domingo, 17 de abril de 2011

Parque no norte do Piauí tem pinturas pré-históricas

Anay Cury - Do G1, em Piracuruca (PI) - a repórter viajou a convite do Sebrae - A cerca de 200 quilômetros de Teresina, a cidade de Piracuruca, no norte do estado, guarda um dos grandes patrimônios do país: o Parque Sete Cidades, que abriga cerca de 500 pinturas rupestres em um dos grandes paredões rochosos da unidade de conservação ambiental de mais de 6 mil hectares.

Imagem de mãos em paredão rochoso do Parque Sete Cidades, ao norte de Piauí. (Foto: Anay Cury/G1)

Nas paredes, estão retratados a geometria, por meio de seus símbolos abstratos, e o agreste, aparente nas alusões das pinturas à vegetação e às aves da região.

Pedra ferrosa do Parque Sete Cidades, de onde era extraída tinta para as pinturas rupestres. (Foto: Anay Cury/G1)"

Essas manifestações datam de 6 a 10 mil anos e estão conservadas devido ao material utilizado e ao trabalho que realizamos aqui no parque [a aproximação dos visitantes não é permitida]", disse Osiel Monteiro, guia do parque e quarta geração de nativos que cuidaram do Sete Cidades ao longo de suas vidas. Segundo dados disponíveis do Ministério do Turismo, as pinturas datam de 6.000 anos.

Paredão rochoso de Sete Cidades, ao norte de Piauí. Pinturas estão perto do chão  (Foto: Anay Cury/G1)

A tinta utilizada para pintura, conforme contou o guia, foi feita à base de uma pedra encontrada na região, de tom avermelhado e rica em ferro, moída e misturada a óleo animal ou vegetal. "As teorias ainda são um pouco divergentes," disse o estudioso, que se intitula "curiólogo".    Neste ano, uma universidade francesa deverá escavar a região em volta do paredão rochoso para encontrar mais pinturas que, provavelmente, estão escondidas a cerca de um metro e meio, segundo Monteiro. Também deverão participar do projeto unidades de conservação da Paraíba e de Pernambuco.

No parque, que leva o nome de Sete Cidades por concentrar em toda sua extensão grandes formações rochosas que parecem desde bichos a portais e imponentes castelos, há vegetações de cerrado e caatinga e animais roedores como cotia e paca, e felinos como a onça jaguatirica, tamanduás e tatus.


Calango, um dos animais encontrados no parque. (Foto: Anay Cury/G1)

A visitação ao parque, que recebe anualmente 30 mil turistas, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae), entre brasileiros e estrangeiros - principalmente franceses - é gratuita.

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