Cada um desses itens requer diferentes qualidades da borracha. Uma bola requer elasticidade para quicar, uma faixa de borracha requer força, e uma sandália precisa de durabilidade e resistência.
Um novo estudo relata que os mesoamericanos, que incluem os astecas e os maias, sabiam como produzir diferentes tipos de borracha, misturando o látex de seringueiras com um extrato da planta glória-da-manhã (Ipomoea purpurea), em diferentes proporções.
“É uma aposta bem segura a de que eles estavam desenvolvendo materiais para suprir suas necessidades”, diz Michael Tarkanian, principal autor do estudo e cientista de materiais do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). “Não era apenas uma mistura aleatória.”
O quique da bola é maximizado quando o extrato representa 50% da mistura, enquanto a durabilidade e longevidade são maximizadas com a mistura a 25%. Para assegurar força, necessária para uma tira, não se adiciona extrato nenhum.
Os registros mais antigos indicam que os mesoamericanos usavam a borracha por volta de 1.600 a.C. Milhares de anos depois, em 1839, Charles Goodyear descobriu a vulcanização, o processo usado para produzir borracha até hoje.
A pesquisa será publicada na revista “Latin American Antiquity”.
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