sexta-feira, 31 de julho de 2009

Grupo acha ancestral perdida de Veneza


Não é todo dia que se encontra uma cidade perdida, a não ser em um filme com as aventuras de um Indiana Jones. Mas pesquisadores italianos conseguiram achar uma cidade perdida bem ao lado de um dos destinos turísticos mais visitados do mundo, Veneza.

As ruínas da cidade romana de Altinum foram localizadas em imagens aéreas graças a um período de estiagem em julho de 2007, que permitiu "ver" abaixo do solo. A cidade foi abandonada a partir do século 5º da Era Cristã por causa de invasões bárbaras. Seus habitantes moveram-se para a mais protegida posição em meio à laguna, fundando a atual Veneza.

Altinum está enterrada sob culturas de milho e soja. O estresse hídrico provocado pela seca pode ser detectado graças à radiação infravermelha próxima, sensível a mudanças no crescimento da vegetação.

A diferença na reflexão permite criar imagens com cores falsas. Cores mais claras indicam locais onde há pedras, tijolos ou mesmo solo compactado sob as plantas. As cores mais escuras revelam onde há depressões no terreno, indicando poços e canais, mesmo que cheios de sedimentos. "Nós descobrimos o mapa da cidade. Nós agora sabemos como era o tecido urbano, onde estavam os edifícios principais, monumentais, onde era a cidade, suas portas e a existência, que não se suspeitava, de um canal que cruzava a cidade e a conectava à laguna e aos rios no interior. Também achamos algumas estruturas do porto, que devia ser provavelmente o porto da cidade romana", afirma Paolo Mozzi, um dos quatro autores da pesquisa, do Departamento de Geografia da Universidade de Pádua.

De posse do mapa, o próximo passo é iniciar pesquisas com arqueólogos e historiadores focadas em locais específicos da cidade. O mapa mostra claramente onde ficavam o teatro e o fórum, e a possível localização de dois templos. Ironicamente, algumas escavações arqueológicas já haviam sido feitas, mas em pontos fora da cidade.

Altinum é a única grande cidade romana no norte da Itália, e uma das poucas na Europa, que não foi enterrada por construções medievais e modernas. Ela tem um tamanho comparável a Pompeia, a cidade perto de Nápoles soterrada pela erupção do vulcão Vesúvio.

A reconstrução da planta da cidade indica que ela era cercada por uma rede de rios e canais. Isso confirma a descrição feita pelo antigo geógrafo grego Estrabão (cerca 64 a.C. - cerca 24 d.C) de que Altinum era parcialmente cercada por água, afirmam os autores da pesquisa, descrita em uma comunicação breve na edição de hoje da revista científica "Science".


Rome, July 31, Ansa - The ancient coastal town of Altinum, the forefather of Venice, has been mapped out for the first time ever by an Italian team of geographers from Padua University.Using infrared aerial photography and a 3D reconstruction method, the team has created an incredibly detailed map of the town's sophisticated architecture, picking out bridges, walls, canals and houses as well as its large public buildings such as the theatre and the forum.Altinum, now located inland 15 kilometres south-east of Treviso, was already inhabited in the first millennium BC and grew in the second century BC when it was annexed to Rome.''Until now we only knew that Altinum was there, we didn't know what it was like,'' said team leader Paolo Mozzi.''In size it's comparable to Pompeii, and Altinum is the only large Roman city in northern Italy and one of the few in Europe that wasn't buried by modern and medieval cities that rose up later. That's the reason we can see the Roman age structures of the city so well,'' he said.Mozzi said the study, published in Science, indicates the existence of a ''complex urban structure'' with ''spectacular architecture'', but most importantly shows that the ancient inhabitants had adapted to the demands of living on the lagoon.''These results show that the Romans successfully managed to exploit the watery environment many centuries before the city of Venice began to emerge on the archipelago in the middle of the lagoon,'' he said.The aerial photos of the area were taken in 2007 during a drought, which has increased the visibility of the remains of the city that lie under the ground.''We see a walled city, a theatre, an amphitheatre outside the walls, the basilica, the forum with its market, then a principle road connected to the Via Annia (the Roman road through northern Italy),'' said Mozzi.''You can also see a canal that divides the city in two and heads towards the lagoon. Considering the sea level in Roman times, that canal must have been connected to the lagoon as well as with nearby rivers,'' he said, adding that the map also suggests a protected port that would have been used by merchant ships.Altinum was destroyed by Attila the Hun in 452 AD and many of its inhabitants fled to the lagoon islands that later grew into the city of Venice.Work is under way to assess the state of the structures under the ground, although the city is thought to have been dismantled' and its precious materials removed to construct the island town of Torcello and Venice.Mozzi said excavations would be complicated but that the ongoing research will help researchers understand how much of the city is still intact.


Photo: Altinum map
Ansa
Folha Online /Comunità Italiana

sábado, 25 de julho de 2009

Restos de 5 embarcações romanas são encontrados na costa de Nápoles


Carabinieri del reparto sommozzatori portano alla luce (lo scorso giugno) uno dei reperti ritrovati nei cinque relitti di navi romane trovate al largo di Ventotene nell'ambito del progetto di collaborazione tra autorità italiane e l'Aurora Trust, compagnia americana (Ap)

Roma, 25 jul (EFE).- Uma equipe de arqueólogos americanos e italianos encontrou, na costa de Nápoles, os restos de cinco embarcação comerciais romanas que transportavam diferentes mercadorias da Espanha e da Itália para o norte da África, informou hoje o jornal "Corriere della Sera". As embarcações foram localizadas graças a um rastreamento com um sonar, no litoral da ilha de Ventontene, na altura de Nápoles, e que, segundo os especialistas, naufragaram entre o século I antes de Cristo e o século V depois de Cristo.

Ventotene, cinque relitti di navi romane

Risultato di un progetto congiunto Italia-UsaGli archeologi: «E' come un museo sott'acqua»

«Un museo sott'acqua». Così Annalisa Zarattini, responsabile del Nucleo operativo archeologia subacquea Soprintendenza Beni Archeologica del Lazio ha definito i reperti ritrovati nei cinque relitti di navi ritrovate al largo delle coste dell'Isola di Ventotene. Un patrimonio archeologico il cui ritrovamento ha già fatto il giro del mondo, rilanciato dai giornali Usa, dal New York Times al Boston Globe, che hanno sottolineato come il rogetto stia procecendo in stretta collaborazione tra la Soprintendenza italiana e l'Aurora Trust, il cui team di archeologi guidati da Timmy Gamblin, ha fornito le attrezzature tecniologiche necessarie.

SONAR - Scandagliando con il sonar il fondo marino al largo di Ventotene, ha scoperto i relitti di cinque antiche navi romane, perfettamente confermate Si tratta di navi commerciali naufragate tra il primo secolo avanti Cristo e il quinto secolo dopo Cristo. Sono tra i relitti a maggiore profondità scoperti negli ultimi anni nel Mediterraneo, e proprio il fatto di essere a una profondità di circa 100 metri li ha preservati così bene. «Le navi cercavano riparo, ma non ce l'hanno fatta», spiega Timmy Gambin, capo archeologo del gruppo che ha condotto l'esplorazione. Le navi trasportavano pregiata salsa di pesce dalla Spagna al Nord Africa, e un carico di lingotti di metallo dall'Italia, destinati probabilmente alla costruzione di statue o armi. Secondo gli archeologi le navi danno indicazioni sugli scambi commerciali nell'impero romano: dapprima Roma esportava i suoi prodotti alle province in espansione, poi cominciò gradualmente a importare sempre più dalle province i prodotti che un tempo produceva.

Ma secondo Gambin la crescente popolarità delle immersioni subacquee in acque profonde minaccia i tesori archeologici del Mediterraneo. «E' una corsa contro il tempo», afferma. «Nei prossimi dieci anni ci sarà un'esplosione di immersioni subacquee e questi siti saranno accessibili ai comuni cacciatori di tesori».

Vejam fotos em

http://roma.corriere.it/roma/notizie/cronaca/09_luglio_25/reperti_ventotene-1601602424965.shtml


Corriere della Sera
25 luglio 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Nono Simpósio Internacional “Oxford” sobre Arqueoastronomia


Arqueoastronomia e etnoastronomia: construindo pontes entre as culturas

O nono Simpósio Internacional “Oxford” sobre Arqueoastronomia será realizado no Peru, em janeiro de 2011.

Para obter informações preliminares por favor acesse os “links” para as páginas associadas.

A primeira chamada para apresentação de trabalhos será enviada em Setembro de 2009. Até lá, acompanhe nestas páginas as últimas informações


Informação preliminar
A conferência principal será realizada no centro de convenções pertencente à Associação Cultural Peruano-Britânica em Miraflores, um bairro atrativo nos arredores de Lima, junto ao mar e popular entre os turistas. Uma variedade de acomodações, desde hotéis de primeira categoria até pousadas de boa qualidade a preços econômicos, estão disponíveis a uma curta distância à pé do centro de conferências, assim como muitos excelentes restaurantes.

A conferência terá a duração de cinco dias, com uma excursão que ocupará a metade do terceiro dia. Outros eventos sociais também estão sendo planejados. Depois da conferência, planejamos uma viagem de dois dias ao norte, incluindo uma visita aos Treze Torres de Chankillo.

Um encontro regional, incluindo cursos e oficinas, será realizado na semana seguinte. Terá foco na América do Sul e visa, em colaboração com SIAC, apoiar e estimular o desenvolvimento da astronomia cultural através do continente. É provável que este encontro seja realizado em um centro de convenções na vizinhança de Cusco.

Conferencistas convidados
Um dos conferencistas convidados será Gary Urton, professor de Estudos Pré-Colombianos da Universidade de Harvard, EUA.

Línguas
As conferências serão dadas em Inglês e Espanhol, com tradução simultânea entre as duas línguas. Também serão bem-vindas contribuições em Português, para as quais pretendemos providenciar a tradução simultânea para o Inglês.

Excursões
Excursão com duração de metade de um dia:
Visita arqueológica à Pachacamac, um importante centro religioso e administrativo utilizado desde o Primeiro Período Intermediário (200–600 d.C.) até o período Inca. A visita será conduzida pelo professor Krzystof Makowski, da Pontíficia Universidade Católica do Peru (PUCP), um dos principais especialistas na região e neste sítio arqueológico, realizando escavações nesta área desde 2005.

Excursão pós-conferência:
Planejamos uma viagem de dois dias para sítios na área de Casma, incluindo o agora famoso Chankillo, cujas Treze Torres têm sido aclamadas como um “observatorio” solar. A visita será conduzida pelo Dr. Ivan Ghezzi, ex-Diretor Arqueológico do Instituto Nacional de Cultura (INC) e Diretor de escavações em Chankillo desde 2001, e pelo Prof. Clive Ruggles, que trabalhou juntamente com Ghezzi na investigação das Treze Torres.

Os organizadores
Comitê Científico
A ser anunciado
Comitê Organizador Local e Regional
Clive Ruggles [Presidente]
School of Archaeology and Ancient History, University of Leicester, Reino Unido
Ivan Ghezzi
Pontificia Universidad Católica del Perú, Lima, Peru
Maria Elena Herrera
Asociación Cultural Peruano Británica, Lima, Peru
Flávia Pedroza Lima
Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro, Brasil
Alejandro Martín López
Sección Etnología-Etnografía, Instituto de Antropología, Universidad de Buenos Aires, Argentina
Others to be announced

Sobre as conferências “Oxford”
Os simpósios internacionais “Oxford” sobre arqueoastronomia são as mais importantes conferências acadêmicas nas áreas de arqueoastronomia e etnoastronomia (“astronomia cultural”). Têm sido realizados em intervalos de aproximadamente quatro anos, desde 1981, no Reino Unido (duas vezes), Espanha, Bulgária, Lituânia, Estados Unidos (duas vezes) e México. O “Oxford IX” trará este evento à América do Sul pela primeira vez.

As “Oxfords” anteriores foram:
Oxford I
Setembro
1981
Oxford, Inglaterra, Reino Unido


Oxford II
Janeiro
1986
Mérida, México


Oxford III
Setembro
1990
St. Andrews, Escócia, Reino Unido


Oxford IV
Agosto
1993
Stara Zagora, Bulgária


Oxford V
Agosto
1996
Santa Fe, Novo México, EUA


Oxford VI
Junho
1999
Tenerife, Espanha


Oxford VII
Junho
2004
Flagstaff, Arizona, EUA


Oxford VIII
Julho
2007
Klaipeda, Lituânia


Oxford IX
Janeiro
2011
Lima, Peru


Para maiores informações sobre as “Oxfords” anteriores e suas publicações associadas, visite a página da Sociedade Internacional para Arqueoastronomia e Astronomia na Cultura (ISAAC).



Arqueoastronomía y etnoastronomía: construyendo puentes entre las culturas

El noveno Simposio Internacional “Oxford” sobre Arqueoastronomía tendrá lugar en Perú, en el mes de Enero de 2011.

Para obtener información preliminar por favor vea las páginas vinculadas.

El primer llamado para presentar trabajos será enviado en septiembre de 2009. Entre tanto, visite estas páginas para enterarse de la nueva información que surja.



sexta-feira, 17 de julho de 2009

A dança cósmica de Shiva: contingências e ritmo na evolução da vida


O professor Fernando Fernandez, do Laboratório de Ecologia e Conservação de Populações da UFRJ, é o próximo palestrante no Ciclo Visões da Terra. Ele falará sobre as causas astronômicas das grandes extinções no passado geológico, sua periodicidade de 26 milhões de anos e de como isso está relacionado ao surgimento do homem, trazendo uma perspectiva diferente à nossa visão sobre nós mesmos. A palestra acontece no auditório do Museu do Meio Ambiente (MuMA), Jardim Botânico do Rio de Janeiro, terça-feira, 21/7, das 10h às 12h.A palestra é parte do ciclo que acompanha a exposição Visões da Terra. Todas as terças-feiras, até 1º de setembro, o Museu recebe estudiosos que falam sobre diferentes aspectos relacionados ao tema da exposição.A entrada é franca e não há necessidade de inscrição prévia.O MuMA fica na Rua Jardim Botânico, 1008, e funciona de terça a quinta, das 10h às 17h.

Período: de 7 de julho a 6 de setembro de 2009
De terça-feira a domingo, das 10h às 17h.
Entrada franca

Período: de 7 de julho a 1º de setembro de 2009
Sempre às terças-feiras, com início à 10h
Entrada franca (não é necessário inscrição prévia)


quarta-feira, 15 de julho de 2009

15 de Julho de 2009 - Observatório Monoceros - 34 anos


Prezados Amigos,

É com muita felicidade e emoção que hoje comemoramos os 34 anos de fundação do Observatório Astronômico Monoceros.
Muitas foram as lutas, perdas, mas também conquistas e vitórias.
Compartilho com todos vocês deste momento, visto que muitos viram o Monoceros nascer, crescer e se desenvolver, bem como também fizeram e fazem parte desta caminhada, desta história.

A todos os meus sinceros agradecimentos!

E tenho a certeza que, juntos, seguiremos adiante na nossa tão amada Ciência de Urânia.

Informo-lhes, também, que o Monoceros deu grandes e importantes passos nos últimos dias. Firmamos diversos convênios e parcerias muito importantes e que alavancarão importantes trabalhos, pesquisas, em Astronomia e Ciências Afins.

Brevemente detalharei e compartilharei com todos vocês as nossas novas conquistas.

Grandes e fraternos abraços,


Lucimary Vargas de Oliveira Guardamino Espinoza
Além Paraíba-MG-Brasil
Presidente:
Observatório Astronômico Monoceros
Estação Meteorológica nº083/MG-5ºDISME-INMET

Arquivo Histórico MG / CEPESLE

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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sol ilumina a rua 42 em Nova York durante o "Manhattanhenge"


Em Nova York, o sol ilumina a rua 42 durante o 'Manhattanhenge', fenômeno que ocorre duas vezes por ano, quando o sol alinha-se com o leste-oeste do desenho formado pelos edifícios da rua da ilha de Manhattam. (Foto: Mike Segar/Reuters)
Solar Alignments Cause 'Manhattanhenge' This Weekend

By Andrea Thompson, Senior Writer
posted: 29 May 2009 09:44 am ET
For 15 minutes around sunset on two days this summer, the sun will set in exact alignment with the cross streets of Manhattan's street grid, making the city's towering buildings function something like a modern-day Stonehenge.

They call it Manhattanhenge.

The first Manhattanhenge opportunity comes this weekend: On Saturday (May 30) at 8:17 p.m. EDT the ball of the sun will be half above the horizon, half below if you look west down a major cross-street (34th Street and 42nd Street are good viewing locations). On Sunday, May 31, the entire solar sphere will be visible just above the horizon at 8:17 p.m. EDT.

The second opportunity comes later in the summer, with another half-sphere sunset on Sunday, July 12, at 8:25 p.m. EDT and a whole-sphere viewing on Saturday, July 11, at 8:25 p.m. EDT.

These times are calculated every year by the astronomer Neil deGrasse Tyson, director of the Hayden Planetarium in New York, who coined the term "Manhattanhenge."

The "henge" comes of course from Stonehenge, the prehistoric monument in the Salisbury plains of England. The large structure of stones and earthen mounds is thought to be a burial ground that was oriented to face the midsummer sunrise and midwinter sunset.

Manhattan's street grid doesn't run geographically north to south, but instead aligns itself with the direction of the island. If the grid did run north-south, Manhattanhenge would fall on the spring and autumn equinoxes, the only two days during the year when the Sun rises due-east and sets due-west. (The equinoxes occur when the sun sits directly over the Earth's equator and the length of day and night are roughly equal.)

Because Manhattan's grid is rotated 28.9 degrees east from geographic north, the days of alignment with the cross streets are also shifted.

Manhattan's street grid was laid down by the Commissioners' Plan of 1811, which was adopted by the New York State Legislature.

New York isn't the only city that can have its own "henge" events: Any city crossed by a rectangular grid has days where the setting Sun aligns with the streets. But a clear view of the horizon and straight streets are needed, and New York might be the only city that fits the bill.


sábado, 11 de julho de 2009

Arqueoastronomia, pensemos mais um pouco

A TERRA É UM PLANETA DE REALIDADE TRANSITÓRIA, o que é caracterizado, sobretudo, pelo fato de tudo o que aqui nasce possuir, em seu código genético, o germe da morte. E isso é só o que se sabe, pelo menos por enquanto, acerca dos mistérios que envolvem a vida biológica em nosso planeta.

Mas há pesquisadores que se empenham em descobertas e raciocínios mais lógicos, e estão avançando como podem. Para a nossa ciência, o planeta Terra possui 4 bilhões e 600 milhões de anos, sendo que após 800 milhões de anos da sua origem surgiu uma molécula com um código de DNA. Até hoje, contudo, não se concebe como uma molécula tão complexa, possuidora do código da vida, tenha surgido nas condições que a Terra apresentava naquela época, pois aqui não são encontradas as substâncias químicas que a formaram e nem o ambiente necessário para que essa molécula de DNA tenha surgido espontaneamente, restando a opção de que ela veio de fora, de que poderia ter sido trazida por um meteoro ou cometa. Francis Crick, contudo, ganhador do prêmio Nobel por ter descoberto as hélices do DNA (1994), descartou a hipótese dos astros, ou seja, da Panspermia Balística, porque, em sua opinião, esse complexo código genético não chegaria aqui ileso se tivesse sido transportado em condições tão precárias. Para Crick, restou a conclusão lógica de que alguém o trouxe para a Terra intencionalmente, portanto, algum ser inteligente.

Tangendo o universo da nova ciência, a arqueoastronomia, verificamos que o egiptólogo Robert Bauval, estudando as três pirâmides de Gisé, percebeu que a pirâmide do meio saía levemente do alinhamento em relação às outras duas, mas ele não entendia o porquê de construtores tão detalhistas terem permitido esse fato. Posteriormente, o egiptólogo chegou à conclusão de que esse pequeno desvio correspondia exatamente à mesma variação de ângulo das três estrelas da constelação de Órion (popularmente conhecida como “as três Marias”). Ele mediu a distância astronômica e as variações de ângulo das três estrelas, mediu a distância das três pirâmides e suas variações de ângulos e constatou que o construtor tinha copiado, com precisão, as coordenadas astronômicas das três estrelas. Concluiu, então, que quem fez esses cálculos tinha grande conhecimento de Astronomia. Bauval, juntamente com o jornalista Graham Hancock, utilizando um programa de computador, pesquisaram para saber se houve e quando teria ocorrido uma superposição de Órion sobre aquele local e verificaram que no ano 10450 a.C. as três estrelas estavam exatamente em cima das pirâmides.



Posteriormente, esses mesmos pesquisadores, estudando os templos de Angkor Wat, no Camboja, perceberam o que o número de templos e o desenho que eles formavam no solo correspondiam ao mesmo número de estrelas, o mesmo formato e as mesmas variações de ângulo da Constelação de Dragão. Mais uma vez foram ao programa de computador e verificaram que também em 10450 a.C. a Constelação de Dragão estava exatamente em cima dos templos. Baseados nisso, começaram a estudar várias construções monolíticas antigas como a de Teotihuacan, no México, as de Tiahuanaco, na Bolívia, dentre outras, e perceberam que todas foram construídas com o intuito de representar na Terra as constelações do céu como ele era no ano 10450 a.C. A esfinge, no Egito, tem o corpo de leão, o rosto de homem e está olhando para um ponto fixo. Mais uma vez o computador foi consultado e os dois constataram que em 10450 a.C. a Constelação de Leão (atentar para o formato do corpo da esfinge) estava no ponto de visão da esfinge. Chegaram, enfim, à conclusão inevitável de que houve um consenso no passado, de espalhar pela Terra monumentos que representassem o mapa geográfico astronômico do ano 10450 a.C. Vale observar que nós só aprendemos a fazer esses cálculos matemáticos no século passado.

Arqueólogos egípcios e americanos, analisando o calcário utilizado na construção da esfinge, descobriram que ela foi feita há mais de 10 mil anos. Conseqüentemente, ela teria sido construída antes da construção das primeiras cidades da Mesopotâmia. Ou seja, temos, obrigatoriamente, de concluir que houve uma outra civilização antes de nós. Mas a que nos remete essa maravilhosa e tão necessária ciência nova em nossa reflexão?

Pensemos mais um pouco. Antes do surgimento da Filosofia, na Grécia, o conhecimento era advindo dos mitos e muitos deles descreviam o convívio normal dos deuses com os seres humanos. Depois de um tempo dessa convivência, os deuses foram embora com a promessa de voltar. Várias culturas apresentam em suas mitologias essa relação terrena de deuses com os seres humanos. Na Austrália foram encontradas pinturas de 5 mil anos com desenhos de ETs; no Museu de Bogotá, na Colômbia, encontram-se esculturas de naves espaciais feitas há mais de mil anos. A Bíblia fala sobre nuvens luminosas, o Mahabharata, poema épico hindu, cita as vimanas, que eram máquinas voadoras que “podiam vencer distâncias infinitas”; os livros tibetanos Tantjua Kantjua fazem referências a máquinas voadoras pré-históricas chamadas de “pérolas do céu”.

Há cerca de 5 mil anos, onde hoje se situa a capital do México, existia uma cidade lendária chamada Tula. Segundo a lenda, uma virgem chamada Chimalma gerou um filho chamado Quetzalcoatl. Ele propagou uma doutrina que dizia que o ser humano poderia manter contatos com os seus ancestrais e com os deuses. Para isso era necessário ter uma vida digna e ética, viver em contato com a natureza, estudar as coisas sagradas e ter conhecimento do que hoje é tido como Ciência, para despertar as faculdades superiores. Quetzalcoatl, como Jesus, também se transfigurava e falava com os anjos. Ele foi uma das maiores lendas da cultura tolteca. Os toltecas deixaram como herdeiros culturais os povos maias, incas e astecas.



No seu legado veio um calendário que hoje é conhecido como Calendário Maia, mas estes diziam que o calendário havia sido feito por seus ancestrais, que seriam os toltecas. No livro “Digitais dos DeusesGraham Hancock refere-se a esse calendário. Quem o fez tinha um conhecimento astronômico que só foi obtido pela nossa cultura século 20. Eles mediram um ciclo do giro do eixo da Terra, em relação à esfera celeste, e perceberam que a cada ciclo de aproximadamente 5125 anos ocorre uma era. Para os planejadores do calendário já existiram quatro grandes eras: a primeira foi destruída pelo fogo, a segunda por terremotos, a terceira pelo vento e a quarta pelo dilúvio. Segundo o que eles acreditam, essa última era do calendário teve início no ano 3114 a.C., na época em que os deuses chegaram mais uma vez na Terra, permaneceram algum tempo e saíram prometendo retornar no final dessa era, que termina em 23 de dezembro de 2012.

O “ Bhagavad-Gita”, livro que faz parte do Mahabharata, cita a era de Kali Yuga, que corresponde ao período de 3114 a.C. a 2012 d.C. Para eles, essa era é a última de um processo de cinco eras e que após essa última, a humanidade se renovará. A tradição judaico-cristã chama esse período de “Juízo Final” ou “Separação do Joio do Trigo”; a doutrina espírita o chama de “Reciclagem Espiritual”, quando a Terra passará de um mundo de expiação e provas para um mundo regenerado.

No livro “ O Código da Bíblia”, o repórter Michael Drosnin refere-se ao trabalho do matemático israelense Eliyahu Rips. O matemático descobriu que os cinco primeiros livros do Antigo Testamento da Bíblia possuem um código que profetisa vários fatos ocorridos recentemente na nossa história contemporânea como, por exemplo, o assassinato do Presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, levando-nos a concluir que foi uma inteligência superior à da nossa comunidade científica atual que entregou esses livros a Moisés, pois até hoje não conseguimos prever o futuro. São muitas evidências de que nós tivemos contatos com seres de fora, que se foram rometendo voltar.

Para Pitágoras, o criador da palavra filosofia, a sabedoria plena e completa é própria dos deuses e o homem só pode almejá-la tornando-se filósofo, buscando amorosamente a verdade. Segundo ele, estamos em um ciclo de reencarnações para purificação dos nossos espíritos e só assim deixaremos de nascer na Terra. Nos seus últimos momentos na prisão, Sócrates, em longa conversa com Fédon, comenta o que acontece com a alma após a morte do corpo. ”É uma opinião muito antiga que as almas, ao deixar este mundo, vão para o Hades, e que dali voltam para a Terra e retornam à vida após haverem passado pela morte”. Em outro momento da conversa, o filósofo diz que “lá há lugares maravilhosos e diferentes da Terra”, evidenciando a transitoriedade da vida terrena. Platão afirmava que já trazemos o nosso conhecimento conosco; que no mundo material não existe aprendizagem, mas sim, o processo de rememoração, pois o conhecimento fora adquirido antes de nascermos neste planeta.


Hoje, muitas pessoas consideradas normais afirmam fazer viagem astral e há outras que dizem que se comunicam com os mortos. Será que diante de tantas evidências de que nós não somos quem pensamos ser, não estaria na hora de começar a nos dedicar à investigação da existência do espírito, para compreender que existe uma verdade que já está colocada no nosso passado, que já começou a ser escortinada e que somente com muita abertura mental poderemos vislumbrála, a distância, para que possamos compreender o nosso presente e conjeturar o nosso futuro? Para mim, esse é um propósito da Filosofia, desde a sua origem. Para alguns, a função da Filosofia é apenas terapêutica; a Verdade foi transformada em mero jogo de palavras. Será que isso é Filosofia, será que é o fim da Filosofia, ou acabaram-se os filósofos?
A nova crença de alguns da contemporaneidade é que as nossas alegrias e tristezas, lembranças e ambições, o nosso senso de identidade pessoal e livre-arbítrio, na realidade, são apenas o resultado do comportamento de um vasto complexo de células nervosas e suas moléculas associadas. Será? E se não for apenas isso? Não estaria na hora de a Filosofia começar a utilizar as descobertas científicas para reassumir a sua verdadeira função? Até quando nos basearemos na fé? Enquanto pensamos, alguns poucos, conhecidos ou anônimos, no mundo inteiro, dedicam as suas vidas a estudos e pesquisas no intuito de que saiamos da estagnação que nos acomete.

Manoel Pereira Júnior

Exemplar mais antigo da Bíblia é colocado na internet


Internautas poderão ver imagens de mais da metade do exemplar mais antigo da Bíblia. Estão disponíveis cerca de 800 páginas do pergaminho do século 4. (Foto: Biblioteca Britânica/Divulgação)

Cerca de 800 páginas do exemplar mais antigo da Bíblia foram restauradas e estão disponíveis para consulta na internet. Os visitantes poderão ver imagens de mais de metade do manuscrito Codex Sinaiticus, escrito em grego em folhas de pergaminho no século 4. O projeto envolveu especialistas da Grã-Bretanha, Alemanha, Egito e Rússia, e, segundo eles, apresenta muitas possibilidades de pesquisa no futuro. "O Codex Sinaiticus é um dos maiores tesouros escritos do mundo", afirmou Scot McKendrick, diretor de manuscritos ocidentais da Biblioteca Britânica, em Londres.

Ar do deserto

"Este manuscrito de 1,6 mil anos é uma janela para se entender o desenvolvimento do início do Cristianismo, e se trata de uma evidência em primeira mão de como o texto da Bíblia foi transmitido de geração a geração", disse McKendrick. "A disponibilidade do manuscrito virtual para estudiosos de todo o mundo cria oportunidades para trabalhos de pesquisa conjuntos que não seriam possíveis até o momento." Segundo o especialista, a versão original do Codex Sinaiticus continha cerca de 1.460 páginas - cada uma medindo 40 cm por 35 cm. Por 1,5 mil anos, o manuscrito ficou preservado em um mosteiro na Península do Sinai, no Egito. Em 1844, ele foi encontrado e dividido entre Egito, Rússia, Alemanha e Grã-Bretanha. Acredita-se que o documento resistiu ao tempo porque o ar do deserto é ideal para a conservação do pergaminho, e porque o mosteiro permaneceu intocado por todos esses anos. Para marcar o lançamento do site www.codexsinaiticus.org, a Biblioteca Britânica está realizando uma exposição em sua sede, em Londres, que incluiu vários artefatos históricos ligados ao manuscrito.

BBC

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Arqueólogo defende teoria da migração em linha reta, para o norte ou para o sul


O arqueólogo Stephen Lekson: teoria controversa

(Foto: George Johnson/The New York Times)


Povoados se fixavam ao longo do mesmo meridiano, diz Steve Lekson.Deslocamentos, em reação a crises, sempre seguiam linha de referência


George Johnson Do 'New York Times'


Daqui até o Chaco é uma caminhada e tanto”, diz Steve Lekson, arqueólogo da Universidade do Colorado, observando o eixo norte-sul da cruz. Cerca de 640 km ao norte fica o Parque Nacional Histórico da Cultura Chaco – um grande centro cultural, ocupado de 900 d.C. a 1150 d.C. pelo povo conhecido como anasazi.

Continuando por cerca de 96 km ao norte, ao longo da mesma linha reta, chega-se a outro centro anasazi, conhecido como Ruínas Astecas. Para Lekson, esse alinhamento é mais que uma simples coincidência: os locais são ligados por um antigo padrão de migração.

A reação cultural a algo que não estava dando certo era ir para o norte, e quando isso não funcionava, para o sul. Depois ia-se para o norte de novo, e para o sul outra vez"

Meridiano 108
Uma década atrás, no livro "The Chaco Meridian: centers of political power in the ancient southwest", Lekson argumentava que, durante séculos, os líderes Anasazi, guiados pelas estrelas, alinharam seus principais assentamentos nesse eixo norte-sul – o meridiano de longitude 108.

Cada povoamento, em seu próprio tempo, era o foco regional de poder econômico e político, e todos ficavam ao longo do mesmo meridiano. Quando um lugar era abandonado por causa da seca, violência ou degradação ambiental – os motivos são obscuros –, os líderes conduziam um êxodo a uma nova localização: algumas vezes ao norte, outras ao sul, mas sempre mantendo-se o mais perto possível do meridiano 108.

“Eu acho que o motivo é ideológico”, explica Lekson. “A reação cultural a algo que não estava dando certo era ir para o norte, e quando isso não funcionava, para o sul. Depois ia-se para o norte de novo, e para o sul mais uma vez."

Fanáticos por pontos cardeais
Existem muitas evidências de que os antigos americanos eram fanáticos pelas direções cardeais. Observe o céu da noite por tempo suficiente. Ficará claro que uma estrela não se move, enquanto as outras a circulam: a estrela do norte, ou Polaris. Motivadas talvez por esse conhecimento, algumas estruturas do Chaco são alinhadas em eixos norte-sul, e as paredes de terra de Paquimé fazem ziguezague – embora, segundo Lekson, tenham sido “projetadas em papel quadriculado gigante”.

Ao longo do sudoeste, religiões modernas de povoados geralmente incluem quatro montanhas sagradas, uma em cada direção, e seu povo conta histórias de ancestrais se mudando para o sul graças às coisas ruins que aconteciam ao norte.

Se essas pessoas eram “compulsivas pelo meridiano”, como postula Lekson, elas detinham o conhecimento astronômico para planejar e seguir uma longa linha reta.

Exagerado
Mas para muitos colegas, Lekson exagera em suas extrapolações na constante tentativa de fazer ligações entre ilhas de pensamento isoladas.

“Definitivamente, Steve foi aquele que nos arrastou, aos gritos, para a arqueologia do quadro completo”, diz William D. Lipe, professor emérito de arqueologia da Universidade Estadual de Washington. “Em muitos aspectos, as ideias e publicações de Steve têm direcionado grande parte da agenda intelectual da arqueologia nos últimos vinte anos ou mais.” Isso não significa, segundo Lipe, que ele concorde com a ideia do meridiano do Chaco.

Em seu novo livro, "A history of the ancient southwest", Lekson deve ir ainda mais fundo, ao oferecer um tipo de teoria unificada para os movimentos das populações nativas da América. Não há motivo para achar que o texto será menos controverso que a teoria meridional. “O sudoeste é uma das regiões arqueológicas mais estudadas do mundo, talvez atrás somente de Atenas”, diz Lekson. “Por quilômetro quadrado, provavelmente foi investido mais dinheiro, tempo, energia e pensamento do que em qualquer outro lugar. Se não podemos fazer uma tentativa agora para colocar todas as peças juntas, devíamos simplesmente largar nossas ferramentas e desistir.
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