quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Curso de Pré-História Andina


CBA convida para curso de Pré-História Andina

O Centro Brasileiro de Arqueologia (CBA) abre inscrições para o curso Pré-História Andina, ministrado pelo Prof. Dr. Alfredo José Altamirano, arqueólogo, doutor em ciências, ex-pesquisador da FIOCRUZ, da UNIRIO, da Estácio de Sá-RJ, da UNMSM-Lima, professor de Búzios/RJ e pesquisador do CBA. O curso ocorrerá nos dias 4, 11, 18, 25 de novembro e 2 de dezembro de 2009, no horário de 15h às 17h, no Auditório do DRM-RJ/Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro, na Rua Marechal Deodoro, 351 - Niterói/RJ, que apóia o evento. O programa inclui os bandos nômades, o período arcaico, Chavin, Mochica, Wari, Tiawanaku e o Império dos Incas. Aos participantes serão entregues uma apostila e um CD com as palestras ministradas, e conferido certificado de participação com 10 horas acadêmicas.
Informações pelo email mailto:cba@cbarqueol.org.br

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Arqueólogos amadores acham maiores pegadas de dinossauro do mundo


Pegadas se estendem por uma distância de centenas de metros no vilarejo de Plagne, perto de Lyon (França), e foram deixadas por saurópodes - herbívoros gigantes de pescoço comprido (Foto: CNRS Photothèque / RAGUET Hubert)

Uma dupla de caçadores amadores de fósseis da França descobriu o que se acredita serem as maiores pegadas de dinossauro já encontradas no mundo. A descoberta de Marie-Helène Marcaud e Patrice Landry, no vilarejo de Plagne, perto de Lyon, em abril, foi confirmada na terça-feira (6) por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês).

Segundo os cientistas, as pegadas se estendem por uma distância de centenas de metros e foram deixadas por saurópodes - herbívoros gigantes de pescoço comprido. "Vamos fazer mais escavações nos próximos anos e esperamos que elas revelem que o sítio arqueológico de Plagne é um dos maiores do tipo no mundo", disse Jean-Michel Mazin, pesquisador do CNRS.

Os cientistas informaram que as pegadas têm formas circulares com diâmetros que variam de 1,2 metro a 1,5 metro, o que significa que foram deixadas por animais de até 40 toneladas, e com mais de 25 metros de comprimento.

As bordas das pegadas têm um sedimento calcáreo, que data do período Jurássico (há cerca de 150 milhões de anos), quando a região era coberta por um mar morno e raso.
Apesar de o rastro ter sido deixado por animais gigantescos, eles não foram os maiores dinossauros já conhecidos.

Alguns cientistas acreditam que o Amphicoelias fragilimus, também da família dos saurópodes, pesavam até 122 toneladas e teriam de 40 a 60 metros de comprimento.


BBC

Bahrein luta para proteger túmulos históricos do rápido avanço das cidades


Túmulos históricos do Bahrein podem sumir com o rápido avanço da cidade. Interesses econômicos do governo não garantem proteção ao patrimônio da 'Idade do bronze'. (Foto: Shawn Baldwin/The New York Times)

Comunidades preferem o progresso a manter cultura intacta.Governo não garante proteção para os monumentos.

Por Michael Slackman
Do ‘New York Times’, em Manama, no Bahrein

Há um conflito de valores ocorrendo na capital do Bahrein, o que é comum na região. Sua fabulosa riqueza de petróleo e sua grande influência na globalização têm subjugado patrimônios e tradições.

A questão que paira neste pequeno reino no Golfo Pérsico é esta: poderia Bahrein proteger a maior concentração de sepulturas da Idade do Bronze já encontrada e, ainda assim, corresponder às necessidades contemporâneas de seu povo? Poderiam eles preservar seu passado e, ao mesmo tempo, acomodar seu presente? “As pessoas estão exigindo moradias e desenvolvimento”, disse Al-Sayed Abdullah Ala’ali, membro do parlamento. “Elas querem tudo que é importante para suas vidas hoje”.

Em apenas algumas décadas, os petrodólares e a modernidade dividiram os estados árabes no Golfo Pérsico, elevando os padrões de vida enquanto esquecem práticas que haviam definido a identidade do local por gerações. A pesca e o mergulho de pérolas foram substituídos por petroquímicos e serviços financeiros. O inglês desafiou o árabe como o idioma dos negócios. Esquemas tradicionais se tornaram novidades. O pouco da arquitetura antiga que restava foi devastada para dar lugar aos arranha-céus de aço e de vidro. “É uma luta entre velho e novo, entre identidade cultural e desenvolvimentos recentes que a confrontam, entre autenticidade e modernidade”, disse Ahmad Deyain, escritor de um vizinho regional, o Kuwait.

Túmulos históricos
Bahrein é uma coleção de 36 ilhas no Golfo Pérsico, embora a maioria de seus 730 mil residentes viva agrupada na capital, Manama. Meio século atrás, havia dezenas de milhares de túmulos que conectavam os cidadãos de Bahrein ao passado da ilha. As sepulturas se estendiam sob um sol escaldante, a maioria com a altura de um carro, cobertas de pequenas pedras cinza. O povo de Bahrein diz que havia mais de 300 mil, mas Karim Hendili, conselheiro da Unesco junto ao ministro da cultura, disse que o número estava mais próximo a 85 mil. Ele disse que há, no máximo, 6 mil restantes em 35 campos de enterros. Esse é um número sobre o qual todos parecem concordar. E esses locais restantes, segundo ele, “estão extremamente ameaçados”.

Construídos por habitantes da ilha de aproximadamente 2.500 a.C. a 500 d.C., eles oferecem um olhar ao que Hendili chama de “uma civilização perdida da Idade do Bronze”. Acredita-se que o Bahrein tenha sido a capital de Dilmun, situada ao longo de uma rota de comércio ligando o Vale do Indo e a Mesopotâmia.

A maioria dos túmulos contém uma câmara mortuária no formato de uma bota ao seu lado. O corpo era colocado em posição fetal enquanto os itens pessoais, potes de cerâmica, selos pessoais e facas eram armazenados aos pés. O valor da sepultura não está necessariamente no que contém, mas no que eles contam sobre as vidas, valores e práticas funerárias de uma civilização antiga. “Há um ditado por aqui: ‘Você não pode dar prioridade aos mortos. Você precisa dar moradia aos vivos’”, disse Hendili, que chama as sepulturas de “ajuntamento funeral de Dilmun e Tylus”.

Patrimônio mundial
A ministra da cultura e informação, Mai Bint Mohammed al-Khalifa, tem sido a força motora por trás da tentativa de preservar e promover o passado de Bahrein. Ela esteve ativamente envolvida na primeira nomeação de Patrimônio Mundial da Unesco em Bahrein, e está trabalhando com Hendili para tentar indicar 11 dos 35 campos de enterros restantes como sítios de patrimônio mundial.

Com túmulos, entretanto, ela enfrenta não apenas a batalha existencial entre construir e preservar, mas também o desafio dos interesses garantidos legalmente. Em resumo, a questão é a seguinte: segundo as autoridades locais, os cidadãos com menos direitos civis do Bahrein precisam sustentar a maior parte da carga da preservação, pois os ricos e bem- relacionados sempre conseguem a permissão para construir em suas terras.

Mesmo aqueles que defendem a preservação reconhecem que ficou muito mais difícil convencer as comunidades de renda baixa do valor dessas sepulturas quando eles enxergam as casas dos ricos e bem-relacionados , logo do outro lado da rua, subirem onde antes estavam as sepulturas. “Trata-se de um jogo de interesses”, disse Yousif al-Bouri, presidente do Conselho Municipal do Norte, um grupo que representa mais de 30 vilas. “Existem todos esses sinais que dizem ‘você não pode fazer isso, você não pode fazer aquilo’. De repente os sinais se apagam e os túmulos são retirados. Estas eram terras do governo dadas a pessoas bem-relacionadas, que as venderam”. Bouri representa a vila de Bouri, que fica a 16 quilômetros da capital. Diretamente do outro lado da moderna rodovia está outra vila, A’ali, com população de cerca de 9 mil pessoas. Ambas são de maioria xiita e fazem fronteira com grandes campos de sepulturas, que permanecem intocadas.

Há campos de sepulturas muito maiores em A’ali, também, chamados Tumbas Reais, montanhas de areia e rochas mais altas que as casas de bloco de dois e três andares onde as pessoas moram. Parece que todas as Tumbas Reais foram saqueadas, transformadas em pilhas de lixo anos atrás. A vila cresceu ao redor delas. “A vila de A’ali é o único lugar no mundo onde você tem a interação da vida contemporânea e os elementos funerários da Idade do Bronze”, disse Hendili. Porém, acrescentou ele, “Não há mais garantia de que elas serão protegidas”.

Hendili e a ministra da cultura, Khalifa, têm algum apoio nas vilas. Mas pode ser apenas que a confluência de interesses – o rico que quer vender suas terras e o pobre que precisa construir nas suas – seja a força que prevalece, dizem alguns especialistas. Aqueles a favor da preservação dizem que a estratégia do governo parece ser não fazer nada, e esperam que o problema simplesmente vá embora. “O governo não quer enxergar esse problema por conta de seus interesses pessoais”, disse Ala’ali, membro do parlamento. Segundo ele, essa situação deixa de lado um ponto muito mais importante, o de que as duas partes do conflito nunca deveriam ter sido definidas como excludentes. Preservação e progresso são, na verdade, dependentes um do outro. “Quem não tem passado”, disse ele, “não tem futuro”.


Tradução: Pedro Kuyumjian

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Arqueólogos descobrem ‘mini-Coliseu’ do século 3 próximo a Roma


Arqueólogos descobriram um anfiteatro em uma cidade próxima a Roma, na Itália. A imagem registrada na quarta-feira (30) mostra a parede curvada do anfiteatro (à esquerda), no terreno de um antigo porto do Império Romano. Uma equipe de arqueólogos britânicos que trabalhava em um antigo porto romano descobriu os restos de um "mini-Coliseu" -uma versão menor da arena monumental construída no centro da capital imperial. As fundações do pequeno anfiteatro, datado do século 3, foram descobertas próximo a Ostia, cidade portuária situada cerca de 25 km a sudoeste de Roma por onde grande parte das riquezas e mercadorias destinadas para a capital do império fluía (Foto: Chris Ison/Associated Press)

Los Angeles: scoperto il testo originale del discorso di Mosè al popolo ebraico


Un frammento di un rotolo del Mar Morto (Ap)


il frammento e' ora in possesso della azusa pacific university
Los Angeles: scoperto il testo originale del discorso di Mosè al popolo ebraico
Studioso rinviene in uno dei rotoli del Mar Morto prima versione del Deuteronomio: e scopre delle differenze

LOS ANGELES (USA) - Dopo oltre 2000 anni sarebbe ora possibile conoscere le parole originarie pronunciate da Mosè al popolo ebraico. Sarebbe infatti nascosto in alcuni frammenti dei rotoli del Mar Morto (la serie di rotoli e frammenti trovati nel 1947 in undici grotte nell'area di Qumran e che contengono la versione più antica finora conosciuta del testo biblico), il testo autentico del Deuteronomio, una delle parti più importanti della Bibbia ed il quinto dei libri che formano la Torah ebraica. E la versione originale sarebbe diversa da quelle delle raccolte posteriori, che hanno risentito delle dispute teologiche delle varie scuole rabbiniche.

IL DEUTERONOMIO - Il libro del Deuteronomio consiste principalmente di tre discorsi che sarebbero stati pronunciati da Mosè, poco prima della sua morte, agli Israeliti. Il primo discorso è una ricostruzione storica. Il secondo discorso, che occupa la parte centrale del libro, contiene i Dieci Comandamenti dettati sul monte Sinai e il cosiddetto codice Deuteronomico, formato da una serie di dettami. Questa sezione è costituita in gran parte da leggi, ammonizioni ed ingiunzioni relative alla condotta che il popolo eletto deve osservare per entrare nella terra promessa. Il terzo discorso tratta delle solenni disposizioni della legge divina, adempiendo alle quali è garantita la prosperità futura del popolo d'Israele.

LA SCOPERTA - A sostenere l'esistenza di un testo originario e precedente a tutti quelli finora conosciuti è James Charlesworth, un professore di studi neotestamentari presso il Princeton Theological Seminary, il quale ha analizzato finora almeno un piccolo frammento proveniente dai rotoli del Mar Morto acquistato recentemente dalla Azusa Pacific University. Si tratta di un passo del ventisettesimo capitolo del libro. Nel frammento analizzato da Charlesworth, Mosè prescrive a chi sarebbe entrato nella Terra Promessa (privilegio che a lui non sarà accordato) di erigere un altare di pietra in onore dell'unico Dio al di là della riva destra del Giordano. E, parlando su ispirazione diretta di Dio, ordina che l'altare sorga sul Monte Gerizim. Ora, è proprio questo il particolare che suggerisce la tesi dell'originalità del testo di Qumran: in tutte le versioni ufficiali, redatte successivamente, il luogo indicato sarebbe un altro, vale a dire il Monte Ebal. Quanto basta al professor Charlesworth per affermare che, vista non solo la veridicità della versione dei manoscritti, appurata in centinaia di pubblicazioni, ma anche la loro generale correttezza si tratta delle vere parole di Mosè. O di Dio, visto per appunto che Mosè parlava su ispirazione divina. La versione successiva, presente nel testo canonico, dovrebbe essere invece frutto di una soluzione di compromesso imposta nel corso di un vero e proprio scontro tra gruppi religiosi. Il fatto che solo ora si venga a conoscenza di un testo originale diverso da quello biblico attuale non deve sorprendere. Dei 15000 frammenti conosciuti risalenti ai rotoli del Mar Morto la maggior parte infatti è in mano a privati ed è spesso inaccessibile agli studiosi.

TESTO ORIGINALE - «Finalmente il testo originale del Deuteronomio», ha dichiarato Charlesworth al Los Angeles Times, «si tratta di una scoperta di importanza sensazionale». Il frammento oggetto del suo entusiamo è stato mostrato, rigorosamente in fotografia, dal board dell'università californiana che lo ha acquistato insieme ad altri quattro venduti da un mercante specializzato in testi antichi. Si tratta, anche in questi casi, di parti dell'ultimo libro del Pentateuco ad eccezione di un papiro che riporta parte del Libro di Daniele. Tutti hanno raggiunto la cassaforte dell'Azusa Pacific University al termine di un percorso che li ha portati dalle grotte di Qumran nelle mani di collezionisti privati. Ora resteranno in California e potrebbero riservare ancora delle sorprese.


Corriere della Sera
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