quinta-feira, 26 de março de 2015

Ossada de 4 mil anos é o caso mais antigo de câncer de mama já achado

Restos mortais de mulher encontrados no Egito mostram efeito da doença.
Fato indica que enfermidade já existia nos períodos mais antigos.


Autoridades do Egito divulgaram a descoberta do mais antigo caso de câncer de mama já registrado, encontrado nos restos mortais de uma mulher que viveu próximo do ano 2.200 a.C.
A pesquisa foi feita por arqueólogos espanhois, que identificaram a doença durante estudos realizados na necrópole de Qoba al Hawa, localizada ao oeste da cidade de Assuã.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (24), o ministro egípcio de Antiguidades, Mamduh al Damati, informou que a equipe descobriu deformações incomuns enquanto estudavam o peito do corpo de uma mulher sepultada, o que levou o grupo a continuar as investigações.

Segundo arqueólogos, tumor se espalhou pelo corpo. Vítima pertencia a alta classe da dinastia faraônica e recebeu cuidados paliativos até a morte (Foto: Ministério de Antiguidades do Egito/Reuters)
Segundo arqueólogos, tumor se espalhou pelo corpo.
Vítima pertencia a alta classe da dinastia faraônica e
recebeu cuidados paliativos até a morte
(Foto: Ministério de Antiguidades do Egito/Reuters)
A análise revelou que se tratava de um câncer de mama, que teve metástase e provocou a morte da vítima. O fato indica que a doença já existia nos períodos mais antigos do Egito.
Ainda de acordo com os cientistas, o estado do esqueleto indica também que a mulher pertencia a uma classe alta da antiga cidade de Elefantina, e que talvez sua doença a tenha impedido de desempenhar algumas atividades. No entanto, os arqueólogos apontaram que ela recebeu todo o atendimento e cuidados necessários até morrer.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o Inca, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado de maneira precoce, a chance de cura aumenta.
Estimativa do instituto, ligado ao Ministério da Saúde, é que 57.120 novos casos (homens e mulheres) foram registrados no ano passado. Ainda segundo o Inca, 13.345 pessoas morrem todos os anos em decorrência desse tipo de câncer.


Arte Bem estar Mamografia (Foto: Arte/G1)

Estudo conclui que Império Asteca não era tão poderoso como se achava

República de Tlaxcallan tinha independência em relação aos astecas.
Astecas não reinavam absolutos: região era politicamente conturbada.


Da EFE 

Pesquisadores coletam artefatos no solo de Tlaxcallan (Foto: John Millhauser/Divulgação)

O Império Asteca não era tão "poderoso" como se pensava até agora e não tinha o domínio completo da região mexicana onde se assentaram durante séculos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (25) no semanário "Journal of Archaeological Science".
"Este estudo coloca Tlaxcallan no mapa, o lugar aonde os espanhóis chegaram e buscaram apoio para a conquista do México. Descobrimos que, apesar do assédio dos astecas, os habitantes locais puderam se sustentar por si mesmos", disse nesta quarta-feira à Agência Efe a coautora do estudo, Verenice Heredia.
 Lâmina de obsidiana foi coletada durante a pesquisa em Tlaxcallan  (Foto: John Millhauser/Divulgação)
Lâmina de obsidiana foi coletada durante pesquisa
em Tlaxcallan (Foto: John Millhauser/Divulgação)
O estudo, intitulado "A Geopolítica do Fornecimento da Obsidiana em Tlaxcallan", é uma parceria entre a Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA), o Centro de Pesquisa e de Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional-Unidade Mérida (México), o Colégio de Michoacán (México) e a Universidade de Purdue (EUA).
Durante oito anos, os pesquisadores estudaram a república independente de Tlaxcallan, no centro do atual território mexicano e a cerca de 120 quilômetros ao leste da Cidade do México, fundada na metade do século XIII e que no ano 1500 esteve cercada pelo Império Asteca.
O objetivo da pesquisa foi descobrir de onde Tlaxcallan obtinha a obsidiana - um tipo de vidro vulcânico que era utilizado para fazer facas, pontas de lanças e flechas e objetos domésticos - cujas jazidas eram muito limitadas nessa região.
"Eles (Tlaxcallan) retiravam o material de um lugar chamado 'El Paredón', que ninguém usava porque estava nos arredores do Império Asteca. Então, a pergunta é: por que os astecas, que eram abertamente hostis aos Tlaxcallan, não intervieram?", afirmou à EFE, John Millhauser, autor do estudo. Uma possibilidade é que seria muito esforço para os astecas.
Para o acadêmico, que é docente de antropologia da Universidade Estadual da Carolina do Norte, a pesquisa comprova que "a concepção popular que o Império Asteca era o todo-poderoso antes da chegada do espanhol (Hernán) Cortés é exagerada. A região era um lugar politicamente e culturalmente conturbado".
Segundo Millhauser, a investigação deverá ganhar mais relevância nos próximos anos quando serão lembrados os 500 anos da Conquista dos Astecas e Tlaxcallan se destacará na história como a república que defendeu sua independência do mais poderoso.
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sábado, 7 de março de 2015

O patrimônio arqueológico que pode ser o próximo alvo do Estado Islâmico

Estátua de uma das rainhas da cidade de Hatra, a capital do primeiro Reino Árabe (Foto: Antonio Castaneda/AP)

As cenas de militantes do Estado Islâmico explodindo o tempo de Jonasquebrando artefatos assírios em um museu iraquiano e vandalizando as ruínas de Nimrud de 3 mil anos de idade provocaram o desespero em arqueólogos no mundo todo. A região que hoje está sob o controle dos grupo terrorista é considerada o berço da civilização, onde povos babilônicos, assírios e sumérios ergueram as primeiras cidades e inventaram a escrita. Agora, arqueólogos iraquianos acreditam que o próximo "alvo" dos terroristas pode ser Hatra, uma cidade listada pela ONU como Patrimônio da Humanidade.
Hatra era uma pequena cidade assíria fortificada fundada há mais de 2.300 anos. No começo da era atual, se tornou a capital do primeiro Reino Árabe e resistiu à invasão do poderoso Império Romano nos anos de 116 e 198 d.C. graças aos seus grandes muros. As ruínas ainda estão em bom estado de conservação, e é possível ver a arquitetura helênica com decorações orientais.
Hatra está a apenas 100 quilômetros de distância de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque e que hoje está nas mãos do Estado Islâmico. Os terroristas, que seguem uma teologia extrema do islamismo, acreditam que templos e estátuas levam à idolatria e, para evitar isso, promovem a destruição de um patrimônio histórico da humanidade. "Eu estou realmente preocupado com Hatra. O Estado Islâmico deve ter um plano para destruir ela também", disse o arqueólogo iraquiano Abdulamir al-Hamdani ao jornal The New York Times.

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www.epoca.globo.com

quinta-feira, 5 de março de 2015

Arqueólogos acham duas localidades em região de Honduras onde estaria a mítica “Cidade Branca”

Reuters

Por Gustavo Palencia

TEGUCIGALPA (Reuters) - Arqueólogos descobriram em Honduras duas localidades em uma região onde estaria situada a mítica “Cidade Branca”, na remota e quase inexplorada selva da Mosquitia, informou o Instituto de História e Antropologia de Honduras (Ihah).

Expedições buscam há quase um século a chamada “Cidade Branca”, que tem esse nome por ter sido construída em pedra branca. No lugar foram erguidas por uma civilização perdida figuras de animais e homens em escala natural, segundo referências da etnia local Pech, que vive há séculos na região.

De acordo com os primeiros dados sobre o achado, divulgados na quarta-feira, trata-se de uma civilização que existiu entre 1.000 e 1.200 d.C.

"O lugar (a cerca de 320 quilômetros a noroeste de Tegucigalpa) é tão remoto que não foi visitado por homens durante uns 600 anos”, disse à Reuters por telefone o arqueólogo Virgilio Paredes, diretor do Ihah.

Ali foram encontradas até agora umas 52 peças. Algumas delas são uma espécie de rosto de pedra com características de homem e jaguar. Foram achados também uma pirâmide de tijolos de barro e vários montes que parecem ser moradias. A maioria das peças estava enterrada.

Um grupo de especialistas do Ihah e da Universidade do Colorado (EUA) e também militares fizeram a descoberta na semana passada.

Paredes destacou que neste momento eles não têm certeza de que o local seja a “Cidade Branca”, mencionada por expedicionários espanhóis que chegaram à região no início da colonização.

Em 1939 o explorador norte-americano Theodore More, relatou no livro "The City of the Monkey God" (A Cidade do Rei Macaco) que tinha chegado à “Cidade Branca”, onde viu pirâmides e estátuas estranhas, entre elas a de um macaco.

"Não se sabe se é a Cidade Branca. O que sabemos é que se trata de cidades que foram bastante povoadas e que seus habitantes possuíam conhecimentos de construção e escultura avançados para sua época”, disse Paredes.

Ele afirmou que não são ruínas da civilização maia, que floresceu na época pré-colombiana em áreas do México, Belize, Guatemala, El Salvador e Honduras.

"Pesquisas arqueológicas serão feitas para descobrir com precisão o que encontramos. O Governo está elaborando uma estratégia para dar impulso aos trabalhos na zona”, acrescentou.

Os vestígios foram detectados inicialmente em 2012, mediante um rastreamento aéreo da região.

Em Honduras existem grandes sítios arqueológicos maias, como o Copán, mas na parte ocidental, no outro extremo da Mosquitia.



Fonte/ Leia mais: http://extra.globo.com/tv-e-lazer/arqueologos-acham-duas-localidades-em-regiao-de-honduras-onde-estaria-mitica-cidade-branca-15508165.html#ixzz3TWvouXqS
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