Guerreiro de terracota e seu cavalo (Foto: Reprodução)
Após 24 anos, arqueólogos chineses retomarão no próximo sábado (13) as escavações na zona do chamado Exército de Terracota, também conhecido como Guerreiros de Xian, informou hoje a agência oficial de notícias da China, a Xinhua.A primeira escavação começou em 1978 e terminou em 1984, e nela foram encontradas 1.087 figuras. A segunda ocorreu em 1985, mas acabou suspensa por razões técnicas. "A escavação na terceira área durará pelo menos um ano", disse Wu Yongqi, funcionário do museu. Os especialistas esperam encontrar uma figura que revele alguns dos mistérios do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang, cujo mausoléu, ainda não aberto pelos arqueólogos, está a cerca de dois quilômetros do Museu de Terracota, em Xian. "Esperamos encontrar alguma figura, como o 'comandante' do enorme exército subterrâneo", assinalou Liu Zhancheng, chefe da equipe de arqueólogos do museu.
Qin foi o primeiro a unificar os diversos reinos chineses após séculos de guerra mútua, e liderou esse império entre os anos 221 e 210 a.C. Segundo historiadores, era obcecado por viver eternamente e fez com que fosse enterrado escoltado por um exército de oito mil soldados, músicos, concubinas, oficiais e escravos para que o acompanhassem na outra vida. Seu mausoléu foi descoberto por acaso por camponeses em 1974 e acredita-se que demorou 38 anos para ser construído por 720 mil escravos.
Os guerreiros atuais são parte do exército que foi modelado, mas os demais seguem enterrados nos arredores do mausoléu, embora os arqueólogos temem que desenterrá-los danifique de forma irreversível as estátuas. Quando o grupo de guerreiros que agora está à vista dos turistas foi descoberto, em 1974, as estátuas estavam pintadas com cores vivas, que acabaram desaparecendo em pouco tempo pelo contato com o ar. Segundo a imprensa chinesa, outro dos grandes desafios na nova escavação para a equipe de arqueólogos é descobrir a fórmula que permita a preservação das cores e a manutenção das figuras que estão intactas.
EFE
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