quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ingleses analisam caixão 'misterioso' enterrado perto do rei Ricardo III

Corpo deve ser de frade franciscano ou cavaleiro medieval, acredita equipe.
Sepultamento ocorreu um século antes de o monarca britânico morrer.

Do G1, em São Paulo
 
Caixão de pedra intacto é encontrado perto do esqueleto do rei Ricardo III (Foto: Universidade de Leicester) 
Caixão de pedra intacto é encontrado perto do esqueleto do rei Ricardo III 
(Foto: Universidade de Leicester)
 
Arqueólogos da Universidade de Leicester, no Reino Unido, estão desenterrando um caixão de pedra do século 14 que pertenceu à Ordem Franciscana, da Igreja Católica, e foi encontrado próximo ao corpo do rei Ricardo III, exumado em setembro de 2012 no subsolo de um estacionamento no centro da cidade.

O monarca, imortalizado como um tirano pelo dramaturgo William Shakespeare, governou a Inglaterra por apenas dois anos no século 15 e morreu na Batalha de Bosworth, em 1485.

O caixão – considerado incomum, por ser o único de pedra achado totalmente intacto – foi desencavado na mesma época que o esqueleto de Ricardo III. Mas, como estudar o monarca era prioridade, o objeto não pôde ser analisado antes.

Os especialistas querem descobrir agora quem foi sepultado no local. Para isso, a equipe já levantou a tampa de chumbo do caixão e deve terminar os trabalhos ainda esta semana. Os pés são visíveis, embora degradados e não divulgados ainda em imagens. Com exceção disso, não há sinais de identificação, segundo os arqueólogos.

O time suspeita que lá esteja enterrado um cavaleiro medieval ou um dos dois franciscanos do alto escalão do mosteiro de Greyfriars, que funcionava no lugar séculos antes de o estacionamento ser construído.

Essa figura de prestígio, portanto, poderia ser um dos chefes da Ordem Franciscana na Inglaterra (o religioso Peter Swynsfeld, que morreu em 1272, ou o frade William de Nottingham, que morreu em 1330), ou ainda um cavaleiro chamado Mutton, que foi prefeito de Leicester e seria, na verdade, Sir William de Moton de Peckleton, que morreu entre 1356 e 1362.

Visão de cima do local das escavações, em estacionamento de Leicester (Foto: Universidade de Leicester) 
Vista de cima do local das escavações, em estacionamento de Leicester
(Foto: Universidade de Leicester)
 
Antes da construção do estacionamento, mosteiro franciscano funcionava no local (Foto: Universidade de Leicester) 
Antes do estacionamento, terreno era ocupado por mosteiro franciscano 
(Foto: Universidade de Leicester)
 
Tampa de chumbo do caixão é removida pelos arqueólogos ingleses (Foto: Universidade de Leicester) 
Tampa de chumbo do caixão já foi removida pelos arqueólogos ingleses
 (Foto: Universidade de Leicester)
 
Equipe da Universidade de Leicester trabalha para remoção do corpo (Foto: Universidade de Leicester) 
Equipe da Universidade de Leicester trabalha para retirar corpo 'misterioso'
 (Foto: Universidade de Leicester)
 
 
Esqueleto do rei Ricardo III foi encontrado praticamente intacto (Foto: Universidade de Leicester) 
Esqueleto do rei britânico Ricardo III foi encontrado quase intacto em 2012
(Foto: Universidade de Leicester)
 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pesquisadores dizem ter descoberto palácio do Rei Davi em Israel

Ruínas associadas a personagem bíblico têm cerca de 3 mil anos.
Depósito real para guardar impostos também foi identificado.

Do G1, em São Paulo



Vista aérea da cidade murada (Foto: Divulgação/Sky View/Autoridade de Antiguidades de Israel/Universidade Hebraica) 
Vista aérea da cidade murada 
(Foto: Divulgação/Sky View/Autoridade de Antiguidades de Israel/Universidade Hebraica)
 
 
Pesquisadores da Autoridade de Antiguidades de Israel e da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram o que seriam dois edifícios reais com cerca de 3 mil anos na antiga cidade fortificada de Khirbet Qeiyafa.
Um desses edifícios foi identificado pelos cientistas como um palácio do lendário Rei Davi, importante figura para o cristianismo, judaísmo e islamismo, famoso pelo episódio bíblico da luta com o gigante Golias, entre outros. A segunda construção, afirmam os cientistas, é uma espécie de depósito real.
Os trabalhos arqueológicos da equipe de Yossi Garfinkel e Saar Ganor revelaram parte de um palácio que teria mil metros quadrados, com vários cômodos ao seu redor onde foram encontrados recipientes de alabastro, potes e vestígios da prática de metalurgia.

O palácio é a construção mais alta da antiga localidade, permitindo o controle sobre todas as outras casas, bem como uma vista a grandes distâncias, chegando até o Mar Mediterrâneo.

De acordo com nota da Autoridade de Antiguidades, o local é ideal para mandar mensagens por meio de sinais de fumaça.

O palácio, no entanto, foi muito destruído cerca de 1.400 anos após seu surgimento, quando foi transformado em sede de uma fazenda, no período do Império Bizantino. O depósito identificado mais ao norte era um local para guardar impostos, na época coletados na forma de produtos agrícolas. Essa estrutura corrobora a ideia da existência de um reino estruturado, que cobrava tributos e tinha centros administrativos.

Imagem aérea do que seria o palácio de Davi e, posteriormente, a casa bizantina (Foto: Divulgação/Autoridade de Antiguidades de Israel/Clara Amit) 
Imagem aérea do que seria o palácio de Davi e, posteriormente, a casa bizantina
 (Foto: Divulgação/ Sky View / Autoridade de Antiguidades de Israel/ Universidade Hebraica)
 
 
Imagem aérea do que seria o palácio de Davi e, posteriormente, a casa bizantina (Foto: Divulgação/Sky View/Autoridade de Antiguidades de Israel/Universidade Hebraica) 
Objetos achados no sítio arqueológico
 (Foto: Divulgação/Autoridade de Antiguidades de Israel/Clara Amit)
 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Calendário mais antigo já descoberto é encontrado na Escócia



Ilustração mostra como a disposição das rochas encontradas em Aberdeen era usada para calcular as fases da lua
Foto: Divulgação / Universidade de Birmingham
Ilustração mostra como a disposição das rochas encontradas em Aberdeen era usada para calcular as fases da lua Divulgação / Universidade de Birmingham
- LONDRES - Arqueólogos britânicos descobriram o que acreditam ser o "calendário" mais antigo de que se tem notícia no mundo, com pelo menos dez mil anos de existência, na região de Aberdeen, na Escócia. O monumento do período mesolítico capaz de medir as fases das lua e os meses do ano, encontrado em escavações realizadas em 2004, está sendo trazido a público, pela primeira vez, em artigo publicado hoje na revista “Internet Archaeology” pela equipe de especialistas liderada pela Universidade de Birmingham.

As investigações abrem caminho para novos estudos sobre o desenvolvimento da Humanidade e a concepção de tempo na História a partir deste dispositivo luni-solar construído por sociedades de caçadores-coletores, até então consideradas mais atrasadas do que a dos agricultores, por exemplo.

- Não pode haver história sem tempo. Não se pode começar a escrever a história sem tempo. E esse é um passo importante para a construção do tempo e, consequentemente, da própria história. Não há nada igual na Europa, nem no resto do mundo - disse ao GLOBO o pesquisador-chefe, o professor de arqueologia de paisagem da Universidade de Birmingham, Vince Gaffney.

Segundo o professor, as evidências sugerem que essas sociedades tinham a necessidade e a sofisticação de medir o tempo através dos anos, de corrigir as diferenças sazonais do ano lunar. E isso aconteceu cinco mil anos antes dos primeiros calendários formais conhecidos pelo homem, encontrados na antiga Mesopotâmia.

Não chega a ser uma surpresa que as pessoas se baseassem na lua para fazer seus calendários. Isso porque ela é o único corpo celeste que se presta a essa papel. Muitas sociedades antigas chegaram a monitorar as várias fases da lua, mas não tinham necessariamente calendários. No período paleolítico, de acordo com Gaffney, há evidências de desenhos do ciclo da lua. Mas tampouco consistiam em um calendário.

Gaffney conta que os pesquisadores encontraram um conjunto de 12 pedras bastante peculiares de tamanhos diferentes, que parecem as fases da lua, no campo de Warren. Por sinal, o sítio foi encontrado a partir de marcas em plantações, identificadas por imagens aéreas pela Comissão Real dos Monumentos Antigos e Históricos da Escócia (RCAHMS, na sigla em inglês). De acordo com Dave Cowley, gerente dos projetos de pesquisa aérea do RCAHMS, o grupo fotografou a paisagem escocesa por quase 40 anos.

- Registramos milhares de sítios arqueológicos que nunca teriam sido detectados a partir do solo - afirmou Cowley.

As pedras não estavam dispostas de maneira arbitrária, mas arrumadas por tamanhos, desde as menores às maiores, voltando às menores novamente. E estavam orientadas em direção ao lugar onde o sol nascia, de uma passagem entre duas montanhas.

- Você tem um grupo de pessoas que, pela primeira vez, com base na observação astronômica, começa a entender o tempo, a pensar o que vai acontecer no futuro e não mais no passado. Não é que não pensassem que tinham um futuro antes. O que não tinham era a ideia de uma unidade tempo a partir da qual poderiam pensar ou registrar o que acontecia - explica Gaffney.

Outra grande revelação associada à descoberta, segundo o cientista de Birmingham, está no fato de se verificar que os caçadores e coletores, diferentemente do que se imaginava, tinham a capacidade de planejar as suas atividades. Como dependiam de recursos naturais para sobreviver, eles provavelmente passaram a saber os períodos em que se abriam as rotas no rio, ou quando os peixes seriam mais abundantes. Não se descarta a possibilidade de essa sociedade, justamente pela capacidade de planejamento, ter se tornado mais longeva do que as que a precederam.

Além disso, por razões sociais, há períodos em que é necessário estocar uma grande quantidade de comida para permitir reuniões sociais, reprodução ou outras atividades.

Para Christopher Gaffney, da Universidade de Bradford, saber que os recursos naturais estavam disponíveis durante diferentes períodos do ano era crucial para a sobrevivência.

_ Essas comunidades precisavam caçar animais que migravam e as consequências de perder o período certo eram a fome. Por isso, essas perspectivas, nossa interpretação do sítio como um calendário faz todo o sentido - disse o especialista de Bradford.

O professor de Birmingham reconhece que as sociedades que inventaram este dispositivo complexo na Escócia podiam não ter o entendimento que os cientistas têm hoje.

- Eles podiam achar que, por entender o nascer do sol e o solstício, seremos bem tratados pelos deuses, os peixes virão até nós e poderemos reunir nossos amigos e sobreviver - disse.

Para Vince Gaffney, o resultado dessas pesquisas é apenas o começo para muitas outras. O próximo passo é identificar sítios similares no país. Segundo ele, a célebre formação de Stonehenge, por exemplo, a uma hora e meia de Londres, tem semelhanças com as pedras encontradas em Aberdeen. Mas ainda não há evidencias da sua utilização. Ele afirma que os calendários recém-descobertos podem não ter apenas a divisão do tempo em meses, mas em dias. No entanto, destacou que é necessário encontrar provas disso.

Achado calendário mais velho do mundo feito de buracos

Arqueólogos britânicos anunciaram nesta segunda-feira (15) a descoberta do calendário mais antigo do mundo, criado há 10 mil anos, em um campo de Aberdeenshire, na Escócia. O monumento do período mesolítico traz uma série de buracos no chão que simulam as fases da Lua, marcando a passagem do tempo em um ano, e que é "ajustado" pelo ciclo solar. "A evidência sugere que as sociedades de caçadores-coletores da Escócia tinham tanto a necessidade para controlar o tempo ao longo dos anos, como a sofisticação para corrigir o desvio sazonal do ano lunar. E isso ocorreu cerca de 5.000 anos antes dos primeiros calendários formais surgirem na Mesopotâmia", explica Vince Gaffney, professor da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, que chefiou o estudo.

www.uol.com.br

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Pedaços de esfinge egípcia são achados em Israel

   Arqueologistas israelenses encontram esfinge egípcia (foto: ANSA)
Arqueologistas israelenses encontram esfinge egípcia (foto: ANSA)
 
 
 
Tel Aviv - Os pés de uma esfinge egípcia foram encontrados por arqueologistas israelenses em Tel Hazor, na região da Alta Galiléia.

    Os restos, em granito, com 30 a 40 centímetros de comprimento e com um peso de cerca 40 quilos, são prova do tamanho real da estátua, afirmam os especialistas.
 
    Os fragmentos foram encontrados por especialistas da Universidade Hebraica na bacia de Tel Hazor, um sítio histórico arqueológico. Nas peças, há inscrições em hieróglifos que mencionam o nome de Miquerinos, o faraó que governou o Egito há mais de 4 mil anos.

www.ansa.it/www.ansabrasil.com.br

terça-feira, 9 de julho de 2013

Cientistas do México acham pedras com inscrições de 6 mil anos atrás

Segundo instituto de arquieologia, elas podem ter sido feitas por caçadores.
'Petróglifos' foram encontrados em deserto no estado de Coahuila.

Da Reuters
Rochas com inscrição de cerca de 6 mil anos atrás foram encontradas no México (Foto: INAH/Reuters ) 
Rochas com inscrição de cerca de 6 mil anos atrás foram encontradas no México
 (Foto: INAH/Reuters )
 
Arqueólogos do México descobriram 500 rochas com 8 mil figuras entalhadas há cerca de 6 mil anos.

Segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História do país, esses petróglifos, como são conhecidas as inscrições em pedras, parecem ter sido obra de grupos de caçadores pré-hispânicos que frequentavam a área.

As rochas foram descobertas em uma área de 2 km² em um deserto em Narigua, no sul do estado de Coahuila.

Arqueólogos encontram sepultura de 12 mil anos em cidade da França




Túmulo é considerado o primeiro do país da era Paleolítica.
Restos mortais serão analisados por equipe de instituto francês.

Da France Presse

Uma sepultura com idade entre 11 mil e 12 mil anos foi descoberta na localidade francesa de Cuges-les-Pins, perto de Marselha, convertendo-se no primeiro túmulo francês da era Paleolítica, informou o historiador Vincent Mourre.

O período Paleolítico vai de cerca de 2,5 milhões de anos a.C. a 10 mil anos a.C. Segundo Mourre, até o momento, eram conhecidos apenas 30 túmulos desse tipo situadas em cavernas na península italiana. "Este é o primeiro ao ar livre", acrescentou.

Em setembro de 2011, Mourre descobriu um pedaço de crânio durante as escavações do Instituto Nacional de Buscas Arqueológicas Preventivas (Inrap). O esqueleto ao qual pertencia o crânio está sendo extraído cuidadosamente pelos especialistas.

Uma vez liberado, os restos humanos e também os objetos encontrados serão analisados durante meses, especialmente para datar com precisão a idade do túmulo e a composição dos restos de ocre encontrados em certos instrumentos.
Esqueleto encontrado em cidade da França é o primeiro da era Paleolítica visto no país  (Foto: Boris Horvat/AFP) 
Esqueleto encontrado em cidade da França é o primeiro da era Paleolítica visto no país 
(Foto: Boris Horvat/AFP)
 
Esqueleto encontrado na França (Foto: Boris Horvat/AFP) 
Equipe trabalha na escavação dos restos mortais (Foto: Boris Horvat/AFP)
 
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