Descoberta foi feita a vinte quilômetros ao sul do Cairo.
Achados confirmam que antiga cidade de Memphis era centro importante.
Arqueólogo trabalha no interior de tumba encontrada a 20 km do sul do Cairo, no Egito
(Foto: Khaled Desouki/AFP)
O Egito revelou pela primeira vez nesta quinta-feira (8) a descoberta
de túmulos de mais de 3 mil anos pertencentes a dois líderes do exército
dos faraós na famosa necrópole de Saqqara, vinte quilômetros ao sul do
Cairo.
Estas descobertas da Universidade de Arqueologia do Cairo são uma nova
confirmação de que a antiga cidade de Memphis, próxima a Saqqara,
"continuou sendo um importante centro administrativo e militar quando
Luxor (sul) se converteu na verdadeira capital" do Império Novo
(1550-1070 antes de Cristo), estimou o ministro das Antiguidades,
Mohamed Ibrahim.
O primeiro túmulo, construído em pedra calcária, data do fim do período
ramséssida e corresponde a Passer, chefe dos arquivos militares e
emissário do faraó no exterior, explicou aos jornalistas o chefe da
missão, Ola el Aguizi.
Os coloridos em baixo-relevo em seu interior representam o tribunal do
além presidido pelo deus Osiris, encarregado de julgar a alma dos mortos
no Egito faraônico, assim como a esposa e os filhos do falecido.
O segundo mausoléu, de tijolos de terracota, pertencia a Pthames, chefe
do exército e da tesouraria com Seti I e Ramsés II, um dos faraós mais
famosos por suas proezas militares e pelos ostentosos monumentos
construídos durante seu reinado, acrescentou Aguizi.
Os desenhos neste túmulo, do qual se tem conhecimento desde o século
XIX, representam cenas de pesca pintadas de vermelho, assim como o cargo
dos falecidos inscritos com hieroglifos.
do G1.globo.com
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