Estátua de uma das rainhas da cidade de Hatra, a capital do primeiro Reino Árabe (Foto: Antonio Castaneda/AP)
As cenas de militantes do Estado Islâmico explodindo o tempo de Jonas, quebrando artefatos assírios em um museu iraquiano e vandalizando as ruínas de Nimrud de 3 mil anos de idade provocaram o desespero em arqueólogos no mundo todo. A região que hoje está sob o controle dos grupo terrorista é considerada o berço da civilização, onde povos babilônicos, assírios e sumérios ergueram as primeiras cidades e inventaram a escrita. Agora, arqueólogos iraquianos acreditam que o próximo "alvo" dos terroristas pode ser Hatra, uma cidade listada pela ONU como Patrimônio da Humanidade.
Hatra era uma pequena cidade assíria fortificada fundada há mais de 2.300 anos. No começo da era atual, se tornou a capital do primeiro Reino Árabe e resistiu à invasão do poderoso Império Romano nos anos de 116 e 198 d.C. graças aos seus grandes muros. As ruínas ainda estão em bom estado de conservação, e é possível ver a arquitetura helênica com decorações orientais.
Hatra está a apenas 100 quilômetros de distância de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque e que hoje está nas mãos do Estado Islâmico. Os terroristas, que seguem uma teologia extrema do islamismo, acreditam que templos e estátuas levam à idolatria e, para evitar isso, promovem a destruição de um patrimônio histórico da humanidade. "Eu estou realmente preocupado com Hatra. O Estado Islâmico deve ter um plano para destruir ela também", disse o arqueólogo iraquiano Abdulamir al-Hamdani ao jornal The New York Times.
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