Material teria sido elaborado por ancestral do homem moderno.
Descoberta foi publicada nesta sexta-feira na revista 'Science'.
Pontas de lança talhadas em pedra, encontradas em um sítio arqueológico
da África do Sul datado de 500 mil anos atrás, sugerem que ancestrais
do homem moderno já utilizavam as lanças para a caça.
Detalhes sobre essa descoberta foram publicados nesta sexta-feira (16)
na revista "Science". O estudo foi realizado por cientistas da
Universidade de Toronto, no Canadá.
Segundo a investigação, pontas de pedra trabalhadas de maneira que
pudessem ser ligadas à ponta de uma lança são comuns de ser encontradas
em sítios arqueológicos que têm mais de 300 mil anos.
No entanto, os materiais em questão encontrados em 1979 durante
escavação no sítio Kathu Pan 1, na África do Sul, estavam em uma área em
que os vestígios ali encontrados foram feitos há 500 mil anos.
De acordo com os estudiosos, sabe-se que as lanças de pedra eram utilizadas durante o período do Homo heidelbergensis, último ancestral comum do homem moderno, o Homo sapiens, e de seu primo atualmente extinto, o homem de Neandertal. Evidências apontam que a espécie Homo heidelbergensis viveu entre 600 mil e 400 mil anos atrás.
O
estudo divulgou imagem de ao menos 13 pontas de lança encontradas em
sítio arqueológico da África do Sul (Foto: Divulgação/Science)
Jayne Wilkins, do Departamento de Antropologia da Universidade de Toronto, disse que embora os Neandertais e o Homo sapiens
também tenham utilizado pontas de lança feitas em pedra, a descoberta é
o primeiro indício de que esta tecnologia remete a um período muito
distante à época em que as duas espécies viveram.
Ainda segundo Wilkins, isso altera a compreensão sobre a adaptação dos
mais antigos ancestrais do homem moderno. “A razão pela qual os
arqueiros modernos equipam suas flechas com pontas finas de metal é que
são muito mais devastadoras para as presas que uma simples madeira
talhada. Os ancestrais dos homens parecem ter descoberto isso há muito
mais tempo que achávamos”, explicou Benjamin Schoville, da Universidade
do Arizona, dos Estados Unidos, co-autor do estudo.
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