As obras de restauração da cidade italiana de Pompeia, sepultada pelas
cinzas do vulcão Vesúvio em 79 d.C., foram inauguradas nesta
quarta-feira (6) depois que o sítio arqueológico, patrimônio da
humanidade pela Unesco, foi objeto de denúncias por seu péssimo estado
de conservação.
Os trabalhos de restauração, que terão um custo de 105 milhões de euros
(R$ 282 milhões) – dos quais 41,8 milhões de euros (R$ 112 milhões)
virão do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) – se
concentrarão, em um primeiro momento, na recuperação da Casa dos
Dióscuros (filhos de Zeus) e da Casa do Criptopórtico, uma galeria
subterrânea.
A restauração da Casa dos Dióscuros focará na construção de uma cobertura para proteger os afrescos, enquanto os trabalhos no Criptopórtico serão destinados ao fortalecimento do muro e à construção de uma passarela.
A restauração da Casa dos Dióscuros focará na construção de uma cobertura para proteger os afrescos, enquanto os trabalhos no Criptopórtico serão destinados ao fortalecimento do muro e à construção de uma passarela.
Região arqueológica de Pompeia tem 440 mil metros quadrados (Foto: Salvatore Laporta/AP)
As ruínas de Pompeia, situada no sul da Itália,
sofreram uma grande deterioração nos últimos tempos, principalmente com
desmoronamentos parciais causados pelas fortes chuvas que castigaram a
região entre 2010 e 2011 e produziram, entre outros destroços, a queda
do sítio arqueológico da Casa dos Gladiadores.
Após esse incidente, o então ministro da Cultura, Sandro Bondi, viu-se
obrigado a renunciar em decorrência das críticas recebidas pela
oposição, que o acusaram de ter destinado poucos fundos públicos para a
cultura e as escavações de Pompeia, uma região arqueológica de 440 mil
metros quadrados.
O complexo também foi objeto de vários furtos e se viu prejudicado até pela máfia napolitana, a Camorra, acusada de ter interesses econômicos na região. Além disso, uma ex-restauradora das ruínas está em prisão domiciliar por acusações de corrupção e fraude, segundo a polícia italiana.
O complexo também foi objeto de vários furtos e se viu prejudicado até pela máfia napolitana, a Camorra, acusada de ter interesses econômicos na região. Além disso, uma ex-restauradora das ruínas está em prisão domiciliar por acusações de corrupção e fraude, segundo a polícia italiana.
Imagem mostra local onde houve queda de muro
em Pompeia, depois interditado pelas autoridades
italianas (Foto: Salvatore Laporta / AP Photo)
em Pompeia, depois interditado pelas autoridades
italianas (Foto: Salvatore Laporta / AP Photo)
Com as obras de restauração, a Comissão Europeia e o governo da Itália
esperam aumentar o atrativo do lugar, o número de visitantes e a entrada
de capital nessa área arqueológica.
Escavação
Durante séculos, Pompeia permaneceu sepultada até que, por ordem do rei Carlos de Bourbon (mais tarde, Carlos III da Espanha), as escavações tiveram início. Os trabalhos continuam até hoje, embora mais da metade da cidade, que chegou a abrigar mais de 20 mil pessoas, ainda continue soterrada, segundo especialistas.
A restauração de Pompeia acontece em meio à polêmica suscitada pelo estado de conservação de outros importantes monumentos italianos, como o Coliseu, onde já houve a queda de vários trechos da fachada.
Leia também: Itália acusa restauradora de ruínas de Pompeia de fraude
Durante séculos, Pompeia permaneceu sepultada até que, por ordem do rei Carlos de Bourbon (mais tarde, Carlos III da Espanha), as escavações tiveram início. Os trabalhos continuam até hoje, embora mais da metade da cidade, que chegou a abrigar mais de 20 mil pessoas, ainda continue soterrada, segundo especialistas.
A restauração de Pompeia acontece em meio à polêmica suscitada pelo estado de conservação de outros importantes monumentos italianos, como o Coliseu, onde já houve a queda de vários trechos da fachada.
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