terça-feira, 26 de julho de 2016

Ricostruito l'identikit di Luca, l'antenato di tutti i viventi

Luca viveva in un ambiente estremo, simile a una sorgente idrotermale (fonte: NOAA Office of Ocean Exploration, Bob Embley - NOAA PMEL)Luca viveva in un ambiente estremo, simile a una sorgente idrotermale (fonte: NOAA Office of Ocean Exploration, Bob Embley - NOAA PMEL)
Pronto il primo ritratto genetico di 'Luca', l'organismo unicellulare che 4 miliardi di anni fa è stato l'ultimo antenato comune a tutti gli esseri viventi: pubblicato su Nature Microbiology dai ricercatori dell'Università di Dusseldorf, dimostra che questo microrganismo primitivo era capace di sopravvivere in un ambiente estremo, privo di ossigeno, caldo e ricco di minerali, in condizioni molto simili a quelle delle sorgenti idrotermali che ancora oggi esistono in alcune zone del pianeta.

Per ottenere questo spaccato inedito sulle condizioni che hanno dato origine alla vita sulla Terra, i ricercatori hanno vestito i panni di moderni Indiana Jones della genetica: 'rovistando' fra 6 milioni di geni appartenenti a microrganismi unicellulari attualmente viventi, sono riusciti a trovare circa 300 antichissimi geni probabilmente appartenuti a Luca (Last Universal Common Ancestor). Partendo da questi pochi dati, sono quindi riusciti a ricostruire il metabolismo e l'habitat in cui viveva.

Il ritratto genetico di Luca indica che il nostro illustre antenato viveva in assenza di ossigeno e a temperature relativamente elevate. 'Mangiava' anidride carbonica, azoto e idrogeno per alimentare il suo metabolismo, e sfruttava anche metalli come il ferro e altri elementi come il selenio. A grandi linee, il suo 'stile di vita' ricorda quello di alcuni microrganismi dei giorni nostri, come i batteri del genere Clostridium e gli archeobatteri metanogeni.

''Quando parliamo del metabolismo di Luca - commenta James McInerney, biologo dell'Università di Manchester - parliamo del metabolismo dominante e di maggior successo sul pianeta Terra prima che gli esseri viventi si dividessero in batteri e archea. Questo nuovo studio ci offre un'affascinante visione della vita risalente a quattro miliardi di anni fa''.


www.ansa.it

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Curiosidade - Como se restaura uma múmia de 4,5 mil anos

Da BBC

Sriram KarriImage copyrightSRIRAM KARRI
Image captionA múmia, agora totalmente restaurada, está no museu de Hyderabad, na Índia
O Museu Estatal de Hyderabad, no sul da Índia, tem entre seus tesouros a múmia que acredita-se ser da princesa egípcia Naishu, nascida por volta do ano 2.500 a.C - uma peça que, portanto, tem nada menos que de 4,5 mil anos de existência.
Mas o tempo cobrou seu preço do artefato, presente na coleção do museu desde os anos 1920: há pouco mais de um ano, os curadores do museu indiano descobriram que a múmia começara a se desestabilizar e deteriorar - em parte por causa da negligência dos administradores do museu e em parte pela falta de conhecimento sobre como deter o apodrecimento.
A camada externa mais dura, decorada com pinturas, começava a rachar e se despedaçar, com fragmentos caindo na região do rosto, ombros e peito. Os pés da múmia já estavam à mostra.
Como resultado, algumas partes cobertas com as bandagens antigas já estavam expostas e se soltando.
Como, então, recuperar uma peça arqueológica tão antiga? A missão recaiu sobre Anupam Sah, chefe de restauração do Museu Príncipe de Gales, em Mumbai, também na Índia.
Com uma equipe de seis especialistas, ele trabalhou na restauração entre os meses de março e abril.
  • Sriram Karri
Image copyrightSRIRAM KARRI
Image captionHá pouco mais de um ano os curadores do museu de Hyderabad descobriram que a múmia começou a se desestabilizar

Sem produtos químicos e sem mexer muito

O primeiro desafio de Sah e sua equipe era recuperar as bandagens sem usar qualquer produto químico e sem mover o artefeto, por causa de sua fragilidade.
"A múmia era muito frágil, e movê-la era muito arriscado. Era preciso ter cuidado porque o tecido (que envolvia a múmia) estava muito quebradiço", afirmou Sah.
Sem a possibilidade de mexer muito na múmia, a equipe teve de dispensar os processos e ferramentas tradicionais, incluindo as técnicas mais básicas de exame, métodos de tratamento e o uso de infravermelho, luzes ultravioleta e espectômetros para análise de cores.
"Avaliamos que poderíamos restaurar as bandagens para chegar a um estado próximo ao original sem causar nenhum dano em um período de dez dias", explicou Sah.
A restauração começou com o estudo de amostras do linho da múmia e dos fluidos de embalsamação usados à época. Gaze esterelizada ajudou a recompor pedaços da múmia que estavam se desmanchando. Com materiais especiais foi possível restaurar partes rachadas e desgastadas.
"Em seguida, tivemos que levá-la enrolada em várias camadas de algodão para um centro de diagnóstico para fazer radiografias e uma tomografia da cartilagem. Tivemos que levá-la com muito cuidado e segurança e trazê-la de volta antes que o sol ficasse muito forte", afirmou o especialista à BBC.
As radiografias e tomografia revelaram que a múmia estava "em forma" - ou seja, grande parte de seus ossos estavam preservados -, mas o artefato ainda requer muitos cuidados e novas estapas de restauração.
"Receberemos uma câmara de nitrogênio para a múmia, que vai garantir zero de oxidação e evitar mais envelhecimento", disse o especialista. Esse tipo de câmara controla também a umidade e a temperatura, evitando bactérias.
Outra estratégia sendo avaliada é a aquisição de uma peça de silicone que preserve a estrutura da múmia - que, ao contrário da maioria, não tem um sarcófago para ajudar a protegê-la, explica o jornal The Hindu.
Sah, que é também fundador e diretor da organização não governamental Sociedade Himalaia para a Conservação do Patrimônio e da Arte, disse à BBC que a equipe não vai criar uma "nova vestimenta para a múmia, mas simplesmente vamos garantir que a original não se deteriore nunca mais".

Anupam Sah, chefe de restauração do Museu Príncipe de GalesImage copyrightSRIRAM KARRI
Image captionSah (à esq.) afirmou que o processo para restaurar a múmia foi muito complexo

A história

A múmia da princesa Naishu foi comprada do Egito em 1920 por Nazeer Nawaz Jung, genro do então governante de Hyderabad, Mir Mehboog Ali Khan.
Não se sabe se ele comprou de um colecionador particular ou de um museu, mas acredita-se que, na época, ele tenha pago cerca de US$ 1,3 mil (cerca de R$ 4,1 mil).
Desde que foi doada para o museu, a múmia é mantida em uma caixa de vidro hermética.
Em entrevista à BBC, NR Visalatchy, diretora de arqueologia do setor de museus do governo da região de Telangana, na Índia, explicou que das seis múmias egípcias autênticas que estão nos museus do país, Naishu é a única que está no sul da Índia.
Até há pouco tempo acreditava-se que Naishu tivesse morrido com apenas 18 anos. Mas novos estudos descobriram que a princesa morreu com cerca de 24 anos de idade.
"Esta é uma peça rara da história do Egito no coração de Hyderabad. Fico emocionada toda vez que venho vê-la, já que ela viveu 25 séculos antes de Cristo. Vamos garantir que ela esteja segura", afirmou NR Visalatchy.
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