terça-feira, 22 de dezembro de 2015

'Stonehenge da Amazônia', o observatório astrológico erguido há mais de mil anos na floresta



BBC - Em meio à Floresta Amazônica, existe um patrimônio arqueológico pouco conhecido até mesmo entre os brasileiros.
Descoberto em 2006, este observatório astrológico pré-colonial é composto por 127 blocos de granito com três metros de altura e teria sido construído há mais mil anos, segundo cientistas.
Localizado no Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa, o chamado "Stonehenge da Amazônia" demarca movimentos cosmológicos, como o nascer do sol do solstício de verão, que cai neste ano no 22 de dezembro.
Agora, há planos de fazer no local um parque nacional arqueológico, com visitas guiadas, para que o público possa conhecer mais as civilizações que viveram na região antes da chegada dos europeus.
Videojornalista: Gibby Zobel
Agradecimentos ao Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Anomalias térmicas são encontradas na pirâmide de Quéops, no Egito


A pirâmide de Quéops, a maior das Grandes Pirâmides de Gizé, na segunda (9) (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)

Várias anomalias térmicas foram observadas em quatro grandes pirâmides perto do Cairo, entre elas a grande Pirâmide de Quéops, anunciou nesta segunda-feira (9) o ministro de Antiguidades em conferência de imprensa.
Estes primeiros resultados de análises térmicas realizadas desde o lançamento da missão "Scan Pyramids", em 25 de outubro, por cientistas egípcios, franceses, japoneses e canadenses abrir a porta a uma multiplicidade de interpretações.
Os cientistas "observaram uma quantidade de anomalias térmicas em todos os monumentos (...), mas um deles é particularmente impressionante. Ele está localizado no lado leste da pirâmide de Quéops, ao nível do solo", segundo um comunicado de imprensa.
Alguns blocos de pedras apresentam até 6 graus de diferença com os blocos vizinhos. Isso se traduz sobre as imagens da câmera térmica pelo surgimento das cores quentes, enquanto o resto do monumento é digitalizado cores frias de azul para magenta.
O ministro de Antiguidades do Egito, Mahmoud Eldamaty, fala durante coletiva de imprensa nas Grandes Pirâmides de Gizé, na segunda (9) (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)O ministro de Antiguidades do Egito, Mahmoud Eldamaty, fala durante coletiva de imprensa nas Grandes Pirâmides de Gizé, na segunda (9) (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)
As razões para a anomalia térmica permanecem desconhecidas, mas isto pode indicar a existência de uma câmara secreta.
Com a tecnologia de infravermelhos e sensores sofisticados, a equipe pesquisou as pirâmides de Quéops e Quéfren - que, ao lado de Miquerinos, formam as famosas pirâmides do Gizé - assim como duas das pirâmides de Dahshur, ao sul do Cairo.
Este projeto, que deve durar até o final de 2016, é uma nova tentativa de esclarecer o sigilo em torno da construção das pirâmides.
"Quéops vai entregar hoje um de seus segredos" , disse o entusiasmado ministro de Antiguidades, Mahmoud Eldamaty, no início da conferência de imprensa.
"Eu tenho ideias, mas eu não posso dizer nada enquanto eu não tenho certeza", acrescentou o ministro, tentando prolongar o suspense.
www.g1.globo.com

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

As misteriosas linhas no deserto do Cazaquistão que podem ser vistas do espaço


Da BBC
Os montículos tinham originalmente alturas entre 1,80 m e três metros; eles formam quadrados e cruzes (Foto: DigitalGlobe/Nasa)Os montículos tinham originalmente alturas entre 1,80 m e três metros; eles formam quadrados e cruzes (Foto: DigitalGlobe/Nasa)
Vista do solo, a superfície deserta da região  de Turgai, no norte do Cazaquistão, parece bastante sem graça. Mas imagens aéreas de satélites da Nasa (agência espacial americana) revelam gigantescas figuras geométricas – que lembram as famosas linhas de Nazca, no Peru, ou os geoglifos no norte do Chile– que só podem ser reconhecidos vistos de cima.
São quadrados, cruzes e outras formações que se estendem por um terreno que equivale a vários campos de futebol. Segundo pesquisadores, as marcas podem ter sido feitas há cerca de 8 mil anos.
No total – entre montículos, valetas e terraplenagens – há pelo menos 260 traços organizados em cinco formas básicas.
A maior das estruturas, localizada próximo a um antigo assentamento do período neolítico, é um quadrado formado por 101 montículos, cujas esquinas opostas são conectadas por uma cruz em diagonal.
A área combinada desta formação é superior à da grande pirâmide de Quéops, no Egito.
Observatórios
Estes desenhos incomuns foram descobertos em 2007 por Dmitryi Dey, economista e amante da arqueologia, com a ajuda do Google Earth.

Desde então, a origem e a função das formações continuam intrigando os pesquisadores.
"Nunca vi algo assim. (As estruturas) são extraordinárias", disse Compton J. Tucker, um dos cientistas da Nasa responsáveis pela divulgação das imagens.
Dey, no entanto, não acredita que os desenhos foram criados para serem vistos de cima.
Para ele, o mais provável é que as figuras criadas pelas linhas pontuadas de montículos fossem "observatórios horizontais para acompanhar o movimento do sol nascente", uma teoria também usada para explicar o propósito de Stonehenge, o famoso monumento de pedra no sul da Inglaterra.
Na pré-história, tribos viajavam para caçar nesta região.
De acordo com Dey, a cultura Mahanzhar, que habitava a região entre os anos 7.000 a.C. e 5.000 a.C., poderia ter criado algumas das formas mais antigas.
Mais fotos
A proposta de Dey põe em dúvida as ideias estabelecidas sobre as culturas nômades pré-históricas, já que até agora se acreditava que os grupos caçadores-coletores não permaneciam tempo suficiente em um lugar para criar estruturas com a escala das que foram encontradas no Cazaquistão.

Uma das teorias é a de que os desenhos fossem, na verdade, observatórios para seguir o movimento do sol (Foto: DigitalGlobe/Nasa)Uma das teorias é a de que os desenhos fossem, na verdade, observatórios para seguir o movimento do sol (Foto: DigitalGlobe/Nasa)
Além disso, construir estas estruturas requer um grande número de pessoas e implica "um esforço enorme", explica Giedre Motuzaite Matuzeviciute, arqueóloga da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que visitou o local no ano passado.
Matuzeviciute também resiste em classificar estas linhas de geoglifos, como as linhas de Nazca, no Peru, já que este nome é usado quando o propósito das formações é artístico, e não quando o objeto tem uma função.
Até o momento, o estudo destas estruturas avança a passos lentos e os pesquisadores esperam que a divulgação das fotos da Nasa ajude a aumentar o interesse pelo tema.
A Nasa, por sua vez, certamente está interessada: incluiu a obtenção de imagens como estas na lista de tarefas dos astronautas que estão atualmente a bordo da Estação Espacial Internacional, que esta semana celebra o 15º aniversário de sua ocupação contínua por astronautas.

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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Túmulo pré-romano é descoberto nas ruínas de Pompeia

Ossos e objetos estavam em túmulo samnita do século IV antes de Cristo.
Ruínas são segundo ponto turístico italiano mais visitado, depois do Coliseu.

Da France Presse
Ossos e vasos de cerâmica são vistos em tumba samnitas do século 4, nas ruínas de Pompeia, na Itália, na segunda (21) (Foto: AFP Photo/Mario Laporta)Ossos e vasos de cerâmica são vistos em tumba samnitas do século 4, nas ruínas de Pompeia, na Itália, na segunda (21) (Foto: AFP Photo/Mario Laporta)
Arqueólogos franceses descobriram recentemente um túmulo da época pré-romana em perfeito estado de conservação em Pompeia - anunciou nesta segunda-feira (21) o diretor do famoso sítio arqueológico italiano.
"Pompeia continua sendo uma fonte inesgotável de descobertas científicas", comemorou Massimo Osanna em comunicado.
A sepultura revelada pela equipe do Centro Jean Bérard data da época dos samnitas, no século IV antes de Cristo, e está na Porta de Herculano.
Ela continha uma série de vasos e ânforas em perfeito estado de conservação, e constitui um raro testemunho de práticas funerárias da época em Pompeia.
Esta descoberta permite "investigar sobre um período histórico pouco estudado até hoje em Pompeia", explicou Osanna, arqueólogo à frente do sítio arqueológico de Pompeia há dois anos - nomeado em meio à polêmica sobre as condições de manutenção do local.
"Estas buscas são uma prova de que Pompeia é uma cidade ainda viva que deve ser preservada, já que continua a revelar elementos de pesquisa", insistiu o diretor do local.
A antiga cidade romana, que ficou  parada no tempo ao ser coberta pelas cinzas do Vesúvio em 24 de agosto de 79, é o segundo ponto turístico mais visitado da Itália após o Coliseu, em Roma, com 2,7 milhões de visitantes em 2014.
Milhares de pessoas - arqueólogos, artesãos e especialistas - trabalham atualmente para continuar as escavações e restaurar o sítio.
Ossos e objetos de cerâmica foram encontrados em tumba samnitas do século 4, nas ruínas de Pompeia, na Itália, na segunda (21) (Foto: AFP Photo/Mario Laporta)Ossos e objetos de cerâmica foram encontrados em tumba samnitas do século 4, nas ruínas de Pompeia, na Itália, na segunda (21) (Foto: AFP Photo/Mario Laporta)
www.g1.globo.com

Egiptólogo britânico diz saber onde está tumba de Nefertiti

Localização do túmulo da rainha de beleza mítica permanece um mistério.
Cientista vai procurá-la em câmara da tumba de Tutancâmon este mês.

Da France Presse
Localização dos restos da rainha Nefertiti ainda é considerada por arqueólogos um grande mistério  (Foto: Michael Kappeler/ AFP)Localização dos restos da rainha Nefertiti ainda é considerada por arqueólogos um grande mistério (Foto: Michael Kappeler/ AFP)
O egiptólogo britânico Nicholas Reeves, que afirma que a famosa rainha Nefertiti teria sido enterrada numa câmara secreta da tumba de Tutancâmon, chegará no final deste mês ao Egito para verificar sua teoria - anunciaram nesta segunda-feira (21) as autoridades.
Até hoje, o túmulo da rainha de beleza mítica, que exerceu um papel político e religioso importante no século XIV antes de Cristo, nunca foi encontrada.
Nefertiti foi esposa do faraó Aquenáton, famoso por ter convertido seu reino ao monoteísmo ao impor o culto exclusivo ao deus do Sol, Aton.
Para o egiptólogo britânico Nicholas Reeves, a tumba da rainha estaria num quarto secreto do túmulo de Tutancâmon, o lendário faraó enterrado no Vale dos Reis, em Luxor, no sul do Egito.
Vistoria  na tumba de Tutancâmon
Reeves chegará a Luxor no próximo dia 28 para apresentar "as grandes linhas de sua teoria" e participar ao lado do ministro das Antiguidades, Mamdouh al-Damati, e dos "melhores egiptólogos do ministério, de uma vistoria no local, no interior da tumba (de Tutancâmon)", segundo um comunicado.

Num estudo publicado em 2015 e disponível numa página especializada, Reeves - egiptólogo da Universidade norte-americana do Arizona - afirma que as pinturas murais da câmara funerária de Tutancâmon poderiam dissimular duas portas cuja existência era desconhecida até agora.
Segundo ele, uma destas entradas levaria ao "quarto funerário intacto do proprietário original da tumba - Nefertiti". Enquanto a outra entrada levaria a "um quarto de armazenagem inexplorado" que "aparentemente dataria" da era de Tutancâmon, morto aos 19 anos em 1324 antes de Cristo após um breve reinado de nove anos.
O pesquisador garante que a morte "súbita" do rei-menino obrigou os responsáveis a reabrir a tumba da rainha, dez anos após sua morte, pois a tumba do jovem faraó ainda não havia sido cavada.
Uma coletiva de imprensa está prevista para o dia 1º de outubro no Cairo, para apresentar "os resultados preliminares" da visita e um plano de ação futuro para "verificar de maneira precisa se as salas (secretas) ainda dissimulam segredos ou não", segundo o comunicado.
Funcionários do ministério explicaram que após o primeiro estudo preliminar, uma segunda avaliação das paredes da tumba pode ser realizada com a ajuda de um aparelho específico que será importado especialmente do Japão.
www.g1.globo.com

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Restos de 16 pirâmides são descobertos em antigo cemitério no Sudão


A maior das pirâmides tem base que mede 10,6 metrosA maior das pirâmides tem base que mede 10,6 metros



RIO — Os restos de 16 pirâmides foram descobertas em um cemitério perto da antiga cidade de Gematon, no Sudão. As estruturas foram erguidas para abrigar tumbas há cerca de 2 mil anos, quando o reino de Kush florescia na região.

— Até agora, nós escavamos seis feitas de pedra e dez de tijolos de barro — disse ao Live Science Derek Welsby, curador do Museu Britânico, em Londres, que trabalha em escavações na região desde 1998 e liderou a descoberta.



A base da maior pirâmide tem 10,6 metros de lado, o que indica que ela deve ter alcançado cerca de 13 metros de altura. Segundo Welsby, as tumbas com as pirâmides foram, em sua maioria, construídas por pessoas poderosas na estrutura social dos Kush, mas pessoas com menos prestígio também construíram algumas.

— Elas não são apenas de funerais da elite — disse o arqueólogo.

E nem todos os túmulos possuem pirâmides. Alguns possuem simples estruturas retangulares, chamadas “mastaba”, enquanto outros são marcados com pilhas de pedras, chamadas “tumuli”. Outras tumbas não possuem qualquer marcação.

Quase todas as tumbas foram saqueadas ao longo dos anos, mas em uma das escavações, os pesquisadores encontraram uma mesa de oferendas feita em bronze, com imagens gravados de um príncipe ou sacerdote oferecendo incenso e libações ao deus Osíris, que comanda o submundo. Atrás de Osíris está Ísis, também derramando libações para Osíris. Apesar de Ísis e Osíris serem deuses egípcios, eles também eram adorados em outras partes do mundo antigo, incluindo no reino de Kush.

Em outra tumba, os arqueólogos encontraram cem contas de cerâmica e os restos mortais de três crianças. Provavelmente, ela foi deixada intacta por não ter objetos de valor.

O reino de Kush controlou um imenso território onde hoje está localizado o Sudão, entre 800 a.C. e 300 d.C.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/restos-de-16-piramides-sao-descobertas-em-antigo-cemiterio-no-sudao-17522204.html#ixzz3m2VdUXy5

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Le sette grandi scoperte archeologiche che verranno



Le sette grandi scoperte archeologiche che verranno
 
Quando la National Geographic Society concesse il suo primo fondo di ricerca in archeologia a Hiram Bingham, nel 1912, l'archeologo partì per Machu Picchu dotato di uno degli strumenti tecnologicamente più avanzati dell'epoca: una macchina fotografica Kodak panoramic. 

Oggi gli archeologi possono contare su una strumentazione all'avanguardia, impensabile cento anni prima: da apparecchiature di telerilevamento che permettono di "vedere" oltre la larghezza di banda del visibile, a computer in grado di elaborare in un secondo quello che alla mente umana richiederebbe anni di lavoro.  
"C'è un perché se National Geographic ha parlato del XXI secolo come della nuova era delle esplorazioni", afferma Fredrik Hiebert. "La possibilità di fare scoperte e dare risposte a grandi enigmi del passato nei prossimi anni sembra quasi illimitata".  

Incuriositi da tanto entusiasmo, abbiamo chiesto a Hiebert di elencare quali sono le scoperte principali che potremmo aspettarci da qui alla fine del secolo. Ecco le sue previsioni.

1. Scoprire città, e persino civilltà sconosciute, in Centro e Sud-America
Fotografia di Dave Yoder, National Geographic

“Gli archeologi stanno utilizzando la tecnica Lidar (acronimo di Laser Imaging Detection and Ranging) nella densa coltre verde della giungla di paesi come l'Honduras e il Belize per "vedere" e localizzare insediamenti di cui non si conosceva l'esistenza” afferma Hiebert. Archeologi dotati di uno scanner lidar, che utilizza la luce laser per sondare il terreno sotto la coltre della giungla, hanno scoperto lo scorso anno le rovine di una città perduta nel profondo della foresta pluviale dell'Honduras (nella foto). La tecnologia Lidar, sostiene Fredrik Hiebert, "ha inaugurato una nuova era nel campo delle esplorazioni".


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Drone varrerá Amazônia em busca de civilizações antigas

  • 16 fevereiro 2015
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Projeto Geglifos - CnpqImage copyrightBBC World Service
Image captionMais de 450 geoglifos foram identificados em áreas de desmatamento na Amazônia
Cientistas britânicos vão usar um drone para fazer varreduras na Amazônia brasileira e procurar vestígios de civilizações antigas.
O avião não-tripulado que será enviado para a região é equipado com um laser que analisa e procura por áreas onde podem ter existido construções há milhares de anos.
O objetivo do projeto é determinar qual era o tamanho destas comunidades milenares e até que ponto elas alteraram a paisagem local.
Os pesquisadores anunciaram a iniciativa durante a reunião anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), na cidade de San Jose, na Califórnia.
O projeto, uma parceria entre agências e instituições do Brasil e Europa, já conseguiu uma verba de US$ 1,9 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões) do Conselho Europeu de Pesquisa.
Dependendo dos dados obtidos, eles também podem ser usados para a elaboração de políticas de uso sustentável da floresta.
Mas a questão mais importante é tentar compreender a escala e as atividades das populações que viveram na Amazônia no final do período antes da chegada dos europeus à América, ou seja, os últimos 3 mil anos antes de 1490.

Padrões no solo

A equipe internacional vai tentar encontrar na Amazônia os chamados geoglifos, que são desenhos geométricos grandes feitos no chão.
Foto: XmobotsImage copyrightBBC World Service
Image captionO drone usado no projeto carrega um instrumento a laser que pode examinar áreas que não foram desmatadas
Mais de 450 destes geoglifos, em vários formatos geométricos, foram encontrados em locais onde ocorreu desmatamento.
Mas até hoje ninguém sabe exatamente o que estes círculos, quadrados e linhas representam - há indícios de que fossem centros cerimoniais.
No entanto, o que se sabe é que eles são provas de um comportamento coletivo.
"É um debate acalorado agora na arqueologia do Novo Mundo", afirmou José Iriarte, da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha.
"Enquanto alguns pesquisadores acreditam que a Amazônia foi habitada por pequenos grupos de caçadores-coletores ou então por pequenos grupos de cultivavam apenas para a subsistência, que tiveram um impacto mínimo no meio ambiente, e que a floresta que vemos hoje foi intocada por milhares de anos, há cada vez mais provas mostrando que este pode não ser o caso."
"Estas provas sugerem que a Amazônia pode ter sido habitada por sociedades grandes, numerosas, complexas e hierárquicas que tiveram um grande impacto no meio ambiente; o que nos chamamos de 'hipótese do parque cultural'", disse o cientista à BBC.

Drone e satélite

O projeto de Iriarte prevê o sobrevoo do drone por algumas áreas da floresta que servirão de amostra.
O laser acoplado ao drone vai procurar geoglifos estão escondidos em regiões ainda não desmatadas.
Parte da luz deste laser, chamado de "lidar" ("light-activated radar", ou radar ativado pela luz, em tradução livre) consegue ultrapassar a barreira das folhas das árvores.
Serão feitas várias inspeções e, se a existência dos geoglifos for confirmada, os cientistas vão tentar determinar mudanças específicas que foram deixadas no solo e na vegetação pelos antigos habitantes.
Estas "impressões digitais" poderão ser buscadas por imagens de satélites, possibilitando uma busca em uma área muito maior da Amazônia, maior do que com o pequeno drone.
PPS/Embrapa/US Forest ServiceImage copyrightBBC World Service
Image captionEm imagens aéreas normais, apenas os topos das árvores são visíveis
PPS/Embrapa/US Forest ServiceImage copyrightBBC World Service
Image captionO instrumento a laser do drone faz o mapa digital da vegetação destes topos de árvores
PPS/Embrapa/US Forest ServiceImage copyrightBBC World Service
Image captionEste mapa pode então ser removido e deixar apenas o sinal do laser que conseguiu ultrapassar a vegetação e chegar ao chão
E, a partir deste projeto será possível avaliar como a Amazônia pode ser gerenciada de forma sustentável. Segundo Iriarte, não é possível especular quais seriam as mudanças futuras aceitáveis na Amazônia se não existir uma compreensão completa de como a floresta foi alterada no passado.
"Queremos ver qual é a pegada humana na floresta e então formar uma política (de uso), pois pode ser o caso de que a biodiversidade que queremos preservar seja o resultado de uma manipulação no passado desta floresta", explicou.
Foto: José IriarteImage copyrightBBC World Service
Image captionAinda não se sabe quantos outros geoglifos o chão da Amazônia esconde
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