quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Arqueólogos britânicos escavam teatro de 2 mil anos em seu 'quintal'

Vestígios indicam que local era usado para eventos religiosos, diz cientista.
Para arqueólogos, teatro possuía capacidade para cerca de 12 mil pessoas.

Do G1, em São Paulo

Arqueólogos e estudantes escavam região de Faversham, em Kent, em busca de vestígios da presença romana (Foto: Divulgação/Kent Archaeological Field School) 
Arqueólogos escavam região de Faversham, em
Kent, em busca de vestígios romanos na Inglaterra
(Foto: Divulgação/Kent Archaeological Field School)
 
Arqueólogos de uma instituição inglesa encontraram em seu "quintal" as ruínas de um teatro de estilo romano construído há cerca de dois mil anos, informaram nesta quarta-feira (26) órgãos de imprensa da Grã-Bretanha.

Com capacidade para cerca de 12 mil pessoas e estrutura semi-circular, o teatro (ou o que sobrou dele) foi encontrado na região de Faversham, no condado de Kent, nos arredores da área onde está instalada a Escola de Arqueologia de Campo de Kent, órgão responsável pela escavação, segundo o jornal "Daily Mail".

Há registros de atividades religiosas no teatro, que tem espaço delimitado para o palco, de acordo com os arqueólogos. Para o fundador da escola, o pesquisador Paul Wilkinson, "é realmente uma descoberta incrível".

"É o primeiro na Grã-Bretanha, e está em nosso jardim. É um achado único não apenas para Faversham, mas para todos os britânicos", disse Wilkinson ao "Daily Mail".

"Há 150 deles [teatros] na região mais ao norte da Europa, mas não havia nenhum até agora em território britânico. Foi uma surpresa", afirmou o pesquisador para o jornal.

As escavações começaram em 2007, mas os resultados começaram a ser divulgados agora, segundo o "Daily Mail". Vestígios de templos e objetos sagrados também foram encontrados nos arredores, o que pode indicar que o teatro era usado para cerimônias religiosas.

"Pode ter sido um santuário para os romanos. Eles aparentemente realizaram festas religiosas aqui", disse Wilkinson.

Arqueólogos encontram relíquias religiosas em Israel do século 10 a.C.

 

 

Peças estavam em sítio arqueológico na região de Tel Motza.
Cabeças de barro e partes de um altar foram encontrados por especialistas.

Do G1, em São Paulo

Figuras de barro utilizadas em rituais religiosos praticados entre os séculos 9 e 10 antes de Cristo foram encontradas em uma região próxima a Jerusalém, em Israel. Arqueólogos divulgaram nesta quarta-feira (26) os resultados de escavações feitas em Tel Motza.

Eles encontraram na região um altar que pertencia a um antigo templo, além de vários vasos, fragmentos de cálices e figuras de animais.

Israel (Foto: Menahem Kahana/AFP) 
Cabeças feitas em barro e que eram utilizadas em rituais antigos foram encontradas em sítio arqueológico próximo a Jerusalém, em Israel (Foto: Menahem Kahana/AFP)
 
Israel 2 (Foto: Menahem Kahana/AFP) 
Peças que pertenciam ao altar de um antigo templo também foram encontrados em Israel por arqueólogos (Foto: Menahem Kahana/AFP)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tradição maia se populariza, mas descendentes estão esquecidos

Nesta sexta, descendentes de maias celebram do 13º B'aktun.
Indígenas da Guatemala não recebem assistência do governo.

Do Globo Natureza, em São Paulo*

Centro arqueológico Tikal, na Guatemala, que abriga resquícios da civilização maia na América Central (Foto: Hellen Santos) 
Centro arqueológico Tikal, na Guatemala, que abriga
resquícios da civilização maia na América Central
(Foto: Hellen Santos/Globo Natureza)
 
A tradição dos maias passou a ser mais divulgada e comentada nos últimos meses devido à celebração do 13° B'aktun, considerado o início de uma nova era prevista no calendário desta ancestral civilização. No entanto, indígenas da Guatemala, seus descendentes diretos, seguem esquecidos, excluídos e marginalizados.
No dia 21 de dezembro, quando conclui o período de 5.200 anos que os antigos maias determinaram como o início de uma nova era para a humanidade, as principais autoridades do país, lideradas pelo presidente Otto Pérez Molina, lembrarão a data em uma suntuosa cerimônia no centro arqueológico de Tikal.

Milhares de turistas estrangeiros, mais de 200 mil segundo os cálculos do Instituto Guatemalteco de Turismo, presenciarão os atos e as cerimônias religiosas, científicas, sociais e espirituais que foram programadas para a ocasião, nos 13 centros sagrados da cultura maia espalhados por todo o país.

Embora os sacerdotes, idosos e guias espirituais maias dirigirão as cerimônias religiosas e terão a seu cargo as atividades místicas e filosóficas que darão as boas-vindas ao Oxlajuj Ak'abal, o "novo amanhecer", os indígenas marginalizados, pobres e discriminados, não serão vistos nesses lugares.

Os mais de US$ 6 milhões que o governo guatemalteco destinou à celebração do 13° B'aktun foram investidos para atrair os turistas estrangeiros para as celebrações oficiais da data, mas não para motivar a participação dos seus descendentes diretos, que, segundo números oficiais, representam mais de 42% dos 14 milhões de habitantes do país centro-americano.

Ganhadora do Nobel da Paz de 1992, a guatemalteca Rigoberta Menchú vai participar do II Fórum Global de Sustentabilidade do SWU  (Foto: Dennis Barbosa/G1) 
Ganhadora do Nobel da Paz de 1992, a guatemalteca
Rigoberta Menchú lamenta que a celebração do B'aktun
tenha se 'desvirtuado' (Foto: Dennis Barbosa/G1)
 
A líder indígena Rigoberta Menchú, Prêmio Nobel da Paz 1992 e defensora dos direitos dos povos originais, lamentou na quarta -feira que as celebrações do 13° B'aktun tenham se "desvirtuado" do essencial, o humano e o espiritual.

Os milhões de indígenas que não foram convidados para festa, assinalou Menchú, celebrarão o 13° B'aktun "em silêncio" e "na intimidade" de sua espiritualidade, longe das luzes e as câmaras.


“Isto é propaganda de Hollywood. Eles gostam de ser dramáticos e vender mais filmes. O calendário maia é uma matemática do tempo, é filosófico e anuncia novas eras de vida, de construção, de equilíbrios”, disse na época.

O Conselho do Povo Maya de Occidente, que aglutina dezenas de organizações indígenas do país, 
qualificou em comunicado de "degradante" a forma como o governo e o setor empresarial "folclorizaram" e "mercantilizaram" a data, propiciando interpretações inadequadas da visão do mundo maia.

População esquecida
Essa visão foi tão dissipada que, em nível mundial, os maias estão na moda não pelos grandes avanços que fizeram em astronomia, medição de tempo e arquitetura, mas pelas errôneas e catastróficas interpretações que relacionam o B'aktun com o fim do mundo. Mas sobre as deploráveis condições de vida dos indígenas guatemaltecos se fala muito pouco dentro e fora do país, pelo menos durante estes dias.

O racismo e a discriminação que os descendentes maias sofrem, a pobreza que atinge mais de 73% deste povo, a falta de terras para cultivar alimentos e a escassez de serviços de saúde e educação não costumam ser tema de discussão no dominante grupo ladino, como são chamados os não indígenas.

Por mais de 15 anos, o Parlamento se negou a aprovar uma Lei de Lugares Sagrados dos Povos Indígenas, destinada a garantir o direito a usar, conservar e administrar os lugares do país que são considerados "sagrados" segundo sua espiritualidade.

Além disso, o Parlamento também vetou a Lei de Desenvolvimento Rural Integral, que permitiria que os milhões de indígenas e camponeses pobres e marginalizados superam as paupérrimas condições de vida em que se encontram. Talvez na nova era da humanidade, que segundo o calendário maia começa em 21 de dezembro, as coisas vão melhor para os descendentes guatemaltecos dessa ancestral cultura.

O guatemalteco Álvaro Pop, especialista independente do Fórum Permanente para as Questões Indígenas da ONU, acredita que o 13° B'aktun vai contribuir para introduzir os temas indígenas na agenda midiática, para que sejam ampliados os debates em torno de seus problemas e sejam buscadas soluções.

Por enquanto, o que se sabe é que o mundo poderá acompanhar ao vivo, da milenar cidade de Tikal, as celebrações oficiais do nascer do sol da nova era, que serão transmitidas pela televisão local com satélite aberto gratuito.


*Com informações da EFE
Mercado de Chichicastenango, na Guatemala, considerado o maior mercado indígena da América Central e que reúne descendentes dos maias (Foto: Hellen Santos/Globo Natureza) 
Mercado de Chichicastenango, na Guatemala, considerado o maior mercado indígena da América Central e que reúne descendentes dos maias (Foto: Hellen Santos/Globo Natureza)

De onde surgiu o mito do desaparecimento dos maias?

Da BBC

A teoria do desaparecimento dos maias é tema de livros, documentários e inúmeros debates. Mas há um pequeno problema: não é correta.

Os maias são a segunda principal etnia indígena do México, depois dos nahuas. Em Yucatán, Estado no sul do país, constituem 80% da população, e há comunidades em Belize, Guatemala, Honduras e El Salvador.

São indígenas como Juan Bautista, que trabalha há 51 de seus 63 anos em um pedaço de terra que pertence a sua família há várias gerações e onde criou quatro filhos e três filhas - todos nascidos com parteira - e lhes repassou seus conhecimentos sobre os ritmos da semeadura e da colheita.

Juan Bautista, que compreende o espanhol, mas prefere falar no idioma maia, se surpreenderia se alguém lhe dissesse que milhões de pessoas pensam que ele e sua etnia não existem.

O mito do desaparecimento dos maias é tão grande que quando o novo Museu Maia de Mérida - capital de Yucatán - fez uma pesquisa sobre esse grupo indígena, a pergunta que surgia vez por outra era 'Por que desapareceram?'.

O redescobrimento
O interesse pela civilização maia ganhou novo vigor nos últimos anos devido a algumas interpretações apocalípticas de dois de seus monumentos, nos quais se fala do fim de uma era no próximo dia 21 de dezembro.

E com o renovado interesse, ganhou força novamente a lenda de seu desaparecimento.

Uma parte fundamental desta lenda é que, quando os exploradores e conquistadores europeus chegaram à zona maia, encontraram muitos dos assentamentos e antigas cidades abandonados e em ruínas.

Isso criou a falsa visão de que o povo maia havia desaparecido sem deixar rastros.

No entanto, a ideia também parece emanar do momento em que a cultura maia foi 'redescoberta' no século XIX por viajantes europeus como os ingleses Frederick Catherwood e John Loyd Stephens.

'Eles veem as maravilhas das cidades maias e se perguntam 'onde estão esses antigos habitantes?'. E pensam que desapareceram', diz Daniel Juárez Cossio, funcionário da Sala Maia do Museu Nacional de Antropologia do México.

'Na minha opinião, é uma falta de interesse em reconhecer as comunidades indígenas que são as herdeiras de toda essa tradição.'

'Degenerados'
Mas não foram só os visitantes estrangeiros que não reconheceram a existência dos indígenas.

O arquiteto e museólogo José Enrique Ortiz Lanz - que projetou o museu de Mérida - lembra que o destacado intelectual mexicano do século XIX Justo Sierra O'Reilly dizia que não era possível que uns 'degenerados' - como se referia aos maias de sua época - tivessem construído monumentos tão esplêndidos.
Talvez por trás do desprezo de Sierra O'Reilly também houvesse temor. Na época - 1847 - começava o que agora se conhece como a 'guerra das castas', um levante de indígenas maias contra brancos e mestiços na península de Yucatán.

Neste mesmo ano, Sierra O'Reilly viajou aos EUA para pedir ajuda para controlar o levante armado, ajuda que não conseguiu. O conflito se prolongaria até 1901.

Um pouco de verdade
Mas o desaparecimento dos maias, como quase toda a lenda, tem um pouco de verdade.

Segundo Cristina Muñoz, socióloga que faz um trabalho de base com comunidades maias em Yucatán, 'sem dúvida houve uma decadência de algumas zonas'.

No entanto, o que lhe parece assombroso é que tenham conseguido controlar um território tão vasto - do sul do México ao território atual de El Salvador - quando não tinham o conceito de monarquia única.
'No momento da invasão (espanhola), havia 16 senhorios', diz Muñoz.

A desintegração política é chave, mas Daniel Juárez Cossio acredita que os motivos da decadência são múltiplos.

'Não há um só fator. Para explicar em termos atuais, a referência poderia ser a queda do Muro de Berlim. Isso significou, para o nosso mundo ocidental, o colapso de certas ideologias, mas aí estão os alemães, os russos, os americanos...Os sistemas políticos caem por questões econômicas, ambientais, etc.'

E o tema ambiental parece ter sido chave nesse colapso da civilização maia.

'Fenômenos naturais como o El Niño não são exclusivos do nosso tempo, são conhecidos desde a antiguidade', diz.

'Por exemplo, vemos os estragos que o furacão Sandy provocou em Nova York, apesar de toda a tecnologia existente e formas de antecipar e mitigar os riscos. Imaginem um furacão dessas dimensões no mundo pré-hispânico.'

Os Bálcãs maias
O especialista do Museu Nacional de Antropologia faz ainda outra comparação com o mundo atual: 'Os maias eram um povo bélico. Vemos, por exemplo, a quantidade de emigração provocada pelos conflitos nos Bálcãs. Foi isso que ocorreu no mundo pré-hispânico, não são fenômenos novos nem diferentes'.

Essa 'balcanização' dos maias foi o que os espanhóis encontraram quando chegaram à região.

'(Na época) Há uma batalha entre (as cidades de) Chichen Itzá e Mayapan pelo poder econômico, pelas rotas comerciais... O que ocorre é uma queda desses sistemas políticos, e estavam buscando novas formas de organização social', diz.

'O que os espanhóis encontraram foram povos indígenas divididos, brigando pela hegemonia.'

Entretanto, alheio à história e às dúvidas de milhões, Juan Bautista segue ensinando a seus filhos os segredos da terra no idioma maia.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Manuscritos milenares do Mar Morto são publicados na internet

Documentos mais antigos remontam ao século III antes de Cristo.
Foram utilizadas técnicas modernas de tratamento da imagem.

Da France Presse
Milhares de manuscritos do Mar Morto, que datam de mais de dois milênios, foram fotografados e a partir de agora podem ser consultados na internet, anunciou nesta terça-feira (18) a Autoridade de Antiguidades israelense.

Entre esses manuscritos, figuram fragmentos dos pergaminhos mais antigos do Antigo Testamento descobertos até agora, em particular os Dez Mandamentos, do capítulo 1 do Gênese, até os Salmos e o Livro de Isaías, em sua integralidade e textos apócrifos.

As técnicas mais modernas de tratamento da imagem, desenvolvidas principalmente por especialistas da Nasa, foram utilizadas para arquivar e tirar do anonimato o conjunto dos milhares de fragmentos de manuscritos até agora pouco acessíveis ao grande público devido a sua fragilidade.

Os procedimentos empregados permitirão também analisar melhor o estado de conservação desses documentos, que datam do terceiro ao primeiro século de nossa era. O site com os manuscritos pode ser conferido aqui.

Mar morto (Foto: Menahem Kahana/AFP) 
Cientista analisa fragmentos de manuscrito que datam de mais de 2 mil anos 
(Foto: Menahem Kahana/AFP)
 
O lugar onde foram encontrados os rolos do Mar Morto, considerados uma das descobertas arqueológicas mais importantes do século 20, foi localizado por acaso por um pastor de cabras em 1947, em Qumran, em uma gruta perto do Mar Morto na Cisjordânia.

Os documentos mais antigos remontam ao século III antes de Cristo e o mais recente foi redigido no ano 70, no momento da destruição do segundo Templo judeu por legiões romanas.

A maioria desses documentos estão conservados no Museu de Israel, em Jerusalém, e alguns foram apresentados no exterior, mas sua fragilidade limita sua manipulação e sua exposição à luz.

Risolto dopo 3.000 anni il giallo della morte di Ramsete III

Il faraone Ramsete III  
Il faraone Ramsete III
 
Il faraone Ramsete III fu assassinato con un taglio alla gola: il giallo della sua morte è stato risolto a distanza di 3.000 anni grazie ad una Tac. Il risultato confermerebbe la cosiddetta 'congiura dell'harem' descritta in un papiro conservato nel Museo Egizio di Torino.

Alla ricerca, pubblicata sul British Medical Journal, ha partecipato il paleopatologo Albert Zink, dell'Accademia Europea di Bolzano (Eurac).

Secondo quanto riposrta il papiro, a metà del XII secolo a.C. la concubina Tij pianificava l'uccisione del sovrano divino Ramsete III. L'obiettivo era mettere sul trono suo figlio Pentawer. Ma la congiura fu scoperta e le persone coinvolte vennero punite.

Lo studio, coordinato oltre che da Zink, dall'egittologo Zahi Hawass e dal genetista Carsten Pusch dell'universita' tedesca di Tubinga, e' basato su Tac, analisi genetico-molecolari e radiologiche condotte sulla mummia del faraone e ad analisi genetiche condotte su un'altra mummia.

La Tac ha svelato che al faraone, che mori' nel 1.156 a.C., all'eta' di circa 65 anni, fu tagliata la gola quando era ancora in vita. ''Solo grazie alla Tac si e' potuta vedere la ferita alla gola, nascosta da una benda sul collo'' rileva Hawass. Analizzando le immagini i ricercatori hanno inoltre scoperto un amuleto inserito nella ferita, il cosiddetto occhio di Horus. ''Il taglio alla gola e l'amuleto provano chiaramente che il faraone e' stato assassinato'' spiega Zink. ''L'amuleto - prosegue - fu collocato nella ferita dopo la sua morte per favorire una guarigione totale nell'aldila'''.

L'analisi del Dna di un'altra mummia, finora conosciuta, ha svelato inoltre una corrispondenza del 50% tra il Dna di Ramsete III e quello della mummia non identificata. Il corpo, secondo gli esperti, potrebbe appartenere a uno dei figli del faraone, forse proprio Pentawer. Ad attirare l'attenzione degli esperti su questa mummia e' stata una piegatura della pelle sul collo, che potrebbe essere conseguenza di un'impiccagione, e il fatto che il corpo e' rivestito solo con pelle di capra, in un modo non consono a un principe. Elementi che, secondo gli esperti, potrebbero suggerire che Pentawer fu uno dei promotori della congiura e che potrebbe essergli stata offerta la possibilita' di suicidarsi per evitare una pena peggiore nell'aldila'.

www.ansa.it

sábado, 8 de dezembro de 2012

Arqueólogos franceses e italianos acham porto perdido da Roma Antiga

Da AFP

Porto Roma (Foto: S. Keay/CNRS) 
 
Vista aérea de Ostia, com o Rio Tibre no canto
inferior esquerdo da imagem e os pontos de
perfuração em vermelho (Foto: S. Keay/CNRS)
 
Arqueólogos franceses e italianos descobriram os restos de um porto de grãos que desempenhou um papel importante na ascenção da Roma Antiga, informou esta quinta-feira (6) o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS).

Perfurações feitas em um local na embocadura do Rio Tibre revelaram a localização de um porto, cuja existência foi buscada por séculos, destacou a instituição em comunicado de imprensa.

O porto fica a noroeste de Ostia, que foi estabelecido por Roma como uma passagem fortificada para capacitar o comércio a passar rio acima em direção à cidade, evitando piratas e saqueadores.

A evidência indica para um porto estabelecido entre os séculos IV e II a.C., com uma profundidade de seis metros, tornando-o acessível para embarcações a caminho do mar, destacou o CNRS.

Roma emergiu como a primeira potência do Mediterrâneo graças, em parte, ao comércio. O império importava grandes quantidades de trigo, especialmente do Egito.

No século I d.C., o porto de grãos em Ostia foi substituído por uma instalação gigantesca de 200 hectares em Portus.

Esqueleto de mulher da Idade do Bronze é achado com tiara de joias

Do G1, em São Paulo

O esqueleto de uma mulher com uma tiara de joias da Idade do Bronze Média, entre 1.550 e 1.250 a.C., é exibido no Museu da Pré-História em Halle, no leste da Alemanha.

A descoberta foi feita há quatro anos em Rochlitz, ao sul de Halle, durante a construção de uma estrada de ferro, segundo informações do site do jornal britânico "Daily Mail".

Joias (Foto: Jan Woitas/AFP) 
Tiara de joias de bronze é feita de espirais, que foram achados soltos e separados 
(Foto: Jan Woitas/AFP)
 
A peça é uma das 7 mil que serão vistas de forma permanente no museu, em uma exposição chamada "Nascidos das cinzas". Além de material da Idade do Bronze Média e Tardia, há artefatos da Idade do Ferro e pré-romanos.

A mulher – cujo corpo foi escavado de um bloco de pedra – havia sido enterrada usando a tiara, formada por pequenos espirais de bronze que foram encontrados soltos e separados.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Teresina foi coberta pelo mar há mais de 270 milhões de anos, diz pesquisa

Estudo mostra a existência do mar no Parque Nacional da Floresta Fóssil.
É a primeira vez que cientistas encontram uma evidência direta.

Patrícia Andrade Do G1 PI

Paleontólogo exibe fóssil que caracteriza a existência do mar em Teresina (Foto: Patrícia Andrade/G1) 
Paleontólogo exibe fóssil que caracteriza a existência do mar em Teresina
 (Foto: Patrícia Andrade/G1)
 
 
Novos fósseis encontrados por pesquisadores no Parque Floresta Fóssil de Teresina, localizado na Zona Leste da cidade, dão indícios de que a capital piauiense já foi coberta pelo mar há mais de 270 milhões de anos. É a primeira vez que cientistas encontram uma evidência direta da existência do mar naquele local.

O paleontólogo e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Juan Carlos Cisneros explica que os fósseis encontrados em Teresina datam da época em que os continentes estavam todos juntos e era chamado de Pangeia. “Nessa época o Brasil estava conectado com a África e esta com a Europa. Desta forma, podemos dizer que esse mesmo fóssil pode ser encontrado em outros vários continentes”, explica.

Os estromatólitos, nome técnico dado aos fósseis, são caracterizados por minerais acumulados pelas algas no fundo do mar e que ao longo do tempo vão se acumulando e formando uma espécie de recife. Cisneros explica que nenhum processo mineral que não envolva seres vivos faz isso. “A geologia por si só não faz esse tipo de estrutura. Elas são feitas por seres vivos que vão crescendo, se acumulando e para chegar a atingir uma estrutura como essa é preciso que tenha passado por muitos anos, o que vem a explicar a idade do fóssil”, diz.

Fóssil encontrado data da época em que os continentes estavam todos juntos e era chamado de Pangeia (Foto: Patrícia Andrade/G1) 
Fóssil encontrado data da época em que os continentes estavam todos juntos 
(Foto: Patrícia Andrade/G1)
 
Para o paleontólogo, a descoberta é importante porque revela que no Parque Floresta Fóssil ainda guarda muito do passado geológico de Teresina e precisa ser preservada pelo poder público. “Queremos chamar a atenção porque esse sítio paleontológico ainda tem muito potencial, muita pesquisa a ser feita e ainda não está sendo bem estudado”, destaca.

Algumas amostras dos fósseis foram levadas para laboratórios da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), instituição parceira na pesquisa juntamente com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). O projeto, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vem sendo desenvolvido desde o final de 2010 e se estenderá por mais um ano.

Paleontólogo exibe outros fósseis já encontrados no mesmo parque (Foto: Patrícia Andrade/G1) 
Paleontólogo exibe outros fósseis já encontrados
no mesmo parque (Foto: Patrícia Andrade/G1)
 
Tombado como patrimônio histórico da humanidade pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), o Parque Floresta Fóssil de Teresina é considerado o maior das Américas, segundo Cisneros. Os fósseis encontrados no local possuem mais de 250 milhões de anos, sendo que a principal característica do Parque é que os troncos se apresentam em posição de vida, ou seja, na vertical.

Ainda de acordo com o paleontólogo, a Prefeitura Municipal de Teresina está elaborando um projeto em parceria com o Iphan que irá adequar o parque à visitação da população.
 

Túmulos de mais de 3 mil anos são encontrados no Paquistão

Sítio fica no Vale do Swat, região que já foi controlada pelos talibãs.
Achado mostra que cultura antiga tinha ritos funerários complexos.

Da AFP

Arqueólogos italianos descobriram túmulos de mais de 3 mil anos no Vale do Swat, sugerindo que existiam ritos funerários complexos nesta região paquistanesa controlada pelos talibãs há alguns anos, indicou nesta sexta-feira (23) uma autoridade.

Esta missão arqueológica italiana iniciou as escavações nos anos 50, no sítio de Udegram, no Swat, uma região do noroeste do Paquistão também conhecida como a "Suíça do Paquistão", devido a seus vales verdes que também escondem tesouros de um passado budista.

Os arqueólogos, que sabiam da existência de uma necrópole pré-budista em Udegram, descobriram recentemente nesta região "cerca de 30 túmulos, reunidos e parcialmente entrelaçados uns sobre os outros", disse à AFP Luca Maria Olivieri, chefe da missão arqueológica italiana no Paquistão.

"O cemitério parece ter funcionado entre o fim do segundo milênio antes de Cristo e a primeira metade do primeiro milênio" da mesma era, acrescentou.

Ritos
"Estes túmulos nos dizem muito acerca destas culturas antigas... que tinham ritos funerários complexos", com uma primeira etapa de decomposição dos corpos em um túmulo aberto, depois da qual os ossos eram queimados parcialmente, e guardados em um túmulo fechado, antes que um montículo fosse erguido sobre ele, explicou Olivieri.

Até o momento, os arqueólogos não encontraram evidências de armas, mas apenas fragmentos de ferro, "que são, talvez, um dos rastros mais antigos deste metal no subcontinente" indiano, acrescentou Olivieri.
Esta região está repleta de sítios budistas, pouco visitados pelos turistas estrangeiros, e que são alvo dos insurgentes talibãs, hostis à herança desta religião.

Os talibãs paquistaneses tomaram o controle do Swat entre 2007 e 2009, antes de serem derrubados por uma ofensiva do exército paquistanês.

Túmulo encontrado no Paquistão (Foto: AFP) 
Túmulo encontrado no Paquistão (Foto: AFP)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Cientistas encontram na África lanças de pedra feitas há 500 mil anos

Material teria sido elaborado por ancestral do homem moderno.
Descoberta foi publicada nesta sexta-feira na revista 'Science'.

Do G1, com agências internacionais *

Pontas de lança talhadas em pedra, encontradas em um sítio arqueológico da África do Sul datado de 500 mil anos atrás, sugerem que ancestrais do homem moderno já utilizavam as lanças para a caça.

Detalhes sobre essa descoberta foram publicados nesta sexta-feira (16) na revista "Science". O estudo foi realizado por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá.

Segundo a investigação, pontas de pedra trabalhadas de maneira que pudessem ser ligadas à ponta de uma lança são comuns de ser encontradas em sítios arqueológicos que têm mais de 300 mil anos.

No entanto, os materiais em questão encontrados em 1979 durante escavação no sítio Kathu Pan 1, na África do Sul, estavam em uma área em que os vestígios ali encontrados foram feitos há 500 mil anos.

De acordo com os estudiosos, sabe-se que as lanças de pedra eram utilizadas durante o período do Homo heidelbergensis, último ancestral comum do homem moderno, o Homo sapiens, e de seu primo atualmente extinto, o homem de Neandertal. Evidências apontam que a espécie Homo heidelbergensis viveu entre 600 mil e 400 mil anos atrás.

O estudo divulgou imagem de ao menos 13 pontas de lança encontradas em sítio arqueológico da África do Sul (Foto: Divulgação/Science) 
O estudo divulgou imagem de ao menos 13 pontas de lança encontradas em sítio arqueológico da África do Sul (Foto: Divulgação/Science)
 
 
Jayne Wilkins, do Departamento de Antropologia da Universidade de Toronto, disse que embora os Neandertais e o Homo sapiens também tenham utilizado pontas de lança feitas em pedra, a descoberta é o primeiro indício de que esta tecnologia remete a um período muito distante à época em que as duas espécies viveram.

Ainda segundo Wilkins, isso altera a compreensão sobre a adaptação dos mais antigos ancestrais do homem moderno. “A razão pela qual os arqueiros modernos equipam suas flechas com pontas finas de metal é que são muito mais devastadoras para as presas que uma simples madeira talhada. Os ancestrais dos homens parecem ter descoberto isso há muito mais tempo que achávamos”, explicou Benjamin Schoville, da Universidade do Arizona, dos Estados Unidos, co-autor do estudo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Artefatos de ouro milenares achados em tumbas são expostos na Bulgária

Objetos para adorno e armadilhas pertenciam à antiga civilização trácia.
Povo viveu em área entre Romênia, Bulgária, norte da Grécia e Turquia.

Do G1, em São Paulo

Artefatos de ouro descobertos recentemente em tumbas da antiga civilização trácia são exibidos neste domingo (11) no Museu de Arqueologia de Sófia, capital da Bulgária.

Bulgária ouro (Foto: Stoyan Nenov/Reuters) 
Tiara de ouro encontrada em tumba da civilização trácia tem motivos de leões
 (Foto: Stoyan Nenov/Reuters)
 
Entre os objetos preciosos, que têm cerca de 2.400 anos de idade, estão quatro braceletes com cabeça de serpente, uma tiara com motivos de leões, uma cabeça de cavalo e um anel com figura de anjo. Alguns itens eram para adorno e outros serviam de armadilha para cavalos.

Bulgária ouro (Foto: Stoyan Nenov/Reuters) 
Artefato de ouro com cabeça de mulher foi achado em escavações na Bulgária
 (Foto: Stoyan Nenov/Reuters)
 
Os achados foram feitos no maior dos 150 túmulos escavados na aldeia de Sveshtari, a 400 quilômetros de Sófia, no norte da Bulgária. Os artefatos pertenceriam aos povos getas, uma das tribos trácias que mantinham contato com a cultura grega.

Bulgária ouro (Foto: Stoyan Nenov/Reuters) 
Anel com figura de anjo foi usado pelos povos getas há cerca de 2.400 anos 
(Foto: Stoyan Nenov/Reuters)
 
Os trácios eram governados por uma poderosa aristocracia guerreira, rica em tesouros de ouro. Essa civilização viveu em uma área que se estende hoje desde a Romênia, a Bulgária, o norte da Grécia e a parte europeia da Turquia, desde 4 mil a.C.

Bulgária ouro (Foto: ImpactPressGroup/AP) 
Cabeça de cavalo estava em tumba na vila de Sveshtari, a 400 km de Sófia 
(Foto: ImpactPressGroup/AP)

sábado, 10 de novembro de 2012

Il '2012' dei Maya è avvenuto quasi mille anni fa


Le stalagmiti della grotta di Yok Balum, nel Belize (fonte: Douglas Kennett, Penn State) 
Le stalagmiti della grotta di Yok Balum, nel Belize (fonte: Douglas Kennett, Penn State)
 
Suggerisce uno scenario apocalittico quasi come quello della cosiddetta ''profezia'' dei Maya sul 2012, la ricerca che ha ricostruito 2.000 anni di storia del clima, incrociato i dati con le testimonianze storiche che i Maya incisero sulla pietra. Lo studio, condotto fra Stati Uniti e Svizzera e pubblicato sulla rivista Science, indica che per quell'antica civiltà è stata fatale la combinazione tra peggioramento del clima e inasprimento dei conflitti sociali, tanto da causarne il collasso. 

Coordinata da Douglas Kennett, della Pennsylvania State University, e Sebastian Breitenbach del Politecnico di Zurigo, la ricerca prodotto un calendario storico frutto dell’incrocio tra i dati sul clima e quelli sulla cultura dell’epoca. La chiave di volta è l’analisi chimica delle stalagmiti di una remota grotta nel Belize, che rivela un peggioramento climatico in quella zona nel periodo compreso fra gli anni 660 e 1000.

I ricercatori hanno ricostruito la storia delle precipitazioni degli ultimi 2.000 anni, analizzando la chimica delle stalagmiti della grotta di Yok Balum nel Belize. La grotta si trova a circa un chilometro e mezzo da Uxbenka, un sito del periodo classico della civiltà Maya, situato vicino ad altri centri importanti, tutti soggetti allo stesso tipo di clima. ''Attraverso i cambiamenti della composizione chimica e i tassi di crescita è possibile ricostruire l’evoluzione climatica di una determinata regione nel dettaglio'', spiega Gianni Zanchetta, dell’Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia (Ingv). ''Sono informazioni importanti - osserva - perché ci fanno capire in che modo possono aver influenzato la crescita o il collasso di civiltà avanzate come quella dei Maya, le situazioni critiche che hanno vissuto sono una lezione importante anche per il futuro''.

Tra gli strumenti utilizzati dai ricercatori c’è anche un ‘indice di guerra’ basato sulla ripetizione di determinate parole chiave riscontrate nelle iscrizioni Maya che i sovrani facevano realizzare per registrare il corso degli eventi. La frequenza delle incisioni che riportano eventi ostili aumentò significativamente tra il 660 e il 900, insieme al peggioramento della situazione climatica. Il clima secco e l’esaurimento delle risorse, spiegano i ricercatori, portò progressivamente alla destabilizzazione politica e alla guerra.

Oggi il cambiamento climatico è già in atto e il clima è un fattore importante che regola lo sviluppo delle società umane e l’ambiente in cui vivono. ''Una corrente di studio statunitense sostiene che la stessa ‘primavera araba’ potrebbe essere stata innescata da fattori climatici'', rileva Zanchetta. “L’aumento del costo del grano - conclude - potrebbe, ad esempio, aver avuto delle ripercussioni concrete nello scaturire tensioni politiche e sociali in quell’area del mondo''.


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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Mudança climática pode ter ajudado a destruir civilização maia, diz estudo

Cientistas avaliaram chuvas na América Central para chegar à conclusão.
Grandes secas desencadearam fim do povo maia, sugere pesquisa.

Do G1, em São Paulo

Cientistas de universidades dos Estados Unidos, da Alemanha, da Grã-Bretanha e da Suíça realizaram um estudo que aponta que mudanças climáticas ocorridas no passado podem ter contribuído para o crescimento e o fim da civilização maia clássica, que habitou a região da América Central há mais de mil anos.

O estudo foi publicado no site da revista "Science", nesta quinta-feira (8). De acordo com os pesquisadores, já era cogitada a hipótese de que o clima pode ter causado a desintegração da sociedade maia, mas ainda não havia medições precisas sobre como e quando estas mudanças climáticas ocorreram.
 
 
Pirâmide maia de Chichen Itza, no sul do México (Foto: Dennis Barbosa/G1)
 
Para chegar ao resultado, o pesquisador Douglas Kennett, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, analisou junto com seus colegas estalagmites de uma caverna de Belize, país da América Central. No passado, o território onde hoje se encontra o país foi habitado pela civilização maia.

Uma das estalagmites analisadas pelos pesquisadores em Belize (Foto: Divulgação/Douglas Kennett/"Science") 
Uma das estalagmites analisadas pelos cientistas
(Foto: Divulgação/Douglas Kennett/"Science")
 
Os cientistas mediram os isótopos de oxigênio nas estalagmites para saber como teria sido o regime de chuvas durante o período em que os maias habitaram a região, aproximadamente entre os anos 300 e 1.000 d.C. (Depois de Cristo).

Os dados indicam que épocas de intensas chuvas na região coincidem com a expansão do povo maia e levaram a uma era de prosperidade para a civilização, entre 440 e 660 d.C., principalmente pelo desenvolvimento da agricultura.

Após esta época, os isótopos de oxigênio estudados nas estalagmites apontam tempos de seca e estiagem. Estes períodos de seca, entre 660 e 1.000 d.C., devem ter desencadeado uma queda na produção agrícola dos maias e ajudado a desintegrar a sociedade e política deste povo pré-colombiano, segundo Kennett.

A estiagem mais severa, entre 1.020 e 1.100 d.C., ocorreu após um colapso generalizado das cidades-estado da civilização maia. A era de secas "aumentou as guerras e desintegrou o sistema político, causando o colapso da população", sugerem os pesquisadores no estudo.


Muro de pedra produzido pela civilização maia, em Belize (Foto: Divulgação/Douglas Kennett/"Science") 
Muro de pedra produzido pela civilização maia, em Belize 
(Foto: Divulgação/Douglas Kennett/"Science")

Cientistas acham lanças feitas com 'tecnologia avançada' pré-histórica

Técnica que aumenta alcance das lanças foi desenvolvida há 71 mil anos.
Pesquisa também constatou que técnica era passada entre gerações.

Do G1, em São Paulo

Lanças desenvolvidas com a 'tecnologia avançada' de 71 mil anos atrás (Foto: Benjamin Schoville/Divulgação) 
Lanças desenvolvidas com a 'tecnologia avançada' 
de 71 mil anos atrás
 (Foto: Benjamin Schoville/Divulgação)
 
 
Uma equipe internacional de cientistas encontrou na África do Sul vestígios de uma “tecnologia avançada”, desenvolvida 71 mil anos atrás, que teria revolucionado a produção de armas dos homens pré-históricos.

As lâminas de pedra eram tratadas no fogo de forma que ficavam mais finas e afiadas. Essas lâminas tinham também uma parte cega, que era presa a um pedaço de madeira ou de osso. Com isso, as lanças se tornavam projéteis, que podiam ser atirados com arcos ou propulsores – objetos longos que multiplicam a força do braço para o arremesso.

Com essa tecnologia, esses seres humanos passaram a caçar melhor, pois podiam atingir o animal de uma distância maior, sem correr riscos. Além disso, adquiriram uma vantagem sobre tribos rivais. Os autores acreditam, inclusive, que o domínio da tecnologia possa ter sido um fator importante para que a espécie prevalecesse sobre outros hominídeos, como o homem de Neandertal.

Pesquisas anteriores apontavam que a tecnologia teria surgido por volta de 60 mil anos atrás, mas que teria desaparecido nas gerações seguintes e sido reinventada mais recentemente. O atual estudo desmente essa hipótese, e mostra que a técnica foi repetida ao longo de milhares de anos, uma prova de que ela foi passada de pais para filhos.

Os resultados da pesquisa foram publicados pela versão online revista científica “Nature”. O trabalho foi liderado por Curtis Marean, da Universidade do Estado do Arizona, nos EUA, e teve a participação de especialistas da África do Sul, da Austrália e da Grécia.

Lâminas eram tratadas com fogo (Foto: Simen Oestmo/Divulgação) 
Lâminas eram tratadas com fogo
 (Foto: Simen Oestmo/Divulgação)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Joias de jade são encontradas em túmulo de rei maia na Guatemala

Cemitério real pode ser o mais antigo da civilização, dizem especialistas.
Naquela época, pedra era considerada detentora de propriedades sagradas.

Do G1, em São Paulo*


Arqueólogos encontraram joias de jade no túmulo de um antigo rei maia na Guatemala. O achado foi feito em junho, mas divulgado apenas agora. Os especialistas acreditam que esse seja o cemitério real mais velho dessa civilização pré-colombiana.

A região fica próximo de um centro de produção de jade, e a descoberta poderia ajudar a esclarecer as técnicas primitivas e o comércio dessa pedra, que era considerada pelos maias como tendo propriedades sagradas.

Maias jade (Foto: Parque Arqueologico Nacional Tak’alik Ab’aj/AFP) 
Pedras de jade foram descobertas em túmulo maia
 (Foto: Parque Arqueológico Nacional Tak’alik Ab’aj/AFP)
 
As joias estavam enterradas no sítio arqueológico Tak'alik Ab'aj, no departamento de Retalhuleu, sul do país. Foi encontrado também um colar com pingente esculpido em forma de cabeça de abutre, símbolo de poder econômico e status, e usado por homens mais velhos e respeitados.

A equipe, então, apelidou o governante de K'utz Chman ("avô abutre"), que reinou por volta de 700 a.C e também foi um líder religioso. Segundo o arqueólogo do governo Miguel Orrego, esse sacerdote era o "chefão" da época e teria sido o primeiro líder a introduzir elementos que definiram a cultura maia, como a construção de pirâmides.

Maias jade (Foto: Parque Arqueologico Nacional Tak’alik Ab’aj/AFP) 
Pingente de colar maia tem a cabeça de abutre
 (Foto: Parque Arqueológico Nacional Tak’alik Ab’aj/AFP)
 
Os arqueólogos não encontraram restos humanos no local, mas os artefatos passaram por uma avaliação de carbono que sugere que o rei tenha sido enterrado entre 770 e 510 a.C.

A Guatemala está repleta de ruínas da civilização maia, que prosperou entre 250 e 800 d.C. e se estendeu de Honduras até a região central do México. Bem antes disso, por volta de 400 a.C., o império pré-colombiano olmeca começou a desaparecer, e os maias cresceram e assumiram o controle das rotas de comércio. Influências olmecas estão presentes na área em volta do sítio Tak'alik Ab'aj, o que indica possíveis ligações entre as duas culturas.

Maias jade (Foto: Parque Arqueologico Nacional Tak’alik Ab’aj/AFP) 
Pedras estavam em túmulo maia sem restos mortais
 (Foto: Parque Arqueológico Nacional Tak’alik Ab’aj/AFP)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Cientistas simulam 'caminhada' de estátuas gigantes da Ilha de Páscoa

Transporte de moais de pedra é mistério que intriga arqueólogos há anos.
Situada no Oceano Pacífico, ilha abriga cerca de mil estátuas de pedra.

Do G1, em São Paulo

Cientistas da Universidade do Estado da Califórnia, nos EUA, simularam, com uma réplica, uma das hipóteses de como os habitantes da Ilha de Páscoa, território chileno no Oceano Pacífico, moveram grandes estátuas de pedra conhecidas como moai pelo território (Veja o vídeo).

O estudo, publicado na revista "Journal of Archaeological Science", mostra que os gigantes de pedra podem ter "caminhado" há séculos atrásao serem puxados de um lado e de outro pelos habitantes, de forma similar ao que é feito para mover uma geladeira, apontaram os cientistas ao site da revista "Nature".

Pesquisadores simulam transporte de réplica de moai, grande estátua de pedra da Ilha de Páscoa (Foto: Reprodução/YouTube) 
Pesquisadores simulam transporte de réplica de moai, grande estátua de pedra da Ilha de Páscoa (Foto: Reprodução/YouTube)
 
O transporte das grandes estátuas, algumas com até 74 toneladas, é um mistério que intriga arqueólogos há vários anos. Para os pesquisadores, seu estudo derruba a ideia de que os monumentos de pedra foram deitados e levados em toras de madeira, o que teria contribuído para a destruição de florestas da ilha. "É uma história interessante, mas evidências arqueológicas não a corroboram", disse o arqueólogo Carl Lipo, o líder da equipe que propõe a "caminhada" dos moais.

Até hoje a ilha abriga aproximadamente mil estátuas, algumas com até dez metros de altura, em um espaço de 163 km². A posição de estátuas citadas como incompletas no estudo indica que elas não poderiam ser transportadas horizontalmente, dizem os cientistas.

Outra evidência apontada no estudo de que o transporte ocorreu na posição vertical são moais quebrados, que podem ter sido deixados ao longo de estradas pelos habitantes da ilha.



Pascoa 2 (Foto: AP) 
Imagem mostra moais encontrados na Ilha de Páscoa, no litoral do Chile (Foto: AP)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Britânicos dizem estar perto de traduzir escrita antiga não decifrada

Equipe pede ajuda do mundo para desvendar segredos de texto.
Peça foi escrita por civilização que viveu há 5 mil anos no Oriente Médio.

Da BBC
 
A luta de estudiosos para desvendar segredos de cinco mil anos guardados na escrita mais antiga do mundo ainda não decifrada pode estar chegando ao fim.

Um projeto internacional de pesquisa, liderado pela Oxford University, na Inglaterra, já lança luz sobre uma sociedade perdida que viveu na Idade do Bronze, no Oriente Médio, cujos trabalhadores escravos viviam com rações mínimas de alimento, à beira de morrer de fome.

A proto-Elamita foi usada na região sudoeste do Irã, dizem especialistas (Foto: Divulgação) 
A proto-Elamita foi usada na região sudoeste do Irã, dizem especialistas 
(Foto: Divulgação)
 
"Acho que estamos finalmente a ponto de romper a barreira", disse Jacob Dahl, acadêmico do Wolfson College da Oxford University e diretor do Ancient World Research Cluster.

A escrita usada por essa civilização é chamada de proto-Elamita e foi usada entre 3200 AC e 2900 AC em uma região que corresponde hoje ao sudoeste do Irã.

A arma secreta de Dahl para decifrar o código é um aparelho capaz de ver a escrita com uma clareza nunca conseguida antes.

A máquina tem forma de uma abóbada e emite flashes de luz sobre objetos que contêm amostras da escrita.

Os flashes fazem parte de um sistema computadorizado que usa uma combinação de 76 tipos de luzes para captar cada pequena ranhura ou sulco na superfície dos objetos.

Assim, os cientistas conseguem produzir uma imagem virtual que pode ser vista de todos os ângulos possíveis.

A análise está sendo feita no museu Louvre, em Paris, onde está a maior coleção de amostras desse tipo de escrita do mundo.

Conjunto de 76 luzes é usado na leitura das placas escritas (Foto: Divulgação) 
Conjunto de 76 luzes é usado na leitura das  placas escritas (Foto: Divulgação)
 
 
Esforço ColetivoDahl e sua equipe pretendem disponibilizar as imagens pela internet. O objetivo é que o público e outros acadêmicos ajudem na decodificação dos textos.

"Estamos enganados quando achamos que quebrar um código tem a ver com um gênio solitário que de repente entende o significado de uma palavra. O que funciona com mais frequência é o trabalho paciente de uma equipe e o compartilhamento de teorias. Colocar as imagens na internet deve acelerar esse processo."

Até agora, Dahl já decifrou 1.200 sinais mas disse que, depois de mais de dez anos de estudos, muito ainda se desconhece - mesmo palavras básicas como vaca ou gado.

"É um território desconhecido da história da humanidade", ele disse.


Escrita adulteradaMas por que essa escrita seria tão difícil de interpretar?

Dahl acha que sabe, em parte, a resposta. Ele descobriu que os textos originais parecem conter muitos erros - e isso dificulta o trabalho de encontrar padrões consistentes.

Ele diz acreditar que isso se deva à ausência de estudo e aprendizado naquela sociedade. Os estudiosos não encontraram evidências de listas de símbolos ou exercícios para que os escribas aprendessem a preservar a precisão da escrita.

Isso teve conseqüências fatais para o sistema de escrita, que foi sendo adulterado e depois desapareceu após apenas 200 anos.

"A falta de uma tradição de estudos significou que muitos erros foram cometidos e o sistema de escrita pode ter se tornado inútil", disse Dahl.

O que dificulta ainda mais a decodificação é o fato de que esse é um estilo de escrita diferente de qualquer outro daquele período.

Além disso, não foram encontrados textos bilíngues - recurso que auxiliaria muito o trabalho dos pesquisadores.

Segundo Dahl, a escrita proto-Elamita foi elaborada a partir de uma língua da Mesopotâmia que foi alterada.


Vida duraAs placas usadas para o registro dos símbolos da escrita revelam detalhes íntimos dos escribas: algumas trazem as marcas das unhas dos autores.

Os pequenos símbolos e desenhos, gravados no barro de forma ordeira e cuidadosa, são claramente o produto de uma mente inteligente.

Embora ainda envoltos em mistério, os textos permitem que vislumbremos um pouco da realidade vivida por esse povo.

Segundo Dahl, os textos incluem um sistema de numeração, o que indica que muitas das informações contidas nas placas são de natureza contábil.

A sociedade era agrícola e bastante simples. Havia uma camada de líderes, figuras poderosas de nível médio e trabalhadores - que eram tratados como se fossem "gado com nomes".

Os líderes tinham nomes que refletiam seu status - o equivalente a alguém ser chamado de "Senhor Cem" para indicar o número de pessoas que estavam abaixo dele.

Dahl disse que é possível saber qual era a dieta dos trabalhadores: cevada, possivelmente triturada para formar um mingau e cerveja fraca. A quantidade de alimento que eles recebiam ficava pouco acima do limite da sobrevivência.

Aqueles de status mais elevado comiam iogurte, queijo e mel. Eles também criavam cabras, carneiros e bois. "Sua expectativa de vida pode ter sido tão longa como a de hoje", disse Dahl.

Dahl tem esperanças de que, com apoio suficiente, os segredos dessa última grande escrita, remanescente dos primórdios da nossa civilização, poderão ser finalmente desvendados.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Visitantes de museu nos EUA podem ver restauração de múmias egípcias

Laboratório na Filadélfia repara múmias de homens, animais e sarcófagos.
Frequentadores podem 'dar uma espiada' no trabalho dos funcionários.

Do G1, em São Paulo

Um novo laboratório instalado no Museu Penn, na cidade americana da Filadélfia, vai permitir que os visitantes acompanhem o trabalho de restauração de múmias do Egito Antigo.

Além de múmias de homens e animais, os funcionários reparam sarcófagos e outras relíquias.

Na foto abaixo, aparece o pé de uma garota que viveu no Egito durante o período Ptolomaico-Romano, entre 332 a.C. e 395 d.C.

Múmia Egito (Foto: Jacqueline Larma/AP) 
Múmia de garota que viveu no Egito Antigo faz parte dos itens que serão tratados
 (Foto: Jacqueline Larma/AP)
 
Nesta outra imagem, está um sarcófago de madeira que receberá tratamento no Laboratório de Artefatos do museu.
Múmia Egito (Foto: Jacqueline Larma/AP) 
Sarcófago de madeira é visto por visitantes por trás de vidro do laboratório 
(Foto: Jacqueline Larma/AP)
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