Uma equipe do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC), da
Espanha, afirma ter encontrado o ponto exato onde Julio César foi
apunhalado, dentro do que hoje são as ruinas conhecidas como Curia di
Pompeo, em Roma, enquanto presidia uma reunião do senado romano,
informou nesta quarta-feira (10) a instituição.
Vários textos antigos descrevem o assassinato de Júlio César, ocorrido
no ano de 44 a.C. na Curia de Pompeo, fruto de um complô de um grupo de
senadores que queriam eliminar o general, o que desembocaria na formação
do segundo triunvirato e na explosão final das guerras civis.
Uma estrutura de concreto de 3 metros por 2 metros, que foi colocada
por ordem de Augusto, filho adotivo e sucessor de Julio César, era a
chave que faltava aos cientistas para descobrir o local de sua morte.
Retângulo indica o local que os pesquisadores acreditam ser o ponto exato do assassinato de Júlio César (Foto: CSIC/Divulgação)
O achado, segundo os pesquisadores, confirma que Julio César foi
apunhalado no centro da Curia di Pompeo, enquanto presidia a reunião.
Atualmente, os restos do edifício estão localizados na área arqueológica
de Torre Argentina, em pleno centro histórico da capital italiana.
"Sempre se soube que Júlio César foi assassinado na Curia di Pompeo, em
15 de março de 44 a.C., porque os textos clássicos nos informam sobre
isso, mas até agora, não havia nenhum testemunho material do fato,
tantas vezes representado na pintura histórica e no cinema", explicou o
investigador do CSIC Antonio Monterroso.
As fontes clássicas dizem que anos depois do assassinato, a Curia foi fechada e em seu lugar foi construída uma capela-memória.
"Sabemos com segurança que o lugar onde Julio César presidiu aquela
sessão do Senado e onde foi apunhalado foi fechado com uma estrutura
retangular. O que desconhecemos é se esta estrutura significa que o
edifício deixou de ser totalmente acessível", disse Monterroso.
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