Livros e manuscritos de Timbuktu serão disponibilizados na internet. Região era vibrante centro intelectual entre séculos XV e XIX.
De Timbuktu até aqui, revertendo a famosa expressão, as palavras escritas do lendário oásis africano estão sendo entregues via caravana eletrônica. Um carregamento de livros e manuscritos, alguns apenas recentemente resgatados da decadência, está sendo digitalizado para a internet e distribuído para acadêmicos por todo o planeta.
São trabalhos sobre leis e história, ciência e medicina, poesia e teologia, relíquias da era dourada de Timbuktu como uma encruzilhada em Mali para troca por ouro, sal e escravos ao longo do limite meridional do Sahara. Se o nome é agora sinônimo para uma distância misteriosa, a literatura declara que seu papel anterior era o de um vibrante centro intelectual.
Nos anos recentes, milhares destes livros amarrados em couro e frágeis manuscritos foram recuperados de arquivos de família, bibliotecas particulares e depósitos. O governo da África do Sul está financiando a construção de uma biblioteca em Timbuktu para abrigar mais de 30.000 destes livros. Outras contribuições apóiam renovações de arquivos familiares e projetos para preservar, traduzir e interpretar os documentos. Agora, os primeiros cinco dos raros manuscritos de bibliotecas particulares foram digitalizados e disponibilizados na internet (http://www.aluka.org/) para acadêmicos e estudantes. Até o final do ano espera-se que pelo menos 300 sejam disponibilizados online.
O projeto para colecionar os manuscritos digitais está sendo organizado pela Aluka, uma companhia internacional sem fins lucrativos dedicada a trazer conhecimento da e sobre a África para o mundo acadêmico.
Em parceria com um consórcio de bibliotecas privadas em Timbuktu e com o financiamento da Fundação Andrew W. Mellon (Andrew W. Mellon Foundation), a Aluka alistou técnicos em mídia da Northwestern University para projetar e montar um estúdio de fotografia de alta resolução em Timbuktu. Uma equipe local foi treinada para operar o estúdio.
Muitos documentos na graciosa caligrafia Arábica são um deleite visual. Embora a escrita seja em sua maioria em Arábico, alguns manuscritos trazem vernáculos adaptados para a escrita Arábica, o que com certeza representará um desafio para os acadêmicos.
"Os manuscritos de Timbuktu agregam grande profundidade ao entendimento da diversidade de história e civilizações da África,” diz Rahim S. Rajam, gerente de desenvolvimento de coleção da Aluka.
Pesquisadores têm sido atingidos pela gama de assuntos que atraíram os acadêmicos de Timbuktu por muitos séculos e adentrando o século XIX. A maior parte dos primeiros manuscritos digitalizados é do século XV ao XIX. Os tópicos incluem as ciências da astronomia, matemática e botânica; artes literárias; práticas e pensamentos da religião Islâmica; provérbios; opiniões legais; e explicações históricas.
“É um rico arquivo de literatura histórica e intelectual que está apenas começando a tornar-se mais amplamente entendida e acessível a um largo grupo de acadêmicos e pesquisadores,” comenta Rajan, que é especialista em estudos do Oriente Médio.
Em um seminário recente conduzido online, membros da equipe da Aluka-Northwestern descreveram alguns dos problemas em começar as instalações de digitalização em Timbuktu: interrupções freqüentes da rede elétrica e tempestades de areia que danificam delicados componentes eletrônicos.
“Não era tão ruim quanto outros lugares que já vi,” diz Harlan Wallach, diretor do Estúdio Avançado de Produção de Mídia na Northwestern, que montou instalações similares na Ásia. “Nós explodimos muitos mais transformadores e equipamentos trabalhando num projeto na China do que em Timbuktu.”
Enquanto não há substituto para consultar os manuscritos reais, diz Wallach, é melhor lê-los em sua forma digital. Muitas das páginas dos originais são tão frágeis que não podem ser manuseadas.
Mesmo que a Timbuktu contemporânea seja uma sombra opaca e poeirenta de seu renomado passado, vivendo principalmente dos poucos turistas ainda atraídos por seu nome e lenda, as páginas de sua história estão emergindo da obscuridade e, em alguns casos, sendo disseminadas à velocidade da luz.
São trabalhos sobre leis e história, ciência e medicina, poesia e teologia, relíquias da era dourada de Timbuktu como uma encruzilhada em Mali para troca por ouro, sal e escravos ao longo do limite meridional do Sahara. Se o nome é agora sinônimo para uma distância misteriosa, a literatura declara que seu papel anterior era o de um vibrante centro intelectual.
Nos anos recentes, milhares destes livros amarrados em couro e frágeis manuscritos foram recuperados de arquivos de família, bibliotecas particulares e depósitos. O governo da África do Sul está financiando a construção de uma biblioteca em Timbuktu para abrigar mais de 30.000 destes livros. Outras contribuições apóiam renovações de arquivos familiares e projetos para preservar, traduzir e interpretar os documentos. Agora, os primeiros cinco dos raros manuscritos de bibliotecas particulares foram digitalizados e disponibilizados na internet (http://www.aluka.org/) para acadêmicos e estudantes. Até o final do ano espera-se que pelo menos 300 sejam disponibilizados online.
O projeto para colecionar os manuscritos digitais está sendo organizado pela Aluka, uma companhia internacional sem fins lucrativos dedicada a trazer conhecimento da e sobre a África para o mundo acadêmico.
Em parceria com um consórcio de bibliotecas privadas em Timbuktu e com o financiamento da Fundação Andrew W. Mellon (Andrew W. Mellon Foundation), a Aluka alistou técnicos em mídia da Northwestern University para projetar e montar um estúdio de fotografia de alta resolução em Timbuktu. Uma equipe local foi treinada para operar o estúdio.
Muitos documentos na graciosa caligrafia Arábica são um deleite visual. Embora a escrita seja em sua maioria em Arábico, alguns manuscritos trazem vernáculos adaptados para a escrita Arábica, o que com certeza representará um desafio para os acadêmicos.
"Os manuscritos de Timbuktu agregam grande profundidade ao entendimento da diversidade de história e civilizações da África,” diz Rahim S. Rajam, gerente de desenvolvimento de coleção da Aluka.
Pesquisadores têm sido atingidos pela gama de assuntos que atraíram os acadêmicos de Timbuktu por muitos séculos e adentrando o século XIX. A maior parte dos primeiros manuscritos digitalizados é do século XV ao XIX. Os tópicos incluem as ciências da astronomia, matemática e botânica; artes literárias; práticas e pensamentos da religião Islâmica; provérbios; opiniões legais; e explicações históricas.
“É um rico arquivo de literatura histórica e intelectual que está apenas começando a tornar-se mais amplamente entendida e acessível a um largo grupo de acadêmicos e pesquisadores,” comenta Rajan, que é especialista em estudos do Oriente Médio.
Em um seminário recente conduzido online, membros da equipe da Aluka-Northwestern descreveram alguns dos problemas em começar as instalações de digitalização em Timbuktu: interrupções freqüentes da rede elétrica e tempestades de areia que danificam delicados componentes eletrônicos.
“Não era tão ruim quanto outros lugares que já vi,” diz Harlan Wallach, diretor do Estúdio Avançado de Produção de Mídia na Northwestern, que montou instalações similares na Ásia. “Nós explodimos muitos mais transformadores e equipamentos trabalhando num projeto na China do que em Timbuktu.”
Enquanto não há substituto para consultar os manuscritos reais, diz Wallach, é melhor lê-los em sua forma digital. Muitas das páginas dos originais são tão frágeis que não podem ser manuseadas.
Mesmo que a Timbuktu contemporânea seja uma sombra opaca e poeirenta de seu renomado passado, vivendo principalmente dos poucos turistas ainda atraídos por seu nome e lenda, as páginas de sua história estão emergindo da obscuridade e, em alguns casos, sendo disseminadas à velocidade da luz.
Do New York Times
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