segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Maior dinossauro brasileiro está em exposição em Botafogo

O Uberabatitan riberoi foi descoberto durante obra em estrada em Uberaba.O animal do período Cretáceo tem aproximadamente 65 milhões de anos.



Réplica de dinossauro de porte médio tem 12 metros de comprimento (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)



Quem quiser descobrir um pouco mais sobre as origens da vida no Brasil tem um programa imperdível. Até o dia 24 de outubro estará em exposição na Casa da Ciência, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a réplica do esqueleto do maior e mais antigo habitante do território nacional que se tem conhecimento: o dinossauro Uberabatitan ribeiroi, de aproximadamente 65 milhões de anos. A réplica paleontológica – feita a partir de 37 ossos originais descobertos em escavações em Uberaba, em Minas Gerais – é de um titanossauro de porte médio. O esqueleto tem 12 metros de comprimento, 3,5 metros de altura e pesava entre 12 e 16 toneladas. Os maiores poderiam chegar a 20 metros de comprimento e ter mais de cinco metros de altura.Ao lado do titanossauro, foi instalada uma réplica artística – sem a cópia de ossos originais – de um abelissauro, que segundo o paleontólogo Luiz Carlos Borges Ribeiro, convivia com o Uberabatitan ribeiroi, na região mineira.“A descoberta do maior dinossauro brasileiro vai ajudar a ciência a desvendar os mistérios da origem das espécies e sua evolução na Terra”, disse o paleontólogo, do Museu dos Dinossauros, de Uberaba.

Onde ver

A exposição é aberta gratuitamente ao público de terça a sexta, das 9h às 20h, e sábados e domingos, das 10h às 20h. A Casa da Ciência fica na Rua Lauro Muller, número 3, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.


Globo on line

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cientistas datam construção de Stonehenge de 2300 a.C.


Arqueólogos dataram a construção de Stonehenge, o conhecido conjunto pré-histórico de círculos de pedra na planície de Salisbury, no sul da Inglaterra, para o período em torno de 2300 a.C. - um passo importante para descobrir como e por que o misterioso monumento foi criado. A data, definida pelo método de datação por radiocarbono, é considerada a mais precisa já realizada e significa que as pedras foram colocadas no local 300 anos depois do que se imaginava. A determinação da data foi o principal resultado de uma grande escavação no local por pesquisadores britânicos.

Por séculos, arqueólogos se maravilham com o monumento, já que análises minerais indicam que o círculo original de pedras gigantes foi transportado à planície de um local a 240 km de distância, no sul do País de Gales. Essa façanha fez com que muitos acreditassem que as pedras tivessem "poderes". Até agora, acreditava-se que a construção do primeiro círculo datava do período entre 2600 a.C. a 2400 a.C. Para definir a data exata, o professor Tim Darvill (Universidade de Bournemouth) e o arqueólogo Geoff Wainwright receberam permissão das autoridades para escavar um pedaço de terra de apenas 2,5 m x 3,5 m entre dois círculos das pedras gigantes. A escavação produziu cerca de 100 peças de material orgânico das bases das pedras, agora enterradas. Dessas peças, 14 foram enviadas para a Universidade de Oxford para uma análise com radiocarbono. O resultado indicou a construção para o período "entre 2400 a.C. a 2200 a.C" - o ano de 2300 a.C. foi tirado como uma média. Uma data ainda mais precisa será revelada nos próximos meses. "É uma sensação incrível, um sonho se tornando realidade", disse Wainwright, ex-arqueólogo-chefe da English Heritage.

Centro de curas
Darvill e Wainwright acreditam que Stonehenge era um centro de curas – “uma Lourdes neolítica” para a qual os enfermos viajavam para serem curados pelos poderes do arenito cinzento, conhecido como “pedras azuis”. Eles apontam para o fato de que “um grande número” de cadáveres encontrados em túmulos perto do local mostra sinais de doenças e ferimentos físicos sérios e uma análise dos dentes mostra que “cerca de metade” dos corpos era de pessoas que “não eram nativas da região de Stonehenge”. Mas sem uma data precisa para a construção de Stonehenge tem sido difícil provar essa ou qualquer outra teoria. Curiosamente, o período estabelecido pelo método de radiocarbono bate com a data do enterro do chamado "Arqueiro de Amesbury", cujo túmulo foi descoberto a cerca de 4,8 km de Stonehenge. Alguns arqueólogos acreditam que ele seja a chave para entender a razão pela qual Stonehenge foi construído. Os restos mortais dele foram datados para o período entre 2500 a.C. e 2300 a.C. Análises do cadáver do arqueiro e de artefatos encontrados no túmulo dele indicam que ele seria um homem rico e poderoso, com conhecimento de trabalho com metais, e que tinha viajado da região dos Alpes europeus para Salisbury por razões desconhecidas. Análises também indicaram que ele sofria de um ferimento no joelho e de um problema dentário potencialmente fatal, o que fez com que Wainwright e Darvill acreditassem que o arqueiro tenha ido para Stonehenge em busca de cura.

Debate
Mas outros pesquisadores acreditam que não se pode descartar outras teorias para a construção do monumento. “A teoria de que foi um centro de curas é plausível, mas eu não acredito que possamos descartar outras – que o templo era um ponto de encontro entre a terra dos vivos e a dos mortos, por exemplo”, disse Andrew Fitzpatrick, da Wessex Archaeology. “Eu não estou convencido de que o 'Arqueiro de Amesbury' tenha vindo para Stonehenge para ser curado. Eu acredito mais que ele era um metalúrgico que viajou para o local para vender seus conhecimentos”, afirmou. “De qualquer forma, ainda não está claro se o enterro dele aconteceu mesmo antes de Stonehenge”, concluiu.

BBC

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Múmias de mulheres sacrificadas são encontradas no Peru


Múmia de mulher encontrada em escavação peruana (Foto: BBC)

Arqueólogos no Peru afirmam que acreditam ter encontrado partes da ossada de uma mulher grávida que foi sacrificada, em uma tumba pré-Inca na província de Lambayeque, no norte do país.Apesar de sacrificios humanos não serem raros nas civilizações pré-hispânicas no Peru, o sacrificio de uma mulher grávida não era comum porque existia uma grande admiração pela fertilidade.No mesmo local, também foram encontrados os corpos de outras nove mulheres.A tumba em Lambayeque é uma de três descobertas arqueológicas recentes de civilizações pré-hispânicas no Peru. A segunda descoberta fica nas ruínas de Cahuachi, ao sul de Lima.





Restos de mulher mumificada e encontrada no Peru (Foto: BBC)

Cahuachi era um local de cerimônias para a cultura Nazca, entre 300 e 800 d.C. No local, foram encontrados tecidos, cerâmicas e dois corpos que também foram sacrificados para agradar os deuses, segundo arqueólogos.A terceira descoberta foi nas ruínas de Sacsayhuaman, perto de Cuzco, onde foram encontradas oito tumbas e mais de 20 esqueletos de pessoas que podem também ter sido sacrificadas em rituais.

BBC

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Templo de Ramsés II é descoberto no Cairo


Ruínas tinham pedaços de estátua do famoso faraó.Achado raro foi anunciado nesta segunda pelas autoridades.


Da France Presse


Uma equipe de arqueólogos egípcios desenterrou no Cairo um templo de Ramsés II e pedaços de uma estátua do conhecido faraó, uma descoberta rara na capital do Egito, informou a agência oficial MENA nesta segunda-feira (15).O templo construído por Ramsés II, um dos mais famosos faraós, membro da XIX dinastia (século XIII antes de Cristo), foi encontrado na região de Ain Shams, no leste do Cairo, frisou a agência.A equipe também descobriu pedaços de uma estátua gigante de Ramsés II", destacou a MENA.

foto arquivo

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Área de 40 km em Roraima tem 55 sítios arqueológicos com arte rupestre

Para pesquisador, número de sítios chega a 155 em um raio de 55 km. Apesar da fartura de material, faltam estudos sobre origem das pinturas.

Fausto Carneiro Do G1, em Pacaraima


Um trecho de 40 quilômetros entre duas reservas indígenas de Roraima concentra uma das maiores coleções de arte rupestre do mundo. Pelo menos 55 sítios arqueológicos com pinturas em pedras e cavernas e inscrições em baixo relevo estão catalogados. Em alguns sítios, instrumentos de pedra foram datados em 4.500 anos.

Desenhos encontrados em um dos sítios arqueológicos entre as reservas indígenas São Marcos e Raposa Serra do Sol, em Roraima (Foto: Ari Silva/Arquivo pessoal)


Segundo a professora Elena Fioretti, diretora do Museu Integrado de Roraima, em Boa Vista, o mapeamento arqueológico foi feito entre 1986 e 1989 por uma equipe liderada pelo arqueólogo Pedro Augusto Mentz Ribeiro, das Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul, do Rio Grande do Sul. Desde então, os achados aguardam estudos.

VEJA GALERIA DE FOTOS


“Isso é uma fração do que foi estudado. Além das pinturas, que são impressionantes, ainda há as inscrições em baixo relevo”, afirmou Elena. De acordo com ela, o estado de Roraima é rico em arte pré-histórica. “No sul [do estado] tem, a leste e a oeste também”, disse. “É só cavar um buraco para fazer uma piscina que a gente encontra grande quantidade de material.”

Desenhos pré-históricos em caverna na reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima (Foto: Ari Silva/Arquivo pessoal)
Apesar da abundância de material arqueológico, faltam pesquisadores para estudar a origem dos homens que viveram na região e o signficado dos desenhos. O cenário pode mudar a partir do ano que vem, quando um doutorando brasileiro em uma universidade dos Estados Unidos deve iniciar um trabalho de pesquisa na região em consórcio com o museu. As figuras mais comuns encontradas nos sítios arqueológicos da região são figuras geométricas e de animais. Alguns dos desenhos formam linhas complexas, outros são compostos apenas de traços e pontos. No museu, há uma amostra do material. Dois painéis de 2 metros por 1,80 metro com reproduções em tamanho natural de alguns desenhos mostram a variedade do material da região. As reproduções foram feitas a partir de decalques das pinturas coletados pela equipe do professor Mentz, que morreu há dois anos. Segundo o professor de história da Amazônia Reginaldo Gomes de Oliveira, da Universidade Federal de Roraima, os desenhos no estado foram feitos provavelmente por grupos que deram origem às etnias indígenas que habitam a região, como macuxis, wapixanas e taurepangs.


O pesquisador Ari Silva mostra reprodução de desenho encontrado em sítio arqueológico (Foto: Fausto Carneiro/G1 )
Mais sítios
O pesquisador Ari Silva, que trabalhou no plano de manejo do Parque Nacional de Roraima, disse ter feito o registro de 155 sítios com pinturas ou indícios da presença humana pré-histórica em uma região um pouco maior que a estudada pelo professor Mentz Ribeiro nos anos 80. Silva acredita que algumas das inscrições revelam um alfabeto primitivo, de mais de 8 mil anos, o que seria o primeiro registro de escrita de um povo nativo das américas. Em sua casa, em Pacaraima, na divisa com a Venezuela, ele mantém mapas com a indicação dos sítios arqueológicos que visitou, com reprodução das pinturas e fotografias.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Islã medieval era superpotência científica, dizem especialistas


Manuscrito de Ibn Sahl descreve a lei da refração da luz, ou lei de Snell, um dos fundamentos da óptica (Foto: Reprodução)


Muçulmanos avançaram na matemática, astronomia e medicina.Razões de declínio após século 16 dividem os historiadores.


Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

Uma sociedade multicultural, relativamente tolerante, na qual especialistas de todo o mundo civilizado trocam informações, formulam teorias ousadas e desenvolvem novas tecnologias. Bem-vindo ao Islã durante a Idade Média - uma cultura que deixava a Europa no chinelo em matéria de ciência. Ainda há debates sobre como os domínios muçulmanos viraram superpotências científicas do século 8 ao século 15 de nossa era, e também sobre as causas de seu declínio superior, mas é indiscutível que eles deram passos fundamentais para alicerçar a ciência que até hoje é praticada no Ocidente.

“Nesse período, floresceu no mundo islâmico uma ciência com contribuições originais em várias áreas do conhecimento, sobretudo em matemática, astronomia e afins, e sem rival durante muitos séculos”, escreve o pesquisador português João Filipe Queiró, do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra. “No milênio a seguir ao século 8 estão identificados mais de mil cientistas islâmicos ativos. Como fontes, conhecem-se milhares de manuscritos e instrumentos científicos, mas muitos mais permanecem ainda hoje por analisar, ou sequer por catalogar”, afirma Queiró.

A explicação inicial para o avanço científico do Islã é militar. Após a morte de Maomé, que consolidou o domínio muçulmano na Arábia no século 7 da Era Cristã, o avanço dos exércitos islâmicos tomou conta de grande parte dos antigos centros de cultura do Velho Mundo, da Índia, no Oriente, às terras gregas do Império Bizantino, chegando até a Espanha, no Ocidente.

Com isso, os guerreiros do Islã se viram senhores de toda a herança cultural e científica dessas áreas. Mas, no lugar de substituí-la por sua própria cultura, eles iniciaram um intenso processo de assimilação, traduzindo para o árabe grande parte do legado dos filósofos, matemáticos e protocientistas gregos e indianos, por exemplo. Acredita-se que muitos textos da Antigüidade grega só sobreviveram porque, quando os cristãos reconquistaram a Espanha muçulmana, retraduziram essas obras do árabe para o latim.

Números práticos
Mais importante ainda, no entanto, foi o papel que o Islã desempenhou na transmissão do sistema numérico indiano, com os algarismos que conhecemos (de 0 a 9), para o Ocidente. Antes, era preciso literalmente usar letras (os numerais romanos ou gregos) para fazer contas, um método incômodo que, além de tudo, não contava com o número 0. Como a matemática tornar-se-ia a base de todo o desenvolvimento da ciência nos séculos seguintes, os pesquisadores muçulmanos podem ser considerados os responsáveis por lançar a pedra fundamental desse processo.

E, falando em “algarismo”, nunca é demais lembrar que a palavra, assim como “algoritmo”, deriva do nome de Mohamed ibn Musa al-Khwarizmi, pesquisador da Era de Ouro islâmica que nasceu no atual Uzbequistão no 780. “Álgebra” também deriva de al-jabr, presente no título de uma das obras de al-Khwarizmi, conta Queiró. “A expressão significa algo como ‘reconstrução’, e refere-se à operação de adicionar uma mesma quantidade a ambos os membros de uma equação”, afirma o pesquisador português.

Fundadores de observatórios astronômicos e universidades, os governantes islâmicos também impulsionaram avanços na astronomia e na cartografia, alguns de natureza prática diretamente ligada à religião muçulmana. “É o caso da determinação, em cada local, da qibla, a direção sagrada de Meca, necessária para as orações e para a orientação das mesquitas. Esse problema é muito interessante do ponto de vista matemático”, escreve Queiró.

A questão é complicadinha porque é preciso levar em conta o formato de esfera da Terra, o que impede que a direção de Meca vista a partir do Brasil, digamos, seja apenas uma linha reta. Usando trigonometria e geometria esférica, os pesquisadores do Islã aprenderam a contornar o problema. No século 16, navegadores portugueses usaram os escritos muçulmanos para corrigir seus cálculos e conseguir viajar do Recife a Lisboa, por exemplo.

Os pesquisadores do Islã também tiveram avanços consideráveis na óptica (foram os primeiros a descrever corretamente o fenômeno da refração, ligado à mudança do comportamento da luz ao passar do ar para a água, por exemplo) e na medicina. Foram pioneiros ao afirmar, por exemplo, que a visão era processada pelo cérebro a partir da luz que chegava até os olhos (antes, achava-se que os olhos ativamente “lançavam raios” até os objetos para enxergá-los).

Por que parou? Parou por quê?
É um bocado difícil explicar por que esse desenvolvimento todo acabou diminuindo a partir do século 16, enquanto o Ocidente avançou. Para o físico americano de origem turca Taner Edis, que trabalha na Truman State University (EUA), a explicação mais provável é que a revolução científica não teria sido completa no Islã. Ele diz que, nos domínios islâmicos, é mais correto falar em “protociência” na Idade Média. “Eles misturavam ciência de verdade com crenças um bocado esquisitas em alquimia, por exemplo”, disse Edis à revista eletrônica Salon.

Para ele, o que faltou foi a separação total entre instituições religiosas e científicas no mundo muçulmano, que deu liberdade de pesquisa para os cientistas do Ocidente. O debate entre os especialistas sobre o tema, no entanto, ainda prossegue.

Fetos em tumba são de filhas gêmeas de Tutancâmon, diz análise


Estudo com DNA de fetos indicou que gêmeas nasceram mortas, disse pesquisador.

Da BBC

Dois fetos mumificados encontrados na tumba do faraó egípcio Tutancâmon poderiam ser de suas filhas gêmeas que nasceram mortas, indica a análise preliminar do DNA dos corpos pelo anatomista britânico que há quatro décadas estuda os despojos do rei egípcio. As novas descobertas serão apresentadas nesta segunda-feira pelo professor Robert Connolly, da Universidade de Liverpool, em uma conferência sobre farmácia e medicina do Egito Antigo na Universidade de Manchester.

"Estudei uma das múmias, a maior, em 1979, determinei o grupo sangüíneo desta múmia bebê e comparei com o grupo sangüíneo de Tutancâmon que defini em 1969. Os resultados confirmaram que este feto maior poderia ser da filha de Tutâncamon", afirmou Connolly.

"Agora acreditamos que são gêmeas e ambas suas filhas. A análise do DNA que está sendo realizada pelo grupo do Dr. Hawass, no Egito (Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antigüidades egípcio), vai contribuir com outra peça-chave para essa questão."

Os fetos foram encontrados na tumba de Tutancâmon, em Luxor, em 1922. Sabe-se que o faraó, que morreu há três milênios quando tinha apenas 19 anos, casou-se com Ankhesenamun, filha da rainha Nefertiti, aos 12 anos de idade. Mas o casal não teve nenhum filho que tenha sobrevivido, acreditam os estudiosos.

Connolly afirmou que a tese dos dois bebês gêmeos "se encaixa bem na idéia de uma única gravidez de sua jovem esposa". "É uma descoberta muito animadora, que não apenas pinta um retrato mais detalhado da vida e morte desde jovem rei, como também nos conta mais sobre sua linhagem", acrescentou.

Os despojos de Tutancâmon foram examinados em testes de DNA e tomografia computadorizada em 2005. Estas foram as primeiras múmias a serem submetidas a estes testes, na tentativa de aportar novas informações à história dos governantes egípcios da Antigüidade.Tutancâmon governou o Egito de 1.333 a 1.324 a.C. Acredita-se que tenha chegado ao trono aos nove anos de idade.A diretora da conferência, a professora Rosalie David, disse que a tumba e a múmia de Tutancâmon "têm nos dado muita informação sobre a vida no Egito Antigo, e pelo jeito continuarão dando por algum tempo".O evento em que as conclusões serão apresentadas reúne mais de cem delegados de cerca de dez países e é realizado em parceria entre a Universidade de Manchester e o Centro Nacional de Pesquisas, no Cairo.

Olhando o céu da Pré-História

Exposição no Museu Goeldi revela interpretações dos principais registros arqueoastronômicos do Brasil

Quem visitar a mais nova exposição montada na Rocinha do Museu Goeldi vai conhecer o céu a partir da perspectiva das sociedades antigas. “Olhando o Céu da Pré-História: Registros Arqueoastronômicos no Brasil” é a exposição que o Museu Paraense Emílio Goeldi inaugura na sexta-feira, dia 29 de agosto, em Belém (PA). A mostra apresenta contribuições da Arqueoastronomia na análise de vestígios arqueológicos, com motivos astronômicos, encontrados no país.

Área de cooperação científica entre a Arqueologia e a Astronomia, a Arqueoastronomia busca estudar o conhecimento dos povos antigos sobre o movimento dos corpos celestes e sua influência na vida das populações a partir de vestígios com motivos astronômicos encontrados em escavações arqueológicas e na arte rupestre.

No Brasil, a Arqueoastronomia se vale principalmente da arte rupestre – pinturas e gravuras pré-históricas deixadas em rochas, feitas com instrumentos (espátulas, pincéis, cinzéis) e tintas de origem orgânica ou mineral. São vários os sítios arqueológicos de arte rupestre que apresentam motivos possivelmente astronômicos, como Monte Alegre (Pará), Xambioá (Tocantins), Pedra do Ingá (Paraíba), Central e Xique-Xique (Bahia), Vale do Cochá e Varzelândia (Minas Gerais), entre outros.

“Imagens com motivos astronômicos são encontradas em diferentes regiões do país”, explica a arqueóloga do Museu Goeldi, Maura Imazio, uma das curadoras da exposição. Daí, o objetivo da mostra de apresentar, para o público, a interpretação dos astrônomos para esses vestígios arqueológicos que revelam parte do conhecimento astronômico das sociedades humanas que habitaram diferentes regiões do país há milhares de anos.

Dividida em módulos com fotos e desenhos, a exposição inicia informando o visitante, sobre noções de Arqueologia e Astronomia para, em seguida, apresentar a contribuição da Etnoastronomia – ciência que estuda o conhecimento astronômico das sociedades atuais – para a Arqueoastronomia, bem como visões do céu em diferentes culturas. O módulo seguinte exibe os registros arqueológicos, como pintura e gravura rupestres coletados por diversos pesquisadores brasileiros. Por fim, são apresentados os trabalhos de Arqueoastronomia que foram realizados até então e as perspectivas futuras.

Mitos e constelações – Um dos destaques da exposição é uma sala escura que, além de transmitir noções de Arqueologia – ciência que estuda os vestígios deixados pelas sociedades antigas –, busca aguçar os sentidos dos visitantes ao recriar o ambiente de uma caverna com vestígios arqueológicos, para mostrar como é realizado o trabalho de campo do arqueólogo.

Já na seção da Etnoastronomia, a mostra revela interpretações astronômicas de diferentes culturas, como a dos Ticuna, grupo indígena com 40 mil habitantes do Alto Rio Solimões, na região da fronteira com a Colômbia e o Peru, que orientam sua vida em torno de ciclos de cultivo e colheita regidos pelas constelações. “Queremos mostrar que diferentes culturas observam o céu de diferentes maneiras”, explica Maura Imazio, que é doutora em Arqueologia pela Universidade de São Paulo (USP). Segundo a curadora, a astronomia indígena é um importante referencial para o estudo do conhecimento astronômico das sociedades antigas e para o esclarecimento de questões arqueoastronômicas.

Além de relacionarem as constelações com seus mitos, como a briga entre a onça e o tamanduá que ocorre no verão, os Ticuna também interpretam a sazonalidade das chuvas a partir do movimento das estrelas. Assim, a chegada da estação chuvosa coincide com a ascensão da constelação de Baweta, a Tartaruga – que corresponde aproximadamente à constelação ocidental de Perseu, mais o aglomerado das Plêiades, e aparece no céu a leste, no final de novembro.

A mostra “Olhando o céu da Pré-História” é um projeto do Museu de Astronomia e Ciências Afins (RJ), com a parceria institucional do Museu Goeldi e do Instituto de Arqueologia Brasileira (RJ), e a colaboração de pesquisadores do Observatório do Valongo (RJ), do Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro, do Setor de Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Federal do Paraná. Organizada pelas arqueólogas Cíntia Jalles, do MAST, e Maura Imazio, do Goeldi, a exposição foi exibida pela primeira vez em 2004 no MAST, no Rio de Janeiro. Em Belém, a mostra poderá ser visitada no Museu Goeldi até final de janeiro de 2009.

Serviço:
- Abertura da exposição “Olhando o Céu da Pré-História: Registros Arqueoastronômicos no Brasil”
Dia 29 de agosto, sexta-feira, às 16 horas, na Rocinha, localizada no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, na Avenida Magalhães Barata, 376, Belém (PA).

- Apresentação da Exposição à imprensa e entrevista coletiva com a curadora, a arqueóloga Maura Imazio, do Museu Goeldi
Dia 29 de agosto, sexta-feira, às 10 horas, na Rocinha, localizada no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, na Avenida Magalhães Barata, 376, Belém (PA).

Texto e fotos: Maria Lúcia Morais, Agência Museu Goeldi.


Lucimary Vargas
Além Paraíba-MG-Brasil
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Presidente:
Observatório Astronômico Monoceros
Estacão Meteorológica Nº083/5ºDISME-INMET
CEPESLE -Centro de Estudos e Pesquisas Sertões do Leste
AHAP-Arquivo Histórico de Além Paraíba
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