quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Pesquisa encontra ruínas de pirâmide sobre túmulo de vizir do Antigo Egito

Construção possuía 15 metros de altura, afirmam arqueólogos.
Vizir trabalhou para faraó egípcio Ramsés II, dizem cientistas.

Do G1, em São Paulo*

Uma equipe de pesquisadores belgas descobriu as ruínas de uma pequena pirâmide que, segundo eles, cobre o túmulo de um alto funcionário da corte do faraó egípcio Ramsés II, governante da região de 1.304 a 1.237 a.C., informaram agências internacionais nesta quarta-feira (20).

A pesquisa foi realizada por equipes da Universidade de Liège e da Universidade Livre de Bruxelas. A pirâmide possuía cerca de 15 metros de altura por 12 de largura e era feita de pedra calcária, segundo os cientistas. O achado ocorreu nos arredores da cidade de Luxor.

Ruínas de pirâmide encontradas por arqueólogos belgas (Foto: Reprodução/Ahram Online) 
Ruínas de pirâmide encontrada por arqueólogos belgas (Foto: Reprodução/Ahram Online)
 
Os arqueólogos encontraram a pirâmide durante uma escavação de rotina na necrópole de Sheikh Abdul Gorna, próximo à Luxor, diz o site do jornal egípcio "Al-Ahram". O túmulo, que segundo os pesquisadores pertence a um vizir (espécie de ministro do faraó), deve ser escavado em breve, disseram eles à agência.

Foi identificada na construção uma imagem do vizir egípcio adorando um deus que representaria a união do Sol e do céu, dizem os arqueólogos. Pirâmides de calcário costumavam ser erguidas sobre túmulos de estadistas na era de Ramsés.

O vizir, chamado de Khay pelos arqueólogos que deram entrevista ao jornal "Al-Ahram", trabalhou para o faraó por 15 anos.

O responsável por objetos antigos de Luxor, Mansur Burik, disse que o vizir supervisionou os trabalhadores que levantaram os túmulos reais no Vale dos Reis e das Rainhas, na margem oeste do Rio Nilo, no antigo Egito. O ministro de Ramsés participava das festas da coroação do faraó e há duas estátuas dele expostas no Museu Egípcio do Cairo.

Burik destacou que a descoberta é "muito importante", porque Khay é citado em um grande número de documentos egípcios antigos, mas os arqueólogos até agora não conheciam a localização de sua tumba.

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