quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quatro múmias são encontradas em complexo no Peru anterior aos incas

Do G1, com informações da Reuters e da AP - Os corpos mumificados de três crianças e uma mulher adulta foram encontrados em um espaço para cerimônias da cultura wari, no Peru, datando 1.150 anos de existência, conforme afirmou nesta quarta-feira (20) a arqueologista Gladys Paz, uma das responsáveis pela descoberta.


Tumba onde foram encontradas quatro múmias de pessoas pertencentes à cultura wari, no distrito Miraflores, na capital Lima. O sítio é conhecido como Huaca Pucllana. (Foto: AP Photo / Karel Navarro)O complexo Huaca Pucllana, no distrito de Miraflores, na capital Lima, contém uma pirâmide na qual foi encontrada uma tumba intacta, com os restos mortais. Pela estatura, os pesquisadores puderam dizer se eram crianças ou adultos.

Artefatos de cerâmica, bolsas decoradas com motivos sem forma e cestos de junco e milho também foram achados junto aos corpos. Os quatro restos mortais estavam em recipientes de feno.

O local já havia apresentado múmias e oferendas anteriormente, porém eram encontradas já em decomposição.

Viva entre os anos 600 e 1.000 depois de Cristo, período anterior ao desenvolvimento do Império Inca, os resquícios da cultura wari estão presentes em toda a costa peruana e na parte andina do país.

O Império Inca teve seu auge durante a época da incursão espanhola pela América do Sul, em meados do século 16. A antiga capital inca, Cuzco, é outro local procurado por arqueólogos para buscar vestígios de civilizações antigas.


Recipientes de feno contendo os restos mortais de quatro integrantes da cultura wari, três crianças e uma mulher adulta. (Foto: AP Photo / Karel Navarro)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Israel e Google irão publicar na internet manuscritos bíblicos

Traduções dos textos também serão colocadas à disposição. (Foto: Sebastian Scheiner/AP)


France Presse - O departamento israelense de antiguidades e o Google anunciaram nesta terça-feira (19) o lançamento de um projeto para divulgar, na internet, os manuscritos do Mar Morto, que contêm alguns dos mais antigos textos bíblicos.

O plano, que custará US$ 3,5 milhões (2,5 milhões de euros) tem o objetivo de disponibilizar gratuitamente esses documentos, que possuem cerca de 2 mil anos.

"É a descoberta mais importante do século 20 e vamos compartilhá-la com a tecnologia mais avançada do século 21", afirmou a responsável pelo projeto do departamento israelense, Pnina Shor, em uma coletiva de imprensa em Jerusalém.

A administração israelense captará imagens em alta definição utilizando uma tecnologia "multiespectral" desenvolvida pela Nasa. As imagens serão, posteriormente, publicadas na internet pelo Google em uma base de dados. As traduções dos textos também serão colocadas à disposição. Shor afirmou que as primeiras imagens estarão disponíveis nos próximos meses e o projeto terminará em cinco anos.

"Todos os que possuem uma conexão à internet poderão acessar algumas das obras mais importantes da humanidade", disse o diretor do centro de pesquisa e desenvolvimento do Google em Israel, Yossi Mattias.

Descoberta arqueológica
Acredita-se que os 900 manuscritos encontrados entre 1947 e 1956 nas grutas de Qumran, no Mar Morto, constituem uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos. No material encontrado, há pergaminhos e papiros com textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como o Antigo Testamento mais velho que se conhece.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sítio arqueológico maia aparece após inundação na Guatemala

Local está situado a 200 km a nordeste da capital do país. Destruição de Quiriguá aconteceu no ano 810.

France Presse - As estelas e zoomorfos ancestrais do centro arqueológico maia Quiriguá, na Guatemala, sobreviveram à passagem da tempestade Agatha que, apesar de sua força, não se compara com a grande inundação de 1.200 anos atrás, que arrasou o local.

As águas escuras do rio Motagua saíram do curso por causa da tormenta, em maio, e alagaram os vestígios deixados pelos maias perto do mar do Caribe, agora relegados a uma pequena reserva rodeada de plantações de banana, fruto exportado por empresas americanas.

A água atingiu quase dois metros em Quiriguá, que em idioma maia significa "divisão", mas que o Instituto Guatemalteco de Turismo denomina como Cidade das Estelas.

Em sua passagem pelo país, Agatha deixou 165 mortos e US$ 1 bilhão em perdas. Este sítio arqueológico, situado 200 km a nordeste da capital e visitado por 30 mil turistas ao ano, ficou fechado durante um mês.

"Muita gente fez voluntariado e ajudou na limpeza. Depois de um grande esforço pode-se levantar o centro arqueológico porque a inundação foi forte", explicou a guia Karen Ayala à agência de notícias AFP.

O local sucumbiu devido a uma inundação no ano 810 d.C. e nunca mais voltou a ser povoado, sendo descoberto no fim do século 19 por dois norte-americanos.

Em 1981, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declarou Quiriguá Patrimônio da Humanidade, perto de onde foi encontrado o primeiro porto comercial da era pré-hispânica no Caribe guatemalteco.

O lugar tem cinco zoomorfos e nove estelas ou árvores de pedra, as mais altas dos maias localizadas até agora.

A estela mais alta tem 10,33 metros e está gravada na moeda de 10 centavos de quetzal, a moeda guatemalteca.

Os cientistas estimam que Quiriá tenha sido fundada por volta do ano 400 d.C. e destruída por uma inundação em 810. Os últimos 100 anos de história teriam sido o apogeu daquela civilização.

sábado, 2 de outubro de 2010

Estátua do faraó Amenhotep, avô de Tutancâmon, é achada no sul do Egito


Escultura mostra Amenhotep sentado sobre um trono ao lado do deus Amon, principal divindade de Tebas, a capital do Egito no Médio Império (1975-1640 a.C.) (Foto: Supreme Council of Antiquities / AP)

Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu uma estátua do faraó Amenhotep III (1410-1372 a. C.) na cidade monumental de Luxor, a 600 quilômetros ao sul do Cairo, informou neste sábado (20o ministro de Cultura egípcio, Farouk Hosny.

Amenhotep III foi pai de Akhenaton e avô de TutancâmonEm comunicado divulgado pelo Conselho Supremo de Antiguidades, o ministro detalhou que a parte posterior de uma estátua dupla desse rei, esculpida em rocha, foi desenterrada próximo de seu templo, no setor oeste do rio Nilo.

A representação de Amenhotep sentado sobre um trono ao lado do deus Amon, a principal divindade de Tebas, a capital do Egito no Médio Império (1975-1640 a.C.) e no Novo Império (1539-1075 a.C.), fica onde é hoje a cidade de Luxor.

A parte da estárua já desenterrada mede 1 metro 30 centímetros de altura e 95 centímetros de largura, leva na cabeça uma coroa dupla que representava o norte e o sul do Egito e uma peruca.

O secretário-geral do CSA, Zahi Hawass, destacou na nota que a peça arqueológica "é uma das mais maravilhosas estátuas da realeza faraônica encontradas ultimamente pela precisão que mostra a escultura e os detalhes do rosto do Amenhotep III".

Nesse contexto, Hawass disse que a descoberta dessa terceira estátua do rei nessa região aponta para a possibilidade de que existam ali mais estátuas do faraó.

O comunicado adianta que as escavações prosseguem no local para desenterrar as outras partes da estátua, que calculam possa ter 3 metros de altura.

Amenhotep III, que foi um dos mais importantes reis da dinastia XVIII, foi pai e avô dos faraós Akhenaton e Tutancâmon, respectivamente.

Do Globo on line com informações da AP e da EFE
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