigos do continente, com cerca de 11 mil anos de idade.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
O Homem, o Céu e suas crenças – O Disco de Nebra como fonte de informações astronômicas e mitológicas para o Arqueoastrônomo.
Resumo






sose benrenki,
Mundilfari ele se chama,
XI. Frá Sól ok Mána
Þá mælti Gangleri: "Hversu stýrir hann gang sólar eða tungls?"Hárr segir: "Sá maðr er nefndr Mundilfari, er átti tvau börn. Þau váru svá fögr ok fríð, at hann kallaði son sinn Mána, en dóttur sína Sól ok gifti hana þeim manni, er Glenr hét. En goðin reiddust þessu ofdrambi ok tóku þau systkin ok settu upp á himin, létu Sól keyra þá hesta, er drógu kerru sólarinnar, þeirar er goðin höfðu skapat til at lýsa heimana af þeiri síu, er flaug ór Múspellsheimi. Þeir hestar heita sv, Árvakr ok Alsviðr, en undir bógum hestanna settu goðin tvá vindbelgi at kæla þá, en í sumum fræðum er þat kallat ísarnkol.Máni stýrir göngu tungls ok ræðr nýjum ok niðum. Hann tók tvau börn af jörðunni, er svá heita, Bil ok Hjúki, er þau gengu frá brunni þeim er, Byrgir heitir, ok báru á öxlum sér sá, er heitir Sægr, en stöngin Simul. Viðfinnr er nefndr faðir þeira. Þessi börn fylgja Mána, svá sem sjá má af jörðu."

Considerando que o Disco Estelar de Nebra reproduzia uma situação astronômica real, é mister refletir o que viria a ser a marcação da Barca? O que, astronomicamente, teria dado origem à essa interpretação? Ao analisarmos as projeções astronômicas feitas em softwares profissionais de representação celeste, encontramos, alinhada com as constelações do disco, uma das curvas da Via Láctea, abraçando o cinturão de Órion, justamente como representado no Disco. Esta presença leva-nos a justificar que aqueles que confeccionaram o disco poderiam ter visto a Via Láctea alinhada ao eixo galáctico no céu e a interpretado como sendo a barca de sua divindade.

BOSTOCK, John Knight . A Handbook on Old High German Literature. Oxford: Oxford University Press, 1976BYOCK, Jesse. The Prose Edda. New York: Penguin Classics, 2005.ORCHARD, Andy. Dictionary of Norse Myth and Legend. London: Kassel, 1997.ASTRONOMIAAQUINO, Radler, Altitude and Azimuth Tables. For facilitanting the determination of lines of position and geographical position at sea. London. J. D. Potter. 1917.OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza & SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira. Astronomia e astrofísica. São Paulo. Editora Livraria da Física. 2004SCHLOSSER, W . "Zur astronomischen Deutung der Himmelsschiebe von Nebra". Archäeologie in Sachsen-Anhalt 1/02: 21-30.
ARQUEOLOGIA
1 Catálogo Messier Nº 44.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Maior dinossauro brasileiro está em exposição em Botafogo

Onde ver
A exposição é aberta gratuitamente ao público de terça a sexta, das 9h às 20h, e sábados e domingos, das 10h às 20h. A Casa da Ciência fica na Rua Lauro Muller, número 3, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
UFRJ abre exposição da réplica do maior dinossauro brasileiro
Pesquisadores apresentam reconstrução do maior dinossauro brasileiro
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Cientistas datam construção de Stonehenge de 2300 a.C.

Centro de curas
Darvill e Wainwright acreditam que Stonehenge era um centro de curas – “uma Lourdes neolítica” para a qual os enfermos viajavam para serem curados pelos poderes do arenito cinzento, conhecido como “pedras azuis”. Eles apontam para o fato de que “um grande número” de cadáveres encontrados em túmulos perto do local mostra sinais de doenças e ferimentos físicos sérios e uma análise dos dentes mostra que “cerca de metade” dos corpos era de pessoas que “não eram nativas da região de Stonehenge”. Mas sem uma data precisa para a construção de Stonehenge tem sido difícil provar essa ou qualquer outra teoria. Curiosamente, o período estabelecido pelo método de radiocarbono bate com a data do enterro do chamado "Arqueiro de Amesbury", cujo túmulo foi descoberto a cerca de 4,8 km de Stonehenge. Alguns arqueólogos acreditam que ele seja a chave para entender a razão pela qual Stonehenge foi construído. Os restos mortais dele foram datados para o período entre 2500 a.C. e 2300 a.C. Análises do cadáver do arqueiro e de artefatos encontrados no túmulo dele indicam que ele seria um homem rico e poderoso, com conhecimento de trabalho com metais, e que tinha viajado da região dos Alpes europeus para Salisbury por razões desconhecidas. Análises também indicaram que ele sofria de um ferimento no joelho e de um problema dentário potencialmente fatal, o que fez com que Wainwright e Darvill acreditassem que o arqueiro tenha ido para Stonehenge em busca de cura.
Mas outros pesquisadores acreditam que não se pode descartar outras teorias para a construção do monumento. “A teoria de que foi um centro de curas é plausível, mas eu não acredito que possamos descartar outras – que o templo era um ponto de encontro entre a terra dos vivos e a dos mortos, por exemplo”, disse Andrew Fitzpatrick, da Wessex Archaeology. “Eu não estou convencido de que o 'Arqueiro de Amesbury' tenha vindo para Stonehenge para ser curado. Eu acredito mais que ele era um metalúrgico que viajou para o local para vender seus conhecimentos”, afirmou. “De qualquer forma, ainda não está claro se o enterro dele aconteceu mesmo antes de Stonehenge”, concluiu.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Múmias de mulheres sacrificadas são encontradas no Peru


segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Templo de Ramsés II é descoberto no Cairo

Da France Presse
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Área de 40 km em Roraima tem 55 sítios arqueológicos com arte rupestre
Fausto Carneiro Do G1, em Pacaraima
Um trecho de 40 quilômetros entre duas reservas indígenas de Roraima concentra uma das maiores coleções de arte rupestre do mundo. Pelo menos 55 sítios arqueológicos com pinturas em pedras e cavernas e inscrições em baixo relevo estão catalogados. Em alguns sítios, instrumentos de pedra foram datados em 4.500 anos.

Segundo a professora Elena Fioretti, diretora do Museu Integrado de Roraima, em Boa Vista, o mapeamento arqueológico foi feito entre 1986 e 1989 por uma equipe liderada pelo arqueólogo Pedro Augusto Mentz Ribeiro, das Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul, do Rio Grande do Sul. Desde então, os achados aguardam estudos.
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“Isso é uma fração do que foi estudado. Além das pinturas, que são impressionantes, ainda há as inscrições em baixo relevo”, afirmou Elena. De acordo com ela, o estado de Roraima é rico em arte pré-histórica. “No sul [do estado] tem, a leste e a oeste também”, disse. “É só cavar um buraco para fazer uma piscina que a gente encontra grande quantidade de material.”

O pesquisador Ari Silva, que trabalhou no plano de manejo do Parque Nacional de Roraima, disse ter feito o registro de 155 sítios com pinturas ou indícios da presença humana pré-histórica em uma região um pouco maior que a estudada pelo professor Mentz Ribeiro nos anos 80. Silva acredita que algumas das inscrições revelam um alfabeto primitivo, de mais de 8 mil anos, o que seria o primeiro registro de escrita de um povo nativo das américas. Em sua casa, em Pacaraima, na divisa com a Venezuela, ele mantém mapas com a indicação dos sítios arqueológicos que visitou, com reprodução das pinturas e fotografias.